Estava no lugar que sempre a encontrava, no rio. Ela penteava as belas madeixas negras que eu queria acariciar. Senti ciúmes daqueles dedos que a tocavam de uma forma que eu não podia, mas que todo meu ser ardia de vontade.

— Você apenas olha, e olha, não faz nada.

Tive um elã ao ser pego desprevenido. Sua fala era mansa, uma tranquilidade que eu não tinha.

— Você sempre vem. E sempre olha.

— Ah Anahí, se tu soubesse o que queria fazer contigo ao invés de apenas olhar. Eu queimaria no fogo do inferno com toda a felicidade do mundo, juro!