Gêmeas que Atormentam - o Retorno escrita por Janus, Lexas


Capítulo 9
Capítulo 9




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     - Ai!
     - Ora, não reclame! Não fez o que queria?
     - Sim, mas... você ainda interrompeu a luta!
     - Haru-chan... ainda com isso? Vem, vamos até a minha avó, ela dá um jeito em você.
     - Não estou acostumada a ser carregada... otousan geralmente me deixa largada no chão por algum tempo antes de ver se estou com preguiça ou cansada.
     - Não sou ele, lembra? A tia Rei realmente te arrebentou bonito. Agora sim eu acredito que ela pega leve com a gente no futuro. Você nem conseguiu imaginar alguma defesa?
     - De que jeito? - ela deixou a cabeça pender para trás enquanto ele a carregava nos braços - eu mal consegui vê-la se movendo... nem a tia Megumi fez isso conosco... como é que Hip-chan agüenta?
     - Pratica. É o terreno dela, lembra?
     - Sei. Sabe, Josh... estou começando a ficar com saudades do Otousan.
     - Entendo como se sente. Eu também sinto falta de minha família. E ver minha mãe ali no dojo, e nem ao menos poder lhe dar um abraço... - ele abaixou a cabeça e engoliu saliva para tentar conter as lágrimas que se aproximavam. Ela estava ali, próxima a ele, e não podiam reatar o elo que possuíam... nem o espiritual e nem o empático, para não falar no elo mental. Era como se ela tivesse morrido e fosse enterrada. Tinham lhe contado o que fizeram com Yuki... na época, ele não conseguia imaginar como seria isso... de ter os elos emocionais rompidos. Mas agora ele finalmente conseguiu ter uma idéia.
     Era algo muito doloroso.
     Embora toda dolorida, ela consegue forças para acariciar a face do mesmo, consolando-o.
     - Obrigado, Haru-chan. Bom... aqui estamos. Espero não ter chamado muita atenção...
     - Que atenção poderíamos chamar? Você só estava a uns quarenta por hora...
     Ele abre a porta, carregando a moça para dentro, como se fossem casados. Hmmm... ela ainda usava as roupas de Allete. Nada mal, mesmo. Pelo menos sua avó não iria ficar cutucando-o por causa disso.
     - Josh? É você? - ela literalmente voa para a sala de estar, e flagra os dois ali, com a moça nos seus braços - mas... quem é sua amiga?
     - Vovó, esta é Haruka, uma amiga minha que veio conosco na viagem do tempo. Ela... andou abusando um pouco dos treinos...
     Minako olha para a moça assombrada. A aura dela... não era possível!
     Era uma aura diferente. Especial. Uma que só encontrou em apenas uma pessoa. Nem mesmo a mãe de tal pessoa tinha uma aura parecida, o que era bastante curioso. Era uma aura branca e muito, mas muito radiante, mesmo. Ofuscante, na verdade.
     - Ela... ela é parente... quer dizer... quem são os pais dela?
     - Quer saber quem vão ser os pais dela? - ele sorria - desculpe, mas terá de esperar um pouco para descobrir. Mas garanto que não terá que esperar muito. Bom, indo direto ao ponto, ela está esgotada e precisa de ajuda.
     - Só preciso descansar - disse ela em seus braços, agora se esforçando para se mover - otousan não criou nenhuma preguiçosa não.
     - Se me lembro bem, ele também disse que não gosta de ver uma linda moça andando pela cidade toda arrebentada. Por favor, vovó.
     - NÃO! - Haru-chan já estava se remexendo, tentando escapar dali. Era muito orgulhosa para aceitar tal coisa uma vez que podia se mover ainda. Nunca tinha visto sua okaasan fazer isso, nem mesmo quando otousan quase a deixava em coma.
     Bom, quando isso acontecia, ele também mal podia se mover...
     De qualquer forma, ela não queria. Não estava disposta a aceitar tal ajuda.
     - Certo, vamos fazer o seguinte - ele segurou suas mãos firmemente e olhou diretamente nos seus olhos - se não conseguir escapar de meus braços antes que ela te cure, você vai aceitar isso de bom grado, ok?
     - Ora..
     - É um desafio - ele ainda sorria - ou vai querer fugir disto?
     - Eu não fujo de nada!
     - Certo. Bem vovó... pode ir em frente.
     Minako segura um sorriso. Apesar do brilho fora do comum, ainda assim, era uma joviana. Lutava por prazer, pelo gosto de lutar, pelo prazer do desafio.
     E pelo visto, não desistia de jeito nenhum, como se a dor fosse apenas psicológica.
     Ela ergue o braço a ponta para a testa da moça, que se digladiava inutilmente nos braços de Josh.
     Minako toma um leve susto quando faiscas brilham nos olhos da garota. Ela não iria...
     Nem tem chance, pois seu neto sela os lábios dela, deixando uma duvida na mesma se iria querer sair dali ou não.
     A dúvida não durou, Minako e Josh são pegos pela eletricidade gerada por ela, tombando, enquanto que ela se ergue, exausta, mas livre dos braços dele.
