Penelope estava no meio de uma pesquisa importante. Ela era provavelmente a última pessoa no prédio naquela maldita hora. Ela não se importava. Derek havia seguido em frente e ela estava sozinha, como sempre.

Seu coração estava tão machucado que seu apartamento solitário não era mais acolhedor. Ela pegou o gatinho de Porcelana e o deixou na mesa de Derek outra vez. Ele tinha alguém e ela não se intrometeria.

Isso foi o que ela disse para ele quando Kevin queria se casar com ela. Ela não queria ficar sozinha. Derek havia se movido, Kevin também. Até dois meses atrás ela ainda tinha alguém, mas ele simplesmente a deixou por outra pessoa.

Ela queria ficar sozinha hoje à noite. Os olhares de Rossi e Spencer toda a vez que ela e Derek se encontravam eram pensativos.

Ela pediu uma licença de duas semanas e não disse a ninguém, exceto a Hotch. Ela iria viajar, se encontrar outra vez. Nem o chefe sabia onde ela ia.

Quando tudo foi finalizado, Penelope deixou os arquivos na mesa de Hotch e foi para os elevadores. Antes das portas se fecharem, ela olhou para a mesa de Derek e suspirou. Ela apenas queria um tempo longe de tudo.

Pegando sua mala já pronta, ela dirigiu para o aeroporto. Ela havia alugado um carro no aeroporto quando comprou as passagens para o Hawaii.

Quando ela embarcou, seu coração sangrou de novo. Ela precisava fazer isso. Foi com isso que o avião decolou e se dirigiu para o lugar mais longe que conseguia pensar.

A manhã chegou tão rápida para Derek que ele acordou com um salto da cama. Ele estava em um pesadelo onde Garcia foi morta na frente dele. Tentando ligar para o celular dela, ele não recebeu nem sua caixa postal.

— Esse número não existe. – A voz eletrônica disse.

Seu coração bateu tão forte que por um momento, ele perdeu toda a sua cor. Ela trocou de número e não deu a ele. Ele se vestiu e foi para a BAU. Porém a sensação de perda continuou.

Toda a equipe, menos Garcia estava reunida quando ele chegou. Rossi o olhou com lanças nos olhos e Reid parecia chocado. JJ tinha suas mãos fechadas, prontas para bater alguém.

— Garcia pediu uma licença. – Hotch o avisou. – Duas semanas e não temos um caso agora.

— Então por que estamos reunidos? – Derek sentiu falta de algo. – Não deveríamos dar a ela?

— Porque Derek. – Hotch jogou o papel na frente dele. – Ela não está segura. Essa carta veio para ela hoje de manhã.

“ Depois de amanhã você não vai mais me ignorar. ” Derek leu e teve dificuldade para respirar.

— Precisamos descobrir quem é a ameaça. – Hotch o explicou. – E onde ela está.

Penelope chegou ao Hawaii cansada da viagem. Ela havia chamado um amigo para buscar ela.

Steve estava na frente de sua picape, aguardando o momento de sua chegada. Danno, seu infame parceiro insistiu em vir junto.

— Steve! – Penelope disse, meia sonolenta. – Quanto tempo.

— Penny. – Ele a abraçou. – Faz o que? Seis anos? Você parece uma merda.

— Não gosto de viajar. – Ela bocejou. – Oi, sou Penelope Garcia.

— Danny Willians. – Ele olhou para Steve. – Amiga legal a sua.

— Vamos levar você para o hotel, Grace. – Steve a acomodou atrás. - Descanse um pouco certo? 

— Certo. – Penelope suspirou. – Obrigado por vir me pegar.

— Não me agradeça. – Steve entregou um travesseiro. – Durma um pouco.

Penelope deitou na parte de trás da caminhonete azul de Steve e dormiu.

— Eu acho que deveríamos contar a ela. – Danno sussurrou para Steve. – Quero dizer, quais as chances de ela estar no Hawaii e alguém manda a ela um bilhete de ameaça?

