Laços escrita por eharumi


Capítulo 3
Floresce o sentimento




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Demoraram um tempo para saírem daquele transe, talvez tenham se entendido mais do que esperavam em apenas um olhar.

 

 

 

 

 

Um olhar... Teria a capacidade de revelar segredos jamais revelados? Sentimentos jamais descobertos? Pra eles sim, o encontro que transcendia a vida, a alma...

 

 

 

 

 

O encontro de olhares foi cortado abruptamente, por Kiba, que estava se cansando do monoteísmo do momento. Sasuke e Sakura se viram obrigados a desviarem o olhar...

 

 

 

 

 

- Vamos logo Sasuke, não tenho uma vida inteira pra ficar aqui, e o inspetor tá vindo! – disse impaciente

 

 

 

 

 

- Tá vai indo na frente... – esperou Kiba ir e se virou para Sakura – tchau... E até algum dia!

 

 

 

 

 

- Tchau – disse ainda meio desnorteada

 

 

 

 

 

E se foi. Aquele momento que pareceu eterno. Aquele moreno dos seus sonhos. Pareceu que perdera a vida no momento em que ele se foi...

 

 

 

 

 

 

- Foi apenas atração física, Sakura, só isso! – dizia pra si mesma

 

 

 

 

 

 

 

- Em que está pensando filha? – disse a mãe da cerejeira

 

 

 

 

 

 

 

- Nada não... Vamos embora?

 

 

 

 

 

 

- Vamos! Ai filha, foi difícil, mas consegui, você está matriculada no Colégio Konoha!

 

 

 

 

- Isso me deixa suuuuuuuuper feliz – respondeu ironicamente

 

 

 

 

 

- Devia estar mesmo. Nas suas condições, achar um colégio está difícil!

 

 

 

 

 

 

- Preferia que não tivesse achado! Não sou desprovida de inteligência que nem esses doidos por estudo!

 

 

 

 

 

 

- Não fale assim filha, lembre-se de que todos estão no mesmo nível!

 

 

 

 

 

 

- Mas eu estou um nível acima de todos!

 

 

 

 

 

 

 

 

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Aquela menina... O que ela tem pra me deixar assim? Nenhuma menina fora capaz de fazer isso comigo e justo ela tinha que resgatar sentimentos que eu já estava desacostumado a conviver como o... amor?Não é possível... Como o amor poderia surgir de repente?

 

 

 

 

 

 

 

 

Isso é impossível, eu nem sei o nome dela e isso jamais acontecera, com mulher que fosse... Por que justo com ela... Que droga de sentimento é esse?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como apenas um sentimento pode fazer isso comigo? Eu havia enterrado-o com a minha mãe, tenho certeza de que ele está lá, na cova, junto com a minha mãe. Só ela teria conhecimento do meu amor... SÓ ELA! Mas o que aquela garota que conhecera a menos de cinco minutos fez com ele? Nenhuma ‘lei de atração’ poderia explicar aquilo, como ela conseguira desenterrar sentimentos já enterrados e mortos?

 

 

 

 

 

 

Como?...

 

 

 

 

 

 

 

 

Apenas uma coisa o assombrava: a dúvida. Algo que jamais o assombrara, apenas sua mãe o fizera ficar assim, e aquela menina estranha de cabelos rosa lembrava sua mãe. Não na aparência, mas no olhar penetrante que o prendia em outro mundo, em outros sentidos, mas o que mais se assemelhava era que podiam se entender em apenas um olhar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um olhar... - Fora o bastante para que o amor voltasse a ter sentido.

 

 

 

 

 

 

 

 

Como era torturante sofrer por amor. Ma o que mais o torturava era ter de aceitar um sentimento inaceitável, pelo menos para um Uchiha como ele. Não poderia se dar ao luxo de se apaixonar, ficaria bobo, sem reação, incapaz de enfrentar a todos e a tudo para lutar pelo seu sonho...

 

 

 

 

 

 

 

- Deixe de ser tolo Sasuke, como poderia se apaixonar com apenas um olhar? Impossível...

 

 

 

 

 

 

Foi tirado de seus devaneios por uma voz masculina e tenebrosa

 

 

 

 

 

- Senhor Uchiha, me acompanhe – disse o rígido inspetor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Chegara a sua casa exausta, não parara de pensar naqueles olhos ônix que tanto a encantaram. Vira naqueles olhos uma fonte de segurança, assim como Gaara representava para ela. Mas naqueles olhos havia algo a mais, talvez visse nele a imagem de seu pai, o único que amara com todo seu ser. Também amava sua mãe, mas desde que seu pai morrera a relação com a mãe ficara conturbada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ela achava que sua mãe nunca a entendia, mas também não se esforçava em fazer sua mãe compreende-la. Seu pai tinha um carinho enorme pela única filha, já sua mãe achava que ele a mimava demais e eles sempre acabavam brigando, discussões que ficaram gravadas na memória de Sakura. Ela sempre achou que a culpada de tudo era sua mãe, pois via no pai a figura perfeita do ser humano, ele era seu herói, seu porto seguro, além disso, em discussões terríveis, sua mãe a apontava como culpada de causar todo o transtorno da família, alimentando ainda mais todo o ódio que existia em si.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Talvez fosse por isso que nunca aceitara o novo casamento da mãe, não a achava no direito de ser feliz, sendo que ela lhe tirara a felicidade. Por culpa dela seu pai morrera, ao menos era isso que Sakura pensava. Talvez porque o amava demais para aceitar outra hipótese.

