Tudo de Mim escrita por Rayanne Reis


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
A fic está na reta final e deve ir até o capítulo 25.

Espero que gostem do capítulo e boa leitura.



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—Vovó, vovô, vocês vieram. – Max abriu os braços e se jogou sobre os dois.

—Oi aniversariante. Nossa, como você cresceu. – Charlie o ergueu nos braços fazendo uma careta com o peso dele.

—Agora eu tenho 6 anos. – Respondeu orgulho.

—Está ficando velho, hein? – Renée colocou o bolo em cima da mesinha e abraçou o neto.

—Como eu senti a falta de vocês. Seus irmãos, onde estão? – Ele deu de ombros e tentou ver o tamanho do presente dele.

—Mãe, pai, não achei que fossem chegar tão cedo. – Estava com muita saudade deles e tê-los ao lado dela seria maravilhoso, desde que eles não surtassem quando soubesse sobre Edward. Ela não havia contado nada ainda. Sabia bem como eles reagiriam ao saber das novidades e não queria contar por telefone.

—A estrada estava boa e assim podemos aproveitar melhor o dia ao lado das crianças.

—Só das crianças, é? – Fez bico e Renée a abraçou forte.

—De você também meu amor. Como está? Sei que está escondendo algo. – Apertou o nariz dela e Bella resmungou.

—Como você pode saber disso?

—Sou sua mãe, sei quando esconde algo de mim desde quando era apenas um bebê.

—A mamãe também sabe. – Max apontou e depois pareceu se lembrar de algo. – Vocês vão conhecer o meu pai, ele é tão legal. – Charlie e Renée trocaram olhares sem entender e Bella empalideceu, o filho e sua mania de falar demais. – E a gente vai morar em São Francisco. – Contou e deu uma risadinha. – O papai e o vovô vão construir uma casa da árvore enorme.

—Quer nos explicar isso? – Charlie pediu encarando a filha.

—Eu explico. – Max ergueu a mão e já estava pronto para detalhar tudo.

—Filho, vai procurar os seus irmãos e avisa que o vovô e a vovó estão aqui.

—E quem vai explicar?

—Pode deixar que eu explico tudo. – Beijou os cabelos dele e ele saiu correndo a procura dos irmãos.

—Gostei de como a casa ficou. – Charlie começou a andar pela casa avaliando os pontos da reforma.

—Como assim vocês vão mudar para São Francisco? E achei que eles tivessem entendido que o pai deles morreu.

—Eles entenderam e o Max não estava falando do Jeff e sim do Edward.

—Já ouvi esse nome. – Charlie levou a mão ao queixo, pensativo.

—Não foi ele quem fez a reforma?

—Sim, mãe. Edward ficou aqui durante a reforma e nos aproximamos muito. Estamos noivos e vamos mudar para São Francisco. – Resolveu despejar tudo de uma vez.

—Não vão mesmo. Você mal conhece esse homem.

—Eu conheço o Edward muito bem. E pelo que me lembro, vocês com seis meses começaram a namorar, casaram e me conceberam. – Charlie e Renée encararam a filha.

—Bem, nós já nos conhecíamos.

—Eu amo o Edward e gostaria muito que o conhecessem antes de formarem uma opinião sobre ele. Vão ver como ele fez bem para nós. Não notaram como a casa está bem melhor agora? E não falo só da questão estrutural. – A casa que antes vivia bagunçada estava com tudo em ordem e parecia mais viva. – Nós estamos muito felizes. Vão ver a alegria estampada no rosto das crianças.

—Você me parece que está com medo. – Renée apontou.

—E eu estou, mãe. Tenho medo do que possam fazer. Não quero que me controlem e não muito menos brigar com vocês. Quero que gostem do Edward para que possamos ser uma família unida. E quero que me apoiem nessa decisão. Tenho escondido algumas coisas de vocês por medo de tomarem a rédea de tudo de novo. Sei que só queriam me ajudar quando o Jeff morreu, mas isso me fez muito mal e eu quase desisti de tudo por causa disso.

[...]

—Querida? – Renée chamou e Bella encolheu ainda mais agarrada a camisa do marido. – Já arrumei tudo. – A tocou de leve para não a assustar. – Temos que ir.

—Ir? – Bella estava confusa e agia como se estivesse em outra realidade.

—Sim. Vocês vão morar conosco.

—Não posso. Tem que... – Ela parou de falar quando esqueceu o que tinha que fazer.

