Stupid Cupid escrita por Melshmellow


Capítulo 12
Capítulo 11 - Friends Fight


Notas iniciais do capítulo

OOOIIII eu sei que estou mais de 24 horas atrasada, mas eu cheguei! Já perceberam que eu sou muito ruim com prasos né? To muito fodida quando for pro ENEM.
Anyway, Enjoy.
bjs.
OBS: Na foto é como eu imagino a Stacy



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Anteriormente

— Espera, você acabou de dizer que seu nome é Stacy?

     — Sim, e como, claramente, não sou a Megan que você precisa, pode me dar licença? — ela disse arqueando as sobrancelhas.

     Kai estava confuso. Não poderia ser ela, certo? Então porque Meg me empurraria nela?

     — Hm… nós nos conhecemos de algum lugar? — o moreno perguntou mordendo o lábio inferior. Tinha uma pequena chance de que Meg havia arranjado uma garota igualzinha a Stacy e com o mesmo nome, achando que talvez ele gostasse dela.

      A loira observou bem o rosto do herege e procurou em suas lembranças de onde ele poderia ser tão familiar, até achar, em uma festa, aquele rosto que ela nunca chegou a esquecer.

     — Kai? — a garota sussurrou e o herege se sentiu bem apenas pelo fato de ser lembrado. — Oh meu Deus! Quanto tempo!

     O moreno deu um sorriso estranho e imediatamente perguntou:

     — Como você está viva?

     — Eu poderia te perguntar a mesma coisa. — Stacy disse com sorriso sincero. — Vai fazer alguma coisa agora?

     — Acho que… você é o meu compromisso. — ele disse, e a bruxa riu achando que era uma piada, mas ela não sabia o quão literal ele havia sido.

     Stacy se abaixou para pegar o celular caído e ambos passaram a andar juntos até uma cafeteria ali perto.

***

     — Eu tinha 18 anos quando meus pais morreram. O que me fez independente. Eu arranjei um emprego e cuidei da Crystal até que ela tivesse uns sete anos. Minha vida estava ótima, eu tinha um namorado, tinha amigos, um emprego bom, o que me ajudava a cuidar de Crystal. E então… eu morri. — ela olhou para Kai, esperando que ele tivesse uma reação, mas ele apenas continuava cético. Ela riu. — Wow. Eu senti falta de conversar com bruxos. As pessoas normais teriam uma reação muito maior agora.

     Ele sorriu.

     — Eu já tive minha própria cota de mortes e ressurreições.

     — Ah sim. Quero ouvir a sua história também. Como está vivo e… jovem? — ela perguntou tomando um gole do café com baunilha em seu copo.

     — Primeiro termina a sua. — ele disse indicando a garota com a mão.

     — Ah tá! Eu não me lembro muito do que aconteceu enquanto eu estava morta. Eu só me lembro de... escuridão. Mas não uma ruim ou aterradora. Apenas… escuridão. Era como dormir e não sonhar nada sabe? — ele assentiu e ela continuou. — Então, de repente eu estava de volta, minha irmã era uma… cupido? E ela tinha me trazido de volta.

     — E já faz quanto tempo desde então? — ele perguntou calmo.

     — Você não vai perguntar nada sobre o negócio de cupido?

     — Também já tive minhas próprias intrigas com cupidos. Continue.

     — Ok. Ela me trouxe de volta e foi só isso. Faz alguns anos que estou tentando reconstruir a minha vida desde então. — ela suspirou pesadamente e o encarou — E você?

     — Ah, o mesmo. Morto. Trazido de volta por uma cupido. Apenas uma quinta feira normal. — ele tomou um gole do seu café.

     A garota tinha um olhar confuso, mas com uma expressão risonha.

     — Como assim, cara? Que cupido te trouxe volta? Por quê? Elabora! Eu quero respostas! Sou uma pessoa curiosa. — ela falou tudo muito rápido.

     — Calma. — ele soltou um risinho e explicou o básico sobre Megan para a loira, que parecia muito interessada na história. Explicou um pouco sobre os seus últimos dias morando com Meg, mas não chegou a se aprofundar, também explicou um pouco sobre sua família o colocando no mundo prisão, e da sua volta, sem comentar que havia os matado, não querendo afastá-la tão cedo.

     — Megan parece ser uma anti-Kai. — a loira comentou com um sorriso mínimo no rosto enquanto eles andavam pela cidade.

