Gêmeas que Atormentam - o Retorno escrita por Janus, Lexas


Capítulo 3
Capítulo 3




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     Nem sabia porque foi na aula naquele dia. Assim como Suzette, ela também estava dispensada daquelas matérias. Devia ter feito como ela.
     Pensando bem, o que iria fazer? Ficar no palácio o dia inteiro vendo como agir como sailor? Com ela não. Ainda se fosse para um treino prático para pilotar espaçonaves... Bom, a aula estava encerrada e ela estava com o resto de dia livre. Era só esperar o Tony se encontrar com ela e iriam aproveitar - e bem - a noite que estava para vir.
     Ela ficou no portão da escola, observando os alunos saírem enquanto esperava pela sua companhia. Viu aquela chata da Kátia que quase sempre a tirava do sério, alguns antigos colegas da época em que ela estava um ano atrasada em relação as suas amigas, uns poucos rapazes com quem já tinha feito umas paqueras, e logo depois viu Rita conversando com um bonitão.
     Essa daí sempre estava bem acompanhada quando queria...
     - Certo lindão - dizia ela quando estava mais próxima do portão e ao alcance do ouvido da albina - no domingo então, depois do almoço.
     Ela deu um beijo na face do rapaz e ele se afastou, deixando Rita ali portão.
     - Pensei que estava arrumando paquera para esta noite... - começou Anne, ainda divertida com o que tinha visto.
     - Ah não. Para esta noite estou de olho em um rapaz lindo que trombei de manhã cedo. Viu a Suzette? Ela não estava na classe hoje.
     - Ela está dispensada da matéria, esqueceu? Ficou no palácio treinando um pouco a operar os sistemas de busca. Por falar nisso, semana que vem é a sua vez, não é?
     - É.... - murmurou ela visivelmente chateada - tanta coisa melhor para fazer...
     - Foi você quem aceitou o cargo.
     - Eu aceitei usar aquela roupa! Alias, adoro ela. Mas... será que não dava para mudar o corte não?
     - Se for possível, um dia eu descubro como. Agora... esse rapaz que você está de olho.. é bonito?
     - Se é? Era um deus nórdico! E o melhor, estava acompanhado de um outro deus ao lado dele!Pena que o segundo estava acompanhado... mas aquele gostosão está andando pela cidade e dando sopa!
     - Dois? E eu que levo a fama de safada, não é?
     - Propaganda faz maravilhas - riu ela.
     - Estranho... por pouco senti uma semente estelar, mas não sei se era da mãe de Joynah ou da Setsuna.
     - Não sabe a diferença?
     - Saber eu sei! Acontece que ambas estavam no palácio, e mais uma surgiu de repente de manhã. Depois sumiu. Estou desconfiada desde então.
     - Olha... não tem por que se preocupar. Seja quem for, o que poderia fazer no palácio, com as Inners e Outers vigiando o lugar? Agora dá licença que eu tenho que procurar aquele gatinho e... AIII!!! Ele não me deu seu código de comunicação!!!
     - Que pena, não? Hum... minha companhia chegou. Tchau Rita! Boa sorte em sua busca, pois tenho certeza de que vai atrás desse rapaz.
     Anne pegou Tony no braço e ambos seguiram pela calçada, deixando a adolescente loira ali desesperada tentando saber como achar aquele lindo rapaz que acabou conhecendo. Se bem que tinha o sistema de busca do castelo. Será que... sua mãe iria ralhar com ela se a mesma usasse tal coisa para encontrar uma paquera....
     Mas...
     E dai? Já ouviu sermões piores, mesmo, e não iria deixar escapar aquela oportunidade!
     Ela aperta o passo, aproximando-se rapidamente do castelo. Entra pelo hall e segue até a sala secreta. Cumprimenta a sailor Mercúrio e vai até o grande painel de controle. Ali ela começa a descrever o rapaz que viu e aciona a busca, esperando que alguma das câmeras de vigilância pública o tenha flagrado. Ia demorar um pouco.
     Enquanto esperava, decidiu bater um papo com Amy. Mesmo porque, não queria deixar na vista que estava usando o maior sistema de vigilância do planeta apenas para questões pessoais.
