Enquanto dirigia para casa, observei o pôr-do-sol pelo vidro do carro com a cupidez de alcançá-lo. Levava o livro no banco de trás, já que não obtive a coragem de vendê-lo para o editor; toda a ufana necessária, ato repetido por mim diversas vezes, já me enojava. Passando pela praia, caminho que sigo pela primeira vez, percebi algo diferente: um casal de jovens dançava ao redor de uma fogueira. Estranho; tal visão deveria ser comum, mas vejo uma energia emergindo dos alegres moços, era justo o que eu precisava. Estaciono o carro e aproximo-me dos personagens, que rapidamente me reconhecem.