Destino Incerto escrita por ShisuiONagato


Capítulo 6
Baile de Primavera - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

'Falaaaa pessoinhas ♥ Estão bem?

Enfim outro capítulo saindo do forno (com direito a passagem de tempo longas e tudo kkkkk)

ATENÇÃO: As falas do nosso querido JK a partir deste capítulo estarão corretas! Podendo apenas conter pequenos erros (propositais) por isso não estão mais em "itálico".

Espero muito que gostem, e se puderem deixar um pequeno feedback eu ficaria muito agradecido :)

Desde já agradeço, e sem mais delongas...

Boa leitura a todos vocês :)



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“(...) Eu tive uma overdose

Deveria saber que seu amor era um jogo (oh)

 Agora eu não consigo tirar você do meu cérebro (woah)

Oh, é uma pena

Que não nos falamos mais.”

Todos os olhares que cercavam aquele ambiente se voltaram para nós. Sinceramente não estava confiante, tremia pra cacete antes de subirmos no palanque que nossa professora de música havia improvisado antes das apresentações do pessoal. No fim, a voz de dele me acalmou. Fiquei feliz de Jungkook começar o primeiro verso — eu não conseguiria — só pude continuar graças ao brilho de esperança que ele implantou em seus olhos. Mantinha um sorriso bobo no rosto quando terminamos, estava incondicionalmente feliz por tê-lo ao meu lado de novo, e nada mais importava.

A professora Margarida não conteve suas lágrimas durante nossa apresentação, uma vez que as outras tinham sido uma merda. Tales pediu a mão de Lisa, mas foi rejeitado, então não teve estruturas suficientes para continuar — mesmo que ele tocasse piano e guitarra desde muito pequeno. Enquanto Sabrina, era óbvio que não iria funcionar trabalhar ao lado daquela garota. No fim, fomos a nota mais alta da turma toda.

Novamente afirmo: Eu era a pessoa mais feliz do mundo todo.

— X —

Dois meses se passaram desde então. Jungkook — graças a aulas intensivas na minha casa — já não confundia mais as palavras, e praticamente seu sotaque tinha sumido. Nossa amizade só se fortaleceu nesse tempo, e junto a Sabrina, mostramos boa parte da cidade para que ele não se perdesse caso precisasse andar sozinho por aí — o que sinceramente não me deixava muito confortável, só pelo fato de saber que estaria sem ninguém para acompanhá-lo. 

O tempo corria cada vez mais acelerado, e ele só tinha mais seis meses conosco, o que me deixava incomodado por dentro. Havia me apegado tanto a Jungkook que não conseguia mais imaginar uma vida sem ele ao meu lado — no bom sentido, claro.

Apesar de tudo, a mente de todo mundo estava apenas focada no baile de primavera do colégio — que estava cada vez mais perto. Sabrina não parava de me atormentar para ajudar ela a escolher um vestido, o estilo de seu penteado, a maquiagem para usar... Tá legal, eu não vou mentir! Ela não era esse tipo de menininha. No fim ela só pegava seu tênis all star, colocava suas camisetas pretas que eram dois tamanhos maiores que o seu, e que comprava nas sessões masculinas das lojas, e deixava seu cabelo preso por uma fita.

E finalmente chega uma semana antes do baile, em uma fatídica segunda feira de manhã.

— Bom dia querido. — mamãe havia preparado uma mesa digna para nós, com direito a geleia caseira de morango. Seu sorriso era algo majestoso, sentia-me sereno ao ver aquele sorriso todas as manhãs, e mesmo doente, ela não deixava de mostrá-lo para mim.  

— Mãe, já disse para não se esforçar tanto. O médico irá fazer uma visita em breve e você sabe disso. — digo já a assentando na cama.

— Como está Sabrina? E Jungkook? Faz tempo que eles não aparecem. — pergunta quebrando o silêncio que se forma enquanto tomo meu café já morno de tanto esperar intacto na xícara.

— Estamos cheios de trabalhos, isso dificulta um pouco a diversão. Mas vai ter o baile, então talvez vamos juntos.