     - Como sua filha se saiu hoje?
     - Até que se saiu bem - respondia ela enquanto observava os mapas de incidentes pela cidade - na verdade, superou o que eu tinha imaginado.
     Ela continuava puxando conversa, até que recebe um sinal e, sem que amy percebesse, olha com o canto do olho. Perfeito, já havia encontrado seu alvo. Agora só tinha que sair dali e partir pra caça, antes que outra o pegasse antes.
     - Bom, desculpa eu sair assim, mas tenho que chegar em casa e me aprontar para sair.
     Ela nem esperou resposta, saindo da sala em disparada.

 

-x-

 

     - Chezz!!! Que dura! Josh, como sua avô é grudenta!
     - Não fala isso dela, tá bom?
     - Mas você sabe que é verdade.
     - Mas ela não é assim em nosso tempo, lembra?
     - Claro que me lembro. Mas ela só deixou a gente sair por que a gente disse que iria visitar as garotas.
     - Garotas... Roger, será que Hip-chan esta bem?
     - Espero que sim. Torço profundamente. O que você acha?
     - Acho que ela pegou um grupo mais calmo que o nosso - ele abafava uma risada.
     - Bom... ela sabe se cuidar. Lembre-se de que ela é assistente da sua avó. Não acho que ela vá fazer alguma gracinha como as gêmeas estão planejando. Se eu a conheço bem, ela vai tentar chamar o mínimo de atenção possível até que Maya a encontre.
     - Mínimo é?
     - De que lado você está, afinal?
     - Nenhum. Só que ela consegue ser mais cabeça dura que a tia Megumi.
     Ele não respondeu. Preferiu observar o ambiente e os prédios. Pelo menos, era igual ao seu tempo. Hum... a cidade não mudou nada em quarenta anos... que monotonia...
     - Estava procurando alguém, Roger?
     - Sim. Ele está por aqui, bem perto. E acompanhado...
     - Não me diga que...
     - Exato. Parece coincidência demais, não acha? Primeiro encontramos uma certa loira, depois na mesma hora eu sinto ele por perto, e agora ele está acompanhado justamente de quem...
     - O que foi?
     - Bem.. ele... hã... você vai ver.
     Passam-se alguns segundos, e Josh confirma o que tinha sentido, e logo entende o porque de Roger ter ficado apreensivo. Ali, dobrando a esquina, estava o pai de Roger, ou futuro pai, se fossem considerar as circunstâncias. Só que ele estava acompanhado de... nada mais, nada menos do que uma das mais poderosas senshis de seu tempo, a albina que de certa forma era a inspiração de muitos de sua geração, e que Hip-chan muito respeitava e até exigia que eles seguissem o exemplo.
     Com exceção das roupas que ela gostava de usar, lógico.
     Eles ficam em silêncio enquanto eles passam do seu lado, temendo que ela pudesse sentir o brilho de suas sementes. Mas não. felizmente eles as estavam ocultando muito bem. Mas não resistiram e deram uma nova olhada na moça que passou por eles. Não era nenhuma venusiana, mas com toda certeza conseguia deixar muitos homens de cabeça torcida.
     - Eu não acredito... ela... ela usava roupas mais ousadas nesta época!
     - Vivendo e aprendendo Roger, vivendo e aprendendo... não é a toa que ela é a única que não reclama das roupas que as meninas usam no nosso próprio tempo.
     - Vamos. Quero ter certeza de que as meninas não vão fazer arte.
     - Que arte podem fazer no Tóquio café?
     - Competir com as tias para ver quem serve mais gente, o que acha?
     - Elas não fariam isso...
     - Não? Depois que foram ao passado só por farra, não duvido de nada.
     - Não precisa generalizar.
     - Vai lá, cara.
     - Hmm?
     - Pode ir. Sei que está morrendo de vontade de falar com eles, não está? - ele aponta para Tony e Anne, que estavam começando a se afastar - confesso que achei engraçado ter encontrado a vovó, embora ela não tenha mudado nada, e a... aham, Rita.
