James Potter e Lílian Evans – Aprendendo a Amar escrita por Emma Salvatore


Capítulo 19
Mais uma vez


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!! Aqui está mais um capítulo pra vcs!!!
Ps: perdoem pela demora, estava com um bloqueio criativo.



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Lílian esperava James ansiosamente na porta da casa dos Dursley. Apesar dos constantes avisos de Petúnia de que ela não precisava ir ao casamento, Lílian, ainda assim, compareceu. Contudo, ela não avisara à irmã de que não estaria sozinha. A caçula tinha a leve impressão de que a mais velha não iria ficar nem um pouco feliz com a novidade.

Com um suave farfalhar das folhas, James desaparatou.

— Desculpe o atraso, Ruivinha – ele pediu, dando um selinho na noiva. – Coisas da Ordem.

Lílian franziu as sobrancelhas.

— Algum problema?

James mordeu o lábio e olhou para os lados.

— Te conto quando entrarmos – sussurrou, oferecendo o braço a Lílian.

 Ainda desconfiada, a garota tocou a campainha e uma senhora de cabelos pretos sebosos, presos em um coque exageradamente alto, abriu a porta.

— Boa noite! – Lílian cumprimentou com um sorriso amigável. – Sou Lílian Evans, irmã da noiva.

A senhora olhou para Lílian com o mais completo desprezo.

— Irmã? Achei que não viria – comentou com secura. – Meu filho disse que não viria.

— Apesar das nossas desavenças, minhas e as de Petúnia, não podia deixar de prestigiar esse momento tão importante para ela – Lílian falou, ainda sustentando um sorriso. – A senhora é mãe de Válter?

— Sim! – a Sra. Dursley respondeu com orgulho. – Sua irmã tirou a sorte grande. O meu menino não é para qualquer uma.

James não conseguiu conter o riso. A Sra. Dursley o mirou com arrogância.

— E o senhor? Quem é?

— Meu noivo, Sra. Dursley, James – Lílian respondeu, beliscando o braço do rapaz em forma de repreensão.

— James? Só James? Você não tem família ou o quê? – a Sra. Dursley perguntou com desconfiança.

Quando o garoto abriu a boca para responder, Amélia apareceu na porta.

— Lílian, querida! Que bom que chegou! – saudou com alegria. – Entrem! Entrem! A cerimônia já acabou, mas estamos na recepção. Você pode parabenizar sua irmã agora mesmo.

— Com licença – Lílian pediu, passando de cabeça baixa pela desconfiada Sra. Dursley.

Amélia os guiou de dentro da casa para o quintal.

— Se a nova casa de sua irmã tiver essa péssima decoração, me lembre de nunca deixar nossos filhos passarem sequer um final de semana com ela – James sussurrou no ouvido de Lílian enquanto passavam pela horrorosa sala de estar.

Lílian riu do comentário.

— Ah, mas Petúnia vai ficar tão ofendida – ironizou.

— Certamente que vai.

— Ali estão os noivos – Amélia comunicou, apontando para a mesa onde o casal se encontrava, rodeados de amigos.

O olhar de Petúnia encontrou o de Lílian e o riso da primeira morreu na hora. Válter percebeu a mudança repentina de humor da esposa e seguiu seu olhar. Ao ver Lílian, sua face se avermelhou. Ele cochichou algo no ouvido de Petúnia, que não conseguia tirar os olhos de Lílian. E de James.

A caçula percebeu que, na face da mais velha, estava a pergunta: o quê esses dois anormais vieram fazer no meu casamento?

— Petúnia, querida, não vai cumprimentar sua irmã? – Amélia perguntou com um sorriso.

Ainda de cara fechada, Petúnia pediu licença aos amigos e levantou-se, sendo seguida de perto por Válter.

— Olá, Lílian – a irmã cumprimentou com rispidez. – E Potter.

James acenou com um sorriso brincalhão.

— Casamento lindo, Petúnia! Meus parabéns! – o bruxo congratulou com alegria. – Aliás, bela casa, Dursley!

Válter ficou escarlate com o fato de James ter se dirigido a ele. O Dursley olhou para Petúnia com um pedido de socorro nos olhos.

— O que eu respondo? – ele murmurou, entre os dentes.

— Nós não mordemos, Válter – Lílian alfinetou. – Você pode responder como responderia a um trouxa.

O rosto de Válter assumiu a cor de um tomate.

— Lílian! – Petúnia reclamou, borbulhando de raiva. – Não fale assim com o meu marido no meu casamento! Por que você veio, afinal?

— Petúnia! – Amélia ralhou. – Não fale assim com a sua irmã!

— Eu avisei para ela não vir, mamãe! – Petúnia exclamou, tomando o cuidado para não chamar atenção dos seus amigos. – Eu avisei a ela! Mas é óbvio que a querida Lílian não podia perder a oportunidade de chamar atenção, por isso que ela veio. Você, sua invejosa, veio roubar o meu momento!

