Logo....
Já eram 6 da tarde e eu estava exausta. Clientes entravam e saíam da minha floricultura sem flores. Por um lado era bom , eu estava fazendo um baita negócio e lucrando muito , por outro eu ficava frustrada em não poder arrumar um arranjo para entregar o cliente na hora .Realmente , a pior parte era isso... não ver minhas lindas e perfumadas flores... só daqui a algumas semanas, se cuidadas com carinho , é claro.
—Ino? –Ouvi alguém me chamar, nos fundos.
Fui até lá, um tanto quando nervosa , pois achei que o tal rapaz havia voltado. Assim que cheguei lá vi um homem bem vestido de terno , e uma prancheta na mão.
—Oi...—Ele me cumprimentou com um sorriso.—Sou Takeru , da construtora , vim ver seu imóvel e tudo mais...
Um alívio me veio.
—Certo...—Eu disse tirando meu bloco de notas do bolso.—Vamos começar?
Meu anoitecer foi realmente gratificante , conversei com Takeru , assinei o contrato e no dia seguinte a construção seria iniciada. Me senti tão adulta... que mal me contive , abri uma garrafa de champanhe e tomamos juntos. Ele ficou até tarde .... mas não rolou nada, afinal em sua mão havia um lindo anel de ouro reluzente ... que inveja .. pensei respirando fundo.
—Ino? –Ele se aproximou de mim e colocou uma mão no meu rosto.—Você tá bem?
—O quê?—estranhei o seu gesto inusitado, e me levantei.—Desculpa... é que estou um pouco cansada..—Comecei cruzando meus braços,.—Poderia ir agora?—Perguntei com um sorriso sem graça. –Preciso ir pra casa....—ele foi ao meu encontro , e sem dizer uma palavra , ele me beijou.
Eu poderia estar “semi-bêbada” mas não sou nenhuma vagabunda que fica com homens relacionados. O empurrei para longe , estava tudo meio embaçado e confuso.
—O que foi?—Ele perguntou se aproximando de mim.—Não tem ninguém aqui...—Ele colocou a mão em volta da minha cintura.
Droga ... eu pensei tentando me soltar fazendo cara de nojo.
—Não interessa seu otário!—Gritei quase sem voz , eu sentia que algo estava sugando minhas forças.—Você é casado , seu escroto de merda! –Disse por fim caminhando em direção a porta.
Eu pude sentir sua presença atrás de mim, mas estava tão fraca que não conseguia bater nele, então , sair dalí foi a melhor idéia que eu pude ter. Ele se aproximava mais e mais ... assim que consegui sair de casa , ele me puxa bruscamente para dentro. Essa doeu eu pensei assim que cai de costas no chão, meu corpo para a sorte dele , não respondia de forma rápida quanto meu raciocínio ... eu mal conseguia fazer me levantar do chão , de repente senti minhas pernas fracas e dormentes. Ele subiu lentamente em mim , me fazendo o encarar , e quando olhei no fundo dos seus olhos , tive a impressão de que ele fazia aquilo contra sua vontade.
—Pensei que fosse da construtora.—Resmunguei.—Quem é você?
Ele não me respondeu... apenas ficava me encarando ....,de repente , ouvi um som de passos, e sem pensar duas vezes enchi meus pulmões para dar meu melhor grito.
—Socorro ....!—Gritei , mas ele tapou minha boca.. é o meu fim? Me questionei respirando rápido. Tudo o que eu conseguia me concentrar naquele momento foi no relógio digital que ficava na bancada.
Meia noite e trinta e quatro... algo de ruim estava prestes a acontecer , e eu só conseguia pensar nas horas... o que está acontecendo comigo?
BUM
Ouvi uma explosão , e o cara que estava em cima de mim caiu do meu lado, totalmente ensanguentado ... mas o quê? Eu pensei tentando me levantar , mas não consegui... olhei para a figura que estava na porta , mas não identifiquei , pois além de escuro eu estava bêbada. Talvez fosse meu pai ... pensei , deve ter vindo me buscar ... graças. Recostei minha cabeça no chão , posso ficar aliviada agora. Sem demorar muito cai no sono.
Já de manhã acordei recostada na poltrona dos fundos, em volta de mim tinha um cobertor , minha cabeça doía muito , então resolvi não me mexer por uns minutos. Fiquei observando o ambiente ...e .. achei estranho meu pai me deixar dormir sozinha aqui.