     - Mas...
     - Anda logo! Prometo que fico de bico calado, assim a Makoto não vai poder jogar isso na sua cara depois, anda!
     - Olha...
     - VAI LOGO!
     Pior que ele queria ir mesmo. Mas.. o que iria dizer a eles? Hum...
     "Oi, eu sou seu filho que vim do futuro e resolvi parar para bater um papo com os dois".
     Talvez não fosse uma boa idéia. Hmmm... talvez...
     - E então?
     [[Quer parar de me apressar? Eu nem sei o que falar com eles!]]
     [[Que tal: "Boa tarde, como têm passado?"]]
     [[Muito convincente!!!]]
     [[Tem idéia melhor?]]
     Ele dá a volta, parando. Eles iriam passar por ele a qualquer momento, seria sua oportunidade de ouro.
     No momento exato, ele sai de onde estava, trombando com ambos e caindo. Na verdade, ele e o outro rapaz caem, deixando uma moça de pé confusa.
     [[Esse é o seu grande plano, primo?]]
     [[Chamei a atenção, não?]]
     - Me desculpe - disse Tony se levantando - eu.. eu estava distraído.
     - Bom, considerando a sua companhia... - Roger olhou para Anne que estava meio curiosa com o ocorrido - não posso culpa-lo.
     Ele se ergue, logo seguido de Tony.
     - Bom... me desculpe por interrompe-los e... escuta, eu não conheço vocês dois de algum lugar?
     - Nós? - perguntava Anne, curiosa - não sei não... - e que gatinho, ela pensava.
     - Hmmm... até que você me é familiar... como é mesmo o seu nome?
     - Roger, prazer. E você?
     - Tony.
     - Tony, Tony, Tony... - ele esfregava o dedo no nariz enquanto falava - tenho certeza de que já ouvi este nome. Você é da América? De Dakota do Sul?
     - Sim, como soube?
     - Conheci um Tony lá uma vez... ele tinha uma irmã chamada Laura...
     - Mesmo? - ele olhava Roger  com uma tremenda curiosidade.
     - Faz algum tempo... a mãe é japonesa e o pai é americano...
     Tony ficava mais e mais curioso. Não tinha dúvidas de que o rapaz falava dele. Mas ele não se recordava do mesmo. Bom, já tinha saído dá América fazia alguns anos. Muitos anos, alias. Podia muito bem te-lo conhecido e já ter se esquecido. Alias, sabia que tinha se esquecido de muitos amigos do exército.
     - Bom - começou ele ainda um pouco confuso - realmente, eu sou da América, tenho um pai americano e uma mãe japonesa. E uma irmã de nome Laura... Mas... francamente, não me lembro de você. Nos conhecemos no exército?
     - No bairro - respondeu ele de forma bem confiante e determinada - as vezes nos cruzávamos no supermercado.
     - hmmm...
     - teve um dia que você estava chateado com uma coisa, lembra? Não me lembro o que era, mas - ele se aproxima de Tony e cochicha no ouvido dele - eu te convidei para sair, demos em cima de umas moças, lembra? teve até uma que o irmão te achou muito assanhado e resolveu bater em você, dai eu fui te ajudar e nós dois apanhamos, lembra?
     - Eu... - ele estava pensativo, na verdade, um pouco assustado com o que ele disse - eu me lembro de ter apanhado.. mas... eu apanhei sozinho. Tenho certeza disto!
     - Tony... - começou Anne - conhece este rapaz?:
     - Estou em dúvidas agora...
     - Sozinho? No fim da noite, você estava bem "alegre", cara. Bem alegre.Se não fosse aquele sujeito de cabelo espetado, eu não ia ter forças para te carregar, sabia?
     - Juro que não lembro de você. Mas me lembro desta surra vagamente - mentiu ele. Lembrava-se muito bem do mal entendido que foi aquilo.
     A moça pensou que ele a estava paquerando e o irmão protetor resolveu defende-la. Não se lembrava de como começou a briga. Talvez tenha sido desafiado, ou, sob o ímpeto da adolescência ele talvez tenha partido para cima, só para não levar desaforo. Seja como for, ele foi nocauteado. Mas o curioso foi que o amigo deles, o rapaz que Roger comentou, acabou lhe ensinando algumas coisas.