     - Bem - ela arfava, vítima de seu quase total esgotamento - acho que ganhei o desafio...
     Josh se ergue cambaleando, ao passo que vislumbra sua avó no chão, com um olhar de fúria. Suas emoções estavam à flor da  pele.
     - É... igualzinha ao pai... igualzinha!!!
     - Hã... vovó? A senhora...
     - PRESTE ATENÇÃO MOCINHA! - Minako se erguia e olhava com fúria para a joviana - EU NAÕ VOU ADMITIR ESTE COMPORTAMENTO NA MINHA CASA, ENTENDEU?
     - Desculpa... - Haru-chan realmente estava com medo dela - era para acertar só o Josh...
     - FIQUE SABENDO QUE SEU PAI NUNCA AGIU DESSA FORMA AQUI, OUVIU? NUNCA! ELE SEMPRE TEVE MAIS RESPEITO! NÃO SEI SE VOCÊ É OU NÃO UMA SENSHI, MAS EU AINDA SOU A LÍDER DAS SENSHIS, E SEU PAI SEGUE MINHAS ORDENS, O QUE INDIRETAMENTE PODE AFETAR VOCÊ, PORTANTE PARE DE AGIR COMO UMA CRIANÇA!!!
     - E-eu...
     Ela emudeceu. Não esperava esta reação dela. Também, porque tinha de ser teimosa?
     - Perdão... sailor Vênus. é verdade que não sou uma senshi, mas, mesmo assim, eu respeito muito a senhora. Eu... eu me deixei levar...
     Josh estava impressionado. Não era a toa que sua prima havia ficado tão feliz quando fora designada para ser auxiliar de sua avó. Realmente a mesma não perdera o tato.
     - Pois bem mocinha, qual é o seu nome?
     - Meu nome é Haruka, dona Minako, mas meus amigos me chamam de Haru-chan.
     - Haru-chan, é? Sei... que nome que o seu pai foi te dar...
     - Como...
     - Reconheço essa aura. Esse tipo e padrão. Só conheço uma pessoa que a possui - apesar de que, em seu intimo, jurar para estar enganada, uma vez que podia jurar ter visto algo similar nos últimos tempos.
     - Gozado... me disseram que ela se parece mais com a da minha mãe...
     - Foi a minha jóia quem disse isso?
     - Quem? Jóia?
     - Esqueça.
     - Mas que história é essa de jóia?
     - Eu disse para esquecer!
     - Tá bom, tá bom...
     - Com quem andou treinando?
     - Com a Rei.
     - Mesmo? E como a convenceu disso? Melhor... pensei que estavam aqui para aprender sobre os problemas em viajar no tempo.
     - Eu acho que ela precisa mais de auto controle - interveio Josh antes que ela dissesse algo que piorasse ainda mais a sua situação - quando sente um desafio, dificilmente se controla.
     Haru-chan apenas grunhiu algo ininteligível, desabafando sua irritação. Ela sabia que era verdade, mas não gostava quando jogavam isso na sua cara.
     - Vovó - Josh coloca a mão no ombro de Minako, mandando-lhe um olhar de extremo carinho, o qual a faz se derreter na hora de compaixão pelo neto. - acho que todos já ouvimos o bastante por hoje, e ela também. Maya e Rei já puxaram a orelha de ambas, acho que ficar batendo na mesma tecla agora não vai ser muito produtivo, certo?
     - Certo, minha jóia - ela dizia, sorrindo amavelmente para ele - hmmm... - ela se vira para Haru-chan - por um acaso seria essa a moça da qual me falou?
     - Hã... ele ficou levemente sem jeito - ainda pergunta?
     - Bom, depois que a Rita ficou derretida por você, achei que... hum... esquece! - Ela para, percebendo a irritação crescente da moça.
     - Haru-chan? - chamou Josh, meio temeroso da resposta.
     - O que quer que eu diga? Eu sinto ciúmes sim! Eu confesso!!! Mas eu não quero um compromisso agora.
     - Eu nunca a pressionei quanto a isso, Haruka. Nunca. vovó, pare com isso, por favor. Agradeço a senhora querer me ajudar, mas estão todos piorando as coisas. Obrigado, mas eu dispenso a ajuda de vocês. É sério.
     - Ora, mas o que tem demais em...
     - vovó...
     - Esta bem, ok, ok, já parei. E agora, o que farão?
     - Como?
     - Você dois. Ainda é de manhã, falta algum tempo para o almoço.Imagino que estão pensando em fazer algo até o horário do almoço, não é mesmo? Ou ao menos, até irem embora...
     - Para falar a verdade... ainda não sabemos o que vamos fazer - disse Haru-chan pensativa - eu queria passear por ai.
     - Ainda está bem cansada, lembra?
     - Não estou caindo no chão ainda. Ou melhor, não vou mais ficar caindo no chão.
     - Por que não vão ao megaparque?
     - Boa idéia! Assim dá para jogar vôlei.
     - Vôlei?! - Josh arregalou os olhos - mas você não descansa não?
     - Só descanso quando estou nocauteada ou morta!!!
     - Ok - ele dá com os ombros - vou tomar um banho primeiro.
     - Eu vou com você.
     - COMO?! - Minako só não abriu mais a boca por não ter meios para isso.
     - Vovó... acho melhor mesmo a senhora se controlar mais antes que tenha um infarto.
     - Mas isso é... é...
     - Vovó... sou um venusiano e tenho orgulho disso. E não preciso ser um para tomar um banho com uma amiga, por mera confiança na pessoa. Se me dá licença...
    