— Eu não quero estragar isso. – Steve murmurou. – Chin e Kono estão nos aguardando. Ela vai ficar na minha casa e eu vou tomar conta da minha amiga.

— Até Derek Morgan chegar. – Danno lembrou. – Eu não sei quanto a você, mas eu gosto da minha pontuação de crédito.

— Eu prometi a Barbara que iria sempre proteger Penelope. – Steve respondeu. – E mesmo que a tia tenha morrido há muito tempo, eu vou cumprir isso.

— Eu não sabia que você e ela eram parentes. – Danno começou a entender. – Eu achei que vocês eram tipo irmãos.

— Ela é minha prima. – Steve sorriu. – Carlos, Manny, Rafe e Eddie a deixaram sozinha. Joe cuidou dela quando eu não pude, mas ela foi para o subsolo e agora, ela trabalha no FBI.

Derek Morgan pegou o primeiro voo para o Hawaii depois da chamada de Chin. Ele havia visto o alerta sobre Penelope e reconheceu o nome. Ele sabia que ela estava chateada com ele.

— Chegamos Grace. – Steve viu Penelope acordando lentamente. – Há um quarto pronto para você dormir.

— Obrigado primo. – Penelope levantou com a ajuda de Danno. – Obrigado.

Depois de tomar um banho e se trocar, ela estava dormindo. Steve não desgrudou os olhos de Garcia um segundo. Ele sabia que ela ainda estava em perigo e até que Derek chegasse, ele ficaria de guarda.

— Quem é você? – Uma voz foi ouvida no andar de baixo. – Não se mexa.

— Me entregue Penelope Garcia agora! – Outra voz, dessa vez irritada foi ouvida. – Eu quero ela agora.

— Não vai rolar irmão. – Steve desceu apontando a arma. – Quem é você?

— Kevin. – O homem nervoso gritou. – Sou o namorado dela.

— Eu sugiro que dê o fora daqui. – Danno também mirava nele. – É você que a está assediando.

— E você não é namorado dela. – Derek falou da entrada. – Eu acho que Steve e Danno ficariam mais do que confortáveis em atirar em você.

Chin se aproximou por trás de Kevin. O jogando no chão, ele o prendeu.

— Senhor Lynch. – Chin o algemou. – Você está preso por tentativa de assassinato.

— Não!! – Kevin tentou resistir em ser puxado. – Ela é minha! Ela é minha!

— Fique quieto. – Chin não tinha nenhuma paciência. – Você acha que isso é pouco, imagine até conhecer seu colega de cela.

— Steve, onde ela está? – Derek guardou a arma. – E eu posso ver ela?

— Se não quebrar mais o coração dela. – Steve respondeu. – Eu entendo que você a ama, mas se quebrar o coração dela, eu mesmo bato em você.

Derek subiu as escadas e entrou no quarto onde Penelope dormia. Ele tomou seu tempo a olhando. Os olhos dela se abriram e encontrou com os dele.

— Derek. – Penelope ofegou. – Eu vou arruinar a carreira de Steve.

— Não Baby Girl. – Derek foi para mais perto. – Foi Chin quem me chamou. Nós prendemos Kevin a pouco.

— O que ele fez agora? – Penelope sentiu seu peito doer. – Eu não quero mais nada com ele.

— Uma carta chegou logo depois que você veio para cá. – Hotch entrou. – Colocamos um aviso em todas as agências e então Chin nos ligou.

— Ele estava me perseguindo? – Penelope gemeu. – Outra vez?

— Sim, P. – Derek a puxou para seus braços. – E eu sei que eu fui um idiota antes, mas aceite meu amor em troca.

— Eu ia voltar. – Pen foi sincera. – Eu ia ficar com meu primo e depois iria para você. Mesmo que eu fosse rejeitada.

— Então significa que estamos namorando? – Derek sorriu para ela. – Por favor, diga que sim, Penelope.

— Vamos ficar no Hawaii. – Ela puxou Derek. – Se você quiser me dividir com Steve.

Derek riu.

Foram as melhores duas semanas que eles tiveram juntos.