     — Ah, eu achava que a anti-Kai era Bonnie Bennet, mas vejo que agora ela tem um pouco de competição.

     — Eu diria bastante competição.

     Eles concordaram e ficaram em silêncio por alguns segundos durante a caminhada deles. Kai se sentia confortável com Stacy, ela era legal, o herege não a odiava como odiava a maior parte dos seres humanos, então já era um bom começo. Stacy estava nervosa, ela queria mencionar uma coisa que havia lido no jornal sobre Kai, queria perguntar se era verdade, mas temia irritá-lo. Ela não queria se afastar dele agora, após alguns segundos ela resolveu que precisava perguntar.

     — Kai… eu li no jornal que você… matou… a sua família? — ela disse em tom de pergunta.

     Ela esperou alguma reação do moreno, que apenas deu de ombros.

     — Sim?

     — Nada só… seus pais eram babacas.

     — O seus também.

     — Sim…

     Uma ideia se fez presente na mente de Kai. Parecia tão óbvio, mas ele ainda teve que perguntar.

     — O que exatamente aconteceu com os seus pais, Stacy?

     A loira não pareceu surpresa, e sorriu com a astúcia do moreno.

     — Eu os matei. — o moreno só pode rir com a ironia, assim como a loira. — Achou que foi coincidência que eles morreram quando eu tinha 18 anos? Eu já era responsável e podia adotar Crystal, então fiz o que tinha que fazer.

     Ambos sorriram.

     — Então… você quer sair daqui? — Kai perguntou com um sorriso malicioso para a garota.

     A loira mordeu o lábio e sorriu.

     — Minha casa não é longe daqui.

***

     O apartamento em que Stacy morava era claramente muito luxuoso. Kai percebeu isso apenas olhando de fora, também deveria ser muito caro, e, por ter apenas uns 10 andares, provavelmente tinha uma lista de espera gigantesca para quem quisesse alugar.

     — Wow. Como você conseguiu esse lugar? — o moreno perguntou observando o prédio impressionado.

     — Sou uma bruxa, há muitas coisas que eu posso fazer pra ganhar dinheiro. Bastante dinheiro. — ela sorriu sapeca.

     Ele sorriu de volta para a loira e se direcionou para as portas automáticas do edifício, sendo seguido pela bruxa.

     Quando o moreno estava prestes a entrar ele sentiu uma mão em seu abdômen, o parando, o herege olhou para o lado e viu Stacy o segurando, mas ela não o encarava, e sim algo a sua esquerda. Kai seguiu o olhar da garota até um banco vazio um pouco a frente do estacionamento do edifício.

     Ela se virou naquela direção e passou a andar até lá devagar, como se temesse espantar um bicho que ela estivesse caçando. Kai apenas a seguiu na mesma velocidade, mesmo sem entender o que estava havendo. De repente a bruxa começou a andar mais rápido, parecendo mais determinada a chegar ao banco vazio que a havia interessado por algum motivo.

     Quando ela chegou ao lado do banco, ela imediatamente depositou sua mão aberta no ar, fechou os dedos em forma de punho com raiva, e abaixou o braço em forma de uma linha diagonal com muita força. Kai estava prestes a perguntar que merda aquela garota estava fazendo quando ele olhou pra baixo e viu um jovem loiro de bruços no chão, em cima de uma folha de jornal.

     — Hm… 99% de certeza de que você não estava aí antes. — o moreno comentou para o cara no chão.

     O loiro se virou com uma expressão confusa, quase horrorizada, encarando Stacy. Kai não precisou nem de um segundo para reconhecê-lo; Scott.

     — Quem é você? — a bruxa foi direta. — O que faz aqui?

     — Como você… como você me viu? — o cupido sussurrou se sentando.

     — Eu faço a perguntas aqui. — Stacy pisou na mão do loiro com suas botas pretas que eram provavelmente de uma marca famosa.

     O loiro gemeu de dor, mas riu logo em seguida.

     — Adorável a sua namorada. — Scott disse agora encarando Kai, não parecendo surpreso ao encarar o herege. — Vocês se merecem… — ele não terminou a frase, deixando no ar o que aquilo poderia significar.

     Stacy franziu o cenho:

     — Conhece ele? — ela perguntou a Kai, levemente desconfiada.

     Kai levantou as sobrancelhas, surpreso com a desconfiança repentina dela e mostrou as mãos pra ela.

