Miranda: Coven escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 6
How To Get Away With Murder




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Greeny Wicked

— Não seja estúpido, é só gelo! — Ouvi um grupo de pinguins dizendo em frente ao grande muro de gelo que rodeava a ilha.

— Eu não tocaria nisso se fosse vocês. — Thay disse saindo de uma pequena multidão acompanhada de Minkis com as nadadeiras cruzadas.

— E quem é você para me dizer no que tocar ou não? — Disse um pinguim, aparentemente um líder revoltado da pequena multidão.

— Tente. — Eu disse sorrindo e arqueando uma sobrancelha após sair da multidão também. Eu sabia que qualquer toque naquele muro poderia ser destrutivo ou se não pra quê minha mãe teria levantado ele se não fosse para prejudicar os outros?

O pinguim levantou uma foice e então tentou destruir um pedaço do gelo, mas automaticamente acabou se transformando em uma estátua de gelo.

— É oficial. Nada sai e nada entra. — Disse Minkis olhando para nós.

A multidão que antes era valente e brava, talvez desesperada começou a se dissipar correndo em pânico.

— Nada de novo sob o sol. — Eu disse — Minkis, você acha que tem algum livro sobre como destruir um muro mágico?

— Não sei, podemos procurar...

E então seguimos para o iglu da pinguim de penas amarelas. O iglu de Minkis era tão acolhedor e delicado, assim como ela.

Nossa amizade já durava tanto tempo que eu tinha me esquecido como nos conhecemos, brigávamos toda hora, era patético. Depois nos unimos devido ao nosso ódio em comum a uma pinguim. E dizem que o ódio não é bom...

Assim que entramos eu tirei meu chapéu e meu casaco de pelos verdes.

O meu celular começou a tocar, era Marcus:

— O que você quer, energúmeno? — Eu disse revirando os olhos.

— Eu sempre adorei essas suas ofensas super refinadas e chiques. Faz você parecer aqueles caras ricos — Respondeu — Como vocês estão? Ontem alguém me colocou para dormir e eu não soube mais notícias.

— Bem que eu queria ser rico... Hum... Parece que conheceu minha mãe... Bem, ela nos prendeu em uma torre velha e assustadora, mas passamos bem, mas não graças a você.

— Você pode não ser rico financeiramente, mas eu poderia dizer que sua beleza é tão valiosa quanto barras de ouro, mas você sabe que não foi minha culpa, o que eu poderia fazer se minha querida sogra me deu chá de ervas tranquilizantes.

— Não a chame de sogra, mesmo que nós estivéssemos namorando. Aquela mulher não é nada para mim.

— Bem... É... Ela certamente não é uma boa mãe.

Antes que eu pudesse respondê-lo, alguém começou a bater na porta desesperadamente.

— Tá tudo bem aí? — Marcus perguntou.

— Depois eu te ligo — Respondi desligando e guardando o telefone. Minkis estava com uma faca nas nadadeiras e Thay segurava em livro pesado.

Abri a porta com magia e então vimos que era a polícia.

— Minkis Mackenzie? — Disse o policial mostrando seu distintivo dourado e brilhante.

— Sim, sou eu. — Disse Minkis largando a faca e indo até a porta.

O policial colocou uma algema em suas nadadeiras:

— Você está presa por homicídio doloso. — Ele disse puxando Minkis para a viatura.

Minkis olhava assustada para nós, biqueaberta e com os olhos arregalados.

Eu e Thay também nos entreolhávamos confusos e assustados.

— Eu não fiz isso! — Ela berrou.

— Você vai responder isso na delegacia junto com seu advogado. — O policial respondeu colocando-a na viatura.

Quando o carro saiu, Thay olhou para mim biqueaberta:

— O que acabou de acontecer?

— Sei lá minha filha, nem eu entendi! — Eu disse confuso pegando meu casaco e meu chapéu.

— Vamos visitá-la daqui a pouco, só vou me trocar. — Eu disse saindo pela porta e indo para mais perto da montanha onde pude me teletransportar para meu iglu.

Tomei um banho rápido e peguei meu celular, liguei para Thay combinando de a encontrar no Centro.

Em seguida peguei um poncho, me vesti e disquei outro número, Marcus.

— Preciso de você, Minkis foi presa e você fez faculdade de direito, então deve saber ajudar.

Ele assentiu e combinou de se encontrar conosco na delegacia.

Peguei uma maçã e saí do meu iglu celando-o com magia caso alguma bruxa tentasse entrar.

Desci a montanha e cheguei ao Centro, Thay estava lá com um coque frouxo e uma blusa lilás de manga comprida, mais comprida até que suas nadadeiras.

Juntos seguimos rumo á delegacia. Chegando lá, Minkis estava acompanhada de sua mãe que chorava compulsivamente.

— Você mudou depois de andar com essa gente estranha, Mackenzie! — Ela dizia secando as lágrimas com um lenço. Minkis estava visivelmente desinteressada em relação ao discurso de sua mãe dramática.

Quando viu que chegamos, a pinguim se levantou da cama de sua cela e sorriu animada.

— Eu trouxe uma maçã para você, sis! — Eu disse arremessando a maçã vermelha.

O Delegado estava separando a ficha de Minkis, eu e Thay nos sentamos em uma cadeira, minutos depois Marcus chegou com uma roupa bem... diferente! Ele estava com o cabelo lambido de gel e vestia um terno com uma gravata ridícula, eu queria rir, mas me segurei.

Ele cumprimentou o Delegado e se apresentou como o advogado de Minkis.

A cada palavra que ele dizia eu queria rir.

Ele ficou horas debatendo com o Delegado, mas não conseguimos provar a inocência de Minkis, ela passaria a noite na delegacia.

Quando anoiteceu nós nos despedimos e fomos em busca de outras formas de provar a inocência de Minkis.

Mais tarde durante a madrugada o telefone do meu iglu começou a tocar, era a polícia.

Atendi, nossa presença na delegacia era necessária. Liguei para Thay e para Marcus.

Me troquei e então segui em direção à delegacia. Quando cheguei lá Minkis havia desaparecido, aonde estava aquela garota? Bem, esse era a dúvida que todos tinham. Aonde estava Minkis Mackenzie?

A polícia começou a procurar por toda ilha, mas não a encontraram, porém, descobriram algo pior, um corpo perto da praia, e nele havia digitais da nossa amiga. “Não foi ela que fez isso”. Pensei.

Como nós poderíamos provar que não foi Minkis sendo que havia digitais dela por todo o corpo da pobre pinguim? Era uma questão importante a se levantar.

Eu só queria encontrar minha amiga antes que o pior acontecesse, e mais, queria provar sua inocência. Nossas vidas já estavam uma bagunça devido às bruxas, isso só iria piorar tudo, um problema que era grande se tornaria enorme.


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