Acordei na cama de John, envolvida em seu abraço caloroso. Ele havia me tirado do carro, me carregado pela casa inteira e subido as escadas só para me deitar em sua cama. Estava acordado, me aquecendo e brincando com o meu cabelo. Ao me ver abrir os olhos, sorriu, inocente, mas ainda restava o sorriso daquele vagabundo de horas atrás.

– Bom dia, Sum. – Estremeci ao ouvir sua voz rouca.

Apenas sorri, em resposta à isso.

– Como foi a sua noite? – Perguntou, risonho.

– Ah, foi muito interessante. Principalmente depois do whisky. – Respondi. Ele riu. – E a sua, meu bem?

– Passei a noite com a mulher mais extraordinária de todo o mundo. – Sorriu mais uma vez, presunçoso.

Galanteador.

Levantei uma das sobrancelhas e abri um sorriso, envergonhada. E mais uma vez, encaixei meus lábios nos dele.

Tempo depois, John teve de se levantar da cama, para ir tomar banho. As cortinas de seu quarto estavam fechadas, mas a luz do sol ainda invadia o lugar, refletindo na pele de John, que brilhava, mesmo opaca. Estava apenas com uma calça quadriculada, seu pijama, acredito. Seu torso estava todo à mostra. Encantei-me instantâneamente. John, que estava de costas, virou-se para mim, com um rosto amigável. Estendeu a mão, para que eu a segurasse. Levantei-me, e como estava nua, carreguei o lençol comigo, cobrindo meu corpo. Ele me abraçou, deixando as cobertas caírem. Como era um pouco mais alto do que eu, teve de abaixar a cabeça para poder alcançar os meus lábios. Rimos, harmoniosos. Naquele momento, podia ter apenas uma certeza: Nada podia tirá-lo de mim. A safra de homens errados havia acabado.