     — Hey, calma. Sou inocente. Ele é amigo da cupido que me trouxe de volta. Seu nome é Scott.

     — Sim. E agora, se vocês me dão licença. — o loiro sorriu e tentou se levantar sem ser impedido pelas botas de Stacy, o que Scott não esperava era que Kai o impedisse ao chutar suas costelas com força.

     Stacy apenas encarou Kai, que deu de ombros:

     — Nunca gostei dele.

     Antes que qualquer um dos dois fizesse mais alguma coisa, Kai sentiu uma dor muito forte no seu… querido Malachai Júnior, e caiu no chão segurando o lugar dolorido.

     Então Megan literalmente apareceu na sua frente, sorrindo sarcasticamente antes de falar:

     — Não me viu chegando?

     Kai mordeu o lábio inferior com dor e assentiu conformado.

     — Entendi. Você assistiu Vingadores.

     A cupido sorriu e se virou para Scott, lhe estendendo a mão. Ao estar de pé, o loiro completou:

     — Na verdade ela não entendeu o filme.

     — Já esperava isso. — Kai comentou já sentindo a dor amenizar. — Espera! Você me chutou? — ele perguntou para Megan, que assentiu. — Achei que fossemos amigos! — ele se fingiu ofendido.

     — Você chutou meu outro amigo! Você começou. Se ele tivesse começado e tivesse chutado você, ele é quem estaria choramingando no chão agora. — a garota disse simples.

     Kai revirou os olhos e se levantou já recuperado, ele se virou para Stacy para apresentá-la a Meg, mas percebeu a expressão da loira. Ela estava com raiva, mas não era de Scott ou Kai, o olhar dela se direcionava a Megan, e Kai ficou preocupado.

     — Você! — Stacy exclamou em tom de acusação para a cupido. — Você!

     O que houve a seguir foi tão rápido que ninguém realmente pode esperar ou impedir.

     Megan sentiu seu rosto arder com o tapa repentino, e arregalou os olhos, surpresa e com raiva da bruxa: como esse ser inferior, nojento e oxigenado ousou encostar um dedo em mim?! Foi o que se passou em sua mente.

     A cupido imediatamente depositou um tapa forte no rosto da humana e em seguida a empurrou com força, fazendo-a cair no chão. Quando Megan já iria usar magia na loira para que ela desaparecesse de vez, ela sentiu alguém segurando seu pulso; Kai.

     — Se acalma. — Sua voz estava séria e estranhamente calma.

     — Ela encostou em mim! Eu vou mandar ela de volta para o inferno nem que eu tenha que jogá-la lá pessoalmente. — Megan respondeu se soltando do rapaz, que imediatamente se afastou e apontou a palma de sua mão para a cupido.

     — Você não me dá outra escolha. — Kai diz sério, se colocando na frente de uma Stacy ainda caída no chão. — Sabe que eu tenho a sua magia. Vai ser uma luta justa.

     Megan sorriu.

     — Não. — Primeiro Kai achou que ela estivesse falando consigo, mas Meg olhava para alguém atrás dele.

     Quando o herege se vira ele encontra Scott claramente preparado para usar algum de seus truques para acabar com Kai se ele ousasse fazer algo com Meg. O herege nem havia percebido que o loiro havia saído do lado de Megan.

     — Precisamos disso desde que nos conhecemos. — Megan disse sorrindo para Scott. — Nos deixe. Vamos fazer isso.

     Hesitantemente Scott se afastou e ajudou Stacy a se levantar, logo em seguida a puxando com ele quando ela tentou fazer algo contra Meg.

     — Tudo bem, Stacy. — Kai acalmou a loira. — Eu não quero lutar com você Meg.

     — Amigos brigam de vez em quando. Mas quando ambos os amigos são seres sobrenaturais imortais, significa que podemos descontar a raiva de verdade. — Megan respondeu enquanto se afastava um pouco e prendia o cabelo. — Scott. Ilusão.

     Scott deu um olhar incerto para a amiga, mas fez como pedido.

     — Agora ninguém vai nos ver aqui. Então podemos brigar e ninguém irá nos impedir. — a cupido sorriu.

     — Última chance de desistir. — Kai sorriu também, confiante

     — Vai sonhando, Kai.