— Quê?! – Lílian espantou-se. – Petúnia, eu vim porque somos irmãs! Por Merlin, Túnia, por que tanta inveja?

Eu? – Petúnia esganiçou. – Não tenho inveja de anormais como você! Sou normal, tenho e terei uma vida perfeitamente normal, ao contrário de você!

— Petúnia! Peça desculpas a Lílian! – Amélia exigiu com ferocidade.

Antes que Petúnia abrisse a boca para responder, um frio generalizado foi sentido. Válter escondeu-se atrás da esposa, olhando para James e Lílian aterrorizado.

Petúnia fuzilou a irmã com o olhar.

— Pare já com isso! – guinchou, com o rosto púrpuro de raiva.

— Voldemort – James sussurrou para Lílian. – Ele estava planejando ataques a trouxas mais cedo.

— Com ajuda dos dementadores? – Lílian sussurrou de volta, ignorando completamente Petúnia.

James negou.

— Ele não precisa mais de dementadores para causar pânico. Consegue fazer isso muito bem sozinho.

Lílian sacou a varinha imediatamente. James a seguiu.

Petúnia gritou.

— Tomem cuidado – Amélia pediu, enquanto os dois se encaminhavam para fora.

Lílian assentiu e entrelaçou suas mãos nas de James. Juntos, os dois deixaram a casa a tempo de ouvirem uma voz fria gritar:

Avada Kedavra!

Com um grito de horror, Lílian viu um corpo de uma menina tombar como uma pedra no chão frio. O grito de Lílian chamou atenção de Voldemort.

— Ora, ora. Parece que nos encontramos mais uma vez – o bruxo comentou com um sorriso frio. – Já estão prontos para se unirem a mim?

As varinhas de James e Lílian apontaram para Voldemort no mesmo instante.

— NUNCA! – ambos gritaram ferozmente.

Voldemort gargalhou com a resposta.

— Que pena... Tão novos... Que desperdício de vida... Mas foram vocês que a escolheram... Ava...

Estupefaça! – James berrou, jogando Voldemort para longe.

Incarcerous! – Lílian bradou e cordas invisíveis pairaram sobre o bruxo das trevas.

Voldemort se levantou num salto; a ira estampada em seus olhos ofídicos.

— Tolos! – exclamou com ferocidade. – Acham mesmo que feitiços tão simplórios como esses podem me derrubar? Eu, o grande bruxo de todos os tempos? Ora, deixem-me ensiná-los como se faz, crianças! Cruc...

Bombarda! – Lílian berrou com desespero e a desocupada velha construção caiu em cima de Voldemort.

Impedimenta! – James completou, deixando o bruxo impossibilitado por um breve momento.

Incarcerous! – Lílian bradou logo em seguida e as cordas, dessa vez, conseguiram prender Voldemort.

Estupefaça! – James gritou, por fim, deixando o Lorde das Trevas imobilizado.

— Ele não vai ficar assim para sempre – Lílian sussurrou. – O que faremos agora, James?

— Precisamos chamar Dumbledore – o rapaz respondeu, apontando a varinha para frente. – Expecto Patronum!

Um majestoso cervo saiu de sua varinha e circundou o casal.

— Mande essa mensagem a Dumbledore. Imediatamente – James ordenou ao animal.

Com um aceno vigoroso, o cervo desapareceu na noite escura. Lílian aconchegou-se no noivo, com a varinha apontada para o imóvel Voldemort.

— Só temos dezessete anos – a garota sussurrou com um sorriso triste – Já enfrentamos perigos além da cota.

James apertou a noiva.

— Tenho impressão de que esse é só o começo.

Lílian deu um pesado suspiro.

Um grave estalar anunciou a presença de Alvo Dumbledore. Os garotos se afastaram enquanto Dumbledore ia ao encontro dos dois de forma imperiosa.

O olhar do diretor era duro e refletia uma raiva contida, muito diferente que ele mostrava em Hogwarts.

— Professor... – James começou, mas Dumbledore levantou a mão para calá-lo.

— Vão para a última sede – ordenou com firmeza. – Eu cuido disso.

James ia protestar, mas Lílian segurou sua mão e os dois aparataram.

— Lílian! – James exclamou quando apareceram em frente à casa dos Longbottom.

— Não podíamos fazer mais nada, James! – Lílian devolveu em um sussurro grave. – Dumbledore vai lidar melhor com isso do que a gente!

— Mas...

— Seremos mais úteis aqui – Lílian encerrou a discussão, tocando a campainha da casa dos amigos.

Alice não demorou a abrir a porta. Sua expressão misturava alívio e tensão.

— Entrem! – convidou-os, exasperada.