-x-

 

     - Droga! Merda, que bosta!
     Roger balançava a cabeça, rindo um pouco daquela maneira infantil que sua namorada tinha de ficar irritada. Ainda bem que AINDA não tinha sobrado para ele...
     - Amor...
     - Argh!!! Eu vou esmigalhar os ossos do Josh! Espera só ele se afastar da minha irmã, que ele vai ver uma coisa!
     - Tsc, tsc ... sinceramente... - ele cruza os braços, parando de andar. Geralmente o humor dela melhorava depois de algum tempo, mas nesse caso em questão, mesmo sendo uma joviana, ela estava insistindo em uma assunto em que a mesma já havia visto que estava errada. Ela e sua irmã.- as vezes nem eu te entendo.
     - A culpa é do SEU primo, que foi se meter!
     - Agora ele é meu primo, certo? O que houve com o futuro cunhadão favorito?
     - Vai virar cadáver!
     - Chega Mako-chan. Esse temperamento estourado pode cair bem na Hip-chan ou na tia Megumi, mas não combina com a capacidade de autocontrole de sua mãe.
      - NÃO INTERESSA! O JOSH NÃO DEVIA TER CONTADO TUDO PARA A SAILOR MARTE!
     Estava difícil fazer a cabeça quente se acalmar desta vez. Bem... havia um jeito. Mas ele apostava que desta vez, podia sair mancando.
     - Certo meu amor... eu a desafio!
     - Como é?
     - Isso que você ouviu. eu te desafio. Já que está reclamando tanto, vou te dar a luta que você não teve. Aceita?
     - Não vai ser a mesma coisa... Tia Rei podia me jogar ao chão com uma só mão. Desculpe lindinho... mas você nem vai dar para começar a suar.
     - Agora quem está ficando ofendido sou eu! Tudo bem que não gosto de lutar... mas sou filho de uma guerreira! Uma das mais poderosas de sua geração, mais poderosa do que a própria Sailor Marte, e que diversas vezes lutou ao lado de seu pai e tantas outras vezes o desafiou também! Tudo bem que não basta ter uma boa linhagem, mas tive treinamento como tal, e se tem algo de que eu me orgulho, é da "arte" que minha mãe me ensinou!
     - Mais poderosa que a sailor Marte é?
     - Bom, depois que se casou com meu pai, ela conseguiu uma nova maneira de ver as coisas. E então? Vai aceitar o desafio?
     - A raiva já passou... - ela sorriu para ele de forma encabulada - mas achei bem interessante este interesse todo em defender suas origens...
     - Bom... - ele cruzou os braços - você realmente estava uma pilha de nervos.
     - Bom... é. E eu... estava mesmo falando sério? Lutaria comigo? Com todas as forças?
     - Sim. Com você, sim.
     - Hum... - ela o enlaça subitamente, mantendo os olhos fixos nos seus - sabe que esta foi uma das coisas mais bonitas que já me disse?
     E o pai dela se preocupando em acharem jovianos uns eternos seres que adoravam lutas.
     E não era verdade? Eles não adoravam lutar? Claro que não era SÓ isso que faziam... Mas o resto era mais uma influência da mãe de ambas. Uma boa influência, é verdade, mas mesmo com isso a favor, elas gostavam mesmo de uma boa briga. Enquanto que os outros da idade delas acordavam de manhã e faziam alguns exercícios, elas literalmente acordavam toda a cidade quando treinavam em frente a casa. isso quando não iam a "praça de guerra" praticar com mais liberdade.
     Ele estava achando que o fato delas terem sido "obrigadas" a se mudarem para Tóquio de Cristal para continuar com os estudos acadêmicos foi mais uma desculpa para cortarem aquela mania que tinham.