     Não só algumas coisas. Ele foi um verdadeiro sensei.
     Ensinou ao mesmo muitas coisas, e não apenas a lutar, tanto que o mesmo admitiu que, em parte, tinha culpa na surra, que estava querendo provar que podia com o sujeito. Talvez ele tivesse sido rude com a irmã dele, isso não importava.
     Onde seu antigo sensei estaria agora? Já fazia tanto tempo... e pensar que, no fim, acabou paquerando um pouco a garota pela qual ele levou a surra...
     - Tony?
     - Desculpe Anne - ele ficou ruborizado. Como podia ficar pensando em outra moça com esta escultura de beleza ao seu lado? - eu estava me lembrando de algumas coisas. Realmente, Roger... esse é seu nome, não? Bem, realmente eu não me lembro de você. Me lembro do incidente e de tudo o mais. Mas você não fazia parte dele.
     - Mesmo? Bom...
     - O que eu realmente acho uma pena. Mas tenho até que te agradecer por isso. Estou até me odiando por isso, por que depois daquilo, passei por ótimos momentos com pessoas maravilhosas. Até fiz amizade com o sujeito esquentadinho, sabe. E com os amigos dele. Eram boa gente. Muito boas. Mas provavelmente eu não me lembre tão bem dele assim, já que não me lembro de você, e acho que um desconhecido não se lembraria de tantos detalhes.
     - Eu é que lamento - disse Roger maneando a cabeça - tanta coisa que fizemos juntos... aquela vez no supermercado em que você foi com um veículo do exército, e agiu como policial e prendeu aquele cara que estava chateando umas senhoras. Seu capitão chegou a mante-lo preso por duas semanas na cozinha.
     Ele sorriu um pouco. Realmente, lembrava-se disso. Mas não se lembrava de Roger. Não mesmo.
     Anne estava pacientemente esperando se lembrarem que ela estava ali. Mas, enquanto isso, observava o tal conhecido desconhecido de seu acompanhante. Até que eles eram bem parecidos. Mesma cor de cabelo, porte do corpo similar.. Se não soubesse, diria que era um irmão deste.
     - E a sua irmã, então? Ela não perdia aquela mania de cometer uma gafe cultural, lembra?
     Gafe cultural? Tony ficou levemente desconfiado. Tal coisa de Laura era recente, e só começou quando a mesma veio morar no Japão. Roger imediatamente percebeu as emoções dele e tratou de desviar o assunto, antes que ele fizesse perguntas muito complicadas para serem respondidas.
     - E... minha cara dama, perdoe-me por roubar indevidamente a atenção que seu acompanhante deveria dispor a sua pessoa, mas eu realmente estava desejoso de relembrar velhos eventos - ele a pega gentilmente pela mão e a beija - por favor, perdoe-me.
     - Hmmm... que educado. Sempre galanteador, é?
     Ele percebeu de leve as emoções dela. Havia agradado ela. Mas sem sombra de dúvida, aquela moça ali na sua frente era a UNICA que ele não estava interessado - nem poderia - e era melhor se controlar, antes que causasse um paradoxo temporal que ameaçasse sua própria existência.
     - Velhos hábitos. Aprendi com otousan, quer dizer, com meu pai. Ele sempre cortejava minha mãe, e não se intimidava com a minha presença. Nem ela, alias.
     - Me lembra alguém - ela olha para Tony com uma forma que até Roger ficaria encabulado. Um típico "me abrace agora ou apanha" que era sua marca registrada no seu próprio tempo.
     Como se tivesse lido seus pensamentos, ou apenas tenha interpretado corretamente o olhar da albina, Tony a abraçou na cintura, deixando-a mais satisfeita. Notou que ambos ainda carregavam materiais escolares, portando deviam ter saído da escola há pouco tempo.