—Seu pai e eu já cuidamos de tudo, meu bem. Você não tem que se preocupar com nada. Já pagamos as contas e os pais do Jeff cuidaram do funeral. De agora em diante, nós cuidaremos de tudo para você.

—Essa era a camisa favorita dele. – Voltou a chorar e Renée a abraçou.

[...]

Bella não se lembrava muito bem dos dois meses que seguiram a morte do marido, ela mal saia do quarto e os pais cuidaram de tudo para ela. Se sentia perdida e sem forças, mas como os pais estavam resolvendo as coisas para ela, sabia que os filhos ficariam bem e que não precisariam dela. Foi então que decidiu tirar a própria vida. Mas uma voz disse que ela precisava acordar e assumir o controle. Noah, Max e Claire eram filhos dela e ela precisava cuidar deles. Por mais que a dor fosse grande, ela não poderia se entregar. Tinha que seguir em frente.

—Só queríamos te ajudar. Você estava sofrendo tanto que não precisava de mais preocupações. – Segurou a mão da filha.

—Eu sei que fizeram apenas porque queriam o meu bem, mas eu não sou mais uma garotinha, mãe. Sou forte e posso cuidar de mim e dos meus filhos.

—Nunca pensamos que você fosse fraca, querida. – Charlie segurou a outra mão dela. – Prometemos que vamos conhecer esse rapaz e se ele fizer vocês felizes e prometer cuidar muito bem de vocês, não diremos nada. Mas tem certeza disso? É uma mudança bem grande.

—Eu sei e tenho absoluta certeza. Não quero ficar longe de vocês, mas também não consigo ficar sem o Edward e São Francisco vai ser um bom recomeço para nós.

—Eu trouxe um bolo. – Renée avisou mudando o assunto da conversa. – E também alguns enfeites. – Bella a olhou e Renée riu. – É disso que você estava falando. Só agora percebi o quanto sou controladora.

—Você não é controladora, só está querendo ajudar. Já cuidei de tudo para a festa do Max. – Renée segurava o bolo sem saber o que fazer. - Podemos comer os dois. – Bella sugeriu pegando a vasilha das mãos dela. Não queria ferir os sentimentos da mãe, mas também não queria que ela continuasse a fazer as coisas sem consulta-la antes.

Tanto os pais dela quanto os de Edward eram maravilhosos, mas tendiam há exagerar um pouco e ajudar além da conta. Esme havia assumido a decoração da casa, até Edward intervir e dizer que Bella e ele fariam do jeito deles. Conseguiram entrar em um acordo, e Bella mandava como queria cada cômodo e Esme fazia como pedido sem alterar nada. Ela também estava ciente de que apesar de eles morarem perto dela, ela não poderia interferir na criação das crianças e nem no relacionamento deles.

[...]

—Eu jamais faria algo do tipo. – Esme cruzou os braços indignada com a insinuação do filho.

—Pelo que me lembro você palpitou na minha relação com a Kate e insistiu muito para que nós voltássemos, mesmo eu dizendo que não queria.

—Bem... – Ela gaguejou. Fora pega desprevenida. – Talvez eu tenha feito isso, mas foi só porque queria o seu bem. Se você não quer que a minha opinião, não darei.

—Eu quero a sua opinião, mãe, só não quero que opine demais. – A abraçou e ela riu.

—Vou tentar me controlar, mas vocês não poderão me impedir de paparicar os meus netos.

[...]

—Vou tentar melhorar e quero que me avise quando passar dos limites.

—Pode deixar mãe.

—Agora nos conte mais sobre esse rapaz. – Os três foram interrompidos pela chegada das crianças.

—Vovô, vovó.

—Meus queridos. – Os cinco se envolveram numa confusão de abraços, Max aproveitou para curtir um pouco mais os avós.

—Que bom que vieram, estava com saudades.

—Também estávamos. Vocês estão comendo fermento? Então enormes. – Charlie bagunçou o cabelo do neto mais velho.

—Eles têm comido bastante ultimamente. – Bella já estava quase na cozinha quando a campainha soou.

—Eu atendo. – Charlie esticou a mão e abriu a porta dando de cara com Edward e os pais dele.

—Deve ser o Sr. Swan. – Colocou a caixa no chão e estendeu a mão para cumprimenta-lo.

—Imagino que seja o Edward. – Apertou com força a mão dele e Edward respondeu a altura.

—É um prazer conhecê-lo, Senhor.

—Papai! – Os três gritaram juntos ao vê-lo e ele teve que manter o equilíbrio para não ser derrubado.

—Não sabem a saudade que senti de vocês. – Os abraçou bem apertado.