     - Vai ficar ai parado me olhando? Sei que sou linda de ser vista, mas eu espero um pouco mais além de um olhar sedutor...
     Ele a abraça, beijando-a apaixonadamente, e ela retribui.
     - Hum... melhorou. Mas eu esperava mais de um ser que rivaliza com os venusianos na arte de amar...
     - Anda muito safada ultimamente, sabia?
     - Não é sempre que fico longe de qualquer um que pode me por na linha...
     - E por causa disto quer aprontar o máximo possível?
     - Não - ela o prendeu com as mãos que o abraçavam com força - quero descontar no amor o azar que tive no meu "jogo"...
     - Então vamos para um lugar mais reservado - ele roça o nariz no pescoço da mesma.
     - Vai me levar para um quarto alugado? Nós dois somos menores, lembra?
     - Gracinha... que tal acharmos um lugar para eu... - ele sorriu com a idéia - afogar esse seu calor todo?
     - Hum... - ela fez graça com o murmúrio - vamos indo...
     Eles vão caminhando. Pouco depois, estavam em frente ao lago. O "famoso" lago da deusa venusiana...
     - O que viemos fazer aqui?
     - O que acha? Afogar seu calor...
     - Mas não é proibido nadar aqui?
     - Mako-chan... - ele balançou lentamente a cabeça - já tomamos banho muitas vezes por aqui, lembra?
     - Não a luz do dia!
     - E daí?
     - Ora, e daí - ela estava vermelha com a idéia - ora, aqui, assim, na frente de todo mundo...
     - Você se preocupa demais, sabia? - ele a puxa para um beijo e se joga no chão, puxando-a, e ambos vão rolando, caindo dentro do lago.
     - ROGER!!! glub, glub, glub...
     Ela não teve tempo de tomar fôlego, e foi só graças a língua dele que evitou de se engasgar com a água. Roger e sua tara de ser sempre expontâneo.
     O parque estava praticamente deserto naquela hora da manhã, de sorte que quase ninguém viu a água borbulhar e se remexer onde o casal havia mergulhado.
     Aproveitando a distração inicial de sua amada, ele vai nadando enquanto a abraça e enlouquece com sua língua, levando a mesma para a parte mais funda do lago, longe de olhares curiosos. Quando a mesma se dá conta, percebe o que ele fizera.
     Realmente, estavam sozinhos ali, sem ninguém para atrapalha-los.
     Aquilo... aquilo... aquilo era melhor que um quarto alugado!!!!!
     Era de graça, espaçoso, bastante reservado e o que era melhor, possíveis gritos não eram problema!
     Pena que não era qualquer um que podia ir para aquele "ambiente" com ela. se antes tivesse essas regalias...
     Bom, sua irmã conseguia, e também a sua mãe.
     Claro, ainda tinha o Josh, a tia Joynah, a Hip-chan...
     Pensando bem, era ótimo que poucos podiam ficar daquele jeito.
     Bom, não era a hora nem o local para ficar pensando naquilo. A mesma se adianta, passando a mão por dentro da camisa dele, acariciando seu peito, cobrindo-o de beijos.
     A língua dele percorre todo o interior dela, gerando pequenas ondas de prazer, ao passo que sua mão se apoia na coxa desta, gerando "suspiros" inaudíveis, enquanto que ele vai subindo e descendo com a mão.
     Por que não pensaram nisso antes? Era tão simples! Mesmo que alguém os encontrasse, tirá-los dali eram outros quinhentos...
    