— Que história é essa de talvez? Meu filho, não aguento ver você dentro dessa casa apenas cuidando dessa sua mãe velha aqui. Você deve sair um pouco mais com seus amigos.

— A senhora sabe muito bem que eu não sinto incômodo algum te ajudando. Mamãe, estarei ao seu lado para sempre. — lanço um sorriso esperançoso para ela e percebo outro vindo de sua direção, me correspondendo.

Logo depois do café arrumo meus livros, enfiando-os na mochila, e me despedindo dela. Já estava meramente atrasado para a aula.

Corro até a casa da ruiva e chego em poucos minutos. Ela me esperava com os braços cruzados e com a mochila largada na calçada.

— Mianhae. — digo tentando fazê-la rir.

— Olha, você não vem com essa porra de falar coreano comigo não Bruno. Só porque o Kook te ensinou umas palavras não se sinta “o bilingue”.

— Aishhh! Você é muito chata.

— Vamos, leve minha mochila, você se atrasou então tem que pagar por isso!

— Mas eu já as levo todos os dias mesmo.

— Quer que eu faça você me carregar então?

— Não está mais aqui quem falou. — murmuro enquanto carrego as duas bolsas nas costas, uma em cada ombro.

Quando chegamos, os portões já estavam semifechados, então logo corremos para a primeira aula. Que infelizmente era matemática, com a bizarra professora Barbara. A lousa já estava repleta de números, como sempre.

Sento ao lado direto de Jungkook e Sabrina atrás de mim, como costumávamos fazer todos os dias. Ele fica feliz ao nos ver — dá pra ver claramente com seu sorriso espontâneo no rosto, que se forma assim que nos apontamos no batente da porta da sala de aula.

— Demoraram hoje, hein? — sinceramente sentia falta daqueles erros bobos que cometia, deveria ter deixado ele continuar com aquele sotaque.

— Tudo culpa do “sono pesado” ali. Eu acordei linda e bela na hora de sempre. — a ruiva interrompe.

— Quantos apelidos a mais você tem para me dar? Eu já esqueci alguns de tantos que são! — franzo o cenho e encho as bochechas, brincando de estar emburrado.

— Vocês três do fundo! — merda, era a voz da dona Majin Boo¹... Quero dizer, senhora Barbara. — Saiam já da minha sala! Podem muito bem conversar lá fora. — continua a murmurar.

— Não professora linda, meu amor... — e lá ia Sabrina mais uma vez tentar contornar a situação. — A gente vai perder a matéria se sairmos, consequentemente não passaremos nas provas finais, daí você vai ter que imprimir outra de recuperação, gastando mais tinta da escola. E o dinheiro dessa tinta sai de onde? Do seu querido bolso professora!

Todos ficam com a pulga atrás da orelha e se perguntando o que ela estava falando. Até a professora para e parece tentar absorver. 

— Eu acho que tem razão... — nunca vi ela ficar tão confusa analisando as palavras de um aluno, geralmente ela só mandava e a gente obedecia, como uma verdadeira militar.

— É claro que tenho, minha querida. Prometo que vou puxar a orelha desses rapazes se eles abrirem a boca para interromper a senhora outra vez. — não acredito que ela estava tentando se safar dessa jogando a culpa em nós dois.

— SABRINA!!! — O moreno e eu gritamos na mesma hora a repreendendo de tentar escapar ilesa.

De repente somos interrompidos pelo diretor que entra no meio da aula, trazendo consigo um aluno loiro e não muito alto, era Jimin. Fico me perguntando o que era tudo aquilo.

— Desculpe interromper professora Barbara, mas venho comunicar a todos vocês que o aluno Park Jimin agora fará parte desta turma, a sua estava lotada demais então ele se voluntariou para mudar de sala.

— Olá pessoal, acho que alguns já me conhecem, mas espero que possamos nos tornar bons colegas de turma. — diz a todos.

Até parece que ele tinha feito isso por pura bondade, tinha certeza que segundas intenções estavam envolvidas. Ele se senta ao lado de Sabrina e eu o encaro durante toda a aula. Minha paciência tinha que se elevar a mil a partir daquele momento, aturar aquele loiro ia ser mais difícil do que zerar o Resident Evil 4.

