Desentendimentos escrita por Marry Black, grupo_FCC


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar!

Boa leitura!



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Visão de Bella

Eu estava sentada na poltrona de um avião, meu olhar fixo nas nuvéns que passavam pela janela, por falta de opção. Eu não tinha pra onde olhar, não tinha o que olhar... Eu me sentia como se não tivesse nada. Eu estava devastada, meu espirito estava quebrado em tantos pedacinhos que eu jamais conseguiria uni-los novamente. Não havia mais esperança para mim.

Eu queria esquecer, eu queria não lembrar, mas como isso era possível se ao meu lado estava a poltrona vazia de Edward, a poltrona que ele deveria estar ocupando, nesse momento deveriamos estar juntos, seguindo feliz para nossa lua-de-mel; as coisas não deveriam estar do jeito que estavam, mas o que eu poderia fazer?

As lágrimas escorriam por meus olhos, eram silênciosas, sem soluços escandalosos ou descontroles vergonhosos, não... Isso não fazia mais parte de mim, não era possível perceber que eu estava chorando a não ser que aproximasse, mas ninguém faria isso.

O vazio dentro de mim era grande, faltava algo dentro de mim, faltava minha alma; porém não era algo que me desesperava perceber, não mais, na verdade, eu já havia me acostumado com o buraco em meu peito, já havia me acostumado com a solidão, ela era minha única compania.

O vôo passou sem que eu percebesse, mesmo sendo um vôo longo de aproximadamente oito horas e eu não ter comido ou dormido um pouco para que o tempo passasse mais rápido. Eu não estava verdadeiramente prestando atenção, não me importava. Quando finalmente chegamos ao Brasil, eu desci limpei a trilha de lágrimas de meu rosto e coloquei um óculos escuros, sem nem ao menos me preocupar se era dia ou noite, eu apenas queria esconder meus olhos vermelhos.

Peguei minha mala e segui para o sagão, de acordo com Alice, ela pediria a um casal amigo dela e Jasper para me pegar no aeroporto e me levar até a casa deles lá, inicialmente eu havia recusado, mas ela insistiu dizendo que eu não saberia chegar até lá sozinha.

Parei próxima a uma parede, observando sem realmente ver, o local, as pessoas passavam por mim rindo ou apressadas, outras corriam para os braços de alguém provavelmente a muito não visto; e então eu senti inveja delas, aquelas pessoas que eu não conheciam simplismente tinham algo que eu não tinha, tinha algo que eu desejei ter a vida inteira e que me levou a ruína; amor.

O vazio dentro de mim rápidamente se expandiu, deixando-me claro que o único que eu tinha era ele, que ninguém mais estaria comigo; senti uma dor quase física ao perceber o quanto de odio imanava de mim, eu estava odiando e invejando pessoas que nem conhecia só por vê-las felizes, vê-las tendo algo que eu não tinha. Senti repulsa por mim mesma, respirei fundo tentando me manter controlada, eu não poderia surtar, não ali.

-Você deve ser Isabella... – uma voz doce chegou a meus ouvidos tirando-me de meus devaneios. Lentamente levantei o rosto e encontrei uma mulher de cabelos castanhos claros, olhos azul-esverdeados, corpo definido, um rosto lindo, muito bem arrumada parada na minha frente. Atrás dela estava um homem um pouco mais alto, cabelos levemente ondulados e ligeiramente loiros, seus olhos eram azuis, seu corpo era forte e definido, ele me fez lembrar-me de Jasper. Logo senti um pouco mais de tranquilidade me envolver, se era por lembrar-me de como Jasper agia em mim ou simplismente por não estar mais sozinha, eu não sabia dizer.

-Sim... – respondi com uma voz rouca. – Sou eu. – confirmei, automaticamente a moça sorriu.

-Sou Melissa Valente, - disse-me ela em seguida gesticulou o loiro. – Este é Guilherme Moore, somos amigos de Alice e Jasper. – explicou ela docemente. – Vamos leva-la até a casa dos Cullen, onde você poderá ficar o tempo que precisar. – Ela me sorriu cativante, e me vi obrigada a corresponder o sorriso, mesmo que fosse apenas um sorriso forçado.

Melissa engançou seu braço no meu e começamos a nos locomover pelo aeroporto, ao mesmo passo que Guilherme nos seguia trazendo minhas malas.

-Alice nos disse que você não gosta muito de sol, mas espero verdadeiramente que este conceito mude enquanto estiver aqui. – continuiou ela, mesmo não parando de falar, eu percebia que ela não era uma daquelas meninas metidas (Estilo Jéssica), que não calam a boca, Melissa parecia falar apenas porque achava que era importante. – Aqui no Brasil faz sol grande parte dos dias, o calor pode vir a encomoda-la por estar acostumada com frio. Mas logo se adaptará, eu tenho certeza.