     No lago, um casal de adolescentes tinha acabado de alugar um barco e o remava lentamente para o centro da água, para terem um pouco de privacidade. Logo notaram uma estranha movimentação, como se... um tipo de geiser submarino estivesse se formando no lago.
    
     Apesar do fundo ser relativamente frio, ela sentia o calor dos lábios dele, ocasionalmente dando uma mordida neles. Sua perna estava um pouco erguida, de forma que ele segurava a coxa dela com uma das mãos, acariciando-a.
    
     - Mas o que está acontecendo lá embaixo? - perguntava o rapaz observando a água agindo como se estivesse borbulhando.
     - Deve ser algo para oxigenar a água - respondeu a moça, tão curiosa quanto ele.
     A curiosidade era tanta, que ambos acabaram se debruçando na beira da gôndola para tentar ver o que estaria ali na água. Como era um lago de água limpa, não devia ser muito difícil ver o fundo. Mas naquela hora da manhã ainda não tinha luz suficiente para isso. No entanto, parecia que podia ver alguma coisa se movendo lá embaixo.
     Não durou muito. De alguma forma, a água ficou um pouco mais escura naquela parte, de modo que ele não enxergava nada, mesmo.
    
     Ela enlaça a cintura do mesmo com suas pernas, ao passo que afunda seu rosto no peito dele. Ele dá uma volta completa em suas coxas, apertando-as mais ainda e levando sua mão até o ligamento da coxa com a cintura, arrancando pequenos gemidos da moça.
     Pequenos gemidos e algumas bolhas de ar que subiam, atiçando a curiosidade das pessoas na superfície.
    
     - Devemos avisar a manutenção do lago?
     - E falar o que? Que a água está borbulhando? - ele olha novamente para onde a água se remexia, e como se estivesse castigando um animal de estimação que tivesse feito algo errado, deu várias tapas fortes naquele ponto. Mas nada de excepcional ocorreu.
    
     Cerca de três metros abaixo deles, os dois se apertavam um contra o outro, protegidos pela escuridão gerada por Roger.
     Mas só em volta. Ela ainda via o que ele fazia, acariciando-a, tocando-a gentilmente e vez ou outra com certa agressividade. Sentia ele cobrindo cada célula de seus seios, ao passo que ela mordiscava sua orelha e com sua força, apertava e massageava as nádegas dela.
     A cada toque ela se remexia com força, causando mais agitação na água, fazendo até mesmo a gôndola acima deles se mover.
    
     - Será que tem alguém ai embaixo? - questionou a moça.
     - Não sei... quem é que poderia ficar tanto tempo sem respirar?
     - Estou preocupada...
     - Viemos aqui para nos divertirmos, ou ficarmos olhando para o fundo?- ele dava uma piscada para ela, enquanto lá embaixo, uma joviana era levada a loucura pelas hábeis mãos do namorado.
    
