Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 23
The Partners




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— É como eu estou te falando. – O traficante estava maravilhado com o barco. – Esse barco é da hora. Meu presente de aniversário estará logo aqui.

Um barulho vindo da porta o tirou de sua ligação. Uma linda loira, com um vestido preto justo e sapatos de salto alto. Ela era perfeita. Seus lábios vermelhos o atraiam.

Penelope se sentia como um objeto. Ela estava andando com Nick Torres trabalhando disfarçada a quatro semanas e ainda se sentia mal.

Pelo olhar que Bishop lhe dava e pelo olhar que Luke também lhe dava ela estava convencendo.

— Esquece cara. – Ele estava apaixonado. – Me deseje sorte. Oi, você deve ser o meu presente de aniversário.

— Não tão rápido. – Penelope o empurrou para trás. – Pagamento adiantado.

— Eu não acredito. – Nick entrou em plena cena de ciúmes. – O que você está fazendo aqui?

— Estou trabalhando. – Penelope era uma atriz nata. – O que você está fazendo aqui?

— Espere aí. – O traficante se sentia como vela. – Quem é você.

— Sou o namorado. – Torres disse, confiante.

— Ex. – Penelope deu passos para trás. – Ex.

— Eu tiraria as mãos dela. – Torres continuou. – Ela é minha.

Penelope foi até o celular do traficante e começou a clonar os dados. Quando tudo estava pronto, ela entrou outra vez na conversa.

— Eu posso continuar com o meu trabalho? – Ela viu ambos a olhando.

— Pegue o maldito dinheiro e saia, ok? – O traficante se enfureceu. – Apenas saia.

— Charlie! – Nick gritou. – Volte aqui!

Penelope chegou ao píer civil e começou a rir. Nick entrou na risada, não entendendo bem.

Bishop e Luke estavam acompanhando com Timothy e Gibbs diretamente no MTAC. Vance, o chefe também estava lá.

Elle não parecia satisfeita. Ela fora rejeitada pela falta de habilidades em atuação, não que ela não tivesse feito antes, mas Garcia entrou por seu treinamento no teatro.

Se levantando e saindo de frente as imagens, Elle se sentou em uma das poltronas do MTAC. Era demais para ela ver Penelope fazer tudo aquilo com Nick.

Por mais que nenhum dos dois admitia, eles tinham uma queda um pelo outro, do mesmo jeito que Luke e Penelope tinha um pelo outro.

Luke se sentou ao lado da colega. A missão era difícil para ambos. Eles viram os dois se beijarem ao menos das vezes durante o disfarce e nunca melhorava.

— Você está bem? – Luke olhou para a colega, também enciumada. – Ou está com tanto ciúmes quanto eu?

— Você sabe que Nick é um conquistador. – Ela amava o colega. – E Penelope é muito bonita.

— Não duvido disso. – Luke disse, suspirando. – Mas eu sei o quanto ela valoriza as missões em conjunto.

— Você já disse a ela? – Elle suspirou de novo ao ver Nick na câmera. – Que você a ama tanto quanto eu o amo?

— Não. – Era a hora dos suspiros. – É complicado.

— Também é complicado para mim. – Elle sentiu seu coração quebrar. – Mas algum dia eu vou dizer a ele.

Vance e Gibbs estudavam os dois agentes conversando e observando a câmera. Penelope se virou direto para ela e sorriu. Luke suspirou alto dessa vez.

— Você percebe que eles se amam? – Gibbs comentou com Vance. – Quero dizer, Elle ama Nick e Luke ama Garcia.

— E estão com ciúmes. – Vance concordou. – Alguma movimentação estranha, Tim?

— Chegou uma mensagem. – McGee precisou responder antes. – Eles precisam matar o traficante.

— Não os deixe ir, Timothy. – Gibbs sabia de algo. – É uma armadilha.

Luke correu para pegar seu telefone e tentar avisar Penelope enquanto Bishop tentou ligar para Nick.

— Droga, Garcia. – Luke estava frustrado. – Apenas não vá lá.

— Torres, atenda isso. – Elle estava tremendo. – Droga!!

McGee abriu o programa de mensagens e enviou um texto de emergência vinte segundos antes que a bomba explodisse no barco.

— Penelope! – Luke gritou a plenos pulmões. – Não.

— Nick. – Elle caiu no chão, ao lado da poltrona. – Por favor, não deixe ser verdade.

Gibbs, Vance e Tim observaram o desespero dos colegas.

Torres viu o começo e jogou Garcia no chão, a protegendo da maior parte da explosão, porém, ambos ainda foram jogados para longe.

