Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 16
A Jovem ciclista - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo meus caros leitores!
Mais um ano de histórias pela frente ^^
Espero que gostem desse cap.
Boa leitura.



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Ao chegar à estação de Brighton, não foi difícil saber onde ficava a Mansão de Charlington. O cenário era exatamente como fora descrito pela jovem, pois a estrada era deserta e corria por uma parte entre a mansão. Havia um portão principal, de pedra coberta de líquen e diversos vãos na sebe de onde saíam veredas. Não se via a casa, da estrada, mas tudo lembrava tristeza e decadência.

Parece que estamos no caminho certo – John disse para Sherlock.

Os dois tomaram posição atrás de uma das moitas ali, de maneira que poderiam ver tanto o portão da mansão como um longo trecho de estrada de cada lado. Estava deserta por um tempo, mas então surgiu um ciclista se dirigindo. Estava de roupa escura e tinha barba preta. Ao chegar ao fim dos terrenos da Mansão Charlington, desceu da bicicleta e se enfiou com ela por um dos vãos, desaparecendo.

Fique calmo – Sherlock disse para o amigo – daqui a alguns minutos a Srta. Smith passará por aqui.

Alguns minutos depois a jovem Violet surgiu e vinha da direção da estação. Ela olhou em volta, quando chegou àquele ponto. Segundos depois, o homem saiu do esconderijo, pulou para a bicicleta e seguiu a jovem.

Nesse largo cenário, apenas as figuras se movem – Sherlock disse – a jovem graciosa, e o homem, inclinado sobre o guidão, com ar furtivo.

O que faremos? – John estava pronto para o combate.

Observamos – o detetive estava analisando a situação.

Quando Violet olhou para trás e diminuiu a marcha o homem também diminuiu a sua. Ela parou. Ele parou imediatamente, ficando a duzentos metros do ponto onde se encontrava a Srta. Smith. De repente, ela virou-se e pedalou com rapidez para o lado dele. Mas o homem foi igualmente rápido, fugindo. Então ela retomou seu caminho, olhando para a frente, ignorando o seu silencioso acompanhante. Ele também se virara, aguardando a distância, até que a curva da estrada onde desapareceu das vistas dos dois que estavam escondidos atrás da moita.

O movimento da Srta. Smith foi tão inesperado quanto enérgico – Sherlock comentou enquanto os dois saiam do esconderijo.

Eu diria que ela se arriscou demais – John limpou a calça que havia sujado – se ela pediu nossa ajuda porque teve que agir de forma imprudente?

Os seres humanos agem por instintos John – ele encarou o amigo – você deveria saber disso – o detetive parou e olhou para a estrada – é óbvio que ela conhece o homem.

Como? – o Watson disse.

Se não conhecesse porque evitaria que ela chegasse perto? – Sherlock arqueou uma sobrancelha – ele mantém distância para ela não o reconhecer.

Então um dos admiradores deve ser – John acrescentou – vou ver se descubro se alguém alugou a Mansão.

Ótimo – Sherlock comprou as passagens – voltaremos para Londres domingo, então vamos investigar melhor os arredores.

—x-

Molly estava em uma grande faxina em seu apartamento. Tinham muitas coisas das quais ela estava se desfazendo e outras coisas novas estavam chegando. Ela havia arrumado a sala, cozinha, quarto de hóspedes. E então enfim chegou ao seu próprio quarto, o armário era grande, mas fácil de ser arrumado. Quando tirou todas as coisas de lá se deparou com algo que não lembrava de ter guardado. Era uma carta, e o dia em que a recebeu veio em suas memórias.

 

Ele disse que você é gay acredita nisso? – Molly disse enquanto bebia vinho pela garrafa.

Molly – Moriarty disse enquanto ria – e se ele tiver razão?

Então porque você sairia comigo? – ela retrucou.

Bem vamos dizer que eu gosto do seu cheiro e das pessoas ao seu redor – ele se aproximou dela – mas tudo tem seu tempo não é?

Jim – a legista fechou os olhos – quer parar com isso? Detesto esses seus joguinhos.

Então me faria um favor? – ele pegou algo na mochila – um dia você pode me odiar então enquanto ainda não me odeia será que poderia entregar essa carta a alguém muito importante para mim?

Eu nunca odiaria você – a ruiva sorriu – mas eu entrego sim, mas só tem as iniciais. S.M.? Como vou saber quem é?

Eu tenho certeza que essa pessoa virá até você se algo me acontecer – Moriarty respondeu – prometa que entregará a carta independente do que acontecer.

Sim eu prometo – Molly disse ainda confusa.

 

O canalha não merecia que ela cumprisse a promessa e ela realmente acabou o odiando depois dele ter se revelado um homem odioso que só a usou para chegar até Sherlock. Mas por outro lado Sebastian mesmo tendo feito o que fez era infeliz por causa de Moriarty. E se aquela carta desse paz a ele? Molly se sentia uma boba por querer fazer bem a um homem que quase acabou com sua vida, mas ela era assim o que poderia fazer?

—x-

 John descobriu pela imobiliária que a mansão havia sido alugada para o verão um mês antes. Por um homem chamado Sr. Williamson. Era um senhor de idade, respeitável. Infelizmente nada mais podiam informar pois a vida dos clientes não era assunto que pudesse discutir.

Williamson? Não me diz nada – Sherlock disse frustrado – já que é um senhor idoso, não pode ser o enérgico ciclista, que consegue escapar à atlética perseguição daquela jovem. O que ganhamos com a visita até Brighton? A certeza de que a história da jovem é verídica? Nunca duvidei dela. Que há uma relação entre o ciclista e a mansão? Também nunca duvidei disso. Que o atual morador da mansão se chama Williamson? Que adianta saber disso?

