P.O.V. Jean.

Eu estava no Texas, era a época da guerra civil. E eu vi uma figura muito familiar.

Ele parou o Cavalo.

—Senhorita? Precisa de ajuda?

—Não. Não se preocupe tio Jasper, vai doer, mas você vai sobreviver. Vai ajudar elas.

—Tio Jasper?

—É difícil explicar. Vai. Vai ajudar elas.

Ele cavalgou até elas.

—Lindo. E é um oficial.

—Qual é o seu nome, soldado?

—Major Jasper Withlock senhora.

—Espero que sobreviva, você pode ser muito útil para mim.

P.O.V. Jasper.

Ouvi a senhora dizer:

—Espero que sobreviva, você pode ser muito útil para mim.

A dor era insuportável. Eu vi a garota de verde vir correndo.

—Quem é você?

—Você vai criar o guerreiro perfeito, Maria. Porém, mais cedo ou mais tarde... tudo volta. Nós não somos ninguém para mudar a vontade de Deus, cedo ou tarde as coisas voltam pro seu caminho.

A dama de cabelos ruivos, segurou a minha mão. Apesar da dor insuportável, eu senti ás lágrimas dela pingarem no meu rosto.

—Eu não posso parar a transformação tio Jasper, eu sinto muito. Mas, vou tentar tirar um pouco da sua dor. Assinta, mulan ex viras, ex tribum, tare mora vantes quo encandes.

Eu ficava ouvindo aquelas palavras desconhecidas e o fogo parecia queimar com menos intensidade.

Logo, eu senti... frio. O calor passou e eu senti frio.

—Acabou.

—Eu sei. Quem é você?

—Eu sou sobrinha dele. E eu nunca soube o que foi feito de você. Espero que tenha morrido.

Eu abri meus olhos e... o mundo era diferente.

—Bem vindo de volta! Uau! Eu nunca tinha imaginado você com olhos de Volturi.

—Sabe sobre os Volturi?

—Eu sei muito mais do que você imagina sua vadia.

—Você não se comporta como uma dama.

—Eu não sou muito de guardar.

A menina me ajudou a levantar.

—Você está bem? Ele deve estar com sede.

P.O.V. Jace.

Ela sumiu. Simplesmente sumiu.

—Como deixaram isso acontecer?! Os Originais vão nos esfolar vivos!

—Temos que encontrá-la.

P.O.V. Jasper. Época da guerra Civil.

Eu tentei avançar sob ela, mas ela se defendeu. Com um movimento de sua mão, eu voei longe.

Mas, isso não me parou. Eu continuava avançando e ela continuava me jogando longe.

—Para com isso tio Jas! Que saco. Se beber o meu sangue vai desmaiar.

Então, eu finalmente consegui chegar nela, mas quando bebi o seu sangue... foi como engolir navalhas e eu senti a escuridão me levar.

—Até que enfim.

P.O.V. Maria.

Eu não poderia estar mais chocada.

—Quem é a senhora?

—Senhora tá é no céu. Eu sou senhorita. Agora me ajuda, temos que tirar ele daqui.

—Ele está morto?

—Tanto quanto você. Ele vai acordar. Agora me ajuda, Maria!

Nós tivemos que carregar o recém criado desacordado.

—O seu sangue é veneno.

—Pode ser. Eu posso fazer o meu sangue ser venenoso. Letal e não letal.

—Quem é você?

—Eu sou... a dama de verde.

—Parece uma fada.

—Não sou fada. Sou algo bem mais exótico.

Ela se sentou numa cadeira e ficou esperando.

—Eu vou arrumar alguém pra ele matar. Quando ele acordar, vai estar com sede.

Quando ela retornou, estava com um prisioneiro.

—Que crime você cometeu?

—Ele estuprou uma garota.

—Estuprou?

—Violentou, violou contra a vontade dela. E agora, vai pagar meu filho.

O meu major recém criado acordou.

—Bem na hora. Bon apettit.

Ela olhou o recém criado se alimentar e ficou horrorizada.

—Eu sabia que ele tinha um passado obscuro, mas ver ele matar uma pessoa... credo!

—Eu o matei?

—Matou. Felizmente, ele era um estuprador, então... você salvou mais pessoas do que matou.

—Você sente nojo.

