Sob o luar escrita por Pixel


Capítulo 6
Capitulo 6 - Revelações (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Oi oi! tudo certo ai? Hehehe. Esse foi sem dúvidas um dos capítulos mais compridos que eu já escrevi. No total foram quase 7 mil palavras e eu obviamente não podia postar tudo isso em um único capitulo, por isso decidi dividir em duas partes.

Aqui vai a parte 1 :)

~~ boa leitura ♥



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 Marinette

 Marinette se revirou na cama, murmurando uma maldição quando foi tirada de seu doce sonho por um pequeno tapa na bochecha direita. Ela sabia que era Tikki, mas estava confortável demais para se importar.

 Tudo ao seu redor era desconhecido, foi basicamente a primeira coisa que ela notou assim que se tornou um pouco mais consciente. A cama era macia demais; o colchão parecia abraçar seu corpo, convidando-a a ficar mais um pouco. Quem era ela para negar esse convite?

 — Sai Tikki... — Marinette resmungou quando Tikki insistiu em acorda-la.  Tentou espantar o pequeno kwami com a mão e voltar a dormir.

 — Ladybug... — Tikki a chamou, tentando manter a voz baixa por algum motivo. Marinette franziu as sobrancelhas. Tikki nunca a chama de Ladybug, nem em momentos extremos.

 Marinette suspirou, forçando o sono para a parte mais distante da sua mente. Ela pegou um certo impulso e tentou se sentar na cama, apenas para ter um travesseiro jogado em seu rosto. Não foi um golpe forte, mas mesmo assim ela se deitou novamente com o impacto.

 — Mas que caralhos Tikki — Ela resmungou, sua voz sendo abafada pelo travesseiro.

 — Você por acaso sabe a onde está? — Tikki perguntou, ainda sussurrando quase no ouvido de Marinette.

 A mestiça levantou um pouco o travesseiro enquanto as engrenagens começavam a funcionar na sua mente. Ela não era uma pessoa com um bom humor na parte da manhã, e muito menos ativa.

 Marinette franziu as sobrancelhas quando percebeu que não tinha uma lembrança de ter chegado em casa ontem à noite, muito menos de ter deitado em uma cama. A única coisa que ela se lembrava era que estava com muito sono a ponto de não conseguir manter os olhos abertos.

 — Essa não... — Marinette resmungou, tentando tirar alguns fios de cabelo do seu rosto. As marinhas chiquinhas tinham se desfeito durante a noite e agora seus cabelos estavam soltos e totalmente desgrenhados.

 Ela se sentou novamente na cama — dessa vez, usando o travesseiro para esconder seu rosto — sentindo o colchão ranger com a mudança de peso. Marinette abaixou um pouco o travesseiro para poder olhar ao redor do quarto.

 Era cedo, cedo demais. O dia lá fora parecia nublado, mas o relógio na parede disse claramente que não passava das 7 da manhã.

 Marinette gemeu, é domingo e ela está acordada tão cedo, perdendo horas tão graciosas de sono.

 Se sentindo um pouco mais confiante, ela abaixou por completo o travesseiro. Aparentemente não tinha ninguém além dela no quarto, mas ainda assim tinha algo errado.

 — Não faça muito barulho... — Tikki disse, aparecendo bem ao seu lado. Ela falou tão baixo que Marinette inclinou um pouco a cabeça para poder ouvi-la melhor — Adrien ainda está dormindo no sofá...

 Marinette se esqueceu por um momento de como respirar. Ela olhou para o sofá branco e pela primeira vez notou uma manta parcialmente caída no chão. Inconscientemente, ela apertou o travesseiro quando notou o que Adrien tinha feito.

 Um calor confortável se espalhou pelo seu corpo, fazendo seu coração se encher de amor e carinho. Marinette sorriu enquanto ainda observava o sofá. O pensamento de que Adrien se importa tanto com ela ao ponto de ceder sua cama a deixava estranhamente feliz.

 Sem perceber, Marinette estava abraçando o travesseiro branco fortemente. Ela sentiu um cheiro de colônia masculina e fechou os olhos, se deixando aprofundar mais naquela fragrância. Era hipnotizante. Ela poderia ficar ali horas e horas, apenas sentindo aquele doce cheiro.

 Marinette ficou ali, sentada na cama abraçando o travesseiro, ainda meio grogue pelas poucas horas de sono. Tudo mandava ela deitar novamente e dormir, sem se importar se Adrien estava logo ali, a poucos metros de distância. Mas... O que ele pensaria se a visse? Tecnicamente não era para Marinette estar aqui.