— Alice, aconteceu alguma coisa? – Lílian perguntou quando a amiga fechou a porta.

— Vamos para a sala de jantar. Estamos todos lá – Alice avisou, conduzindo os amigos.

— O que houve? – Lílian sussurrou para James.

O noivo apenas deu de ombros. Estava tão confuso quanto a garota.

— Lílian! James! – Sirius saudou os amigos em uma tentativa falha de demonstrar entusiasmo. – Que bom que vocês chegaram.

Lílian olhou para a mesa. Além de Sirius, estavam reunidos Frank, Remus, Pettigrew, Marlene, Emmelina Vance e Dorcas Meadowes.

— E então? – Lílian perguntou, cruzando os braços ao sentar-se entre Marlene e Frank na mesa. – O que está acontecendo?

James tomou seu lugar entre Sirius e Remus e olhou com atenção para os companheiros.

— Fomos atacados – Alice respondeu, olhando para Frank. – Você-Sabe-Quem nos atacou pessoalmente.

— O nome dele é Voldemort, Alice – Sirius rosnou. – Você não precisa dessas besteiras.

Alice ignorou o comentário de Sirius e continuou a explicar:

— Frank e eu não estávamos em missão da Ordem. Caminhávamos despreocupadamente pelo Beco Diagonal quando os Comensais da Morte apareceram.

— Estavam fazendo o maior estardalhaço, assustando as pessoas e até mesmo... – Frank hesitou, engolindo em seco. Parecia incapaz de falar.

Alice segurou sua mão e completou a fala do marido:

— Ouvimos alguns Comensais proferirem a Maldição da Morte.

Lílian arfou, levando a mão a boca. James cerrou as mãos, visivelmente com raiva.

— Nos preparamos para lutar, naturalmente – Alice continuou, ignorando as reações dos amigos. – Mas jamais esperaríamos que, nessa hora, Você-Sabe-Quem em pessoa desaparataria em um lugar tão público quanto o Beco Diagonal.

— Ele está ficando sem medo – Remus deu sua contribuição, com a voz distante. Parecera extremamente pálido e mais abatido do que nunca. – Obviamente, a sensação de invencibilidade está tomando conta dele.

— Mas ele não é invencível! – James bateu na mesa, com raiva.

— Acalme-se, James! – Lílian pediu, olhando para o noivo em tom de censura.

— Bom, ninguém o parou até agora, parou? – Lupin devolveu com cansaço. – Não podemos negar o quão poderoso ele está ficando. E o ataque à luz do dia no Beco Diagonal prova exatamente isso.

— Não importa! – Sirius exclamou, fuzilando Remus com o olhar. – Ele não é invencível! Nós vamos conseguir pará-lo!

Remus deu um suspirou cansado e, logo em seguida, olhou para a anfitriã.

— Continue a história, Alice, por favor – pediu, calmamente.

Enquanto Alice terminava de contar como lutaram com Voldemort, Sirius encarava Remus. O amigo tinha uma aparência cansada, mais olheiras do que jamais o vira e estava extremamente pálido.

Estaria Lupin cumprindo ordens extras de Dumbledore?

Ou será que – Sirius lutava contra esse pensamento – estaria cumprindo ordens de outra pessoa?

— Fomos atacados também – James contou, interrompendo os devaneios de Sirius. – Hoje, em um bairro trouxa.

Marlene soltou um muxoxo de impaciência.

— Não é a primeira notícia de ataque a trouxas que recebemos no dia – comunicou com incômodo.

— E certamente não será a última – Lílian completou, torcendo as mãos.

Em seguida, olhou para James com uma pergunta silenciosa do que eles poderiam fazer.

— Quais foram as ordens de Dumbledore? – James perguntou, ansioso para sair para a luta.

— Devemos esperá-lo aqui – Sirius respondeu com irritação.

— Sirius! – Marlene repreendeu. – Dumbledore disse que precisamos ser pacientes. Ele precisa resolver o que tem que resolver e logo nós poderemos agir.

Sirius bufou, ignorando completamente a argumentação da namorada.

— Isso é totalmente injusto! – James protestou. Sirius o apoiou.

— Tenho certeza de que Dumbledore sabe o que está fazendo – Lílian palpitou com segurança.

A conversa polida acabou nesse exato momento e todos começaram a contribuir com seus respectivos pontos de vista, até mesmo Emmelina e Dorcas, que estiveram caladas até o momento.

Apenas Pettigrew não se manifestara. Ele ouvia atentamente a discussão, retraído em seu lugar.

Por instinto, pôs sua mão no braço esquerdo, como se quisesse se lembrar a quem sua lealdade estava ligada.

E, certamente, não era a Dumbledore.


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Notas finais do capítulo

E aí???
O que acharam???
Comentem!!!