—Sinto. Muito nojo mesmo. Violentar garotas... maníaco desgraçado.

—Você é linda.

—Credo tio Jasper! Você é meu tio!

—Eu não tenho mais família viva.

—Tem razão. Todos os membros da nossa família são vampiros, eu tenho duas tias por parte de pai, elas são os únicos membros verdadeiramente vivos da nossa enorme família desfuncional. A tia Freya é uma bruxa e a tia Keeling é lobisomem.

P.O.V. Jasper.

Ela bagunçou o cabelo. 

—Ai, eu tenho que chegar em Nova York. Estamos no Texas, em Galviston. E no meio da Guerra Civil. E eu sou uma mulher, mas ser subestimada é uma vantagem.

—Você tem uma tia lobisomem? E uma tia bruxa? Bruxos não existem e os filhos da lua estão extintos.

—Se você tá dizendo...

Ela deixou no ar e falou em tom de desafio.

—Eu sou Maria. É um prazer finalmente conhecê-lo.

—Aprenda o que tem que aprender e dê um pé na bunda dela. Acredite, ela não liga pra você.

—Liga? Como as da cinta?

—Ela não se importa. Aprenda a matar recém criados e depois, vá embora.

—Como eu poderia não me importar? Ele é um ser magnífico.

—Se não calar essa boca, eu vou te mostrar o fogo que veio do lado da família da minha mãe. Eu vou atirar bolas de fogo em você e te afogar em ácido!

—Me afogar em ácido? Acha que isso vai me matar?

—Não. Mas, com certeza vai doer. Tchau tio Jasper, vejo você no futuro.

Ela se retirou e eu a ouvi entoar uma canção:

—Got no place, to hide. And I'm feeling like a villian gotta a hunger inside. One look in... my eyes... and you're running cos I'm comming gonna eat you alive.

A voz ia ficando mais distante. A última coisa que eu ouvi foi:

—Monsters stuck in you're head. Monsters under your bed.

Com o tempo, percebi que a dama de verde estava certa. Achava que o que Maria e eu tínhamos era amor, mas não era. Ela estava apenas me usando, eu era um fantoche. Ela apenas puxava as cordas.

P.O.V. Aro.

Os rumores desta tal dama de verde começam a se espalhar cada vez mais. É sempre a mesma descrição.

Cabelos ruivos, pele alva e vestido verde. Vários vampiros dizem que foram ajudados pela dama de verde. E não apenas vampiros, alguns humanos também.

—Achem essa mulher. Não me importa se precisam revirar cada vilarejo, cada cidade, cada canto dessa terra, mas achem essa mulher.

P.O.V. Rainha Seelie.

Os Cullen e os Mikaelson se voltaram contra mim, eles estão loucos de raiva pela menina ter sumido estando sob minha guarda.

—Você não pode tê-la conhecido na época da guerra civil Jasper. É impossível.

—Era ela. Não vê? É ela. Ela até me chamou de tio Jasper. Não entendi na época, mas agora entendo. Jean é a Dama de Verde.

—Como isso é possível?

—Ela é uma criança parte vampira, parte bruxa, parte anjo, parte shadowhunter. O impossível simplesmente não existe Edward.

P.O.V. Aro.

1800.

Recebi uma informação valiosa. De uma vampira do Sul dos Estados Unidos.

—Tem uma denúncia senhora?

—É mais uma informação. Essa Dama de Verde, ela estava lá quando eu transformei um recém criado. O Major Jasper Withlock. Ela o chamou de Tio Jasper.

—Tio Jasper.

—Sim. Tio Jasper. Segurou sua mão durante três dias durante a transformação e acho que fez alguma coisa com ele durante o processo. Disse ao Major e a mim que ela tem uma tia lobisomem e outra que é uma bruxa.

—Impossível. Os filhos da lua estão extintos e bruxas são contos para assustar crianças.

A vampira me estendeu a mão.

Pude ver a face da dama de verde, ouvi suas palavras, eu a vi sedar um recém criado usando seu sangue. Quando ele bebeu, apagou.

—Um ser tão magnífico e poderoso como ela, não se vê todo dia. Alguém que tem o poder de fazer seu sangue ser letal para a nossa raça? De fazê-lo funcionar como sedativo? Atirar um recém criado longe sem mover um dedo?

—É. Eu fiquei com medo aquele dia.