Eu pouco falei durante todo o percurso, não por querer destratar Melissa e Guilherme ou por não querer ao menos tentar ser sociavel; eu simplismente, não conseguia... E por mais surpreendente que fosse, eles pareciam compreender isso, talvez Alice tivesse-lhes dito algo, não sei, mas era estranhamente confortavel estar com eles assim, sem me julgarem ou me forçarem ser algo que eu simplismente não conseguia ser naquele momento.

Eu mal vi como isso aconteceu, mas quando me dei conta, estavamos num iate navegando a céu aberto, Guilherme pilotava atento ao horizonte; Melissa estava sentada na ponta da embarcação aproveitando do sol que batia forte sobre nós e da brisa tranquila que emanava. Cerca de um quarto de hora mais tarde, atracamos em uma ilha, com uma floresta linda cobrindo toda sua extensão, a única coisa atificial ali, era uma enorme casa construiada próxima à praia.

-Bem vinda a Ilha de Esme! – disse-me Melissa com sempre, sorrindo. Ela me guiou para fora do barco em seguida em direção a casa enquanto deixava Guilherme cuidar de trazer as malas. Me senti mal por ele, mas quando questionei de ajudarmos-o, recebi uma forte gargalhada da parte da brasileira.

-Homens serve para isso, querida, - brincou ela enquanto caminhavamos rumo a casa. – Para nos servir...

-Ei! – disse Guilherme se fingindo de bravo. – Eu estou ouvindo, Mel! – Melissa riu mais ainda.

-Você me ama, Gui! – respondeu ela. Foi divertido ver o clima leve entre eles, ali, eu me senti confortavel, me senti... Bem. E o buraco tão grande em meu peito finalmente pareceu ser esquecido, mesmo que por um breve instante.

Quando adentramos na casa me vi ofegando, era deslumbrante, como todas as casas dos Cullen.

-Linda não é? – perguntou Melissa também adimirando a residencia. Eu me limitei a assentir, ainda maravilhada com a casa espelhada e com uma vista incrivel para o mar. – Venha, - ela começou a me puxar para o corredor. – Vou lhe mostrar seu quarto.

Seguimos em silêncio até um comodo grande com uma sacada que dava vista a praia. Lindo.

-Este será seu quarto. – disse-me Melissa. – Eu ficarei aqui com você por toda a sua estadia, - assenti sem prestar muita atenção, me sentei na grande cama de casal e fitei Melissa, dando-lhe mais atenção. – Alice nos contou tudo o que aconteceu... – ao dizer aquelas palavras eu senti como se tivessem jogado ácido na ferida, a dor voltou com mais intensidade. Melissa caminhou até mim e se ajoelhou na minha frente, pegou minhas mãos, confortando-me.

-Nós não queremos julga-la ou entristesse-la, queremos apenas que se recupere do grande tombo que tomou. – ela sorriu e novamente, eu senti a dor ceder ao lado dela. – Estamos aqui querendo ajuda-la, e esperamos que você nos permita isso...

Estranhamente eu me senti acolhida com as palavras da brasileira, foram calorosa e cheias de veracidade, eu não me senti mais sozinha. Mesmo que a dor não tivesse desaparecido, talvez ali, junto a aquelas pessoas maravilhosa, eu aprendesse a cura-la.

-Obrigada Melissa... – sorri levemente, ela me retribuiu com um sorriso grandioso e me abraçou.

-Eu é que agradeço... – nos separamos e ela continuou a sorrir. – E me chame de Mel. – piscou ela tão espontaneamente que arrancou de mim uma risada, leve, mais ainda sim uma risada. Era a primeira vez que eu ria desde... Desde que a dor se tornou minha companheira.

-Está bem... – concordei. – Obrigada; Mel.

Os dias se passaram sem que eu visse, Mel ficou comigo na ilha durante todo o tempo e Gui vinha três vezes por semana nos visitar, eu percebi que ambos tinham algum tipo de relacionamento embora nenhum deles tenha me dito ou demostrado, eles sabiam me respeitar, e confesso que foi muito reconfortante estar com eles, eu me sentia menos sozinha. Eles pareciam transmitir um acolhimento natural, isso fazia bem a minha alma.

Por mais que eles conseguissem diminuir a dor que me consumia, entretendo-me desda hora em que eu abria os olhos até voltar a fecha-los, nenhum deles nada podia fazer para impedir que os pesadelos viessem… Eu não gostava de adormecer, passava o maior tempo possível acordada; dormir nunca se mostrou tão doloroso como estava sendo agora, todas as noites meus sonhos relembravam-me o que eu tanto queria esquecer. Eu me contorsia e gritava, eu sabia que sim, pois todas as noites Mel vinha me acordar com alguma desculpa, querendo conversar algo totalmente frivolo ou pedir minha opinião.

