Caprichos do destino (HIATUS) escrita por petista romântica


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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— Quem é você?

— Não se lembra de mim?

— Não. Eu nem mesmo sei o meu nome

— O que? – acho bem esquisito e constrangedora essa situação. Eu não sei mesmo quem é esse homem. Não faço ideia de quem eu seja e do que aconteceu para eu estar nesse quarto com essas roupas brancas – Paola não brinca comigo

— Paola? Meu nome é Paola?

— Sim e se isso é algum truque seu saiba que eu não estou gostando da brincadeira

— Senhor, eu vou chamar a segurança. Estou aqui com um estranho.

Realmente estava com medo.

— Calma não será preciso. Chamarei o médico

Uma doutora me faz algumas perguntas, fico confusa após o término e logo sinto vontade de dormir.

*

O senhor que atende pelo nome de Douglas esta sempre comigo e é muito atencioso.

— Esse é seu diário, talvez te ajude com alguma lembrança

— Ah! Grata – sinto uma coisa ao tocar em sua mão e fico olhando a aliança no seu dedo – Nós somos casados?

— Que?

— Você não sai daqui e usa uma aliança

— Se minha presença estiver fazendo mal, posso me retirar

— Não foi isso que eu quis dizer. É só que achei estranho

— Tudo bem. Sim, somos casados. Você sofreu uma queda, enquanto cavalgava, quando a encontrei caida no chão, com uma marca de picada de cobra trouxe o mais rápido que pude para cá. Ficou em coma por semanas e agora que acordou está sem memória

— Desculpe por não lembrar. Estou me esforçando

— Ei não é sua culpa – Douglas afasta uma mecha do meu cabelo – Está tudo bem, você vai se recuperar em breve

— E se não acontecer? Se o dano for permanente?

— Lidaremos com isso juntos

Eu ajo no impulso e o abraço. Sinto uma sensação tão boa, como se nada de ruim pudesse acontecer enquanto eu estivesse aqui, mesmo sem saber quem é esse homem. Isso é muito estranho, o abraço perdura, quando nos afastamos ficamos meio sem graça.

— Bom eu vou te dar privacidade para ler. Qualquer coisa pode me chamar

— Está bem

Ele saí me deixando pensativa. Quando eu tivesse alta para onde eu iria? Quem eu era de fato? Nosso casamento era bom? Ele me obrigaria a certos deveres de esposa? Que tipo de homem era Douglas Maldonado? Fico até zonza com tantos questionamentos.

Vou para a última página

Já fazem poucos meses do meu casamento com Douglas, nós ainda não demos um beijo. Apesar de sair com um homem toda noite, nenhum deles desperta meu interesse em levá-los para a cama. São tão tediosos e isso me deixa louca. Não vou ser dominada por um homem, ainda mais Douglas, talvez eu devesse ir atrás de Nonato.

Eu era tão desprovida de sentimentos, que pessoa era essa? Não sei se quero continuar a leitura. Abro em outra passagem

 

A usurpadora está fazendo um bom trabalho. Gostaria de ver a cara de pamonha do Carlos Daniel se nos vissem juntas, será que ela está resistindo ao fogo do meu maridinho? Hahaha. Nesse tempo posso curtir várias viagens com meus amantes ricos.

Fecho aquele diário horroroso. Não queria lembrar dessa pessoa maldita.

*

Finalmente teria alta do hospital, embora eu também estivesse apreensiva por não saber como seria recebida e tratada na casa de Douglas

— Está pronta, Paola?

— Claro. Podemos ir

— Vem, eu te ajudo

— Não precisa, não quero incomodar

— Você não incomoda

Fica um pouco melhor quando eu me apoio nele

— Se estiver ruim posso pegar uma cadeira de rodas

— De maneira alguma, está dando certo

— Com sua licença – e ele me pega no colo – Assim fica bem mais fácil

Nos encaramos por alguns instantes sem dizer nenhuma palavra, mas agora eu desvio o olhar um pouco sem graça.

— Bom, você vai poder fazer um tratamento melhor para recuperar sua memória. Eu pagarei os melhores médicos

Engulo em seco. Depois de ter lido as páginas sórdidas daquele diário, algo em mim mudou profundamente

— E se eu não quiser lembrar?

— Como assim?

— Por favor deixe-me explicar, eu não quero tratamento nenhum. Quero permanecer do jeito que estou. Se eu recobrar a memoria naturalmente não há o que fazer, mas não vou buscar por isso.

— Por que? Eu não te entendendo, Paola.

— Você não precisa entender

— Claro que preciso. Sou o seu esposo

Fico nervosa e acabo falando o que não devo

— De mentira né? Nós não temos nada concreto exceto nossos nomes. Cuidado ou vai nos matar

Um silêncio pertubador paira por todo o trajeto.


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Notas finais do capítulo

Comentem algo, estou ficando desestimulada :(