P.O.V. Jane.

Será que Nina gosta de ter os dois idolatrando ela? O que é que tem nessa garota que inspira essa devoção instantânea?

É o sangue de anjo?

—Então, Nina você vai fazer o meu irmãozinho se matar?

—O que? Porque você acha que eu vou fazer o Alec se matar?

—Não está ouvindo?

De repente ela ouviu.

P.O.V. Nina.

Tava rolando o maior barraco.

—Você tentou sabotar o meu encontro com a Nina sanguessuga!

—E cadê as provas?

Jace estava empunhando uma lâmina.

—Minha nossa Senhora parem com isso!

—Você quer a sua namorada morta de volta! Quer que ela seja quem ela não é!

—Você não sabe nada!

Eles estavam gritando um com o outro.

—Você vai envelhecer e morrer e ela vai viver para sempre! Ela é uma predadora, uma... submundana.

O loiro avançou encima do moreno e eles começaram a se atracar.

—Parem! Pelo amor de Deus!

Se eu soubesse o que viria a seguir, jamais teria feito aquilo. Não, eu teria sim.

Me meti entre eles e então... eu senti a dor.

—Clary!

P.O.V. Jace.

Eu ia matar aquele sanguessuga desgraçado, mas então... ela se enfiou no caminho. A lâmina serafim atravessou a barriga dela.

—Clary!

Ela não se desintegrou como geralmente acontece, ela sangrou.

P.O.V. Nina.

Eu comecei a ver coisas. A mulher me queimando com a unha, eu caindo do prédio. Sempre o sonho do prédio.

—Agora me deito para dormir, se eu morrer antes de acordar... peço ao senhor para minha alma guardar.

Sabia que ia morrer. Mas, então eu senti o gosto do sangue. Sangue que não era o meu.

P.O.V. Jace.

Não posso perder ela de novo. Eu me desesperei, mas então eu me lembrei que a Nina era parte vampira. E fiz um corte no meu pulso e a alimentei.

Eu não senti o barato. Que o veneno de vampiro causa, talvez Nina não fosse venenosa.

Mas, ver sua face real, seus olhos com as escleras negras e os olhos num tom de azul neon morto. Foi chocante.

Foi naquele momento que eu percebi que a Nina não era a Clary.

—Jace!

—Ela tá curando. E rápido.

De repente, ela parou de beber.  Ela olhou pra mim com os olhos verdes de novo.

Mas, os olhos mudaram de cor de novo,  ela expôs suas presas e... ao invés de me atacar, ela se mordeu e ofereceu pra mim.

—Beba.

—Eu não sou vampiro.

—Minha saliva tem anticoagulante. Se não beber, esse ferimento vai continuar sangrando e você vai morrer.

—Ou, eu posso ativar a minha runa de cura.

Ativei minha runa de cura, mas o ferimento não cicatrizou.

—O que?

—O meu ferimento curou, vou ter que fazer outro. Beba ou morra.

Ela se mordeu e eu tive que beber. Mas, eu senti a minha ferida fechando.

—Alec, o meu Alec está certo. Você espera encontrar a garota que morreu caindo do edifício, mas essa garota morreu.

—Espera, o que?

—Acho que ingressei na morte e voltei. Shadowhunter e Shadowkissed. Ótimo. E eu já tinha problemas de controle da raiva.

—Shadowkissed? O que? Do que está falando?

—Você realmente não sabe? Aqueles que por ventura ingressam na morte e retornam, são chamados de beijados pela sombra. Shadowkissed.

Então, o tio dela apareceu.

—Tio Klaus.

—Se importa em dizer porque eu te vi, mas você não me atravessou?

A mãe e o pai.

—Querida! Ai querida.