Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 3
☆ Capítulo três ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores meu ♥



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— Como consegue viver assim? - falou depois de muito silencio e ele a encarou. - Você, não tem um emprego?

Estevão suspirou não ele não tinha um emprego e vivia pelas ruas fazendo o que sabia para ganhar uns trocado e ter o que comer no dia. Era assim que Estevão San Roman vivia seus dias a muitos anos. Ele iria responder quando um homem adentrou a casa já que a porta estava aberta e disse:

— Quero que desocupe minha casa agora mesmo! - falou sem paciência. - Não quero conversa, nem choro apenas que junte seus panos de bunda e suma daqui!

Maria o olhou no mesmo instante assim como Estevão que tinha o coração acelerado.

— O que? - ele disse nervoso não poderia ir para rua agora que estava com Maria ali junto a ele precisando de sua ajuda.

Não podia ser verdade que estava ali sendo despejado naquele momento que precisava de ajuda. O destino era mesmo injusto com ele e ele ofegou nervoso olhando para o homem que parecia um monstro de cara feia, Maria sentiu um aperto no coração e com toda a coragem que tinha dentro de si ela disse:

— Quanto é que ele deve? - o homem a olhou de cima a baixo e sorriu.

— Sendo bancado por mulher rica agora? Ou a sequestrou? - falou sendo idiota.

Maria suspirou o homem era um babaca e sentia que não podia permitir que ele falasse daquele modo dela e sem pensar revidou.

— Não precisa pagar nada porque ele come de graça!

O homem tirou o sorriso do rosto no mesmo momento a encarando, Maria não iria ser conversa de nenhum deles e Estevão a olhava com os olhos arregalados nunca pensou que ela poderia dizer algo como aquilo, mas sentiu orgulho por ela não deixar que aquele homem a ofendesse.

— Quanto é que ele deve? O gato comeu sua língua? - cruzou os braços em cima da barriga esperando pela resposta.

— Mil reais! - falou querendo sentar a mão na cara dela por ser afrontosa daquele jeito. - E eu quero que saia da minha casa já tenho outra pessoa para alugar e que vai pagar no dia certo!

Maria suspirou e olhou para Estevão e depois para sua bolsa e foi a ele dizendo algo em seu ouvido e ele negou, mas ela não estava pedindo autorização e sim o avisando, voltou seus olhos ao homem e disse com firmeza.

— Volte amanhã e não adianta dizer que não porque eu vou te pagar só preciso ir ao banco! - mentiu não iria demonstrar que tinha dinheiro. - Te darei até a mais para que segure até amanhã!

O homem olhou para Estevão e apenas o fuzilou com os olhos e saiu da casa batendo porta o que fez com que ela se estremecesse e soltasse o ar pesado que ele tinha deixado. Maria o olhou e tocou a barriga.

— Eu, não quero que pague nada! - foi orgulhoso. - Eu vou dar um jeito nisso! - passou a mão nos cabelos.

— Eu tenho dinheiro e posso te ajudar! - segurou a mão dele. - Não seja orgulhoso ou nós dois vamos para o meio da rua! - o olhava nos olhos e ele suspirou sentindo o toque dela. - Eu, não sei quem sou e sinto que não posso ir a policia... - sentia um aperto no peito mais não conseguia entender o porquê.

Ele suspirou e pensou por um momento sem soltar-se dela e depois de muito silencio ali apenas os dois presos um no olhar do outro ele disse:

— Tudo bem, mas irei pagar cada centavo!

Ela sorriu, ele era mesmo muito orgulhoso e ela não iria discutir com ele nada naquele momento.

— Tudo bem! - soltou-se dele. - Agora preciso de um banheiro!

Estevão a levou até a pequena porta e deixou que ela usasse sozinha, voltou a sala e olhou a mochila ali tinha muito dinheiro e ele ficou com medo de alguém descobrir e fazer mal ao dois e ele levou para o pequeno quarto que tinha ali e deixou sobre a cama. Voltou para a sala com uma coberta e um travesseiro para que pudesse dormir ali e ela logo saiu do banheiro descalço não conseguia mais andar naquele salto.

— Eu vou sair pra ver se consigo algo pra gente comer! - iria pedir ajuda a um amigo para que eles comessem.

— Não precisa conseguir! - foi direta. - Vou te dar dinheiro e você compra o suficiente para hoje e amanhã. - prendeu os cabelos no alto.

— Maria... - ela o interrompeu.

— Não tem Maria... Eu quero te ajudar enquanto estiver aqui! - se aproximou com calma procurando a bolsa. - Eu posso te ajudar, mas você pode me deixar fazê-lo.

— A bolsa está no quarto... - foi o único que conseguiu dizer estava envergonhado por ter que receber dinheiro de uma mulher.

Maria nada mais disse sentia tanta confiança nele que nem conseguia explicar e foi ao quarto pegou duzentos reais e voltou dando na mão dele.

— Compre tudo que precisa para a gente cozinhas hoje e amanhã e depois vemos como vai ser as coisas!

Ele sabia que ela não iria mudar de ideia e apenas saiu de casa a deixando ali, Maria sentou no sofá e ergueu blusa a barriga era enorme e ela acariciou sorrindo o bebê a reconhecia e ela não entendia porque não sentia vazio, porque não queria buscar quem era. Maria não sentia medo de Estevão, Maria não sentia medo de descobrir o passado. O que ela mais tinha medo era de voltar a ser quem era, mas isso ela não pensava porque não queria lembrar, sentia que não precisava daquelas lembranças mesmo com um bebê na barriga e uma mente em branco da qual não queria se lembrar.

— Quem somos em bebê? - sentiu o chute em sua mão. - Pelo jeito nós entendíamos tão bem. - sorriu acariciando a barriga enquanto o bebê "dançava" ao toque de suas mãos.

Era tão maravilhosa aquela sensação de carregar a vida dentro de si que ele fechou os olhos sentindo mais amor ainda por aquele bebê e ali de olhos fechados veio vocês que diziam... "Você, não pode voltar para casa!" "Ele nunca te amou" "Você vai ser mais feliz sozinha...". E um barulho estrondoso de buzina foi ouvido e uma luz forte tomou seus olhos e ela abriu os olhos de pressa sentindo as lágrimas por seu rosto e ela ofegou nervosa com a mão no peito.

Não queria lembrar, não queria, mas parecia impossível que aquelas lembranças se apossassem de seu corpo e de sua mente. Estevão entrou e a viu daquele modo e largou tudo de suas mãos e foi a ela que o agarrou abraçando forte sentindo que ali era mais seguro que em sua mente e ele a segurou firme em seus braços sentindo que a missão dele no mundo era cuidar dela e de seu bebê e ele o faria porque seu coração e todo seu ser gritavam para que ele a salvasse. Não sabia de que, mas precisava proteger a sua Maria...


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