     O herege sentia o poder formigando na ponta de seus dedos, ele quase podia ouvir os estalos da magia tentando se libertar, como se fossem faíscas de fogo tentando consumir o papel. Os sons ao seu redor tinham parado. Era como se não houvesse mais ninguém ali. Nenhum ser vivo. Quase lembrava Kai de seu inferno pessoal, quando ele havia visitado New York. Ele sabia que aquela linda cidade, a cidade que nunca dorme, não era nada mais do que luzes e outdoors desligados sem as pessoas ali.

     Megan também sentia o poder borbulhar dentro dela, querendo mais do que tudo atingir Kai em cheio com toda a sua potência. Mas ela obviamente não poderia machucá-lo de verdade, ele ainda era seu protegido, ela só queria, pelo menos uma vez, descontar a sua raiva. Não. Talvez raiva fosse um sentimento forte demais para que uma cupido pudesse sentir, mas estranhamente era a única palavra que ela conseguia pensar para descrever como se sentia.

    Kai foi o primeiro a fazer algo. Ele fez a cupido ser empurrada fortemente por uma força invisível, sem ter medo de machucá-la, afinal pelo que o herege havia visto até agora, ela era imortal. Megan não se deixou ser atingida tão fácil, e quando estava sendo empurrada até uma parede, ela abriu os braços, forçando o tempo a parar por apenas um segundo, para logo em seguida, cair no chão sem problemas.

     Kai não segurou a risada.

     — Wow. Então cupidos podem mesmo voar? — o jovem ironizou. — Um bebê com arco e flechas e asinhas de mosca. É, parece você mesmo.

     — Ha. Ha. Ha. — Meg fingiu uma risada. — Engraçado. Vamos ver se você ainda sente dor. — a garota disse, logo em seguida quebrando a perna do moreno com um movimento da mão. — Oops! — ela exclama ironicamente, quando Kai grita e cai no chão.

     — Vaca. — ele diz entredentes.

     — Já fui chamada de coisa pior. — a garota rebate, cruzando os braços.

     — Sim. De humana. — o herege dá um sorriso sádico, vendo o olhar frio de Meg vacilar por um segundo.

     — Faz muito tempo. — Megan disse indiferente.

     Kai riu.

     — Sim… mas ainda te afeta. Você me mostrou se lembra? — Megan se irritou e quebrou novamente a perna de Kai, que agora já havia sido curada, e, para duplicar a dor, ela quebrou a outra, fazendo o jovem gritar e cair de joelhos, mas sem perder o sorriso sádico, sabendo que havia conseguido cutucar uma ferida. — Eu sei… esses pais conseguem ser grandes filhos da puta quando querem, principalmente se você claramente não é o filho favorito. Você viu o meu passado também, mas a diferença é que eu superei quando me vinguei. Mas não você, certo? — o herege disse tentando parecer sarcástico, mas um gosto amargo tomou sua língua. Ele sabia que era errado usar contra ela o que ela mesma havia confessado para ele, principalmente agora que eram assumidamente amigos.

     — Cale a boca, Malachai. — Megan disse, com raiva, se flagelando internamente por ter contado aquilo ao moreno.

     O herege soube que ela estava vulnerável naquele momento, ela estava com raiva e claramente magoada com o ele, por ter usado algo como aquilo contra ela, algo que ele sabia que a afetava mais do que qualquer coisa, algo que ela havia confiado a ele, e surpreendentemente, Kai se sentia mal por ter que usar aquilo contra ela, e aquele sentimento estava o irritando profundamente. Por isso, mesmo que soubesse que ele só precisava desestabilizá-la um pouco mais falando de seu pai e ele poderia ganhar aquela briga, o moreno decidiu que não o faria, não jogaria sujo com Megan. Então ele tomou um rumo que diminuía suas chances de ganhar drasticamente, mas não magoaria a cupido.

     — Quando Damon invadiu a mansão, eu salvei você de levar um tiro! — Kai disse, como se ela devesse a ele. — Eu te salvei. E ainda sou sua última chance de ir para o seu querido… Reino de cupidos ou sei lá o que.

     Megan pareceu levar em conta a frase do moreno, mas claro que ela era esperta e perceberia logo que não devia nada ao moreno, pois já havia o trazido de volta à vida, além do fato de ela não morrer com balas. Então nesses curtos segundos Kai se aproveitou da distração da garota e levantou sua mão, conjurando o feitiço mais fácil que ele pode lembrar ali, e surpreendente, funcionou, Megan grita e coloca as mãos na cabeça, fechando os olhos com força.

