Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 18
O Jogador desaparecido - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal mais um cap eu espero que gostem!
Obrigada pelos comentários
Boa leitura



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Baker Street

Naquela feia manhã, John estava em sua poltrona enquanto esperava que Sherlock preparasse o chá. Não demorou muito tempo até que a Sra. Hudson entrasse pela porta com um envelope nas mãos que estava endereçado ao Holmes:

“Favor esperar-me. Grande infelicidade. Jogador ala direita desaparecido. Indispensável amanhã. Overton.”

O que isso quer dizer? – John disse lendo a carta.

Carimbo do Strand, expedido às dez e trinta e seis – disse Holmes, relendo-o – está incoerente porque o Sr. Overton evidentemente estava muito excitado quando o mandou. O mais insignificante dos problemas será bem recebido, nestes dias de ociosidade.

Os negócios estavam realmente parados desde o caso de Violet Smith, a ciclista. E John temia os períodos de inação, pois sabia que a mente de meu amigo era tão ativa que seria perigoso deixá-la sem material com que se ocupar. Agradeceu muito por Molly o ajudar no quesito de manter Sherlock ocupado alguma parte do tempo. E agora o Sr. Overton quebraria a monotonia com sua mensagem enigmática. E realmente não demorou para o autor da carta se apresentar no 221B.

Sr. Sherlock Holmes? – perguntou o homem – sou Cyril Overton.

Sim – o detetive fez menção para o ele se sentar – esse é doutor John Watson.

Os dois se cumprimentaram.

Estive na Scotland Yard, falei com o inspetor Lestrade – Sr. Overton disse – ele me aconselhou a vir procurá-lo.

Conte-me o que se passou – o Holmes o olhava com atenção.

É simplesmente horrível! – o homem estava desesperado – Godfrey Staunton ele é simplesmente o cabeça de toda a equipe da faculdade. Eu preferiria ficar privado de dois outros jogadores a perder Godfrey faz com que todos joguem com equilíbrio. O que vou fazer? Sr. Holmes, estamos perdidos, a não ser que nos ajude a encontrar Godfrey Staunton.

Ele está desaparecido desde quando? – John disse tomando nota.

Bem, irei começar do início – ele deu uma pausa – sou o Treinador da equipe de futebol da Universidade de Cambridge, e Godfrey Staunton é meu melhor jogador. Amanhã vamos jogar contra Oxford. Chegamos a Londres ontem e instalamo-nos em um Hotel em Brighton. Às dez horas, fui ver se os rapazes estavam na cama, pois acho necessário muito sono e disciplina para que um grupo se conserve em forma. Falei com Godfrey que parecia pálido e preocupado, mas ele disse que estava bem me despedi e pronto. Mais tarde, o porteiro contou-me que um homem de barba, tinha levado um bilhete para Godfrey.

Um bilhete? – John arqueou uma sobrancelha.

Sim – o Sr. Overton disse – Godfrey leu e caiu numa cadeira, o porteiro ficou tão assustado que quis chamar ajuda, mas Godfrey não deixou, bebeu um gole de água e pareceu melhor. Depois, desceu, disse umas palavras ao homem que trouxera o bilhete e saíram juntos. O porteiro viu eles saírem quase correndo, na direção do Strand. Hoje de manhã, Godfrey não foi encontrado no quarto, estava tudo como na noite anterior.

Holmes ouviu com o maior interesse a estranha narrativa.

Que providências o senhor tomou? – o detetive indagou.

Liguei para Cambridge, para saber se tinham tido notícias dele, mas não sabem de nada – o homem estava aflito.

Ele poderia ter voltado para Cambridge? – John perguntou.

Sim, havia um trem muito tarde, às onze e quinze, mas ele não pegou o trem, ninguém o viu – o Sr. Overton suspirou.

O que o senhor fez em seguida? – Sherlock levantou enquanto pensava nas possibilidades do caso.

Liguei para o tio de Godfrey o Sr. Mount-James – ele disse – já que ele é órfão o tio é o único parente.

Um dos homens mais ricos da Inglaterra – Sherlock pensou o quanto isso dava um ar novo ao caso.

