Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
Its everything Okay


Notas iniciais do capítulo

#Contém Spoiler para o episódio 300 exibido ontem nos EUA.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/768460/chapter/4

Penelope e Spencer foram levados para o hospital logo depois de seu abraço. Reid sabia que deveria dar espaço a técnica e que ela não estaria bem.

Foi assim depois que ela atirou no enfermeiro que quase tentou matar eles. E como se o destino intervisse, ela precisou atropelar alguém de propósito.

Essa era Garcia. Mesmo com a pior das pessoas ela tentava não odiar. Ela levou um tiro alguns anos atrás e também perdeu não um só, mas seus dois pais no mesmo acidente.

Ela não falou nenhuma palavra durante o trajeto escoltado por Rossi e Luke. Ambos estavam preocupados com ela. Ela fechou os olhos. Garcia parecia cansada, mas ele sabia. Sabia que ela iria ter pesadelos horríveis a partir de agora.

— Ela dormiu? – Rossi tinha um olhar tão paternal. – Eu não te contei como ela chegou aqui, não é, Reid?

— Não. – Spencer colocou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha. – Mas não deve ter sido fácil.

— Ela entrou pelas portas da BAU com tanta hesitação. – Rossi suspirou. – Era como se ela tivesse que repetir tudo de novo e de novo.

— Catatonia. – Spencer disse. – Ela não parecia bem no cativeiro. Eu nem sei o que teria feito se ela tivesse sido machucada.

— Acha que Meadows pode se vigar? – Luke finalmente falou. – Sabemos que ela tinha raiva de Penelope também. Não seria de se admirar que ela se vingasse.

— Vamos focar no futuro. -  Reid sabia o que viria. – Acho que é errado ela ficar sozinha. Pesadelos, medos e tudo o que uma pessoa normal vivenciaria. Para Penelope será ainda maior.

— Eu tenho uma casa grande. – Rossi olhou para a técnica. – Podemos levar ela para minha casa depois que vocês forem checados.

— Eu acho que ela iria preferir uma equipe feminina. – Luke disse vago. – O jeito que ela reagiu quando Matt a tocou parecia...

— Pare. – Rossi não queria ouvir. – Eu não quero pensar nisso agora.

Penelope apenas dormiu. Ela sabia que nesse momento qualquer resto de sedativo havia desaparecido do sistema, mas ela estava sendo chamada para o sono.

Os três suspiraram. Não seria fácil.

— Pen. – Reid tomou cuidado ao tocar ela. – Chegamos.

— Hã? – Ela parecia confusa. – Onde estamos?

— Hospital. – Ele ofereceu uma mão em auxilio. – Devagar, ok?

Ela aceitou a ajuda e Rossi e Luke sorriram. Reid a estava fazendo se sentir bem.

— Mais um vidrinho de sangue e estamos prontos, ok? – A enfermeira viu a hesitação. – Precisamos do exame anti estupro.

— Eu não quero. – Penelope começou a chorar. – Eles não fizeram nada.

— É regulamento, ok? – A enfermeira deixou uma seringa de sedativos a mostra, caso precisasse. – Você só precisa relaxar, certo?

Penelope começou a entrar em pânico logo que a enfermeira colocou o cobertor. Tentando se levantar ela caiu no chão derrubando os bisturis e outros materiais em uma mesa próxima.

Rossi e Luke correram ao som de queda e viram a luta que Penelope estava tendo.

Eles sabiam que seria impudente, mas Rossi pegou a seringa a vista enquanto Luke segurou Penelope.

— Luke... – Ela sentiu a agulha entrar sob a pele. – Me salve...

Ela caiu na escuridão. Luke não sabia se chorava ou procurava Meadows e a agredia. Ele não era violento com mulheres a menos que fosse necessário, mas o que Meadows quebrou em Garcia foi mais do que o necessário.

— Obrigado. – A enfermeira sentiu pena da jovem. – Acho que eles fizeram algo com ela. Eu teria sedado ela antes, mas não tenho força sozinha.

— A agulha deve ter despertado algo de ruim nela. – Rossi disse. – Vamos deitar ela na cama e esperar.

— Eu preciso de privacidade para fazer o teste de estupro. – Ela viu Luke apertar Garcia um pouco mais. – É algo de praxe nessa situação.

— Vamos ver Reid enquanto. – Rossi falou. – Você se importa em me procurar e me dizer o quarto dela?