—Está nos sufocando. – Noah reclamou rindo.

—Desculpa, mas é que amo vocês demais. – Afrouxou um pouco o abraço. – Como vocês estão? – Os três começaram a falar juntos e todos riram.

—O que acham de um de cada vez falar? – Bella sugeriu e os olhares dela e de Edward se encontraram.

—Como consegue ficar ainda mais linda? – Levantou e caminhou até ela.

—Dizem que o amor faz isso. – Sussurrou e passou os braços ao redor do pescoço dele. – Estou feliz que esteja aqui.

—Só vou embora com vocês ao meu lado. – Ele queria beijá-la até os dois ficarem sem fôlego, mas teve que se contentar apenas com um roçar de lábios. Não queria causar uma impressão ruim nos sogros e nem começar algo que não poderiam terminar. – Amo você.

—Também te amo. – Afastou dele com um suspiro. – Me deixe fazer as apresentações.

—Então você trabalha com construção? – Charlie encarava Edward.

—Vou começar a trabalhar. – Ele estava feliz com o trabalho. Poderia ter um horário mais flexível e passar mais tempo com a família.

—Edward é meu mais novo funcionário. E ao que parece tenho que fazer duas entrevistas de emprego hoje.

—Os garotos estão muito animados. Querem ver a cozinha? – Bella estava aliviado por eles terem se dado bem e acreditava que não teriam problemas.

—Quero ver se ensinei direito. – Carlisle passou por ela acompanhado dos netos.

—Estou com um pouco de ciúmes. – Charlie resmungou seguindo logo atrás.

—Então, Renée, já está sabendo das novidades? Quero que saiba que minha casa estará de portas abertas para vocês. Podem ir a qualquer hora. – Esme entrelaçou o braço com o dela e seguiram até a cozinha.

—Ei, espera. – Edward puxou a noiva para os braços dele. – Agora posso te beijar direito.

—Acho bom, não fiquei nenhum pouco satisfeita com aquele beijo. – Fez bico.

—Não sabia se o seu pai estava armado e preferi não correr o risco.

—Amo tanto a sua esperteza. – Sussurrou colando os lábios nos dele. – Agora sim.

—Satisfeita? – Acariciou o rosto dela.

—Por hora sim. – Piscou e ele a manteve junto a ele. – Como você está?

—Fisicamente bem, mas os meus pesadelos continuam. Em menor número, mas estão lá.

—Você não teve pesadelos quando estávamos lá e nem quando estava aqui.

—Acho que vocês são a minha cura.  – Depositou um beijo na testa dela. – Vou ficar com vocês até a mudança e nunca mais ficaremos longe.

—Já resolveu tudo?

—Faltam apenas alguns detalhes da casa, mas podemos fazer isso juntos. Como está a venda da casa?

—Leah a comprou e pagou mais do que paguei por ela. – Sorriu orgulhosa pela negociação.

—Isso é ótimo. Ela vai vir?

—Sim, deve chegar daqui a pouco.

—E o julgamento?

—Daqui duas semanas. – Ela abaixou o tom de voz. – Ele foi espancado na prisão e está no hospital em estado grave.

—Não posso dizer que lamento ou que estou surpreso. É isso que fazem com homens como ele na prisão. Só está tendo o que merece. Teve foi sorte de não o terem matado.

—Não vejo a hora de deixar tudo isso para trás. Vou ser uma das primeiras a depor e depois nunca mais terei que ouvir falar dele.

—Vamos esquecer isso. Alguma dica para cair nas graças do sogrão?

—Mostre o quanto você nos faz felizes e ele vai ter amar.

—Mãe, eu posso comer o bolo que a vovó Esme trouxe? – Max apareceu no corredor e Bella olhou para Edward sem entender.

—Ela trouxe um bolo de aniversário e alguns enfeites. – Explicou se desculpando por não conseguir controlar a mãe.

—Ah, que ótimo. Agora temos três bolos e três enfeites diferentes. – Bella levou às mãos a cabeça.

—Três festas. Uma para mim, outra pro Noah e outra para Claite. – Max comemorou e saiu correndo.

—Como eu senti falta desse calor. – Edward passou o braço em volta da cintura da namorada.

—Acho que teremos calor demais nesse final de semana.

—Estaremos em família e sobreviveremos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Edward não vai ter problemas em cair nas graças do sogro. Renée e Esme precisam aprender um pouco sobre limites. O Max é uma graça e ótimo para contar as coisas, rsrs.

Comentem, palpitem, indiquem e recomendem a vontade.

Bjs e até mais.



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