Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 2
☆ Capítulo dois ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura mores ♥



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Mas diferente do que ela pensou não sentiu o chão e sim braços a segurar seu corpo e ela abriu os olhos o olhando de imediato...

— Tu mirada...

Era tudo tão confuso para ela naquele momento em que se via "presa" nos braços daquele homem que tinha o olhar mais puro que ela já tinha visto até o momento, mas como saber se já tinha visto aqueles olhos se de nada se lembrava? Ele parecia tão confiável enquanto a mantinha ali em seus braços que nem conseguia falar.

— A senhora está bem? - falou educado.

— Qual seu nome? - falou por fim depois de mais um longo silêncio.

Ele sorriu ela parecia não ter medo dele e nem do modo como a olhava ou até mesmo a segurava ali a arrastando novamente para a calçada para que não fossem mortos por um carro.

— Me chamo Estevão San Roman. - a soltou para não ficar estranho aquele contato todo. - E a senhora?

Ela o olhou e pensou por alguns minutos e nada encontrou em sua mente. Estava vazia e ela se desesperou.

— Eu, não sei... - a voz era aflita. - Eu, não sei o meu nome! - começou respirar pesado.

— Fique calma! - segurou a mão dela. - A senhora veio do hospital? - olhou a pulseira dela no braço.

— Maria... - ela olhou na direção do braço e puxou olhando. - A senhora precisa voltar para lá. - ela negou no mesmo momento. - Está grávida e...

— Não me leve de volta! - o cortou nervosa. - Eu sinto que não posso voltar para lá.

Eles ouviram o barulho da polícia e Maria segurou em sua mão nervosa.

— Me tira daqui, por favor!

Estevão pensou por alguns segundos quando viu a gangue de Cornélio se aproximar e sabendo que poderia acontecer o pior ele saiu dali com ela o mais rápido possível entrando num ônibus. Estevão a sentou no banco e ficou ali ao lado dela sem nem saber como iria pagar aquela passagem mais precisava tirá-la dali antes que o pior acontecesse, colocou a mão no bolso e tirou as moedas contando para pagar as passagens.

No final do dia teria somente a passagem dele, mas agora com ela não conseguiria nem comprar pão para comer. Maria o olhou e segurou mais a bolsa junto a ela e ele suspirou não tinha mais que alguns pesos e ela abriu a bolsa e pegou uma nota de cinquenta e deu a ele.

— Maria... - olhou para ela e de onde vinha aquela tinha muitas outras.

— Pague! - deu na mão dele.

Estevão pegou estava próximo já de desceu e deu a cobradora que cobrou pelos dois mesmo xingando por não ter troco suficiente para aquele dinheiro todo. Ele agradeceu sempre muito educado e no ponto dele, desceram e ele a olhou.

— Como posso te ajudar? - estava aflito com ela.

— Me deixe ficar com você? - pediu com medo daquele lugar. - Eu, não me lembro de nada! - estava confusa e um pouco de dor de cabeça.

— Eu deveria te levar para a polícia para que achem a sua família! - disse pensando seriamente em não se complicar.

Estevão via pela roupa dela que Maria era uma mulher que tinha dinheiro e se a policia a pegasse com ela certamente o mandaria para cadeia por sequestro. Maria não entendia direito o que sentia, mas ao mínimo mencionar da policia a apavorava e ela novamente segurou a mão dele.

— Me deixe ficar com você somente até que me lembre quem sou? - estava aflita e levou à mão a cabeça. - Me dói...

Estevão novamente a amparou em seus braços e mesmo com cheiro de hospital ela tinha seu perfume próprio, ele a olhou e suspirou não poderia deixá-la na rua como estava e não era homem de negar ajuda a ninguém. A sentou em um banco ali e correu até o bar e comprou uma água para ela.

— Tome para que possamos ir para casa. - abaixou próximo a ela. - Do que se lembra?

Ela bebeu bastante água estava com sede e o olhou.

— De acordar naquele hospital e com essa barriga... - tocou sentindo um chute. - Pelo jeito ele sabe quem sou, mas eu não me lembro como engravidei... Não me lembro nem quem sou eu! - passou a mão no cabelo e bebeu mais água enjoada.

— Vamos para casa! - falou natural. - Consegue andar?

Ela assentiu e ele a ajudou a ficar de pé e pegou a bolsa de sua mão para que ela caminhasse mais cômoda já que trazia um lindo salto nos pés e pensando bem seria muito difícil andar por ali cheio de buraco e barro. Foi mais ou menos vinte minutos caminhando até que ele parou frente uma casa modesta que não deveria ter mais de dois cômodos contando com o banheiro.

Estevão estava envergonhado em sua casa mal tinha para ele e agora teria que hospedar uma mulher que claramente tinha vida boa e de rainha, mas como negar teto a alguém que precisa? Nunca faria isso e muito menos com uma mulher grávida. Caminhou com ela até a porta e abriu dando passagem a ela depois de acender a luz.

— Bem vinda a seu lar! - brincou com um sorriso envergonhado.

Maria entrou e segurando a barriga olhou aquela casa, não era possível que alguém conseguisse viver naquelas condições, negou com a cabeça e o olhou depois olhou novamente aquela pequena cozinha com um armaria, geladeira e um fogão caindo aos pedaços mais ao lado tinha um sofá velho e duas cadeiras, mesa não tinha e ela deu mais dois passos a frente. Estevão sabia que ela estava a analisar tudo e se sentiu ainda mais envergonhado, a casa não fedia, mas era para um homem sozinho e da condição dele.

— Como consegue viver assim? - falou depois de muito silencio e ele a encarou. - Você, não tem um emprego?

Estevão suspirou não ele não tinha um emprego e vivia pelas ruas fazendo o que sabia para ganhar uns trocado e ter o que comer no dia. Era assim que Estevão San Roman vivia seus dias a muitos anos. Ele iria responder quando um homem adentrou a casa já que a porta estava aberta e disse:

— Quero que desocupe minha casa agora mesmo! - falou sem paciência. - Não quero conversa, nem choro apenas que junte seus panos de bunda e suma daqui!

Maria o olhou no mesmo instante assim como Estevão que tinha o coração acelerado.

— O que?


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