     Em um gemido, ela joga a cabeça para trás, arrastando-o junto, apesar do efeito da água os fazer cair lentamente. Deitada no fundo do lago, ela apertava-o, esfregando o mesmo em seu corpo, como se não quisesse que ele se afastasse.
     E realmente não queria. Em um ímpeto, ele leva novamente os seus lábios até os dela e a prende, beijando com uma ferocidade que ela poucas vezes pode ver.
    
     - Acho melhor nos afastarmos... Não me sinto a vontade com a água se mexendo assim...
     - Ora, é só água - o garoto comentava - que mal pode fazer?
     - Não sei... mas me assusta.
     - Ora... está com medo de uma águinha?
     - Estou com medo do que pode significar esta água se mexendo!
     - Talvez algum túnel subterrâneo, ou algo parecido... não deve ser nada demais.
     - Ainda assim, estou preocupada! Quer saber? Vou pegar meu comunicador e dar um alerta quanto a isso, só para desencargo de consciência!
     - E a quem vai avisar? A marinha?
     - Não seu bobo, a administração do parque.
     - Claro, eles vão querer averiguar e...
     - Falo sério - ela puxa seu comunicador, e entra em contato no instante seguinte - Alô? Meu nome é Lorena. Eu estou aqui em uma balsa no meio do lago do parque, e há alguns minutos a água começou a se mexer de forma estranha, e muitas bolhas tem vindo até a superfície.
     Ela ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto ouvia a pessoa que tinha recebido o comunicado falar algo.
     - Bem... estamos no meio do lago... - ela ficou quieta de novo - eu e meu namorado.... certo, é uma gôndola, não uma balsa, eu me enganei... bom, então mande seu robô observador. A água continua se movendo de forma estranha, como se tivesse algo por baixo fazendo-a jorrar para cima... sim, claro que sei sobre os youmas aquáticos, mas eu também sei que eles não aparecem aqui de uma hora para outra. Hã... vai o que? - ela ficou assustada de repente, e encarou o seu namorado em seguida - bem.. certo. Nós... vamos nos afastar...
     Logo depois ela desligou e ficou olhando para cima. Um pouco mais alto, podia ver um robô flutuando, provavelmente aquele que foi enviado para observar. Chegou bem rápido.
     - O que ele disse?
     - Disse para nos afastarmos daqui, pois vão enviar uma sailor para cá...
     - UMA SAILOR?!
     - Pois é... - ela se abraçou um pouco assustada - não querem correr riscos... não depois da guerra no Megaparque.
    
    
     - Mas porque eu? Estou no meio da limpeza da casa.
     "- Limpeza? Com os robôs de manutenção você faz a limpeza manualmente, Makoto?"
     - Gosto de me manter em forma, Minako. Porque não pede para Amy ou para Rei? Ou ainda, para uma das crianças!
     "- Amy já foi trabalhar, as crianças estão na escola, eu preciso ficar de olho em um casal por aqui e a Rei mora muito longe. Só sobra você..."
     - Que ótimo... - ela cruza os braços e nem encara a imagem holográfica de sua amiga - QUERIDO!!! Pode parar de mexer na viga da casa que eu tenho algo que deve interessá-lo...
     "- Porque ele? Isto não é uma missão muito adequada a um guardião."
     - Ele pode saber se tem algo errado mais fácil que eu. Bem, já recebi sua ordem, sailor Vênus, e estou cuidando de atende-la. Um bom dia para você - e desligou a comunicação antes que ela pudesse retrucar.
     - Chamou?
     - Sim. Preciso que você verifique um chamado. Um casal observou um movimento suspeito no lago do parque, queria que você desse uma olhada para ver se não há nada de errado.
     - E porque eu?!
     - PORQUE EU ESTOU MANDANDO! - gritou ela - Não estou a fim de caçar peixes que algum pobre assustado viu no lago.
     - Lago?
     - É, o porque do lago. Pode ir andando!
     - Sinceramente...
     - ANDA!!!!!
     Ele se retira da casa, assustado com o tom de voz dela. Se não fosse, sabia o que lhe esperava mais tarde...
    