Sim, e Godfrey é o herdeiro – continuou – o velho tem quase oitenta anos, e sofre de gota, mas nunca deu um níquel a Godfrey em toda a vida, pois é um grande avarento.

Recebeu resposta do Sr. Mount-James? – John estava interessado no caso.

Não – Overton disse.

Que motivos seu amigo poderia ter para procurar o tio? – Holmes se adiantou ao ver que John faria alguma pergunta sem importância.

Pois bem, alguma coisa o preocupava ontem à noite, e, se o problema era dinheiro, é possível que recorresse ao parente mais próximo, mas Godfrey não gosta do tio. Não iria procurá-lo se houvesse outra alternativa – o treinador disse.

Isso é fácil de averiguar – o detetive explicou – se seu amigo foi ver o tio, temos então de explicar a visita do homem que o procurou tão tarde, e a agitação que causou.

Overton apertou a cabeça entre as mãos.

Não entendo nada — disse ele.

Bem, tenho o dia livre e posso tratar do caso – prometeu Holmes – aconselho o senhor a continuar os preparativos para o jogo sem contar com o rapaz. Como o senhor próprio disse, somente um motivo de força maior o afastaria, e é possível que esse mesmo motivo o detenha.

—x-

Molly estava almoçando no restaurante em frente ao St. Bartholomew’s enquanto olhava a chuva passar. Ela estava nervosa pois iria visitar os pais de Sherlock no fim de semana e eles, na verdade a mãe dele, faria muitas perguntas. Que pena Jane estar em New York naquele tempo quando a legista mais precisava, suspirou. Quando terminou o almoço pediu por um café já que o temporal não lhe dava trégua para voltar ao trabalho no hospital. Assim que sentiu o líquido quente descer por sua garganta lembrou da carta.

A carta.

Bendita ou maldita carta! O que poderia fazer? Ler ou simplesmente a ignorar? Falar com Sherlock ou só a entregar a Sebastian? As divergências de opinião entre seu bom senso e seus sentimentos a deixavam louca. Ouviu o barulho da porta indicando que alguém entrava por ela e logo reconheceu aqueles cachos.

Sherlock – Molly deu um mínimo sorriso já que foi pega de surpresa em meio a pensamentos contraditórios.

Horário de almoço, chuva e restaurante mais próximo – ele sorriu sentando na cadeira em frente a ruiva – no que está pensando?

Trabalho – mentiu – e por que você está aqui?

Vim cancelar nossa visita aos meus pais – ele disse a olhando desconfiado, tinha alguma coisa errada – tem alguma coisa te incomodando.

Não – a legista disfarçou – cancelar?

Um novo caso – o brilho no olhar já tinha denunciado isso – preciso investigar junto com John em Cambridge, então faremos a visita outro dia.

Podia só ter ligado em vez de ter vindo aqui – Molly olhou nos olhos do amado.

Eu precisava ver seu rosto antes de ir – ele disse quase que sussurrando, mas ela ouviu – se não me contar eu vou descobrir – ele se preocupou dela ter descoberto sobre a, mesmo que mínima, ligação de Sebastian com o caso de Violet Smith.

Sherlock não é nada – ela suspirou – eu só estava nervosa ao ir visitar seus pais.

Não tem o porquê disso eles adoram você – ele olhou para fora pela janela aliviado – queria que você viesse comigo.

Sabe que é um pouco difícil – a legista pediu a conta – quem sabe quando eu tiver uma folga ta?

Certo – ele levantou – eu te acompanho até o hospital.

Os dois saíram do restaurante sem se incomodar com a fina garoa de chuva que agora nem poderia mais ser chamada de temporal. Assim que cruzaram a porta do St. Bartholomew’s, Sherlock segurou a mão de Molly e depositou um beijo nela, a ruiva sorriu com o gesto e então o beijou nos lábios. Um beijo calmo e cheio de sentimentos e que da parte dela guardava alguns segredos e mesmo ela não sabendo até ele escondia coisas, mas naquele momento era um beijo de transmitia o amor um pelo outro e o quanto um queria proteger o outro.

—x-

Deixe-me ver — disse Holmes, sentando na cama que pertencia a Godfrey – você é o porteiro do dia, não é?

