A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 escrita por thaisdowattpad


Capítulo 16
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Capítulo Dezesseis
O beijo de Rita Orance.

Quando saiu da Ala Hospitalar no dia seguinte, Tori aproveitou para revisar todas as suas lições. Desceu para a sala na manhã de sábado com dezenas de livros onde continham as matérias aprendidas àquela semana e se sentou em uma poltrona, pegando suas anotações e iniciando a leitura.

— Bom dia, Tori. Fiquei sabendo de seu "acidente". Está melhor? — Carlinhos foi o primeiro aluno a descer logo depois dela.

— Sim, estou bem. Obrigada por perguntar! — sorriu para o conhecido.

— Que bom. E... o pessoal da Sonserina, eles ainda pegam muito pesado em seu pé, não é? — pareceu temeroso em entrar naquele assunto.

— Nada que eu já não esperasse... — respondeu Tori, encarando o garoto — Os meninos te pediram para perguntar, não é? — estreitou os olhos.

— Bom... Não exatamente. Parte da preocupação é minha também! — confessou Carlinhos, mexendo no cabelo.

— Tudo bem, a culpa é minha. Eu andei sem tempo e não conversei além do necessário com os senhores. Eu sinto muito por isso... — encolheu os ombros.

— Espera, não vai ficar brava? — o garoto arqueou uma das sobrancelhas.

— Não. Inclusive preciso mesmo conversar sobre o que aconteceu ontem. Vamos marcar depois, está bem? — sorriu — Vai para Hogsmeade? — mudou o assunto.

— Sim... — murchou ao ouvir o nome do lugar.

— Ué, qual o problema, Carlinhos? — perguntou Tori.

— Não conte a ninguém, por favor... — se aproximou da menina e sussurrou — Vou me encontrar com uma garota depois. Mas, para ser sincero, eu não queria. Mas acho que seria grosseria demais recusar! — explicou.

— Por que não quer sair com a garota? Ela é chata? Feia? Pior, ela é da Sonserina? — brincou Tori, rindo ao ver a expressão azeda do garoto piorar.

— Nada disso, ela é da Corvinal e é bem bonita. O problema não é ela, sou eu! — Carlinhos se jogou em uma poltrona e suspirou.

— O que houve? — a menina colocou suas anotações de lado e levou toda sua atenção ao garoto.

— Garotas não são o tipo de coisa que procuro em Hogwarts. — explicou.

— Nossa. — Tori levou as mãos à boca, mas logo depois voltou a postura normal — Sem preconceitos, está bem? O mundo é preconceituoso, mas eu não! — garantiu.

— Do que está falando exatamente, Tori? — perguntou Carlinhos.

— O senhor gosta de garotos, oras. — sussurrou como resposta.

Ao ouvir aquelas palavras, Carlinhos começou a rir. Tori não entendeu nada e achou que o garoto havia perdido o juízo com aquela revelação.

— Eu não sou gay, Tori. Mas o único relacionamento que quero são com os livros. Alguns maldosos nunca me viram com uma garota e suspeitaram, por isso que vou sair com uma para todos verem que minha sexualidade não é o que parece! — murchou outra vez.

— O senhor é tão inteligente, bonito, simpático, talentoso... E está se abalando com o que os outros pensam sobre sua vida? Não deveria! — aconselhou o garoto mais velho.

— Está tudo bem, Tori. É só dessa vez e já está mesmo marcado. Depois eu continuo com meus ideais. Por hoje, vou ir por um outro caminho e ver o que vai dar. Quem sabe eu gosto de outras coisas que não sejam criaturas mágicas, não é mesmo? — sorriu divertido.

— Tudo bem. Espero que dê tudo certo para o senhor e sua companhia. — retribuiu o sorriso.

— Vou te trazer alguma coisa da Dedosdemel, ok? Acho que depois desses bons conselhos, você merece! — ele se levantou a poltrona e arrumou as roupas — Vou descendo. Bom estudo, Tori! — se despediu e foi para a saída da comunal.

— Obrigada, Carlinhos! — acenou e então voltou a pegar suas anotações.

Durante os minutos seguintes, muitos alunos mais velhos foram passando pela sala e seguindo para a saída do local. Tori sentiu uma pontada de inveja por eles poderem sair e ela não. Adoraria relaxar um pouco fora dos terrenos de Hogwarts.