— X —

Sempre sentávamos na mesma mesa na hora do intervalo — aquela onde Sabrina e eu encontramos Kook comendo sozinho quando ele havia entrado no colégio. Era como nosso território e ninguém — fora o babaca do Park Jimin — nos incomodava.

— Então rapazes, já tem pares para o baile do fim de semana? — a ruiva pergunta animada.

— Você é engraçada Sabrina, sempre fomos juntos lembra? Eu sou seu par, então esse ano não vai ser diferente. — digo sorrindo. — Na verdade temos o “pastel de flango” dessa vez, vamos ser agora. — lembro e continuo a falar.

— Bruno, não somos mais tão crianças assim... Como vamos ser lembrados nesse colégio? Os “amigos solteirões”? Acho que dessa vez deveríamos mudar um pouco as coisas. — murmura baixo e com a cabeça baixa, como se estivesse envergonhada de dizer aquilo. Nunca tinha visto a ruiva preocupada daquele jeito, a não ser no fim de ano nas provas de recuperação.

— E desde quando você liga pra essas coisas, hein? Não vamos mudar algo que já estamos acostumados, iremos nós três, juntos. Você é uma mulher e nós somos homens, e ninguém daqui consegue um par. Sinta-se privilegiada por sair com dois dessa vez. — abro um sorriso esbugalhado e mantenho os olhos semifechados voltados para ela.

— E quem disse que eu não tenho um par? — ela aumenta seu tom de voz e dá um murro sobre a mesa. — Caso vocês não saibam eu fui convidada por alguém! — diz já pegando as coisas espalhadas e as guardando na mochila, parecia estar realmente chateada com meu comentário.

— Eu sinto muito Sa...

— E caso ainda duvidem, eu aceitei o convite! — murmura enquanto se afasta de nós, deixando-nos sozinhos na cantina. Jimin a segue para tentar acalmá-la.

Jungkook e eu ficamos nos encarando por alguns segundos para assimilar tudo aquilo. Era a primeira vez que ela se importava de verdade com esse baile. Sempre fomos juntos nesses eventos, como bons e velhos amigos, mesmo que no fundo sempre tenha tentado conseguir algo a mais.

— Quem será que a convidou? — o moreno pensa alto, interrompendo meus breves pensamentos.

— Eu não sei, mas eu preciso consertar essa cagada. Vi em seus olhos que se sentiu desconfortável.

— Acho que deveria dar um tempo pra ela. O que acha de a gente tentar arrumar um par? Assim você distrai um pouco sua cabeça. Além do mais ela não vai te perdoar agora, e nós ficaremos sozinhos se não fizermos isso.

— Isso é um desafio? — pergunto levantando uma das sobrancelhas e dando um sorriso cínico.

— Quem conseguir uma garota como acompanhante primeiro vence o jogo, simples assim. — ele comprova minha dúvida.

— Se prepare pra perder coreaninho! Porque as cantadas brasileiras são as melhores desse mundo e eu vou provar. — continuo na pose confiante e com o peito estufado enquanto falo.

— X —

Durante as aulas seguintes, juro que tentei. Conversei com todas as garotas da minha sala, mas elas já tinham um par... Na verdade, eu só levei foras delas mesmo, não sabia ao certo se tinham companhia ou não. Até mesmo a Camila me rejeitou, dizendo que eu era muito estranho. Me pergunto se ela já havia se olhado no espelho...

 Perguntei até a mesmo para a senhorita Thalia, nossa professora de biologia, mas ela disse que os professores não podem interagir com os alunos dessa forma. Pelo menos desculpou-se de uma maneira inacreditavelmente fofa, típico de seu feitio.

Resumindo... Não funcionou...

— É, acho que não vamos ao baile dessa vez. Que pena, seria o seu primeiro. — fico deveras abalado, realmente queria levá-lo, afinal ele não estaria mais no brasil para o próximo no ano seguinte.