Eu sabia que eramapenas mentiras que a brasileira inventava para me tirar dos pesadelos ao mesmo tempo que não me forçar a falar sobre a dor. Eu era estremamente grata a ela por isso.

Fazia três semanas que estávamos ali, nós não saimos da ilha um dia se quer, Gui abastecia nossa despensa, para termos o que comer. Era mais fácil não ver ninguém, era mais fácil me isolar de tudo e todos, e mais uma vez, eles souberam respeitar meu espaço.

Melissa passou a me ensinar a cozinhar, não que eu não soubesse, mas ela me ensinou a cozinhar muito bem, todos os dias nos divertiamos cozinhando todo tipo de prato, muitos brasileiros, outros italianos, outros franceses, sempre variamos. Em pouco tempo eu sabia cozinhar tão bem quanto… Ele.

Passei a perceber que era possível enganar a dor, que eu conseguia esquece-la ou ao menos diminui-la quando estava focada em outra coisa, então passei a me dedicar inteiramente a tudo que faziamos; inicialmente fiquei preocupada com Mel, afinal eu estava praticamente exigindo que ocupassemos cem por cento do nosso tempo e tive medo que ela não tivesse tanta disposição ou logo se cansasse e me deixasse sozinha. Mas não foi assim.

Mel se mostrou muito disposta e me ajudou inteiramente, sempre mantendo seu costumeiro sorriso nos lábios. Ela me ensinou a cozinhar, me levou fazer trilhas, a nadar com golfinhos, fazer mergulhos, me ensinou a fazer artesanato, me ensinou a cantar, cada dia era ocupada com as mesmas tarefas, e quando eu já estava "profissional", Melissa inventava algo novo, ela sempre tinha coisas novas a me ensinar, e hoje era um desses dias. Estavamos na cozinha, terminando de fazer uma sobremesa para o jantar.

-Então o que vamos fazer agora? – perguntou ela terminando de lavar a louça. Dei os ombros enquanto guardava a louça.

-Não sei. – respondi simplismente. Mel ficou alguns segundos em silêncio, isso não era nada bom. Mel tinha um jeito muito Alice de ser, mas não afobada como a baixinha que me forçava a fazer tudo; Mel tinha o mesmo genio animado e extrovertido, mas em momento algum me forçou a fazer alguma coisa, ela somente fazia-me ver o que talvez determinada coisa pudesse ser divertida.

-Humm… - ela olhou para o relógio e se virou para mim sorrindo. – Gui já deve estar chegando, então vamos te ensinar a dançar! – ela quase gritou de animação e bateu palmas.

Eu disse que não podia ser boa coisa, dançar era algo impossível no meu conceito, eu já tropessava no liso normalmente, como alguém espera que eu dance?

-Não acho uma boa idéia. – falei fazendo careta. – Eu não tenho a menor cordenação.

Mel desdenhou com a mão, exatamente como Alice costumava fazer. – Mero detalhe.

Suspirei pesadamente. – É sério, Mel. Eu REALMENTE não sei nem andar direito, dançar é minha sentença de morte… - fui sincersa, afinal, eu não tinha nada de coordenação, quantas vezes… Ele não se irritou comigo por conta disso?

Pessíma idéia deixar que esse tipo de lembrança invadisse minha mente, fora como um soco em meu estomago, tratei de tentar desviar minha atenção e voltei-me para Melissa.

-Você não sabe o que diz… - desdenhou ela me puxando para a sala. – Brasileiros tem um gingado que ninguém tem… - ela sorriu.

-Não duvido… Mas eu não sou brasileira. – observei enquanto ela arrumava a sala, deixando-a espaçosa para que pudessemos dançar.

-Mas eu sou. E vou te ensinar como se faz, não é difícil! Você vai ver! – me limitei a suspirar, aquilo seria um desastre.

Esperamos mais alguns instantes até Gui chegar; de acordo com a Mel, Gui era exencial para que a dança saisse perfeita. Quando ele chegou, Mel praticamente o arrastou até a sala.

-O que está acontecendo? – perguntou ele, totalmente confuso.

-Nós vamos ensinar a Bella a dançar! – explicou Mel batendo palmas, eu me limitei a suspirar e negar com a cabeça, aquilo decididamente não daria boa coisa, mas Gui não pareceu pensar da mesma meneira pois logo sorriu animado.

-Legal! Vai ser divertido! – eu o olhei incrudula, mas nem ele nem Mel pareceram perceber. – Então, que estilo vamos ensinar primeiro?