—Pai?—Chamei na esperança dele responder.—Quero um café....—resmunguei coçando meus olhos.
Definitivamente aquela manhã estava sendo difícil pra mim , e daqui a pouco eu teria de abrir a loja...
—Ah não....—Eu choraminguei quando lembrei daquele homem caído na entrada da loja.—Como vou limpar a bagunça dele?
Abracei minhas pernas , e aterrei minha cabeça sobre elas... preciso de forças para levantar , mas onde está?
De repente ,sinto um cheiro de café, e levanto lentando minha cabeça, e para minha surpresa , era aquele cara de antes.
—Mas o que você está fazendo aqui?—Perguntei me recostando , e tomando postura.
—Não sou seu pai , mas te trouxe café hm.—Respondeu ele colocando o café no chão.
—O que quer de mim?—Perguntei séria. –Aquele cara , era seu capanga ?
Ele soltou uma risada baixa ao ouvir.
—Não...—Ele se agachou na minha altura.—Eu só o eliminei porque ele estava nos procurando.—Respondeu por fim.
Aquela resposta foi com certeza estranha.
—E...—Continuou ele.—Não gostei do jeito que ele te tratou hm.
—Mas o que eu tenho haver com isso?—Indaguei tentando me levantar.—Eu não sei quem você é!
Ele se levantou comigo , e ficou na minha frente.
—Bom... agora você faz parte... esse lugar , tem sido nosso “esconderijo” por muito tempo.—me informou olhando em volta.
—Esconderijo? Quem são vocês?—Perguntei.
—Akatsuki.—Me informou.
—Quem são? O que querem aqui?
—Você não precisa saber sobre nós ou nossos planos.—Respondeu.
Aquilo estava estranho.. definitivamente eu deveria informar ao Hokage.
—Eu .. não quero fazer parte disso.—Informei caminhando em direção a entrada , e pra minha surpresa , o homem misterioso não estava mais lá, aliás estava tudo arrumado.
—Você não vai contar nada.—Ele me segurou pelo pulso.
—Por quê eu não falaria?—Perguntei tentando me soltar.
—Porque “nós” estamos por toda cidade , vigiando cada cidadão de Konoha...se der um passo em falso e abrir sua boca grande , nós iremos exterminar todos hm.
Aquelas palavras me passaram segurança , mas como ninja eu precisava argumentar com o vilão.
—E quem me garante que você está dizendo a verdade?—eu também queria passar segurança nas palavras.
Aquilo o animou muito, então , fazendo um gesto para eu olhar para a janela ele sussurra algo e logo ouvimos uma explosão. Vinha do sul , uma densa fumaça subiu pelo céu e uma onde de gritaria começou pela vila. Assustada , fui com dificuldades para o local ,assim como a maioria das pessoas , e quando cheguei lá , pude ver uma grande multidão em desespero , corpos no chão , casas e prédios demolidos e muito mas muito choro.
—O que houve?—perguntou um ninja ao chegar no local.
—De repente...—começou um comerciante machucado..—tudo explodiu.
Aquilo me devastou , teria sido aquele maluco da minha loja? Voltei para lá e ele continuava no mesmo lugar , porém , modelava alguma coisa com ás mãos.
—Gostou hm?—Perguntou sádico.
—Mas que merda você fez ?—Perguntei irritada.
—Eu apenas te provei algo.—Disse calmo.—E agora , você vai continuar sua vida como se nada tivesse acontecido.
—E se...—comecei mas fui interrompida.
—Loira... aja como se nada tivesse acontecido , vá tomar seu café e logo abra sua loja.—Ele coloca o que estava modelando no bolso.—Acredito que você queira estar bem para receber sua construtora hm.
—Primeiramente meu nome é Ino , e segundo como conseguirei agir normalmente depois de encontrar um total desconhecido que aparentemente matou algumas pessoas ?—Perguntei irônica.
—Você é esperta Ino.—Ele disse bem próximo de mim.—Eu te observo desde que começou a construir essa loja.—senti meu rosto ficar quente de repente.
Como numa hora dessas eu fico sem graça perto dum assassino? Ele coloca o copo de café na minha mão , já estava frio...
—Quem é você?—Perguntei.
—Deidara.—Respondeu antes de sumir numa fumaça.

Continua...