     As pernas de Kai se curam e ele se levanta, dando passos decididos em direção a cupido, ainda com ela sob seu feitiço.

     — Já chega! — Scott interrompe Kai, fazendo-o voar e bater em uma coluna, e então o loiro se colocou ao lado de Megan, checando se ela estava bem.

     Stacy não tinha certeza do que estava havendo. Durante a briga, ela queria se juntar a Kai e ajudá-lo, mas o garoto loiro ao seu lado segurava fortemente seu pulso, a mantendo afastada. Ela percebeu que o cupido não desviou o olhar da briga nem por um segundo, era como se ele nem se importasse em manter Stacy presa.

     E ele não se importava mesmo com a loira. Scott apenas assistia a briga, pronto para interromper Kai a qualquer momento e torturá-lo se encontrasse Megan machucada de qualquer forma, mesmo que ele soubesse que ela se curava em um segundo, ele o faria pagar.

     Quando a briga havia acabado, Megan estava de joelhos no chão, e Kai estava do outro lado do Central Park, se levantado com um pouco de dificuldade. A cupido se levantou e ignorou totalmente a preocupação de Scott consigo, indo direto ao herege, para checar se ele estava bem, não que Meg se importasse, mas aquele idiota não podia morrer tão fácil.

     — Kai! — Meg chamou, mas sua voz soou dupla. Stacy também havia chamado o nome do moreno e corria em sua direção, preocupada. Megan revirou os olhos.

     — Você está bem? — a loira perguntou se agachando ao lado do herege, que assentiu se levantando. — Ótimo. Agora me ajuda a bater nela. — Stacy disse se voltando para Megan e andando determinada em sua direção.

     Meg viu aquilo, e riu. Definitivamente se vingaria do tapa da loira.

     Kai demorou para entender a frase da bruxa, e só percebeu o que ela iria fazer quando ela se aproximou da cupido, e imediatamente o jovem correu até ela em sua velocidade sobrenatural e segurou-a pela cintura, a puxando para longe de Meg antes que a última fizesse algo com a loira.

     — O que está fazendo? Me larga! — Stacy disse irritada.

     — Não, mas acredite em mim, é para o seu próprio bem. Não vou te deixar encostar nela. — Kai respondeu encarando a garota, que havia girado o pescoço para o encarar. — Ela não hesitaria em te matar.

     — Que bom que sabe. — Megan diz encarando os dois friamente.

     Scott entra no meio, revirando os olhos.

     — Não comecem uma discussão porque eu sei que quando vocês começam não há forma de pará-los. Vamos para a mansão resolver isso.

***

     Havia sido mais fácil do que Megan esperava trazer Stacy para a mansão com eles. A bruxa tinha hesitado por alguns segundos, mas apenas até Kai assentir para ela, como se dissesse “Pode confiar neles”. Mesmo assim ela se recusou a se teletransportar com Meg, e foi com Scott.

     Quando chegaram à mansão eles explicaram melhor para Stacy as coisas que Kai não tinha explicado direito antes, por exemplo: O motivo de Megan ter matado Stacy, a morte de Crystal, a qual Stacy não parecia nada afetada ou surpresa com. “Ela namorava um traficante e o traía constantemente, eventualmente ia morrer eu disse isso pra ela” foi o que a loira comentou. Como Stacy era uma bruxa, ela havia lidado com toda a situação muito bem. Tinha algumas perguntas, mas foram todas respondidas pacientemente… por Kai, já aquelas que ele não sabia a resposta Megan respondeu de uma forma rápida e ignorante.

     Meg sabia apenas uma coisa sobre aquela garota; que não gostava da loira de jeito nenhum. Sim, Megan havia a matado, mas aquilo não dava o direito da garota bater nela. Uma humana bater nela! Era inacreditável. E o pior é que ela podia sentir que, após a briga, seu relacionamento com Kai havia tido um retrocesso. Tudo por causa de Stacy Morgan.

     Após a conversa, Megan e Scott saíram da sala de estar do primeiro andar e foram para a de cima, deixando Stacy e Kai sozinhos.

     Quando todos estavam respondendo as perguntas de Stacy era muito mais fácil para Kai falar com a garota, mas quando ficaram sozinhos ele não sabia o que dizer. Mas aparentemente Stacy sabia.