    
     No parque, o casal que fez o chamado sobre o estranho incidente se afastou do centro deste e estava com a gôndola posicionada próxima a margem. Para no caso de ser necessário, poder sair dali bem rapidamente. Mesmo assim, eles ainda observavam quando a água se remexia de forma estranha, como se algo estivesse por baixo desta causando o movimento.
          [[Agora não, primo! Que hora para reativar o elo!!!]]
     [[Mas...]]
     [[Agora, não!]]
     [[Mas é importante!]]
     [[Estou no maior amasso aqui, me esquece, vai!]]
     [[ Bom, eu tentei...]]
     [[Mana...]]
     [[Haruka, agora não!!!]]
     [[acho melhor você ouvir isso, por que...]]
     [[Não interessa! Vã se divertir por ai com o Josh, leva ele para um pega-pega no bosque... mas agora não!!!]]
     [[Olha...]]
     [[Josh - a joviana bufava em pensamentos - corte o elo AGORA!!!!]]
     [[Certo, mas depois não vá reclamar....]]
     Eles não esperaram para verificar se o elo foi rompido, apenas começaram a se apertar com mais e mais força, fazendo a água do lago de remexer com mais força.
    
    
     - Sabe, ainda acho que deveríamos ter contado para eles...
     - Esqueça-os. Anda, dá para esfregar minhas costas com mais força?
     Ele a abraça mais ainda, esfregando seu corpo despido no dela, ao passo que a abraça, acariciando suas costas com mais força, enquanto compartilhava um delicioso beijo ardente com ela.
    
