True Love escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Depois da tempestade


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/KHpyCwjND14-Poderes das trevas da Jean.
https://youtu.be/MXlPXIeq_j4-Jean destrói a alma da traidora.



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P.O.V. Izzi.

Os Shadowhunters que já eram uma raça em extinção, agora estão extintos. Só sobramos, eu, meu irmão e o Jace.

—Vocês podem recolher os corpos dos seus entes queridos e terão tempo para o luto. Daniel foi buscar o cálice. Ele vai usar para começar de novo.

—Começar de novo?

—Ele vai criar mais Shadowhunters?

—Sim. E a responsabilidade de treiná-los e enfiar humanidade nesses novos caçadores de sombras, será de vocês. Eu sugiro que não fracassem.

Disse um dos anjos. O arqueiro.

—E quanto aos acordos?

—Faremos acordos novos. Acordos que beneficiem todos os membros da comunidade e não sejam letais para a humanidade.

O Alec foi para o apartamento do Magnus.

P.O.V. Alec.

Não acredito que o Magnus apoiou aquela gente naquela... chacina.

—Alexander! É muito bom ver você.

—Porque apoiou eles?

—Um, porque eu queria mudanças e dois porque eu não sou idiota de ficar contra os Clãs de vampiros mais poderosos do submundo. Não leve pro lado pessoal. Você não sabe como é ser um submundano e nem precisa. Ou precisa?

—Disseram que vão renovar os acordos. Fazer mudanças neles.

—Eu aposto que os vampiros vão querer sangue mundano. Não que isso seja um problema na época de hoje.

—Não é um problema?

—Ah, Alexander... existem bolsas de sangue. Ninguém morre por aquilo. Estou cansado. Foi uma briga e tanto.

—Parece irritado.

—Estou com raiva e decepcionado. Pensei que você fosse diferente, pensei que seria melhor. Eu acreditei em você, nas suas propostas de transparência e igualdade, mas foi necessária uma chacina para você e os seus descerem do pedestal de onde se colocaram.

Magnus me deu o seu melhor sorriso sarcástico.

—Eu imagino que esteja com raiva.

—Eu amo você, Alexander. Mas, você tem que estar ciente que não é meu dever servir você ou qualquer outro shadowhunter. Não sou servo de ninguém. Deveriam ensinar os próximos shadowhunters a terem um pouquinho mais de gratidão. Eu prometo que não vai doer.

Decidi que é melhor eu ir embora deixar o Magnus esfriar a cabeça. Nunca tinha visto ele tão irritado.

P.O.V. Jace.

Eu ouvi a Rainha Seelie falar:

—Lutamos ao seu lado. Agora, é hora de cumprir o seu lado da barganha.

—Claro. Promessa é dívida. Vai fazer as suas malas vai Jean.

—Não precisa levar muita coisa. Nós vamos fornecer tudo o que precisar.

—Nós?

—A condição para os Seelie se aliarem a nós foi que eu passaria um ano no Reino Seelie aprendendo seus costumes.

—Não pode ir pra lá sozinha!

—Porque não? Eles não vão me machucar e a minha mãe deu a palavra dela. Nós prometemos, nós cumprimos.

—Vê? Pelo menos alguém tem palavra.

Jean entrou na casa e voltou com uma mochila.

—Tchau mãe. Tchau pai. 

—Oh, o meu bebê.

—Vai passar rápido você vai ver.

—Eu quero a sua palavra Majestade, de que... ela vai ser bem cuidada.

—Ela vai voltar com todos os pedaços no lugar.

—Muito bem. Até o presente momento, não me deu razões para desconfiar de você.

P.O.V. Jean.

Nós fomos até a praça e o Jace veio com a gente.

—Porque estamos na praça?

—Porque a entrada para o Reino Seelie fica no lago.

—Vamos ter que pular na água? Que droga. Eu não queria molhar o cabelo.

—Não se preocupe, o seu cabelo vai ficar bem seco. Me dê a mão.

Eu dei a mão para a Rainha e então... nós pulamos. Acho que toda a Nova York ouviu o meu grito. Então, não havia mais barulhos de carros, aviões.

—Eu não caí encima da senhora? Cai?

—Não.

—Você está bem Majestade? Está ferida?

—Estou bem, obrigado.

Os outros Seelie vieram logo em seguida. Então, eu fui levada até a Corte Seelie e as camareiras da Rainha me enfiaram num vestido verde com estilo da renascença. Ele tinha longas mangas que tapavam as minhas mãos, um corpete, a barra arrastava no chão e os ombros apareciam, então as camareiras começaram a fazer o meu cabelo. Trançaram e cachearam, enfeitaram com umas plantinhas e colocaram uma coroa de flores.

—Obrigado.

—Disponha.

—Eu posso me ver no espelho?

—É claro.

Quando olhei o meu reflexo, eu nem me reconheci. Duvidei que fosse eu.

—Nossa! Nem parece que sou eu. Mas, de um jeito bom.

—A Rainha a espera.

Fui levada até o salão real.

—Sua majestade.

Prestei uma reverência.

—Como se sente?

Imaginei que ela se referisse ao meu novo visual.

—É diferente. As mangas são um pouco incômodas, mas... acho que é questão de costume.

—Ótimo. Nenhum Shadowhunter jamais demonstrou interesse em aprender os nossos costumes.

—Não sou shadowhunter, pelo menos eu não me considero uma.

—Nos dê uma amostra de seus poderes.

—Que tipo de feitiço a senhora quer?

—Surpreenda-me.

Eu decidi dar a ela o que ela gostava. Afinal, dizem que os Seelie tem a maldade dos demônios.