Também viu os amigos saindo, mas se acovardou em chamá-los. Já sabia exatamente o que falaria, mas a coragem ainda te faltava.

— Tori, que bom que está aí! — Rita apareceu um pouco acelerada — Preciso de um favor! — pediu.

— Está tudo bem, Rita? — Tori a estranhou, pois a menina sempre foi muito tranquila.

— Sim, mas vai melhorar! — assegurou.

— Pode falar, caso não vá me atrapalhar por muito tempo. Eu ainda tenho que estudar algumas coisas... — colocou as anotações de lado outra vez e esperou.

— Preciso que venha comigo! — estendeu as mãos.

— Para onde? — deu suas mãos e se levantou.

— Te conto no caminho. — a puxou para fora da comunal.

— Não vamos demorar, não é? Daqui a pouco é hora do café! — saiu andando rapidamente com a colega.

— Não pretendo, mas vai quê... — Rita avisou.

Dando de ombros para a situação, Tori se deixou ser levada para o desconhecido.

Seguiu com Rita para fora do Castelo, em direção ao Corujal. Achou a situação esquisita, mas resolveu esperar.

— Não vai me contar o que viemos fazer aqui? — Tori soltou seu braço e parou, cruzando os dois.

— Tudo bem. — concordou Rita — Tori, eu vou dar o meu primeiro beijo! — sorriu um pouco envergonhada.

— Mas já? Não acha que é cedo, Rita? A senhora só tem onze anos... — tentou convencer a colega do contrário — Espera. Quem teve a ideia boboca de beijar no Corujal? Quanta falta de romantismo! — resmungou.

— Fazer o que se estou pronta? Sei que parece precoce, mas eu me sinto bem assim! — explicou a menina, dando de ombros.

— Ok então. E quem é o garoto? É de outra casa? — perguntou, agora tentando espiar o Corujal.

— É da nossa casa. — respondeu — Agora preciso ir. Quero que fique de olho se alguém chegar e nos avise. Não quero correr o risco da nossa casa perder pontos por isso... — saiu andando para o Corujal.

— Ok. Mas não me disse quem é o garoto! — Tori perguntou.

— É o Fred! — dito isso, ela entrou.

Impactada com a resposta, Tori tocou o pescoço e se esqueceu como respirava por alguns segundos. Olhou em direção ao Corujal e depois para seu bolso, onde sua varinha estava guardada. A pegou e foi até o lugar de fininho, disposta a fazer exatamente o que Orance havia pedido.

Ela seguiu até a porta e moveu o corpo para o lado, para espiar. Viu Rita mexendo com uma coruja e soltando risinhos, enquanto ao seu lado estava Fred, que estava de costas para a porta.

O menino quem tomou a atitude e foi se aproximando da menina. Ela abaixou suas mãos a se virou totalmente para ele, ficando visivelmente corada. Os rostos foram se aproximando devagar, naquela suspense chata presente em filmes clichês românticos.

— Cara-de-lesma! — quando Tori se deu por conta, havia apontado sua varinha para o casal.

O feitiço acerto Fred, que no mesmo momento se desviou de Rita e se encurvou com as mãos na barriga. Ele sentiu uma ânsia e no momento seguinte uma lesma saiu por sua boca.

— Ai meu Deus! — Tori levou as mãos à boca e se revelou ali.

— O que foi que você fez, sua doida? — Rita gritou, muito assustada.

Fred vomitou mais lesmas.

— Eu não sei. Eu acho que errei os feitiços! — começou a chorar — Eu sinto muito, Fred! — pegou em um braço do amigo para ajudá-lo a levantar.

— Vamos levá-lo para a Ala Hospitalar! — Orance pegou no outro braço e as duas foram para a porta o amparando.

◾ ◾ ◾

Durante todo o caminho Fred deixou rastro de suas lesmas. Rita fazia uma careta de horror toda vez que o garoto vomitava, enquanto Tori soluçava de tanto chorar.

Ao se aproximarem da Ala Hospitalar, acabaram cruzando o caminho com a última pessoa que gostariam de ver naquele momento.