 Ela suspirou e balançou a cabeça vigorosamente, tentando deixar o cheiro da colônia de Adrien nas profundezas de sua mente. Ela tinha que sair antes que ele acordasse.

 — Vamos... — Marinette disse num sussurro e se virou para o kwami — Temos que encontrar algo pra você comer... — Ela disse e fez um movimento para sair da cama.

 — Ladybug...? — Marinette arregalou os olhos e parou abruptamente.

 Ela pode ver Tikki se escondendo atrás de suas costas e ela mesma se escondeu atrás do travesseiro. Seu coração perdeu algumas batidas e Marinette ficou imóvel, como se o mínimo movimento fizesse tudo ir para os ares. Ela prendeu até mesmo a respiração.

 O que Adrien ira dizer se soubesse que ela era Ladybug? Será que ele iria odiá-la? Será que ele irá perdoa-la? Eles ainda seriam amigos? Ele provavelmente ficaria chateado, afinal ela literalmente mentiu para ele, não foi intencional, claro, mas mesmo assim ela o usou.

 Isso provavelmente quebraria o coração doce de Adrien.

 Marinette apertou o travesseiro ao ponto de os nódulos dos dedos ficarem brancos. Ela estava tremendo levemente e acabou se inclinando para trás, batendo na cabeceira da cama.

 Todo seu mundo poderia desmoronar em apena sum passo em falso. Ela não estava pronta para contar a verdade para Adrien, provavelmente nunca estaria.

 — Er... — Marinette encolheu os ombros, tentando escolher as palavras certas. Ela estava ao ponto de entrar em desespero — No momento não sou Ladybug... — Sua voz falhou.

 — Oh... — Ela pode ouvir o farfalhar da manta e fechou os olhos fortemente. O desejo de se esconder era imenso. Marinette considerou puxar as cobertas e se esconder embaixo delas, mas ela teria que soltar o travesseiro para poder fazer isso, e ele era a única coisa que estava escondendo a sua identidade no momento — D-Desculpa...

 Se a situação não estivesse tão extrema e vulnerável, Marinette teria rido do quão desesperado Adrien soou. Ele estava claramente mais perturbado com a situação do que ela.

 A voz dele a acalmou um pouco. Marinette deixou seus ombros relaxarem e soltou um pouco o aperto no travesseiro.

 Ela tinha que se lembrar de que era Adrien ali, o doce e gentil Adrien.

 — E-Eu v-vou deixar v-v-você — Ela sorriu por detrás do travesseiro. Adrien estava se atrapalhando completamente nas palavras, soando tão desesperado e confuso. Marinette teria dado de tudo para ver a expressão no rosto do loiro - S-Sozinha... — Ele disse depois de respirar fundo.

 — Espere! — Marinette sabia que ele estava prestes a deixar o quarto, e se ele fizesse isso ela não poderia sair. Tikki estava com a energia fraca, ela precisava comer alguma coisa, caso o contrário as duas ficariam presas nesse quarto e...

 Marinette seria forçada a revelar sua verdadeira identidade.

 Um nó se formou em sua garganta apenas com esse pensamento, ela engoliu em seco. Não, ela não podia. Ainda era cedo demais. Talvez daqui a alguns anos ela tenha coragem para se revelar a Adrien sem grandes problemas. Talvez ele até entenda seus motivos.

 Mas por enquanto as coisas tinham que ficar em secreto.

 — Você... não teria alguma coisa pra comer...? — Marinette perguntou, se amaldiçoando internamente por ter soado incrivelmente vulnerável, essa não era a imagem que ela queria que Adrien tivesse dela.

 — C-Comer...? - Ela pode ouvir Adrien andando pelo quarto, tapeçando algumas vezes — S-Sim...

 Marinette pulou no susto. A voz dele a pegou desprevenida, soando quase ao seu lado. Ela se virou, ainda segurando o travesseiro na frente do rosto, o medo estava revirando no seu estômago. O som de farfalhar de papel inundou o quarto silencioso e Marinette se perguntou em como iria pegar a comida.

 — P-Pode p-pegar.... e-e-eu não e-estou olhando... — Adrien disse.

 Um pouco relutante, Marinette afastou uma das mãos do travesseiro. Ela sabia que podia confiar nele, mas ainda estava com medo. O travesseiro se inclinou um pouco para baixo e agora Marinette podia ver o loiro bem na sua frente.

 Assim como o prometido, ele não estava olhando. A mão livre estava tampando vigorosamente seus olhos e a outra segurava um croissant, oferecendo-o para Marinette.