     — Kai, eu procurei você quando eu voltei. Pensei que poderia me ajudar porque achei que agora você já seria o líder do clã Gemini, mas não achei sua casa, não achei sua família, não achei você em lugar nenhum, até que achei sua irmã, Jo. Ela me disse que você estava morto.

     — Eu provavelmente estava morto para ela. — o jovem comentou indiferente.

     Stacy suspirou.

     — Gostaria de estar lá, quando você surtou. Eu poderia ter te ajudado.

     — Ninguém poderia ter me ajudado, assim como ainda não podem me ajudar. Sabe… eu não mudei desde o dia em que matei minha família, Stacy.

     A loira o olhou um pouco confusa e riu em seguida.

     — Eu poderia te ajudar antes. — antes que o moreno discordasse, a garota continuou. — Eu poderia ter te ajudado a matar todos eles. — ela sorriu presunçosa, e Kai riu. — E teria te impedido de matar as crianças, mas seus pais eu mataria com prazer.

     Com essa frase ele não se segurou e beijou a loira afoitamente, e o moreno se surpreendeu ao perceber que… não havia mudado nada, o beijo era o mesmo, até a posição das mãos da garota em suas costas era a mesma, ela o puxou para cima de si mesma, e se deitou no sofá. Para Stacy tudo continuava da mesma forma que ela se lembrava, incluindo as sensações por apenas estar perto de Kai, e isso era a única coisa para o herege, que estava diferente, ele não sentia as mesmas sensações de quando ele era adolescente. Ainda era bom, estar com ela e tocá-la, mas… não era o mesmo. Ambos estavam mudados, mas parecia que ele era o único que percebia aquilo.

     Mesmo assim, ele deixou acontecer. Ele tocou a pele nua da garota por baixo da camiseta, e ela se apressou para retirar a dele, com sucesso. As mãos macias da loira passeando sobre o torso de Kai pareciam ser tão certo, tão bom. Mas ainda assim ele sentia que tinha algo faltando. Ele só não sabia exatamente o que era.

     — Não deveríamos fazer isso. — o moreno disse, sem intenção nenhuma de parar. — Megan vai ficar bem puta.

     — Bom, então que ótimo que eu não gosto dela, e ela não gosta de mim. Então eu não me importo. — ela disse apressada em tirar as calças de Kai.

     O herege riu, mas ele realmente não queria enfrentar a fúria de Meg logo após o sexo, então ele suspirou e afastou as mãos de Stacy de si. A garota franziu a testa para o outro.

     — Por que se importa tanto com o que a Megan vai dizer?

     Ele deu de ombros:

     — Só não quero ela me enchendo. — ele deu de ombros.

     — Você… gosta dela?

     Kai não pode evitar rir:

     — Da Meg? — ela faz uma expressão irritada e Kai ri mais. — De jeito nenhum! Nunca. Ela é a pessoa mais mandona e irritante desse mundo! A última pessoa a qual eu me apaixonaria por, se é que é possível que eu me apaixone. Mas… mesmo assim, ela é sim minha amiga. — ele disse segurando a loira pelos ombros. — Descobrimos hoje que somos amigos, então continuamos falando isso em voz alta, sabe? Pra pegar.

     Stacy iria dizer alguma coisa, mas Megan entrou no quarto no mesmo momento.

     — Vocês… — a cupido arregalou os olhos ao vê-los. — Não! Ew! Por favor, me digam que não fizeram nada no meu sofá! — ela exclamou choramingando.

     — Estávamos quase lá! — Kai reclamou, apenas para irritar a garota.

     — Kai, qual é! — ela disse bufando. — Se vistam logo e desçam, vou pagar Scott.

     — Pagar? — Kai perguntou confuso.

     — Ele apostou que vocês estavam transando. Eu apostei que você não faria isso no meu sofá porque não é um monstro insensível que faria uma coisa dessas comigo! — ela exclamou e saiu do quarto.

     Kai riu de Megan como se o melhor momento de seu dia fosse aquele, e aquilo fez Stacy sentir um pouco de ciúmes. Ela se controlou e simplesmente imaginou que fosse apenas uma relação de irmãos, mas ainda assim, havia uma vozinha gritando em sua mente que ele nunca sorriria daquela forma para si, e aquilo a fez se sentir inferior a cupido, e a bruxa não gostou nada daquela sensação.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas o que acharam?
o q acharam da Stacy agora? ela vai ser um pé no saco?
e o Scott?
bjss, até o próximo.



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