     - Bom, eu não quero mais atrapalhar o passeio de ambos. Adeus Tony, quando se lembrar de mim, podemos conversar um pouco mais pelos velhos tempos. Senhorita - ele curvou-se para Anne e se afastou deles, andando um pouco de costas. Mas parou quando Anne começou a rir e a apontar para atrás de si.
     Ele se virou e viu uma cena que não esperava.
     - Mas o que deu na Rita? - perguntava Tony.
     - O que acha que deu nela? - comentava Anne ainda rindo - acho que ela encontrou seu deus nórdico.
     Roger apenas suprimia um sorriso. Josh tinha acabado de ser agarrado pela moça que no seu tempo levou a fama de maior saideira do país. Isso se não fosse do planeta. Nem Anne ou Diana conseguiram supera-la nisto. Mesmo com as roupas que usavam.
    

     -x-

 

     Aquilo estava ficando divertido. Roger estava conseguindo contornar as coisas, mas era bom ele não arriscar, ainda mais sabendo quem aqueles dois ali eram, e além do mais... oh-oh, essa não, não podia ser, não ela.
     - Oi, bonitão. Você é difícil de se encontrar, hein!
     - Hã... - ele começou a suar frio, sentindo as emoções dela para com ele - você.. é a moça que eu esbarrei de manhã, certo?
     - Ai lindo! Você se lembrou?
     Ela o abraçou de uma forma um tanto pegajosa. E naquele instante ele se lembrou de um pequeno detalhe a respeito dela.
     Assim como ele próprio, ela seguia seus instintos. E no momento seus instintos diziam para não deixa-lo escapar de forma alguma.
     - Hã... olha, eu estou acompanhado e - ele olha para frente, percebendo que Roger se afastava. Grande - eu tenho que ir e...
     - Eu vou contigo.
     Oh, droga. Agora era ele que corria o risco de causar um paradoxo. Maravilha.
     - Mas você... hã... ainda está com sua roupa de escola.
     - Sem problema! Vamos para minha casa, eu  me troco e vamos passear.
     "Vamos passear?" Mas que tipo de convite foi esse? Pensando bem, isso não foi um convite, foi quase que um mero comentário ao acaso, como se conhecessem de longa data. Será que era assim a técnica dela?
     - Desculpe - ele a afasta ficando muito sério - mas não posso.
     Se arrependeu em seguida. Seus olhos ficaram imediatamente mareados, e ele sentiu uma grande tristeza de decepção vindo dela. Iria abrir o maior berreiro em breve. Ai, ai... e agora?
     - Olha... eu nem sei seu nome...
     - Yamada Aino Rita, quinze anos, loira natural, totalmente sem compromisso, adoro dançar, jogar vôlei, beijar, abraçar, ser abraçada, e até sou considerada com uma das melhores no pega-pega, muito prazer.
     - Hã... - meu Deus! Mas que rapidez em apresentar a ficha completa - prazer. Joshua, meus amigos me chamam de Josh.
     - Ai que nome lindo! Mas eu vou chama-lo de gatinho, está bem? Pois quero ser bem mais que sua amiga - ela gruda no seu braço e segura firme. Desesperado, ele olha para Roger a distância que estava apenas com os braços na cintura, assim como Tony e Anne mais atrás.
     [[Roger... SOCORRO!!!!]]
     [[Desculpe, mas o que quer que eu faça? Bom, que tal chamar...]]
     [[Sem chance! Inclusive cortei o elo com as duas. Se tentar avisar a Haru-chan, eu falo para Maya o que você fez]]
     [[Tudo bem. Mas então se vira, cara. Afinal, ela faz parte da sua família, ou vai fazer, certo? Tecnicamente falando, ela ainda não é sua...]]
     [[Já sei, já sei! Não precisa me lembrar disso, sei também que Tony e Anne ainda não são seus...]]
     - Vamos passear ou não? - disse Rita em voz bem alta no seu ouvido - podemos passar no parque do lago e curtir uma gôndola, o que acha? Você paga, lógico.
     - Eu... olha. Você ainda está com roupa de escola. Que tal ir para sua casa, se trocar e...
     - OBA! ESTÁ ME CONVIDANDO PARA SAIR?!