 

 

 

 

 

 

 

- Talvez seja isso: apenas amor demais... DEMAIS!

 

 

 

 

 

 

Foi tirada dos pensamentos por um beijo, um beijo terno e amoroso, do seu protetor, seu anjo da guarda...

 

 

 

 

 

- Em que estava pensando? Em mim?

 

 

 

 

 

- Sabia que você é muito convencido e louco?

 

 

 

 

 

- Discordo, não sou nada disso... – deu-lhe mais um beijo – Fica tranquila, não tem ninguém em casa além da gente.

 

 

 

 

 

 

- Mesmo assim, se alguém chega...

 

 

 

 

 

 

 

- Tá com medo é? Mas você sempre gostou do perigo! O que tá acontecendo com você hoje?

 

 

 

 

 

 

 

- Nada não – disse meio tristonha

 

 

 

 

 

 

- É por causa dele?

 

 

 

 

 

 

- Também... Vamos mudar de assunto? O que você vai fazer hoje?

 

 

 

 

 

 

- Você está muito estranha, desde quando muda de assunto assim tão de repente?

 

 

 

 

 

 

Houve um silêncio... Nenhum dos dois se sentiam à vontade de se expressar, talvez o silêncio fosse a única forma de se comunicarem, podiam se entender dessa forma e assim não magoariam um ao outro com palavras rudes.

 

 

 

 

 

De alguma forma ele se sentia responsável em quebrar o silêncio ali presente, sabia que ele levara aquela situação, mas não sabia que Sakura sofria por amor. Amor à outro homem, que acabara de conhecer, mas que mexera com ela, com seu coração e seu consciente não era capaz de extraí-lo de sua vida e também não seria mais...

 

 

 

 

 

 

Teria de estudar com ele, aquilo seria com assinar a própria sentença de morte, estudar com Gaara e o menino moreno na mesma sala...

 

 

 

 

 

 

- Kami! Me ajuda! Não posso entrar nessa roubada de jeito nenhum!

 

 

 

 

 

 

O silêncio foi cortado por Gaara, sabia agradar Sakura. Ela correspondeu a todas suas investidas, aproveitando-se do momento oportuno. Não havia ninguém em casa, o que era raro, além disso precisava daquilo, precisava dele, queria esquecer tudo, a vida e isso só era obtido quando estava com ele, mais precisamente em seus braços.

 

 

 

 

 

 

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Chegara à sala do diretor, mas isso não o importava, sabia que sairia de lá mais cedo ou mais tarde e sem receber nenhuma punição pelos seus atos. Seu pai não permitiria que a ficha de um Uchiha ficasse manchada por meras bobeiras da idade.

 

 

 

 

 

 

- Meras bobeiras...

 

 

 

 

 

 

 

- Senhor Uchiha – começou o diretor – não acha irresponsável de sua parte mentir para o inspetor da escola, da qual o senhor deve o máximo de respeito?

 

 

 

 

 

 

 

- Não acho que esse daí – apontava para Genma – mereça respeito por parte dos Uchihas.

 

 

 

 

 

 

 

- Não deveria menosprezar as pessoas dessa forma, é errado!

 

 

 

 

 

 

 

- Quem é o senhor para dizer o que é certo e errado? Ninguém liga pra isso...

 

 

 

 

 

 

- O Colégio Konoha não aceitará esse comportamento infantil. O senhor Inuzuka e você levarão uma advertência, que deverá der assinada por seus pais e responsáveis.

 

 

 

 

 

- Sabe que isso não chegará a lugar algum senhor diretor. Meu pai não permitirá...

 

 

 

 

 

- Mas você não pode viver eternamente sobre a proteção de seu pai, ele não poderá acobertar os seus atos eternamente, tem que começar a responder por si só. Aprenda isso!

 

 

 

 

 

 

- Não será o senhor que me educará. Agora tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo o senhor, com licença – e saiu da sala.

 

 

 

 

 

- Isso não ficará assim Uchiha insolente...

 

 

 

 

 

- - - - -

 

 

 

Saiu da sala com um único pensamento... nela.

 

 

 

 

 

 

 

Não sabia ao certo se pensava em sua mãe ou pensava na menina de cabelos rosa. Seu pensamento não vinha sendo legal consigo. Vacilava ao pensar na mãe, mas se encontrava confuso ao pensar naquela menina...

 

 

 

 

 

 

Mas não poderia levar consigo aquele sentimento, teria de deixá-lo para trás, assim como deveria ter deixado sua mãe, mas não conseguia... Mas o que o corroia não era esse sentimento, mas era o ‘por que’ de tudo isso...

 

 

 

 

 

 

 

Sentimentos não podem sumir,

Vivem conosco, no inconsciente,

Na alma,

Na vida,

No amor!


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews, critiquem, elogiem, mas mandem reviews please...

bjs



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