Luke e Elle correram para a porta, descendo as escadas e correndo para fora do prédio. Se algum deles estivessem mortos, eles não se perdoariam.

Nick foi o primeiro a acordar da explosão. Penelope foi projetada para alguns metros à frente e ainda estava desacordada.

— Penelope! – Nick não ligava para o disfarce. – Vamos, não morra aqui.

Ela ainda tinha um pulso, ainda que fraco. Ela não poderia continuar no disfarce e nem ele. Conferindo o telefone reserva, Nick conseguiu ligar para Elle.

— Nick. – Elle tinha lágrimas. – Vocês estão bem?

— Eu estou. – Nick estava tentando manter Garcia viva. – Olha, preciso que vocês venham. Eu vou continuar no disfarce, mas Pen, ela não está bem.

— Estamos chegando. – Elle acelerou o SUV com ela e Luke. – Deixe ela e continue. Eu posso assumir.

— Tem certeza? – Nick estava preocupado com Elle. – Bishop, você sabe que não precisa fazer isso.

— Mas eu preciso. – Elle estava à beira de lágrimas. – Eu falo com você daqui a pouco.

Nick cuidou de Penelope até a chegada de Elle e depois saiu com ela para completar o plano.

Luke estava com Garcia. Gibbs e McGee chegaram em seguida. Olhando com medo, Luke os deixou cuidarem de Penelope melhor.

Gibbs monitorava a pulsação de Penelope enquanto Timothy fazia compressões. Luke se ajoelhou acima dela e fez boca a boca.

Penelope tinha uma séria concussão. Luke acompanhou Garcia até a emergência.

— Eu pensei que eu tinha perdido você. – Elle sussurrou. – E que vocês dois tinham morrido.

— Tem certeza que você quer fazer isso? – Nick estava apaixonado por Elle também. – Eu não quero te pôr em perigo também.

— Eu quero. – Bishop sorriu para ele. – Penelope vai ficar bem.

— Nunca quis que ela se machucasse. – Torres tocou o colar com uma das mãos. – Ela só precisa estar bem.

Gibbs foi com Luke até a emergência. Ele não tinha certeza se o agente ficar sozinho era bom.

Quando o médico anunciou que Penelope ficaria bem e que provavelmente ela teria realmente morrido se eles não tivessem feito os primeiros socorros, ambos relaxaram.

Nick e Bishop conseguiram enganar com a roca. Nenhum dos bandidos havia descoberto que Bishop não era realmente Charlie nesse esquema todo.

Luke ficou com Penelope no hospital. Ele não sabia se ela entenderia o quanto ele a amava, mas ele havia prometido dizer a ela.

Quando ela abriu os olhos, o ambiente branco do hospital, fez sua cabeça girar. Ela sabia que ficaria bem quando sentiu a mão de Luke. Ele estava ao seu lado logo que ela gemeu a primeira vez.

— Ei. – Ele a olhou com amor. – Bem-vinda.

— Torres está bem? – Penelope precisava tirar esse peso dela. – Ele está vivo?

— Sim. – Ele pegou a mão dela. – E você também. Apenas descanse.

— Luke. – Penelope o chamou. – Eu te amo.

Seu sorriso aumentou mil vezes. Ali estava ela, se recuperando e finalmente dizendo as palavras que ele pretendia dizer a ela.

— E eu te amo mais. – Ele se aproximou dela. – Muito, muito mais.

— Isso significa que vamos namorar? – Os olhos dela brilharam. – E vamos ter bebes?

— Quantos você quiser. – Luke a beijou. – Quantos quiser.

Torres entrelaçou sua mão com a de Bishop. Seus olhares se encontraram também.

— Eu pensei que tinha perdido vocês dois. – Ela sussurrou. – Foram minutos terríveis.

— Ei. – Ele colocou uma mão no queixo dela. – Estamos bem agora.

— Enquanto eu estava com Alvez no MTAC. – Ela colocou sua mão no queixo dele. – Eu prometi algo. Eu diria que eu te amo muito.

— Eu também te amo, Bishop. – Torres se aproximou dela ainda mais. – Eu quero tanto te beijar.

— Venha. – Ela o puxou pelo corredor, até uma sala vazia. – Agora, me beije.

Gibbs sorriu ao passar pela sala onde Elle e Torres estavam se beijando. 

— Esses dois. – Gibbs riu. – Acho que a regra 12 precisa de uma flexibilização agora.

Duas semanas depois do fim do caso, Luke e Penelope e Torres e Bishop saíram em um encontro duplo. Apesar do ciúme que Torres tinha com Garcia, a quem ele considerava uma irmã mais velha, todos foram felizes.


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