Delirium escrita por Karina A de Souza


Capítulo 1
A Noite Infernal


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Comecei essa fanfic ano passado, e terminei apenas esse ano, por diversos motivos. Enfim, Delirium está aqui. Espero que gostem. Ela segue alguns acontecimentos da série.



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—Não foi a decisão mais sábia, sabe que todos nós devemos ser discretos. Estamos todos em risco. Qualquer deslize... E seremos mortos.

—Desculpe. -Pedi, abaixando a cabeça. -Não consegui evitar. Estava furiosa... Eu não pensei direito. Não vai se repetir. Eu prometo. Mas... Não se encaixa nos padrões de ataque. Não acho que...

—Pare, Ludmille. Apenas um tolo não ligaria os fatos. Seja cuidadosa. Não é só você que pode ser morta. -Olhei para ela. Não parecia irritada, e sim preocupada.

—Pearl está certa. Devemos ir antes que nos descubram.

—Ainda não.

—É uma questão de tempo até nos descobrirem, Katherine!

—Se repetir o que fez ontem, claramente teremos menos tempo ainda. Seja cuidadosa. -Parou, ouvindo algo. A expressão mudou, um sorriso brotou nos lábios. -Sorria e seja gentil. -Se virou. Damon e Stefan se aproximaram. -Olá.

—Bom dia, senhores. -Acenaram com a cabeça. Eu só conseguia vê-los como duas marionetes agora. Era uma pena.

***

Cruzei a rua, alheia aos acontecimentos em volta de mim. Mais um dia sem um objetivo. Mais um dia sem ideia de que rumo tomar.

Se Katherine tivesse ouvido Pearl e eu, as duas não estariam mortas. Se Giuseppe Salvatore não tivesse cruzado comigo na noite do caos, talvez eu tivesse escapado sem causar nenhuma morte. Se não tivesse fugido, teria sido apenas mais um corpo queimado na igreja. E eu era a imprudente, certo, Katherine? Ela havia causado aquilo tudo. Ela e sua obsessão pelos Salvatore.

Destranquei a porta e entrei no apartamento. O rádio estava ligado. Brother Louie, do Modern Talking, tocava em volume baixo.

—Gustav, lembra que dançamos muito essa música nas discos?-Perguntei, deixando a bolsa na entrada e empurrando a porta. -Lembro de quando ela foi lançada. Era...

Meu sorriso sumiu lentamente. Eu podia vê-lo de onde estava. Sentado na cadeira, a cabeça sobre a mesa, uma estaca saindo pelas costas.

—Gustav? Oh, meu Deus. -Comecei a cruzar a sala, então parei.

—Olá, Ludmille.

—Damon. Damon Salvatore.

***

—E então, por que sua família está pensando em sair de Mystic Falls?-Damon perguntou.

—Meus pais moraram aqui a vida toda. Estão... Cansados daqui. Querem ir embora, assim que me conseguirem um noivo.

—Ouvi sobre isso. Boatos de que seu pai quer um noivo Salvatore para você. -Sorri.

—Você ouviu a conversa dos nossos pais, não ouviu?

—Talvez. -Olhou para onde o próprio pai conversava com o meu. -Acha que entrarão em acordo?

—Eu não sei. Quem casaria primeiro, você ou Stefan?

—Acredito que meu pai está disposto a se livrar de mim primeiro.

—Deixe-me adivinhar: está em pânico com a ideia de se casar com a pequena filha dos Morgan.

—Eu seria um péssimo preceptor.

—Não sou tão nova, Damon.

—É mais nova que Stefan. Talvez casem você com o mais novo dos Gilbert.

—Ele tem oito anos.

—Oh, certo. Muito velho para você. -Revirei os olhos, ajeitando as luvas. Nem sinal da minha mãe no salão.

—Atrevido.

—Menos que a senhorita.

—É por isso que eu gosto mais do Stefan. -Passei por ele.

—O que?

***

—O que está fazendo aqui?-Perguntei. Ele se ajeitou no sofá, os pés na mesa de centro.

—Precisamos conversar sobre sua amiga. Katherine.

—Katherine está morta.

—Creio que sabe sobre a tumba, o feitiço de Emily... -Franzi a testa. -Você foi pega naquela noite, é claro que sabe sobre o feitiço.

—Do que está falando? Katherine foi morta naquela noite, assim como todos os outros vampiros de Mystic Falls.

—Você escapou.

—Por favor, vá embora. Agora.

—Katherine está em algum lugar. E você vai me dizer que lugar é esse. Certo?

—Não devo nada a você. Agora me faça um favor, e vá embora daqui.

—Péssima resposta. -Avançou, agarrando meu pescoço. -Última chance antes de eu ser obrigado a tratá-la de forma violenta. Onde. Katherine. Está?