 Ela agarrou o pão como se sua vida dependesse disso e o ofereceu para Tikki, que apareceu logo a cima de seu ombro esquerdo. Adrien, ainda fiel a sua palavra, se virou de costas.

 Marinette voltou a se esconder atrás do travesseiro, apenas por precaução. Ela olhou de soslaio para seu kwami e a viu lutar para comer o croissant o mais rápido possível.

 — Me desculpa por isso... — Marinette disse. As palavras pareciam perfurar o ar como uma agulha — Eu não percebi que estava muito cansada...

 — Sem problemas! - Adrien disse, pegando Marinette um pouco de surpresa. Pela primeira vez no dia ele falou sem gaguejar — Q-Quer dizer... — Ela não podia ver ele, mas sabia que Adrien estava coçando a nuca, uma coisa que ele fazia sempre que estava desconfortável — É i-isso que amigos fazem... né?

 Marinette sentiu o calor subir para seu rosto. Ela fechou os olhos e respirou um pouco mais daquela colônia impregnada no travesseiro, aquilo foi como um calmante e todo seu corpo relaxou.

 — Eu acredito que sim... — Ela suspirou, dando um pequeno sorriso — Obrigada... por tudo loirinho

 — Você não p-precisa agradecer... — Ela sabia que Adrien estava desconfortável. O jeito que ele disse isso mostrava sua ansiedade.

 Marinette sentiu seu coração se aquecer. Tudo sobre Adrien era extremamente fofo, ela estava aprendendo isso aos poucos.

 — Preciso sim... — Ela acenou firmemente, pouco antes de se lembrar que ele não podia vê-la — Se não fosse por você eu estaria fodida e bem, provavelmente iria repetir de ano por causa disso — Marinette disse e deu um pequeno suspiro — Você me salvou e agora estou te devendo-

 — Não Buggie — Ele a interrompeu, sua voz saindo firme e alta — Encare essa minha "ajuda" como uma retribuição por tudo que você já fez por Paris!

 Marinette piscou atordoada. Ela levantou um pouco a cabeça e olhou para as costas de Adrien. Ele tinha soado tão forte e confiante, seguro do que realmente queria expressar, quase como... Chat.

 — Além do mais... — Ele mudou o peso de um pé para o outro e abaixou o olhar — Eu que deveria agradecer... — Marinette riu quando viu ele encolher os ombros. Aí estava seu Adrien, o Adrien tímido que ela tinha aprendido a amar — V-Você também me ajudou b-bastante nos últimos d-dias

 Tikki puxou a alça da camisa de Marinette, tentando chamar a atenção da mestiça. Ela confirmou com a cabeça em compreensão, entendendo perfeitamente o que o kwami queria dizer.

 — Tikki, transformar... — Marinette disse, sem se importar se Adrien estava bem ali, na sua frente.

 Ladybug se levantou e ficou em cima do colchão, chutando as cobertas para longe de seu corpo. Ela estava consciente do fato de seus cabelos estarem soltos e isso a incomodou um pouco, já que estava acostumada com eles presos.

 Ladybug andou por cima do colchão, se aproximando da ponta a onde estava Adrien. Ela sorriu quando notou o quão tenso ele estava; os ombros rígidos, a coluna ereta e as mãos firmemente coladas ao lado do corpo. Seu sorriso logo se tornou algo travesso quando ela estendeu as mãos e passou elas por cima dos ombros de Adrien.

 O loiro ofegou com o toque inesperado e Ladybug apenas se aproximou mais ainda, enrolando ele em um abraço estranho, mas ainda assim confortável. Ela apoiou a cabeça em cima do ombro de Adrien, respirando profundamente quando sentiu a fragrância familiar.

 A mesma do travesseiro.

 Seu corpo inteiro se arrepiou e ela estremeceu levemente, mas se recusou a se afastar.

 — Estão acho que estamos quites loirinho... — Ela sussurrou em seu ouvido, sentido o efeito de suas palavras quando Adrien estremeceu. Ladybug reprimiu uma risada e apenas escondeu seu rosto nos fios loiros, aproveitando a oportunidade para mergulhar naquela fragrância encantadora. Seu coração estava batendo muito rápido, e ela podia sentir o coração de Adrien batendo quase na mesma velocidade.

 De repente, ele se virou. Ladybug achou que Adrien iria empurrar ela para longe, mas antes que pudesse abaixar seus braços, ele a agarrou pela cintura, puxando-a para mais perto. Ladybug apenas riu e devolveu o abraço com o mesmo vigor.

 Ela se sentiu uma pouco mais ousada e tentou descer da cama sem quebrar o abraço. Ladybug ofegou quando Adrien realmente a segurou, ajudando ela a descer da cama em segurança.