— O que estão fazendo fora do salão principal, onde deveriam estar tomando café? — Filch resmungou para os três.

Como resposta, Fred vomitou um novo grupo de lesmas.

— Ele foi azarado, precisa ir para a Ala Hospitalar! — Rita explicou.

— Quem fez isso? — o funcionário ficou mais irritado que o normal.

— Eu não se... — tentou mentir, mas foi impedida.

— Fui eu, senhor! — Tori se manifestou — Eu me confundi e acabei azarando meu amigo... — choramingou.

— Você vem comigo, peste! — dito isso, o mais velho puxou a menina com força.

— Eu sinto muito, Fred. E sinto muito por ter te atrapalhado, Rita! — ainda se desculpou pela milésima vez, antes de sumir com o zelador por um outro corredor.

Em silêncio, Tori se deixou ser levada por Filch. Seu braço doía com o aperto exagerado do homem, mas achou ser pouco para o que realmente merecia.

Tudo havia sido rápido e sua mente estava uma confusão. Nenhuma força oculta a controlou para atacar seus amigos, foi por sua própria conta. Ela segurou a varinha e pronunciou a azaração. A culpa era assumidamente sua.

— Com licença, professora! — Filch puxou Tori para dentro da sala de Transfiguração, onde McGonagall estava.

— Pois não, Filch? — encarou o zelador e então a aluna chorosa — O que é que aconteceu? — apertou os lábios.

— Essa endiabrada azarou um aluno. Descumpriu a regra de não usar magia nos corredores. Merece a pior punição, se a senhora me permite... — o velho resmungou, ainda segurando o braço da menina.

— Solte-a, que eu me encarrego do resto! — McGonagall se levantou.

O zelador obedeceu, largando com certa rigidez o braço de Tori.

— Pode se retirar, que vou ter uma conversa séria com a aluna. Mais tarde te informo da provável detenção! — assentiu para a porta.

Assim que o zelador saiu, Tori caminhou para mais perto da mesa de sua professora. Ela ainda chorava e resolveu não tentar dizer nada para se defender.

— Por que fez isso, senhorita Evans? Acredito que exista um motivo por trás! — perguntou McGonagall, conjurando uma cadeira logo à frente de sua mesa.

— Eu não sei... — se sentou e chorou mais ainda.

— Estou tentando te ajudar, então colabore! — pediu, um pouco irritada.

— Eu... eu fiquei irritada com algo que vi, professora... Eu, eu não queria machucar ninguém, eu juro... — se explicou, passando as mangas da blusa pelo rosto.

— E o que foi que viu? — perguntou McGonagall, curiosa.

— Não posso dizer, não quero encrencar meus amigos. Pode me punir sozinha! — negou e abaixou o olhar para o colo.

— Preciso de mais detalhes para entender a situação, senhorita Evans, pois acho que seria incapaz de atacar alguém! — pediu.

— Ninguém me controlou. Eu fiz por conta própria. Não sei por quê, mas fiz... — encolheu os ombros.

Vendo que a menina estava um pouco assustada, McGonagall fez um movimento com a varinha e fechou a porta, fazendo o mesmo com as janelas logo em seguida.

— Agora estou aqui como Minerva, não como sua professora de Transfiguração. Qualquer coisa que me disser, não sairá daqui. — avisou e cruzou as mãos em cima da mesa.

— Promete que apenas eu serei punida? — Tori ainda olhou sobre os ombros, insegura.

— Prometo! — confirmou McGonagall.

— Tudo bem... Rita Orance me chamou hoje cedo para ir ajuda-la em uma coisa. Eu fui, e chegando no lugar a "coisa" na verdade seria seu primeiro beijo. Beijo com o Fred Weasley. Eu achei a coisa mais absurda do mundo, senhora, pois são crianças. Mas eu não faço ideia do porquê ataquei o meu próprio amigo... Ainda mais por espontânea vontade. Só sei que meu estômago doeu quando vi eles lá dentro. Será que pode ser uma doença mágica? — desabafou e choramingou outra vez.

— Acho que você está bem, Victória. — um sorriso diferente se abriu no rosto da professora — Não preciso ser curandeira para saber seu diagnóstico. —falou.