— Quem disse que eu não vou? — arregalo os olhos com as suas secas palavras. Ele abaixa a cabeça, como se estivesse evitando ter que falar.

— O que quer dizer com isso? — questiono.

— Na verdade... — estava realmente hesitando em dizer. — Eu já tinha um par a algum tempo atrás. Lisa brigou com Tales e acabou me pedindo para ser seu par.

Por um motivo que eu não sei ao certo, sinto-me inteiramente destruído quando ele coloca um ponto final em suas palavras. Não consigo esconder minha expressão de desgosto com aquilo que ele havia acabado de dizer. Senti meus olhos se encharcarem, mas relutava para que as lágrimas não escorressem. Mesmo tentando disfarçar, acho que o moreno percebeu o quão mal eu fiquei.

Primeiro Sabrina, agora Jungkook. Eu estava sozinho nessa.

— Bruno, me desculpe. Eu ia contar pra você. — Jungkook pega em minhas mãos tentando se desculpar.

— Que isso cara, ta tudo bem... Agora eu preciso ir ok? Tenho que trabalhar daqui a pouco. — minha voz quase não saia, nem conseguia manter meu olhar voltado para ele.

Apenas pego minha mochila e levanto da calçada em frente ao colégio onde estávamos sentados a alguns minutos depois do término da última aula. Vejo de relance que ele também fica abalado ao ter que me contar, mas sequer consigo virar-me novamente para vê-lo.

Sei que estava sendo egoísta, e também sei que não tinha motivo algum para ficar chateado com ele, mas Sabrina tinha feito o mesmo, então no fim das contas não fui forte o suficiente para aguentar meus dois amigos me abandonando tão repentinamente desse jeito.

Bruno, o garoto que até então vinha aguentando pedradas por todos os lados, não conseguiu suportar o pequeno abandono dos amigos... Era um verdadeiro fiasco.

— X —

— Está tudo bem garoto? — pergunta o senhor Emanuel, meu patrão.

— Claro, só me distraí pensando em algumas coisas. Me desculpe.

— Se algo o incomoda, tente fazer de tudo para evitar pensar sobre isso. Faça coisas que costumam te animar. — fora o pai de Sabrina, ele era o máximo de figura paterna que eu tinha, então tentava seguir seus admiráveis conselhos.

— Pode deixar senhor, farei isso. — afirmo sorrindo.

— Vou precisar ir buscar troco na sorveteria aqui perto. Da conta de olhar a banca por alguns minutos sozinhos? — pergunta batendo as mãos em suas calças para tirar a poeira que havia se acumulado depois de ficar sentado ali no balcão por muito tempo.

— Conte comigo. — concluo no fim.

Adorava ficar folheando os mangás enquanto estava sozinho na banca, apesar de ser poucas vezes que isso acontecia. Faltavam apenas sete volumes para acabar de ler os setenta e dois de toda a obra Naruto, do excelentíssimo Masashi Kishimoto.

E foi lendo o de número sessenta e cinco, que sou interrompido por Sabrina, que chega de repente, me assustando com seu berro inconfundível.

— BRUNOOOO!

— Garota, vai assustar seu cachorro desse jeito! — mas eu realmente não sabia o motivo dela estar ali, afinal achava que estava brava comigo.

— Amigo! Vim aqui pra fazer você sorrir nesta tarde entediante de segunda-feira.

— Essa são suas desculpas? Por perder a cabeça daquele jeito?

— Ain! Para de me tratar assim, não fiz nada de errado. — convencida como sempre.

— Relaxa, eu não fiquei chateado. Na verdade fiquei preocupado de estar realmente puta comigo.

— Na hora eu fiquei, mas não posso ficar sem você ne babacão! O que seria de nós sem um ao outro. — eu queria explodir de felicidade naquele momento, meu coração queria saltar pela boca de tão acelerado. — Sinto muito por não avisar que eu tinha um par, mas você pode ir com a gente se quiser. Kook me contou que você foi rejeitado por todas as menininhas.