 Os dois ficaram assim durante um tempo, cada um aproveitando o abraço de um jeito diferente. Ladybug realmente não queria se separar, mas ela não podia ficar ali para sempre, por mais convidativo que isso soasse.

 — Tá na hora de eu ir embora loirinho... — Ladybug disse num sussurro. Ela se afastou um pouco e olhou para Adrien.

 Seu coração pulou algumas batidas quando ela encarou os olhos verdes. Seu cabelo loiro estava desgrenhado e ela sorriu quando notou que os óculos estavam levemente inclinados. Ele parecia tão à vontade e ao mesmo tempo... sexy.

 Ladybug corou quando estendeu as mãos e ajeitou os óculos. Ela sorriu quando viu o rubor se espalhar pelo rosto do loiro, se sentindo contente por ter esse tipo efeito nele.

 — V-Você... — Os olhos verdes viajaram pelo rosto de Ladybug enquanto Adrien buscava sua própria voz — V-Vai... — Adrien engasgou quando Ladybug acariciou seu cabelo, brincando com os fios loiros.

 — Vou ficar bem... — Ela garantiu, com um sorriso doce em seu rosto — Você me ajudou bastante!

 Adrien desviou o olhar e Ladybug sentiu ele apertar sua cintura e isso enviou uma onda de choque pelo seu corpo.

 — E-Eu... — Ele desviou o olhar novamente. Ladybug achava adorável a forma como ele lutava pelas palavras — V-Vou te ver de n-novo? — Adrien disse e voltou a encara-la, o rubor agora dominava todo o rosto do loiro.

 Ladybug sorriu, sentindo o seu próprio rubor florescer. Seu coração se aqueceu quando ela garantiu uma resposta.

 — Com certeza...! — Ela ficou na ponta dos pés e assim como tantas outras vezes o beijou na bochecha. Adrien emitiu um barulho estranho com a garganta, algo que se assemelhou muito com um ronronar. Ladybug sorriu e se afastou dele.

 Ela sentiu como se metade do calor de seu corpo tivesse sido arrancado dela, seu maior desejo era voltar para os braços do loiro, mas se conteve.

 — Até breve loirinho! — Ela disse e acenou para Adrien. Ela passou em frente ao sofá e pegou seu caderno.

 — Até...

 Ladybug deu um último olhar para Adrien antes de abrir a janela e sair da mansão Agreste. Ela estava se sentindo um pouco estranha, como se deixar aquele lugar fosse um grande peso. Essa sensação pendurou em seus ombros até chegar em casa.

 Assim que ela aterrissou na varanda da padaria deixou a transformação cair, e de repente ela era novamente Marinette.

 — Me desculpe por isso, foi minha culpa você ter acordado tarde... — Tikki disse, soando realmente apológico mesmo quando ambas sabiam que nada de errado tinha sido feito.

 — Você sabe que não fez nada de errado Tikki... — Marinette disse e deu alguns passos para frente. Ela olhou para Paris, vendo a cidade nas primeiras horas da manhã. Haviam poucos carros rondando nas ruas e poucas pessoas nas calçadas.

 Ela olhou na direção da mansão Agreste, mesmo que não pudesse vê-la por causa das casas e prédios que ficavam no caminho. Marinette podia sentir um oco em seu coração; ela queria voltar, queria estar com Adrien por mais tempo.

 Como ela pode ter ignorado esse garoto durante tanto tempo? Ele sempre esteve ali, logo ao seu lado, e mesmo assim ela nunca tinha notado sua presença. Agora esse nerd invadiu seu coração, um lugar que, por anos, foi ocupado apenas por Chat.

 Marinette suspirou, sua mente girando. Ela estava dividida, e sem a mínima ideia de quem escolher. Por um lado, temos Chat, que não gosta dela e por outro Adrien, que já provou gostar dela como Marinette — e aparentemente gosta dela como Ladybug também.

 Escolher uma paixão que pendurou durante anos ou escolher uma paixão que surgiu a apenas um dia.

  — Tikki... — Marinette sussurrou o nome de seu kwami, sentindo a necessidade de um bom concelho. Ninguém além de Tikki poderia ajuda-la agora.

 — Sim? — Ela perguntou, sua voz apreensiva.

 — É possível estar apaixonada por duas pessoas ao mesmo tempo? — Marinette se virou para seu kwami, seus olhos azuis implorando por algum tipo de explicação. Ela não notou, mas estava apertando o caderno com mais força do que o necessário — Será que o que sinto por Adrien não é nada além de admiração? — Tikki desviou o olhar, parecendo pensar por alguns instantes. Cada segundo pareceu uma eternidade, logo Marinette estava encarando totalmente seu kwami.