—Ela está... Morta.

—Então tudo bem... Conversamos quando... Acordar...

—O qu...

***

—Okay, seja bem vinda a residência dos Salvatore. -Encarei Damon, acima de mim. Meus pulsos estavam presos atrás das costas, eu não conseguia soltá-los. -Vamos recomeçar de onde paramos antes de eu quebrar seu pescoço...

—Não sei que jogo é esse, mas eu não quero jogar.

—É um jogo simples. Se chama: me diga como e onde encontrar Katherine e eu não mato você. É divertido. Você gostava de jogos, não gostava?

—Me deixe ir.

—É só responder as minhas perguntas. E então você poderá ir para dar ao seu amiguinho um enterro digno. Cadê a Katherine?

—Eu já disse que ela está morta! Morreu naquela igreja!-Assentiu.

—Não está jogando direito. Talvez precise... De um incentivo.

Agarrou um punhado do meu cabelo e me arrastou até a lareira, onde o fogo estava alto. Tentei recuar, mas em segundos meu rosto estava nas chamas. Comecei a gritar. Era a única coisa que podia fazer.

—É só me dizer onde está a Katherine, Ludmille. E então vai embora. -Puxou minha cabeça para fora das chamas.

—Você é igual a ele. -Choraminguei, tentando me afastar. -Monstro.

—Cadê a Katherine?-Gritou.

—Ela está morta!

—Não queimou naquela igreja, mas vai queimar aqui. -Tentou me aproximar da lareira de novo, mas alguém o empurrou, fazendo-o bater numa estante. -O herói do cavalo branco chegou.

—O que está fazendo?-Stefan perguntou.

—Estava no meio de um interrogatório. Vou continuar, se você me der licença.

—Já chega. -Soltou meus pulsos. -Você está bem?-Assenti.

—Katherine ajudou você a escapar, não foi? Não estava na tumba... Ela também não... Você tem que saber onde ela está.

—Katherine não me ajudou. -Neguei. -A última vez que a vi foi antes daquele caos começar. Foi naquela manhã, no jardim da mansão Salvatore. Vocês estavam lá, com ela, quando cheguei.

—E então...?

—A última vez que ouvi falar nela foi antes de ser capturada. Ouvi a confusão. Estava indo até Katherine quando o pai de vocês apareceu.

***

—Senhora Haus, não devia estar aqui numa hora dessas.

—Senhor Salvatore... O que está acontecendo? Ouvi gritos e...

—Vampiros. Nossa cidade está cheia deles.

—Vampiros?

—Sim. Mas não se preocupe. Eles estão sendo capturados e em breve serão mortos.

—E... Quem são? Viviam entre nós?

—Sim. E lamento informar que sua amiga, a senhorita Pierce, é um deles.

—Katherine. -Murmurei.

—Ela já foi capturada... Senhora?

—Eu não fazia ideia... Acho... Melhor ir para casa. É perigoso aqui fora.

—Sim. É.

—Boa noite, senhor Salvatore. -Me virei para voltar para casa, então algo me acertou no pescoço. Caí no chão, sem entender o que havia acontecido.

—Verbena, senhora Haus. Ela é muito útil contra sua espécie. -Suspirou. -Seus pais ficariam decepcionados ao verem o monstro que você de tornou. -Ergueu a voz. -Há outra vampira aqui!

***

—Desde então não ouvi mais nada sobre Katherine.

—Não tentou ir atrás dela?-Damon perguntou.

—Não. A cidade estava um verdadeiro inferno. Seu pai e os outros estavam prontos para matar todos os vampiros. Se eu fosse, morreria.

—E depois? Não tentou?

—Katherine morreu. Foi queimada naquela igreja...

—Não. Ela não foi. Katherine, assim como todos os outros, foi salva. Emily, aposto que se lembra dela, trancou todos na tumba, abaixo da igreja.

—Isso é verdade?-Stefan assentiu. -Mas... Se sabe que Katherine está lá, por que...

—Eu entrei na tumba. Katherine não está lá. De acordo com Anna, Katherine nunca esteve lá.

—Acha que é verdade?

—Eu não sei. Esperava que você me respondesse isso.

—Escuta... Até hoje eu não tinha ouvido nada sobre a tumba, ou o feitiço de Emily. Pra mim, Katherine e os outros estavam mortos. Não posso ajudar a encontrá-la. Lamento, Damon, mas ela está fora de alcance.


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Notas finais do capítulo

Será que Ludmille está falando a verdade? Ela realmente não sabe onde Katherine está? E Damon, ele acreditou em Ludmille?
Aguardem os próximos capítulos.
Até maaaaais! ♥



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