P.O.V. Jean.

Nós estávamos caminhando pela floresta, eu a Rainha e sua comitiva.

—Minha mãe mencionou que os galhos das árvores agarram na gente. É verdade?

—Não se preocupe. Vai ficar tudo bem.

Essa não era exatamente a resposta que eu esperava. Mas, então... do nada aquele loiro aparece. Jace, o neto da juíza.

—O que está fazendo aqui? Você não foi convidado.

—Você está linda nesse vestido.

P.O.V. Jace.

Ela estava usando um lindo vestido longo que arrastava no chão, era verde e combinava lindamente com os seus olhos. Aqueles lindos orbes cor de esmeralda.

O cabelo estava todo enfeitado. Ela parecia uma ninfa.

—Você não invade a casa de uma pessoa e fala isso.

—Eu não invadi a casa de ninguém.

—Aparecer sem ser convidado e todo armado desse jeito... parece invasão pra mim. Tem que ter respeito pelas pessoas.

—Eu não invadi e não desrespeitei ninguém.

—Menino, esse é o Reino Seelie. É o domínio da Rainha Seelie, é a casa dela e você simplesmente apareceu armado até os dentes. E se alguém aparecesse lá no seu instituto, do nada e todo cheio de armas? Se não acharia que é desrespeito?

Cara, ela tem argumentos.

—Eu acho que o silêncio dele é um sim.

—Gosto de você.

—Obrigada Majestade.

—Eu vim, por sua causa.

—Por minha causa? Vai tentar me matar?

—Não.

—Então o que está fazendo aqui e o que eu tenho que ver com isso?

—Você está aqui desarmada e sozinha.

—E dai? Eu sou convidada.

—Os Seelie podem manipular a verdade. Eles não são confiáveis.

—E você tá desrespeitando eles!

P.O.V. Rainha Seelie.

Oh, mas que interessante discussão. O Shadowhunter apareceu e tentou voltar a menina contra nós, mas até o presente momento não está obtendo sucesso.

—Desrespeitando eles?

—É. Você diz que os Seelie não são de confiança e vai me dizer que os shadowhunters são?

—É claro!

—Que não! A sua gente tentou me matar! Invadiram a minha casa, desrespeitaram e atacaram a minha família! A vovó Herondale sequestrou a minha prima que é um bebê! Usou ela de isca pra chegar em mim! Os Seelie lutaram do meu lado. Enquanto a tua gente queria arrancar a minha cabeça! Então, se tem alguém que não é de confiança aqui, é você. Eu até te expulsaria, mas essa não é a minha casa.

P.O.V. Jace.

Ai como ela é teimosa! Teimosa e cheia de opinião.

—Clary...

—Eu não sou Clary! Eu sou a Jean! J-E-A-N. Jean!

Eu respirei fundo.

—Jean, você precisa vir comigo.

—Mas, não vou mesmo! O único jeito que você vai me tirar daqui é se me jogar nas suas costas e me arrastar enquanto eu chuto e grito.

Enquanto ela falava, me apontava o dedo. Metia o dedo na minha cara.

—Tudo bem.

Joguei-a nas minhas costas e ela fez exatamente o que prometeu, chutou, gritou e esperneou.

Infelizmente, eu não consegui dar dois passos. Porque os cavaleiros Seelie me apontaram lâminas.

—Coloque a garota no chão.

Fui forçado a colocá-la no chão. Os cabelos estavam todos descabelados e o vestido estava amassado.

—Olha só, me deixou toda descabelada e amarrotou todinho o meu vestido.

—Clary...

Ela olhou feio pra mim.

—Jean, você precisa voltar.

—Tudo estava bem. Até você dar o ar da sua graça e desrespeitar todo mundo, amarrotar o meu vestido e descabelar o meu cabelo.

Disse enquanto alisava o vestido verde.

—Se está tão preocupado com a híbrida, Shadowhunter então pode ficar. Um ano inteiro.

—O que?

—É o acordo. Te dou vinte e quatro horas para pensar na minha proposta, se voltar, vou tomar como um sim, mas se não... tomarei como um não.

P.O.V. Jean.

Eu fui dormir e quando eu acordei, eu com certeza não estava mais no Reino Seelie.