 — Não sei — Ela disse por fim — O que o seu coração diz? — Marinette suspirou em derrota.

 — Eu gosto do Adrien, quero estar com ele — Ela admitiu. A realidade da situação pareceu tão agressiva quando dita em voz alta. Marinette encolheu os olhos — Mas eu também gosto do Chat e quero estar com ele... — Ela começou a andar em direção ao alçapão, sendo seguida por Tikki — É tão difícil...

 — Marinette... — Tikki a chamou, sua voz soando tão sábia que a mestiça se viu obrigada a parar o que estava fazendo e se virar para ela — Talvez o futuro te surpreenda — Os olhos azuis de Tikki brilharam de um jeito travesso. Marinette se perguntou o porquê — Basta esperar! — Tikki sorriu, e só aquilo bastou para Marinette se sentir um pouco mais confortável.

 — Espero que você esteja certa... — Marinette pulou dentro do alçapão, caindo em cima da sua cama. As molas rangeram com o peso inesperado, mas a mestiça simplesmente se espreguiçou.

 Eram apenas 7 e 45 de uma adorável manhã de domingo. Tinha tudo para ser um dia preguiçoso, mas Marinette ainda tinha algumas coisas para fazer.

 Adrien

 Depois que Ladybug saiu, Adrien ficou por longo segundos encarando a janela, o rosto tão vermelho e quente que quase parecia febril. Seu coração começou a se acalmar e foi quando ele começou a andar pelo quarto, indo até o sofá. Sua mente ainda estava perdida no que aconteceu a poucos segundos. Eles pareciam tão íntimos e por algum motivo Adrien se sentia mais feliz do que nunca.

 — Ela finalmente saiu! — Plagg disse, resmungando enquanto saia de debaixo da manta. Adrien o ignorou e sentou no sofá. O kwami preto logo sumiu se vista.

 Ele ainda poda sentir o toque da mão dela em seu cabelo, do beijo em sua bochecha, das mãos em seus ombros, do cheiro de rosas que ela tinha; de tudo. Ele queria que ela voltasse, que os dois pudessem passar mais tempo juntos.

 Ele queria apenas estar ao lado dela.

 Adrien gemeu. Há poucos dias ele tinha sido rejeitado por Marinette e agora já se via apaixonado de novo. Era cedo demais para enfrentar toda essa etapa desde o início. Ele sabia o que iria acontecer; ele iria se apaixonar por ela, iria querer estar sempre ao seu lado. Entretanto não dá para estar ao lado de Ladybug, isso porque ela é Ladybug. Seria melhor ele guardar isso para si mesmo.

 Ninguém precisa saber que ele está apaixonado pela heroína de Paris.

 Apesar das circunstâncias, ele não podia de se sentir esperançoso. Adrien, quando era criança, sempre gostava de pensar que iria viver um grande amor quando crescesse. Ele estava empolgado com tudo isso. Tudo indicava que Ladybug gostava dele também — ou pelo menos ele pensa assim.

 Adrien se levantou do sofá, ele andou até sua cama, pronto para tirar mais algumas horas de sono tão aclamado. Era domingo, um domingo nublado e ele não tinha nada melhor para fazer—- pelo menos até de tarde.

 Adrien se deitou na cama e se aconchegou nas cobertas. Ele suspirou quando sentiu um cheiro de rosas agradável. Puxou os cobertores para cima, a fim de se aquecer um pouco mais, foi quando algo vermelho caiu em seu colo.

 Adrien levantou uma sobrancelha e pegou o objeto. Era um rabicó, com uma joaninha como enfeite, Adrien girou o acessório nos dedos, com um sorriso bobo no rosto.

 — O que é isso? — Plagg perguntou, se aproximando um mais de Adrien. Ele estava mastigando um pedaço de camembert.

 — Acho que M'lady deixou algo pra trás... — Adrien disse com um sorriso bobo no rosto. Ele sentiu seu coração se aquecer enquanto deitava na cama.

 — Erg! — Plagg colocou a língua para fora, fazendo uma careta de nojo. Adrien apenas revirou os olhos. Ele colocou o rabicó no pulso e fechou os olhos, pronto para um pequeno cochilo


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Notas finais do capítulo

Eu ainda estou aprendo a mexer com o Nyah, então me desculpa se eu pareci um pouco ausente.

Obrigada a todos os comentário e incentivos. Se eu tiver tempo irei revisar a parte 2 e postar amanhã mesmo ♥

~~ See y later



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