— E o que eu tenho? — Tori ergueu os olhos e focou toda sua atenção na adulta.

— Amor. Você ama e se preocupa com seus amigos o suficiente para sentir que algo dói até em seu corpo. Amor esse em especial com Fred Weasley, pelo o que percebi, sim? — arqueou uma das sobrancelhas.

— Não, professora. Amo meus amigos de igual para igual. O que acontece é que conheci o Fred antes de todo mundo, então tenho mais assunto com ele... Ou tinha, pelo menos. — voltou a abaixar o rosto — Professora, acho que o ataquei porque tive inveja do fato dele estar se dando bem com outra pessoa, coisa que tem muito tempo que não tem acontecido com nós dois. Nós só brigamos. Minha vida aqui está cheia de drama, acho que ele não está aguentando. Ninguém está. Eu não estou, mas não sei como parar! — levou as mãos ao rosto e chorou mais uma vez.

Tori não pôde perceber o momento exato, mas McGonagall deu a volta em sua mesa e foi para perto dela. Ela a abraçou, coisa que nunca esperaria nem dela e nem de Snape. Mas ela se mostrou uma pessoa mais dobrável.

— Vai ficar tudo bem. Vocês são novos e vão superar tudo. Tem muitos anos pela frente para aprender a lidar com o drama e vão conseguir. Confie em mim! — deu uns tapinhas nas costas da aluna.

— Obrigada, professora. Eu precisava mesmo desse abraço e de alguém que acreditasse que as coisas vão melhorar para mim. Mas... Agora preciso saber meu castigo. — desapertou o abraço e observou sua superior.

— Não se preocupe. Você só terá de polir e organizar os troféus de Hogwarts! — McGonagall caminhou de volta para sua mesa.

— Mas isso não é punição. Eu gosto de limpar e organizar. Poxa, professora, está pegando leve comigo por eu estar chorando feito uma louca desvairada? Não precisa! — afirmou Tori, enquanto secava seu rosto rapidamente.

— A parte do castigo é que sua companhia será o senhor Filch! — soltou um risinho, mas logo pigarreou e voltou a sua pose séria — E não volte a azarar alguém, ou permito os castigos que Filch adoraria dar! — gritou muito brava e piscou para Tori para avisar que se tratava de uma encenação.

Ela se levantou e caminhou até a porta. Tori a seguiu, também atuando, mesmo não sabendo o motivo, com uma expressão de pânico no rosto.

Assim que McGonagall abriu a porta, o motivo foi revelado.

— Algum problema, senhor Filch? — perguntou ao homem ao outro lado da porta.

— Não senhora, professora. Eu só estava de passagem! — se explicou, sem jeito.

— Pois bem. Tori o ajudará na limpeza dos troféus essa semana. Marquem o horário depois. — avisou — Agora com licença! — se virou e voltou a entrar na sala.

— Ainda acho pouco! — Filch resmungou e saiu pisando duro.

◾ ◾ ◾

Assim que chegou ao salão principal no horário do almoço, não só a Sonserina observou seus passos, como todas as outras mesas. Provavelmente a notícia da azaração havia se espalhado.

Mesmo sem coragem para discutir ou coisa do gênero, Tori caminhou até a mesa da Grifinória para se sentar com as mesmas pessoas de sempre. Assim que chegou ao lugar, Jorge se colocou de pé e ficou parado. Ela esperou ser azarada também, ou simplesmente o aviso de que agora não teria mais amigos. Mas outra coisa aconteceu.

— Obrigada! — Jorge a abraçou.

— O quê? Como assim? — ficou confusa.

— Não seja modesta, Tori. Nós ficamos sabendo que você azarou o Fred e salvou a vida dele! — desapertou o abraço e sorriu.

— O quê? — a expressão de Tori estava totalmente retorcida de confusão.

— Você espantou um Kappa¹ o fazendo se curvar assim que Fred vomitou o primeiro punhado de lesmas. Se não fosse por isso, ele e Rita estariam mortos! — explicou — Agora deixe de ser modesta. Você é uma heroína! — outra vez Jorge sorriu.

Toda a mesa da Grifinória começou a aplaudir. Tori ficou totalmente vermelha, não pela atenção dada, mas por tudo se tratar de uma grande mentira.