—A senhora tem prisioneiros? Traidores?

—Sim.

—Por gentileza, traga-me um.

Os guerreiros da Rainha trouxeram uma Seelie. Eu fiz o círculo em volta dela, posicionei as velas, acendi-as e então, com um movimento de mão quebrei seu pescoço. Mas a alma ficou presa dentro do círculo.

—Fascinante.

—Mas, eu não terminei ainda. Você traiu o seu povo? A sua Rainha? A sua família?

—Sim. Eu trai sim.

—Aqueles que traem a família, merecem um destino pior que a morte.

—Um destino pior que a morte? O que pode ser pior que a morte?

—Você vai ficar surpresa. E não de um jeito bom.

P.O.V. Rainha Seelie.

Realmente, aquela criança era mais poderosa do que qualquer um poderia ter se quer imaginado. A traidora estava morta, morta, morta e ainda assim Jean conseguiu fazer contato físico com ela e fazê-la sangrar e gritar até sumir. Ela fez a alma de alguém sangrar.

Quando acabou, ela respirou fundo.

—Impressionante.

—Ela já não existe mais e de quebra, eu a usei como conduíte para ter acesso ao poder da magia das minhas ancestrais.

—Como assim?

—A mulher estava morta, certo?

—Certo.

—Ela estava do outro lado, mas o círculo a impedia de atravessar então, eu usei a conexão dela com o outro lado para acessar o poder das minhas ancestrais. Uma quantidade exorbitante de poder, de magia passou por ela, fluiu por ela e passou direto pra mim e foi esse poder que destruiu sua alma.

—Incrível.

—É verdade que a senhora e o seu povo não podem mentir?

—Sim.

—Nunca?

—Nunca.

—Deve ser... incômodo.

—De que maneira?

—A verdade dói. Quando você é sincero demais, acaba magoando as pessoas. Entretanto, eu prefiro que sejam sinceros comigo porque quando eu descubro que alguém me enganou... eu fico furiosa. E a senhora não quer me ver com raiva. Ninguém quer me ver com raiva.

—Imagino que não.

—Peço sua permissão para me sentar.

—Claro. Tragam uma cadeira para a nossa convidada.

Os meus servos colocaram um tronco de árvore cortado para que ela pudesse se sentar.

—Obrigado.

—Você é muito gentil. Extremamente educada.

—Muito obrigada. Vossa majestade também é muito gentil.

—Pode fazer outras coisas como aquela?

—Posso, mas eu prefiro não fazer. Acredito piamente na lei do retorno.

—Então, porque fez aquilo?

—Ela era uma traidora da pior estirpe. Ela traiu sua família. Aqueles que traem a família não valem o ar que respiram e não merecem misericórdia.

—Concordo.

—Eu vejo borboletas em todos os lugares. É algum tipo de celebração?

—Luto. Pelos guerreiros que morreram na batalha.

—Oh! Meus pêsames.

Ela demonstrava genuína preocupação e respeito pelo povo Seelie. Por nossos costumes e seus pêsames foram os pêsames mais sinceros que eu já recebi.

—Deve estar com fome.

—Estou e com sede. Mas, eu não quero ferir a senhora ou o seu povo. Vocês foram tão gentis comigo.

—Quando fiz o acordo com a sua mãe, eu e os meus nos preparamos para recebê-la.

—Majestade?

—Sirvam o banquete e tragam algo para a nossa convidada beber.

Enquanto alguns serviam o banquete, outros trouxeram o mundano.

—O que está acontecendo? Que lugar é esse?

Ela olhou nos olhos do mundano e então mandou:

—Fique calmo. Você não terá medo, está seguro aqui.

—Eu não estou com medo. 

—Não vai gritar. Sabe que eu não vou te matar.

Então, a híbrida fincou os dentes no pescoço do mundano. O mundano não gritou, não entrou em pânico. Ficou estático.

Logo, ela parou e ordenou que o mundano se alimentasse de seu sangue.

Ele o fez e o ferimento no pescoço cicatrizou.

—Impressionante.

—Ah, isso ai o sangue de qualquer vampiro faz. Onde devo me sentar?

—Escolha.

Ela se sentou ao lado da mesa.

—Porque não na ponta?

—Porque em casa, as pontas são os lugares do meu pai e do meu tio Klaus.

—O que mais?

—Bom, do lado do meu tio Klaus fica a minha tia Caroline e do lado do meu pai, a minha mãe. Dai eu, a Hope, a tia Freya, tia Keeling, tia Rebekah, Marcel. Do outro lado, o tio Kol e a tia Davina.

—Então há uma hierarquia.

—Eu acho que pode se dizer isso.

—E qual é a sua relação com os Shadowhunters?

—Nenhuma. Nós massacramos eles, lembra?

Ela sentia o cheiro de tudo e lançava um feitiço na comida e na bebida antes de ingeri-las.

—Porque esse feitiço?

—Acho que depois que toda aquela gente tentou me matar, eu fiquei meio paranoica. Se algo estiver envenenado, o feitiço vai detectar.

—Amanhã, vou levá-la para visitar todos os lugares do meu domínio.

—É muita gentileza.

P.O.V. Jace.

Eu não acredito que a mãe mandou ela para o Reino Seelie sozinha! Que mãe mais desnaturada.

Ela está lá, sozinha e desarmada.

—O que está fazendo Jace?

—Eu não vou deixar ela lá, sozinha. Desarmada e vulnerável.

—Jace, volta pra cama.

—Não. Eu fracassei com ela uma vez. Por minha causa a Clary morreu, não vou deixar acontecer a mesma coisa com a Jean.


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