Sherlock isso é tudo o que temos por enquanto – John disse também chateado com o pouco que conseguiu.

Bom, caro amigo não fique tão deprimido – o detetive respirou fundo – pouco podemos fazer até sábado.

Uma mensagem da Violet – John disse olhando no celular.

 

Dr. Watson e Sr. Holmes, minha posição se tornou delicada, pelo fato de o meu patrão ter me pedido em casamento. Estou convencida de que seus sentimentos são sinceros e suas intenções, as mais dignas. Mas estou noiva. Ele aceitou a minha recusa, porém a situação é constrangedora.

Violet Smith

 

O caso apresenta pontos interessantes e mais possibilidades de desenvolvimento do que a princípio me pareceu – Sherlock disse pensativo – preciso experimentar uma ou duas teorias que elaborei.

O que tem em mente? – John perguntou ao amigo.

Uma visita ao bar mais frequentado daqui – O Holmes vestiu o casaco e John o acompanhou.

—x-

Molly tomou mais um copo de tequila enquanto Jane a aplaudia por ser tão resistente ao álcool. Na verdade nem ela se lembrava que era tão boa em beber, devia ser outro fato que aprendeu com o tempo. As duas tinham combinado de sair juntas já que Sherlock e John estavam em Brighton investigando um caso.

Acha que eles vão demorar? – Jane disse comendo uma batata frita.

Sherlock me disse que vão chegar no domingo pela manhã – Molly checou o celular e mostrou a mensagem.

Oh – Jane disse confusa – John não me avisou nada.

Bem Sherlock deve ter avisado que estávamos juntas e que eu acabaria te informando – a ruiva tentou explicar.

Certo – Jane concordou, mas mesmo assim não estava convencida.

Sabe, eu e Sherlock estamos nos adaptando bem a esse início de relacionamento – a legista disse com um sorriso iluminado.

Quem diria que meu primo conseguiria se relacionar com outro ser humano – a loira riu – fico feliz por vocês e principalmente por você Molly.

Obrigada – a legista tomou mais um gole de tequila – e o que tem em mente?

Bem eu pensei em conseguir uma transferência para cá – a loira encarou Molly – sabe eu quero ter uma vida aqui ao lado da minha família e também das pessoas que começaram a fazer parte da minha família.

Jane sorriu e Molly segurou a mão dela entendendo o que ela queria dizer. Uma mudança era um passo grande na vida dela e a loira e John havia reagido bem, mas alguma coisa dizia no interior dela que ele estava receoso.

Eu acho uma ótima ideia – a legista concordou.

Eu falei com o John e ele reagiu bem, mas – ela deu uma pausa – sabe quando parece que ele está receoso mais não quer me desapontar?

Jane o John tem dificuldades para se adaptar a mudanças – Molly lembrou do amigo – mas eu te garanto que quando ele pensar melhor vai estar de total acordo sem dúvida alguma.

Eu espero que seja realmente assim – Jane disse tomando um gole de sua bebida.

—x-

Sherlock e John voltaram do bar com mais algumas informações para o progresso da investigação. Apesar de terem se metido em uma pequena briga saindo um pouco machucados tudo estava correndo bem e o detetive queria focar no caso, mas algo estava incomodando John e ele sabia que tinha a ver com Jane.

Quer falar logo? – Sherlock disse se jogando em sua cama no quarto da pensão em que passariam a noite.

O que? – John disse confuso.

Alguma coisa em relação a Jane está te incomodando – o detetive disse sem rodeios.

Sherlock – John suspirou – é que ela quer se transferir para Londres.

Não vejo problema algum – o Holmes fechou os olhos.

Eu sei, mas não parece precipitado? – o Watson também deitou – nós acabamos de entrar em um relacionamento e ela vem se mudar para cá e eu sinto como se fosse muita responsabilidade para mim.

John a Jane não tem família onde ela mora – o detetive se levantou para encara-lo melhor – tudo o que resta para ela sou eu, Mycroft e nossos pais então não se sinta pressionado, só faça o seu melhor.

John pensou nas palavras do amigo, Jane era uma mulher decidida e que não tinha medo de tomar decisões e ele queria chegar lá e poder ser um refúgio para ela. Aos poucos ele iria se adaptar só precisava se acostumar com a ideia.

Então voltando ao caso – Sherlock disse pegando seu celular – Williamson é um homem de barba branca e mora na mansão, com poucos empregados. Ele é ou foi padre, mas um ou dois pormenores de sua estada na mansão me pareceram pouco eclesiásticos. Já indaguei a esse respeito no lugar competente e fiquei sabendo que houve um padre com esse nome, cuja carreira foi singularmente negra.

O dono do bar disse que o homem sempre recebe visitas nos fins de semana – John completou – principalmente um homem de bigode ruivo, chamado Woodiey o mesmo que Srta. Smith nos disse que tentou agarra-la a força.

Não demorou muito e mais uma vez o celular de John vibrou indicando uma mensagem de Violet Smith:

 

Vou deixar a casa do Sr. Carruthers. Nem mesmo o alto salário poderá compensar o constrangimento. No sábado, irei para a Londres e não voltarei mais para cá. O motivo não é só o pedido de casamento feito pelo Sr. Carruthers, mas também o reaparecimento do odioso Sr. Woodiev. Eu preferia ver um animal selvagem, solto por aí, a encontrar esse homem. Detesto-o mais do que gostaria de dizer. Felizmente meus aborrecimentos terminarão no sábado.

 

Há uma intriga em volta dessa jovem – Sherlock disse pensativo – é nosso dever evitar que a incomodem nessa última viagem.

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Espero que estejam gostando, mas já já teremos o final dessa história.
Não esqueçam de comentar ta bem? Me ajuda a continuar a escrever.
Bjos
TinaS



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