-Hummm… Não sei, alguma idéia?

-Eu sou a favor do funk. – disse Gui com um sorriso safado enquanto se sentava no sofá com as mãos atrás da cabeça. Eu não sabia o que era funk, mas apenas pela cara de safado de Guilherme, eu desejei não saber, porque com certeza seria algo constrangedor. Novamente, eu fui a unica a ter essa visão pois Mel bateu palmas.

-Otima idéia! Vamos começar pelo funk então! – declarou ela e se virou para mim. - Bella, eu vou dançar uma vez para você ter uma idéia, depois eu te ensino ok?

Assenti mais aliviada e me sentei no sofá ao lado de Guilherme, por mim ela poderia dançar o tempo inteiro que eu seria agradecida desde que ninguém me fizesse passar por nada constrangedor.

Enquanto Mel ligava o som resolvi perguntar a Guilherme qual era o grande papel dele nisso tudo, já que ele não dançaria, mas não deu tempo, pois Mel respondeu por ele:

-Vamos te ensinar o que as brasileiras tem de tão especial. – seu sorrisinho foi maliguino e me fez tremer.

-Você, vai ensinar dançando funk, - corrigiu Gui enquanto Melissa se posicionava no meio da sala, na frente. – Eu darei apenas mostrarei o efeito das brasileiras nos homens. – Em seguida ele riu, sendo acompanhado por Mel.

-Que seja… - retrucou ela sem interesse. – Agora vamos dançar…!– logo a música começou e eu comecei a assisti-la dançar.

h t t p : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = 5 c 1 f k C F E T X k & f e a t u r e = r e l a t e d

(Coreografia e música usadas por Mel)

Quando a música finalmente acabou, eu estava de queixo caído, como uma mulher poderia requebrar tanto, se insinuar tanto quanto Mel fazia sem se machucar, pior, fazer isso sorrindo e com uma facilidade humanamente impossível. Definitivamente as brasileiras tinham motivos para terem uma fama internacional.

Quando olhei para Gui automaticamente minhas bochechas coraram ao perceber uma certa elevação em sua calça, desviei os olhos rapidamente dali, ele nem pareceu perceber meu olhar, seus olhos quase comiam Melissa, seu olhar estava fixo no corpo da brasileira; não que eu o culpasse, a dança que ela havia feito deixaria qualquer homem louco, era realmente marcante e sensual, eu jamais conseguiria fazer algo do tipo.

Me pergunto se Rosalie já teve coragem de trazer Emmett aqui, com tantas mulheres... digamos, liberais.

-E ai? – perguntou Mel alegremente enquanto prendia os cabelos em um coque mal-feito, era visível que a dança a deixara com calor. – O que achou?

Não tive tempo de responder, pois Gui respondeu antes de mim.

-Você não tem idéia de como fica gostosa quando dança funk, mais que o normal.

Estava estampado na cara dele que falava sério, mas Mel se limitou a rir como se as palavras de Guilherme fossem algo comum.

-Eu não estava falando com você... – retrucou-lhe. Eu não conseguia compreender como eles conseguiam levar tudo tão tranquilamente, simplesmente não fazia sentido. Nunca tinha visto nada igual, mas para eles, parecia parte do dia-a-dia. – E então Bella? – Mel voltou a me fitar. – O que achou?

Ela estava ansiosa, eu não queria acabar com sua felicidade, afinal, eu havia adorado a dança, mas nela; em mim eu tinha certeza que ficaria ridículo, eu jamais conseguiria rebolar daquela maneira ou manter meu equilíbrio por mais de tipo, 30 segundos.

-Foi... – medi bem minhas palavras. – Foi muito interessante, você dança muito bem! – Um sorriso se formou em seus lábios, mas eu não poderia criar-lhe esperanças. – Mas eu duvido que conseguia fazer algo do tipo.

-Bobagem! – desdenhou ela me puxando para o centro da sala. – Eu vou te ensinar e você vai dançar igual a uma brasileira antes do Gui tirar essas cara de idiota faminto que esta. – Em seguida ela riu, eu acompanhei levemente, pois ainda estava temerosa, eu com certeza acabaria com um braço quebrado no final do dia.

-Não sei se é uma boa idéia. – tentei uma ultima vez.

-Bobagem, você verá como é fácil. – Mel retrucou posicionando-se do meu lado. Então começou a tentar me ensinar como se fazia para "rebolar de verdade" como ela mesma dizia, ou seja, o rebolado das brasileiras. Aquilo era tão embaraçoso e constrangedor que eu nunca senti tanta falta de Alice me fazer de sua Barbie.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? A Mel é uma pessoa muito especial, não é mesmo?

Comentem!