Sim, senhor – o homem respondeu – saio às onze.

Sherlock era um artista para fazer uma testemunha ficar à vontade. Na intimidade do quarto abandonado de Godfrey, arrancou tudo o que o porteiro tinha a dizer. O visitante da véspera era o que o porteiro descrevia como “pessoa de aparência mediana”: homem de cinquenta anos, barba grisalha, rosto pálido, vestido discretamente. Também ele parecia agitado. O porteiro notara que a mão lhe tremia, ao entregar o bilhete. O homem e Godfrey tinham trocado palavras, das quais o porteiro distinguira apenas uma: “tempo”. Depois saíram apressadamente ás dez e meia da noite.

O porteiro da noite não viu coisa alguma, suponho – o detetive disse.

Apenas na tarde anterior uma carta que eu entreguei ao Godfrey e ele escreveu a resposta, mas foi pessoalmente leva-la – o porteiro disse.

Ele usou esse talão para escrever a resposta? – Sherlock apontou para a mesinha e John tratou de pegar o bloco quando o porteiro assentiu.

Holmes pegou o talão da mão de John e levou para perto da janela, examinando com cuidado a folha de cima.

Pena não ter escrito a lápis — disse atirando o talão sobre a mesa com um gesto de desapontamento. — Como sabe, Watson, a impressão muitas vezes fica na folha de baixo, fato esse que desmanchou muito casamento feliz, mas nada encontro aqui.

Sherlock então arrancou uma folha do mata-borrão e mostrou aos demais o que estava impresso ali. John estava excitado com o que poderiam descobrir.

É o final do telegrama que Godfrey expediu, poucas horas antes de desaparecer – Sherlock disse satisfeito – “Ajude-nos, pelo amor de Deus”, indica que o rapaz soube que um horrível perigo o ameaçava, e que uma pessoa poderia protegê-lo. “Ajude-nos.” Notem bem o “nos”. Outra pessoa estava envolvida. Quem haveria de ser, senão o homem de barba que parecia tão agitado? Qual a relação entre esse homem e Godfrey? E qual a terceira pessoa que ambos procuraram, pedindo proteção contra o perigo? É o que temos de averiguar.

Basta descobrir a quem foi enviado o telegrama – observou o Doutor Watson.

Exatamente, caro Watson – o detetive sorriu de canto – sua ideia já me ocorrera, mas talvez já tenha notado que, se você for ao telégrafo e pedir para ler uma carta mandada por outra pessoa, os funcionários não o atenderão com boa vontade. Burocracia, mas creio que, com um pouco de delicadeza e fineza, conseguiremos nosso intento.

De volta a Londres então - John completou.

—x-

Molly?

Oi Sherlock o que foi? – a legista disse ao atender o telefone.

Que tal eu passar no hospital e pegar você para jantarmos? – ele sugeriu – já estou de volta devido a um desvio de atenção no caso, minha pista está aqui em Londres.

Na verdade eu estou um pouco indisposta hoje e já estou na cama de pijama – ela disse – será que podemos nos ver amanhã bem cedo?

Claro – Sherlock achou o tom dela diferente – amanhã bem cedo passo no seu apartamento. Tem certeza de que está bem?

Sim é só um mal estar – mentiu – eu tomei um remédio e logo estarei melhor.

Certo – o detetive se contentou por hora – se precisar de qualquer coisa me ligue.

Tudo bem – ela sorriu ao telefone e o desligou – me desculpe.

Molly encarou o prédio a sua frente e uma sensação de culpa se instalou em cada célula de seu ser. Não poderia fazer nada, mas tinha que estar ali e mesmo mentindo para o amor de sua vida ela precisava fazer aquilo sozinha. Mais por ela do que por ele, mesmo que seu coração gritasse que era errado seu bom senso dizia que ela precisava tirar aquilo da cabeça. Foi quando entrou finalmente no prédio no qual estava escrito bem grande e com segurança máxima.

Presídio de Segurança Máxima de Londres.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Mais um mistério para o detetive e ao mesmo tempo os eventos de Molly com Sebastian aiai.
E no próximo promete em haha
Não esqueçam de comentar ta legal?
Bjos
TinaS



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