— Caralho, nem pra ele manter a boca fechada... Sabia que ensinar ele a falar fluentemente daria merda uma hora ou outra. — mas depois lembrei que desde que nos conhecemos ele quase sempre falou merda. — Enfim, obrigado pelo convite, mas eu passo dessa vez. Perdi a vontade de ir ao baile.

— Não quero te deixar assim. — a ruiva me abraça e parece realmente incomodada.

Fico parado, apenar sentindo seu corpo colado ao meu, como imãs atraídos um pelo outro. Toda aquela tristeza de mais cedo havia ido embora mediante aquele ato. Sentia seus cabelos compridos se espalhando nos meus ombros e o perfume cítrico impregnar no meu nariz. Até que algo parece a incomodar, fazendo com que ela se afastar de mim.

— Ei, Bruno! Aquele ali na capa daquela revista... — ela aponta para a terceira prateleira, em uma revista já empoeirada do tempo que estava lá.

— O que tem? — pergunto confuso.

— É o JK! Tenho certeza, é Jeon Jungkook na capa de uma revista!

Viro-me abruptamente com suas palavras, não consegui nem as assimilar direito, mas só por citar seu nome, meu corpo já se movimentou sozinho.  

Sim. Era realmente ele. Jungkook estava estampado na capa de uma revista com mais dois garotos ao seu lado. Um de cabelos azuis de olhos bem fechados —quase imperceptíveis — e com as bochechas um pouco marcadas, mantinha um sorriso estonteante no rosto. O outro tinha os cabelos tingidos de ruivo, um pouco artificial — não tinha aquele brilho como os de Sabrina — e o sorriso cobria uma grande parte de seu rosto, estava com os olhos fechados e parecia ser completamente de “bem com a vida”.

Mas... Por que Jungkook estava ali?

Enquanto senhor Emanuel não voltava, a ruiva e eu começamos a ler a notícia na página quatro, era do ano passado, e tinha como título: “Boy band coreana começa a fazer grande sucesso”.

Ela dizia que três jovens de quase dezessete anos começaram como uma simples banda indie de garagem, até que abriram os olhos de grandes empresas musicais da Coreia do Sul. Grandes grupos como: GOT7 e Twice, começaram a prestigiar os garotos, fazendo-os ficarem cada vez mais conhecidos. Até de repente um deles decidiu fazer intercâmbio, forçando o trio a ter que fazer um pequeno hiatus². Desde então, ninguém mais ouviu falar de Min Yoongi, Jung Hoseok ou de Jeon Jungkook.

— Caralho Bruno! Nosso amigo é um artista! — Sabrina arregala seus olhos.

— Idol! — murmuro.

— O que?

— Se diz assim na Coreia, mas eu não posso acreditar... Por que ele não contou isso pra gente?

— Oras, e qual o motivo pra contar? O grupo é famoso por lá você não viu?

— Mesmo assim, ele poderia ter dito isso pra gente. Agora faz sentido ele cantar tão bem daquele jeito. — e eu achando que era pura sorte do garoto ter boas cordas vocais, mas na verdade ele devia ter passado por treinos rígidos.

— Bom, pense o que quiser, mas agora preciso ir Bruno, meu pai me pediu ajuda em casa hoje à tarde.

— Certo, vai lá faxineira! — rio exageradamente, provocando-a.

— Vai se foder! — diz antes de ir embora.

— X —

Durante o resto da tarde fico pensando que o garoto que tornara meu amigo era um cantor de verdade, famoso do outro lado mundo. Me pegava sorrindo em vários momentos do dia, me imaginando em um show, olhando diretamente em seus olhos. Fiquei perdido novamente em meus pensamentos, e me esqueci temporariamente do fato que ele iria junto a Lisa no baile. No fim os conselhos de senhor Emanuel estavam certos, pensei apenas nas coisas boas e voltei a sorrir, mesmo que por pouco tempo.

Deitado em minha cama sorrindo para as estrelas ao pensar nele, quase nem sinto meu celular vibrar. Pego-o de cima da escrivaninha e sinto meu coração gelar por um momento. Era ele.

Kook:

Tá aí?

Bruno:

Se estou falando contigo é porque sim né!

