Miranda: Coven escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 21
Seventh Waning Moon - Parte 1




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Greeny Wicked

Abri os olhos, tudo parecia escuro por um momento, até finalmente eu conseguir ver as coisas claramente. Eu estava algemado em uma rocha avermelhada, minhas roupas não eram mais as mesmas, eu estava com um manto preto de veludo com diversos símbolos em um tom de preto mais claro, eu também estava com luvas e um cinto dourado com esmeraldas. Eu estava tonto, como eu tinha trocado de roupa? Que lugar era aquele? Nunca tinha visto nenhum lugar na ilha com o chão vermelho.

— Gerda, ele acordou! — Disse uma voz feminina irritante, não podia ser, Greta? Ela tinha morrido pelas nadadeiras do Inquisidor! Ela chamava por Gerda desesperadamente, mas Gerda também havia morrido. Ah não! Será que eu morri?

Olhei para os lados e vi aquele mesmo feixe de luz, só que mais de perto, bem mais. As risadas perversas ecoavam naquele lugar, e havia riscos no chão, era uma runa, ali estava sendo realizado um feitiço, feitiço este que eu nunca vi em toda a minha vida.

A luz era muito forte, ela atravessava as nuvens e ia até a lua minguante. Estranhamente as nuvens estavam vermelhas, e o horizonte parecia fazer sol. Era um falso eclipse?

— Sabe, a Lua é muito poderosa, cravinho... Uh! Você ficou bem de manto, realça nossos olhos azuis! — Disse ela, aquela maldita. Gerda Wicked.

— O que você fez? Sua... Desgraçada! — Gritei com raiva, se eu não estivesse algemado, ela provavelmente iria cair da montanha.

— Greeny, quando terminarmos isso você vai me agradecer, nós temos objetivos em comum. — Ela disse séria. Cada palavra que saia de seu bico me irritava.

— Onde está Minkis, Thay e meu namorado?

Gerda riu.

— Estão tentando subir a minha montanha, mas isso não é problema, eles também vão nos agradecer depois.

— Por que me abandonou? — Disparei.

A líder do conciliábulo parou, virou-se e veio em minha direção.

— Eu nunca te abandonei, meu filho. Elas fizeram isso.

— Eu não acredito em você, sempre que tento você faz alguma coisa em oposição.

— Eu vou te mostrar.

A bruxa aproximou-se de mim e colocou sua nadadeira fria em meu rosto, fazendo-me ver tudo que ela passou até o dia em que estávamos vivendo.

— Foi assim. — Ela disse se levantando.

Eu não conseguia acreditar, parecia que eu tinha sentido todo o sofrimento daquela mulher com um simples toque, sua prisão, sua liberdade, suas irmãs, toda a sua jornada, até quando conheceu ela. Mas quem era essa “ela” que ela conheceu? Essa parte eu não consegui enxergar, só sabia que ela conheceu alguém muito importante em sua vida e esse alguém era chamado de ela.

— Eu nunca te abandonei, Greeny. Tudo que eu fiz até chegar aqui foi para te ver, e te fazer feliz. Esse feitiço será a prova disso. Eu vou abrir o portal para a Ilha do Club Penguin.

Eu não conseguia acreditar nas palavras dela, eu finalmente senti que ela era a minha mãe.

— Mas para isso eu vou precisar da sua ajuda, afinal, você é a bruxa dos portais! Cada uma de nós temos um poder específico, e quando nos unimos nós conseguimos combinar tudo e fazer coisas maravilhosas e inacreditáveis.

— Eu aceito, mãe.

A pinguim parecia espantada, nem ela acreditava que eu um dia iria concordar com ela.

Se isso traria Juan de volta, eu aceitaria. Faz muito tempo, e o squad precisa ficar completo.

— Quando você acordou parecia que estava com muito poder, não é? Pois é, é isso que a lua minguante e as sete estrelas alinhadas causam em nós. É o auge do nosso poder, o zênite de nossas forças, e unidas elas podem até mover montanhas. — A velha bruxa dizia — E para abrirmos um portal para outra dimensão vamos necessitar de algumas coisas importantes. Se os seus amigos nos encontrarem aqui vão tentar impedir, nós temos que fazer um feitiço de proteção no topo da montanha. As nossas irmãs estão cavando a runa e eu estou tentando trazer o poder da lua para potencializar o feitiço. Você pode ir colher plantas que serão importantes para o ritu... Feitiço.

Escutei cada palavra atentamente e me preparei para descer a montanha, mas antes que pudesse fazê-lo, minha mãe gritou meu nome e apontou para o Oeste. O que havia no Oeste? Bem, a minha dúvida foi rapidamente respondida, eu ia dar uma voltinha de vassoura.

Peguei a vassoura e vesti meu chapéu pontudo, era a primeira vez que eu ia fazer aquilo, mas parecia que eu já tinha feito antes, pois não foi tão difícil levantar voo.

Quando comecei a descer a montanha avistei Minkis, Thay e Marc no sopé. Pousei perto dele e percebi que eles estavam com vários equipamentos para escalada.

— Greeny! Meu Sensei! — Gritou Minkis assim que me viu, logo Thay e Marc fizeram o mesmo.

— Oi gente! — Eu disse colocando a vassoura na encosta.

Eles correram me abraçando.

— O que tá acontecendo, amor? Que roupa é essa? — Marc perguntou enquanto me beijava.

— Tá tudo bem, gente, minha mãe me deu, eu faço parte do Seventh Waning Moon agora!

Um silêncio tomou conta do lugar, Minkis estava irada, Thay parecia decepcionada e Marc uma mistura dos dois.

— Não acredito que se juntou a elas. — Minkis parecia irritada, mas estava séria me encarando.

— Elas não são malvadas, gente, o feitiço é para abrir o portal para a Ilha do Club Penguin! — Tentei amenizar.

— E você acreditou no que essas garotas demoníacas disseram para você? Greeny, por favor! Elas são bruxas! B-R-U-X-A-S! — Minkis gritou.

— Eu também sou. — Eu disse, as palavras dela pareciam ter me apunhalado, quer dizer que eles sempre tiveram medo de mim? Acreditaram que eu seria perverso? O episódio em que Marcus decidiu acabar tudo estava repetindo, e eu não conseguia acreditar.

— Vocês estão tentando me jogar com minha própria família? Que tipo de amigo faz isso? — Gritei com raiva.

— Greeny, entenda! Elas não são sua família! — Marcus se impôs gritando comigo também.

— E vocês não são meus amigos! Nunca foram! — Eu disse com lágrimas nos olhos, minha voz estava trêmula e minhas nadadeiras também.

— Nós só queremos o seu bem. — Thay disse em um tom baixo.


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