     - Hmmm... estou. Olha, faz o seguinte... me encontra daqui há uma hora exatamente aqui, tudo bem?
     - Não está querendo me passar a perna, está?
     - Não, imagina.
     [[Josh, o que vai fazer? Não me diga que vai dar o bolo nela?]]
     [[Tem idéia melhor? do jeito que está, quando voltarmos ao nosso tempo, seremos nós quem receberemos um castigo.]]
     [[Tudo bem... mas como foi que ela te encontrou? Acho que foi confidencia demais ela ter esbarrado em você.]]
     [[Ela ainda não tem seu lado espiritual muito desenvolvido nessa época, lembra? E Estou duvidando que a vovó tenha dito onde eu estava.]]
     [[Mesmo assim ela te achou]]
     [[O que não significa que consiga repetir o feito]]
     [[Acho que você está se esquecendo de alguma coisa...]]
     [[Não, não estou]]
     - E então, minha bela dama com cabelos que reluzem as luzes douradas do astro rei que a tudo ilumina por aqui?
     - Ai... - ela lhe beija da face e sai correndo - me espera, tá?
     Tão logo ela se vai, Josh vai caminhando em direção a Roger, passando por Anne e Tony no caminho, sem, no entanto, demonstrar qualquer alteração.
     - Grande, primo. Olha só o que fomos arrumar.
     - Fomos? Foi você quem me incentivou a ir falar com ele.
     - Como se você precisasse de incentivo...bom, vamos indo.
     - Espera um pouco, os dois estão nos observando ainda. Vamos esperar eles saírem daqui. Não quero ter que ouvir um sermão dela no futuro. Não é como quando Mako-chan e Haru-chan viajaram mil anos no passado. A chance de ambos se lembrarem é muito maior.
     - É, tem razão...céus, seu pai devia ter uma paciência dos diabos... imagino como é andar com ela e um monte de gente olhando. Dá nos nervos.
     - E eu não sei? Quantos você acham que torcem o pescoço quando estou com Mako-chan?
     - Tá, já entendi o recado. Não precisa jogar isso na minha cara.
     - Hmmm... primo...sabe, tudo bem você estar muito interessado nela... até que é uma moça bonita, atraente....
     - Não me espanta ouvir isso de você, Roger. Nem um pouco.
     - E por que não? São gêmeas, mesmo. Se as auras delas não tivessem uma leve diferença... ok, já parei, não precisa fazer essa cara. Bom, sabe, já pensou em, tipo assim, sair mais, se divertir um pouco por ai? Tipo assim, passear um pouco, se divertir, paquerar para variar...
     - hmm?
     - Não me olhe com essa cara... até há pouco você se divertia bastante por ai... as vezes, te comparavam com a Rita.
     - Você também, sabia?
     - Só que agora eu tenho um compromisso, mas você, não.
     - Quer que eu desista dela, é isso que está querendo me dizer?
     - Só estou dizendo para se divertir um pouco, cara! Sair, se divertir, aloprar... encher a cara, até. Ela já deixou claro que não está pronta para um compromisso ainda...
     - Está falando para sair com minha.... com Rita?
     - Não! Se bem que ela é uma graça... estou falando para se soltar um pouco mais, mas no nosso tempo.
     Tony e Anne seguiram o seu caminho, deixando a dupla ali conversando. Ainda bem! Era melhor Maya se recuperar no máximo no dia seguinte, ou poderiam acabar se metendo em muitas encrencas.
     - O que não vai durar muito, já que eu tenho que dormir na casa dela.
     - Era disso que eu estava falando aquela hora. Vocês vão se encontrar de novo. E então, como vai escapar dela?
     - Vovó me ajuda nisso. Bem, vamos indo?
     - Vai sozinho. Vou atrás de Makoto. Melhor ficar junto dela, sozinha ela pode acabar aprontando.
     - Ótima idéia. Vou atrás de Haru-chan. Ela está lá no palácio, mesmo.
     - Quer arrumar companhia para se livrar da Rita?
     - Não, quero fazer companhia a ela. E acho que três cabeças pensam melhor do que uma. Bom, até daqui há pouco, primo.
     - Até.


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