— De maneira nenhuma. – A enfermeira sorriu. – Eu acho que o doutor pretende manter ela pela noite.

— Obrigado. – Rossi sorriu e olhou para Penelope. – Nós estaremos de volta.

Ele disse mesmo sabendo que ela estava dormindo. Ele sentia como se fosse um dever agora.

Reid batia os dedos na mesa onde estava sentado. Ele foi verificado e apesar do sedativo que os Belivers lhe deram ele estava bem e pronto para voltar.

A necessidade de proteger Penelope agora parecia aumentada. Ele enviou um texto a Morgan deixando saber que ambos estavam bem, porém que se ele quisesse vir e dar uma força seria bem-vindo.

 - Ei. – Ele disse quando viu Rossi e Luke. – Como ela está?

— Ela teve um surto quando a enfermeira começou a fazer o exame anti estupro. – Luke viu a mesma hesitação em Reid. – A enfermeira disse que algo de praxe para essas situações.

— Eu espero que ela fique bem. – Spencer disse. – Não podemos perder Garcia.

— Só perdermos Garcia se ela se perder. – Rossi balançou a cabeça. – Não vai rolar nessa vida, Reid.

— Ela parecia cansada quando cheguei a BAU. – Reid disse. – Ela disse se lembra de algo sobre o sequestro?

— Eu não se ela disse algo para JJ. – Rossi confessou. – Mas quando estávamos no armazém, ela se sentia tão culpada que nem eu nem JJ ou Emily conseguíamos dizer que a culpa não era dela.

— E teve o incidente com Simmons. – Luke falou baixo. – Ele colocou a mão no ombro dela e ela escapou dele como se queimasse.

— Eu temia isso. – Reid colocou as mãos no rosto. – Ela está com stress pós-traumático.

— Ei. – Rossi o tranquilizou. – Dessa vez ela não vai a nenhuma prisão. Eu mesmo me certifico disso.

— Longa história, Luke. – Reid o parou. – Podemos ir ver ela agora?

— Claro. – Rossi liderou o caminhou. – Ela está bem?

— O exame veio limpo graças a deus. – A enfermeira viu os agentes suspirarem. – Mas ela tem uma contusão no ombro e uma marca de punção. Alguma droga tranquilizadora.

— Eles nos drogaram. – Reid disse. – Ela estava dormindo quando voltei a garagem.

— Vocês podem ir até ela. – A enfermeira abriu a porta. – Ela vai se recuperar do sedativo e vocês podem levar ela para casa.

Reid foi para perto dela. Ela parecia cansada mesmo dormindo. Ele sabia que ela teria problemas e ele prometer estar com ela durante o processo inteiro.

Quando os primeiros raios de sol saíram, Penelope começou a acordar. Olhando para o ambiente estéril da sala, ela sentiu a mão de Reid na dela e relaxou. Ele era o mais próximo que ela tinha como irmãos. Mesmo tendo os seus.

Rossi era como um pai para ela. E ele estava encostado a parede, olhando para o teto. Ela viu Reid dormindo e então havia Luke. Eles estavam no hospital onde Lisa trabalhava, mas ela não estava à vista.

— Ei. – Rossi se aproximou dela. – Estou feliz que você esteja acordada.

— Eu... – Ela começou a chorar. – Eu sinto muito. Eu fiz aquele escândalo.

— Não se preocupe. – Rossi passou um copo de água. – Não se preocupe. Sem remédios.

— Obrigado. – A mão de Garcia deixou o copo rolar no chão. – Eu.... Me desculpe.

— Pare de se desculpar, Garcia. – Rossi foi gentil. – Você passou por mais coisas nas últimas 24 horas do que na vida toda.

— Reid está bem? – Ela olhou para o amigo com o curativo. – Eles o machucaram muito?

— Ele vai ficar bem. – Rossi a fez olhar para ele. – Você vai ficar bem. – Ele suspirou quando uma lágrima rolou. – E tudo vai ficar bem.

Ele sabia dos pequenos caminhos a partir de agora. Ele estaria por perto. Como um pai para ela.

Todos ficariam com ela. Ele poderia adivinhar que Luke e Matt seriam os mais preocupados com ela e Reid, bem, ele seria superprotetor com ela.

Até o fim dos dias. Porque eles eram família. E famílias ficam juntas. No bem e no mal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oneshots Criminal Minds Parte 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.