    
     Acima da superfície agora turbulenta da lagoa, uma par de pés flutuava levemente acima deste. Uma par de pés que pertenciam a um ser que observava a agitação com os braços cruzados  maneando a cabeça levemente. Em seus pensamentos, ele se perguntava em como foi que eles tiveram essa idéia de fazer tal coisa ali, e também o porque dele nunca ter feito coisa similar com sua esposa antes.
     Alheios a isso, o casal continuava suas diabruras debaixo d´água. Até que perceberam que uma força incrivelmente poderosa começou a arrasta-los de lá. Com muita fúria, alias.
     Quando se viram flutuando acima deste, deram de cara com a figura do guardião que parecia observá-los com o olhar frio por trás do visor que ocultava o seu rosto. Levou trinta segundos para Mako-chan perceber que suas roupas não estavam apropriadamente vestidas no corpo, e ficou mais dez segundos gritando de vergonha enquanto tentava coloca-las no lugar.
     Roger, mais capacitado a se controlar, apenas pensava no tamanho da bronca que iriam levar por fazer aquilo. Afinal não era qualquer um que podia ficar debaixo da água indefinidamente como os dois, e muito menos tinha feito tal arte em um local público.
     Uma das poucas coisas dignas de reprimenda moral no século XXX, diga-se de passagem.
     Mako-chan terminava de arrumar apressadamente sua roupa, ainda vermelha. Mas que coisa, o que fizeram de errado? Estavam longe de tudo e todos, o que havia dado de errado?
     - Bom dia, senhor.Em que posso ajudá-lo?
     - Não finja que não sabe quem eu sou, meu caro. Pois já que estava no maior pega-pega com esta que será minha neta, com certeza também veio do futuro, e deve me conhecer muito bem.
     Ele se esforçou para não engolir em seco. No tempo dele o avô de Mako-chan era o mais adorável e compreensível de sua geração, mas também era o pior de todos quando se dispunha a passar um sermão. Nem era necessário ele dizer nada, pois sua postura, sua forma de falar e de agir, demonstrava o quanto ele ficava decepcionado com uma pessoa. Já podia sentir isso em sua namorada, e o mesmo começava a se esboçar em seu corpo.
     - Aham... ainda assim, em que posso ajudá-lo?
     - Ajudaria muito se vocês dois - ele olhou levemente para sua namorada que não sabia onde enfiar a cara - se preocupassem mais em não chamar a atenção em seus encontros.
     - Atenção? - ele ficou intrigado - estávamos fora das vistas de...
     - Então porque fizeram um chamado sobre um incidente no lago? - questionou ele mantendo a voz grave e inquiridora - chegaram a pensar que podia ser um ataque dos generais de Klarta. E... - ele estreitou os olhos neste momento - ninguém aqui, nem mesmo as lunares, sabem sobre esta característica dos mercurianos e netunianos de poder respirar debaixo da água. Amy e Michiru nunca revelaram isso. Respondi a sua pergunta?
     - Plenamente - Roger não podia evitar de se sentir um pária naquele momento - pode nos colocar na margem, por favor? Do jeito que estamos agora, estamos chamando mais atenção do que quando estávamos lá embaixo.
     - Você anda muito com o seu tio. Para ter essa mania de querer sempre virar a mesa.
     - Tio? - desta vez, sua surpresa era genuína - posso perguntar como pode saber quem seria ou seriam os meus tios?
     Ele não respondeu. Seus olhos apenas brilharam levemente, revelando o quão pouco se sabia do alcance de seus poderes e o que ele realmente poderia fazer com eles. Pelo jeito, ele devia agir desta forma fazia uma longa data.
     - Realmente, o senhor tem mesmo essa forma de quero ser sempre subestimado...
     - Cresci com guerras ao meu redor - dizia ele enquanto os três flutuavam para fora do lago - e com isso aprendi que ser ignorado era a melhor forma de ficar a margem delas. Só recentemente minha esposa e filhas descobriram sobre o real elemento de meu poder. E isso porque não tive muita escolha - eles pousam suavemente na borda do lago - conheci quase todas as dores possíveis que se pode ter com uma guerra, e não desejo que minhas filhas venham a saber o que é isso. Pelo menos, enquanto tal coisa for possível.
     - Não será possível por muito tempo - murmurou Roger levemente.
     - Um mal por dia rapaz.... - ele sorria agora - não quero que elas enfrentem isso, mas quero que possam superar se tal ocorrer. Espere pelo melhor...
     - Prepare-se para o pior - terminou Roger - é... o senhor costumava nos falar muito sobre isso...
     - Parece que não se sente muito a vontade...
     - Não estou acostumado a encará-lo desta forma... acho que nunca alguém esteve. Bom... se nos permitir, iremos seguir nosso caminho, e garanto que não iremos cometer outra falta destas.- ele vai puxando sua namorada, a qual ainda estava muda, e ambos vão se distanciando de Sohar.
     Pelo visto, ela não encarou bem aquilo, pensava. Na verdade, ele só tinha visto o pai dela agir assim com ela, e poucas vezes. Não era a toa que eram pai e filho.
     - Mako-chan...
     - Arghh! Que droga! - ela extravasava a raiva contida, percebendo que Sohar estava distante - eu não acredito nisso mesmo!
     - Olha, acho que a gente é que...
     - Não é isso! É que o papai nos falou sobre isso, que tonta que eu fui! Se eu tivesse me lembrado, nunca teriam nos encontrado!
     - Mesmo? E o que você acha que alarmou as pessoas?
     - E você tem duvida? Nossas bolhas, ora!
     - Bolhas? Chamaram um guardião por causa de bolhas?
     - Estamos em uma época bem perigosa, com muitos inimigos escondidos por todos os cantos, lembra? Diabos, por que eu não me lembrei das lições do otousan naquela hora?
     - Talvez por que eu estava com uma das mãos nos seus seios...
     - Não é desculpa. E se a sailor Urano tivesse vindo investigar? Não seria tão delicada como o vovô, iria atacar o lago com tudo para forçar o que estivesse dentro dele sair. E ai sim iríamos ter um incidente muito problemático. COMO SOU IDIOTA!!!!!
     - Acho que era isso que ele queria avisar...
     - Ele quem?
     - Josh! Sua irmã deve te-lo sentido se aproximar e pediu para Josh nos avisar.
     - Bom, já foi. Espero que Maya nos leve embora hoje mesmo. Vamos acabar arrumando confusão desse jeito.
     - E estragar esses momentos? Nem pensar! - ele a abraça e se joga no chão junto com ela, e ambos ficam ali deitados na grama. Ela o abraça e fica ali agarradinha com ele, aproveitando o sol quente.
    
     A distancia, o guardião se afastava com um sorriso irônico nos lábios. Jovens... sempre serão impulsivos. Mas aquilo era novidade. Não esperava que seu enteado tivesse se apaixonado pela filha de Anfitrite.
    


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