Kook:

Sabia que estava bravo comigo :(

Bruno:

Desculpe, não fiz por mal :/

Kook:

Posso alegrar sua noite?

Bruno:

Impossível kkkk

Kook:

Eu cancelei com a Lisa, pra ir com você no baile!

Meu deus Jungkook! você acabou com minha noite isso sim! Meu coração — que antes queria saltar pela boca — agora se encontrava morto e enterrado por completo.

Kook:

Não vai falar nada?

Vou ficar bravo contigo se não me responder!³

 

 

Bruno:

Desculpe, meu celular travou!

 Mas você não acharia estranho irmos nós dois juntos?

Kook:

Somos amigos, todos sabem disso!

Bruno:

Não sei se ainda quero ir nesse baile, Kook.

Kook:

É por causa da Sabrina?

Você quer ir com ela, não é?

Bruno:

Não... Eu só não sei...

Kook:

Relaxa, pense e me dê a resposta depois, okay?

Vou deitar agora!

Boa noite, durma bem! ♥

Bruno:

Boa noite, JK!

Ele sempre me mandava corações acompanhados do “boa noite”, e sinceramente já tinha me acostumado tanto com isso, que quando ele esquecia, eu o cobrava para que mandasse.

Mas, e agora? Eu não sabia o que fazer. A galera ia achar estranho irmos sozinhos em um baile de primavera. Se pelo menos Sabrina estivesse conosco...

“Toc”, “toc”, “toc”. Sou interrompido por três batidas seguidas na porta.

— Posso entrar, querido? — era mamãe.

— Claro, entre.

Ela senta com toda a dificuldade na ponta da minha cama de solteiro no meio do quarto, com o lençol já todo desarrumado. Ela sorri e bagunça meus cabelos.

— Vejo que está mais feliz agora filho! Você parecia um pouco triste mais cedo.

— Sim, foram apenas algumas desavenças lá no colégio, mas foram resolvidas.

— Fico feliz, sabe que eu te amo muito e não quero te ver pra baixo. Pode contar com sua mãe para tudo, mesmo que eu esteja nesse estado.

— Você está ótima mãe! Muitas na sua situação desistiriam, mas a senhora segue firme e forte. — ela lança um sorriso espontâneo quando a elogio.

— Só queria saber se estava melhor, vou indo então para você descansar.

— Mãe! — grito antes dela sair do quarto. — Se você quer muito fazer algo, mas tem medo do que as outras pessoas vão pensar, o que faria?

— A sua felicidade não depende da opinião das pessoas, meu querido. Se você se sentir feliz, não deve se privar por nada e nem ninguém.

Aquelas simples palavras saíram tão majestosamente de sua boca. Aquilo me acalmou, e fez com que eu tomasse uma decisão de imediato.

Ligo novamente meu celular que já estava com apenas dois por cento de bateria. Entro na conversa do moreno e sorrio ao clicar em enviar a mensagem.

Bruno:

Sim Jungkook, eu aceito ir ao baile com você :)

 


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Notas finais do capítulo

¹: Majin Boo é um personagem e antagonista final do mangá Dragon Ball e sua adaptação em anime Dragon Ball Z.
https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BNTJmNGNjNjAtZTRmNy00MWY2LWFmNTEtY2Y3YTE2ODFjNTY0L2ltYWdlL2ltYWdlXkEyXkFqcGdeQXVyMTk3OTMzOA@@._V1_.jpg

²: Hiatus é o termo usado para representar a pausa ou lacuna no decorrer de um acontecimento contínuo. Normalmente, serve para nomear o interrompimento temporário de um seriado, por exemplo.

Link da música do inicio que Bruno canta com JK: https://www.youtube.com/watch?v=18K-_kiFCqM (Ps: troquem o Charlie Puth pelo Bruno na imaginação de vocês kkkk)

AAAAAAAAA VAI TER BAILINHO SIM!!!!

Mas será que vai dar bom? ou vai dar ruim kkkkkkk

Logo logo sai um novo capítulo, espero que estejam gostando de verdade :)

Bom, é isso... Até o próximo capítulo então galerinha ♥



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