— Obrigada... — os olhos inundaram-se de lágrimas.

Quando as palmas cessaram, Tori fungou e voltou para a saída do lugar. Correu assim que passou pela porta e seguiu com destino a Ala Hospitalar. Precisava de explicações.

Se aproximou da porta e bateu, esperando ser recebida. Sabia o quanto Pomfrey odiava invasões, então usaria sua educação.

— Pois não? — a mulher apareceu.

— Dois minutos para conversar com o Fred. É tudo o que eu peço, senhora Pomfrey, não me negue isso... — fungou.

A mulher pareceu ponderar entre recusar ou não. Mas acabou dando espaço e fazendo um gesto para que Tori passasse pela porta.

— Vou contar cada segundo! — avisou.

— Obrigada! — Tori agradeceu e foi em direção ao leito onde Fred estava deitado.

— Tori! — ele sorriu ao vê-la, mesmo estando com a aparência um pouco verde.

— Por que mentiu? Por que não me deixou pagar pelos meus atos? — perguntou, parando alguns centímetros de distância da cama.

— Acha mesmo que eu ficaria do lado da Skeeter e terminaria de te ferrar? Nunca! — negou Fred, puxando o corpo para se sentar.

— O senhor não precisava fazer isso por mim. Eu te azarei, não merecia sua misericórdia! — abaixou o olhar. 

— Preciso sim. É isso que os amigos fazem, Tori, protegem uns aos outros. — o menino bateu no colchão para que ela se aproximasse.

— Eu não me consideraria uma amiga se fosse o senhor... — Tori caminhou até a cama e se sentou em um pedaço. 

— Não vou discutir com você por isso agora. Mas quero saber: por que mesmo fez isso? — o menino a observou.

— Porque se não sou eu, o senhor cometeria o maior erro da sua vida: dar um passo maior que a perna sendo apenas uma criança. Perdeu o juízo, Frederico? — bufou, irritada.

— Frederico? — ele riu.

— Fique quieto enquanto eu estiver brigando com o senhor! — deu bronca — O senhor tem que me prometer que, pelos próximos meses, não vai tentar beijar ninguém. O senhor mal saiu das fraldas, deixe de ser precoce! — continuou, ainda nervosa.

— Tudo bem, mamãe. Não quero mais ser azarado por tentar beijar garotas... Muito menos por deixar minha melhor amiga com ciúmes! — Fred prometeu e começou a rir.

— O quê? Ciúmes? Francamente, Fred! — Tori virou de costas e cruzou os braços. 

— Não se preocupe, Tori. Tem Fred para todo mundo! — provocou e riu.

— Menos, Fred, bem menos! — ela o encarou ainda séria, mas acabou rindo junto.

— Dois minutos, Victória. — Pomfrey apareceu.

— Ok, eu já vou! — assentiu para a mais velha.

— Ela não pode ficar mais? Eu estou entediado aqui sozinho! — pediu Fred.

— Não! — negou Pomfrey.

— Eu já vou, senhora Pomfrey. — garantiu e então voltou a encarar o amigo — Saiba que eu não concordo com essa mentira, mas agradeço mesmo assim. Eu não suportaria que o senhor, Jorge e Lino se afastassem de mim definitivamente. Se eu aguento tanta coisa, é porque sei que depois vou ter os senhores para me animar! — sorriu.

— Victória! — outra vez a curandeira a chamou.

— Já vou! — pulou para o chão e foi para um pouco mais perto da cabeceira — Fique melhor logo, seu grande cabeça oca! — ficou na ponta dos pés e depositou um beijo na testa do amigo.

Depois, simplesmente se virou e correu, ainda agradecendo Pomfrey pelos minutos ali.

Seguiu contente de volta para o salão principal, disposta a ter um final de almoço tranquilo com seus amigos, por mais que o grupo estivesse incompleto. 

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Notas finais do capítulo

❝| Kappa¹: O Kappa é um demônio aquático que se alimenta de sangue humano. Eles são conhecidos por estrangular humanos que invadem seus domínios.
Ele se assemelha a um macaco coberto de folhas com mãos palmadas e uma depressão cheia de água no topo de sua cabeça. A água neste buraco é a fonte da força da criatura, ou seja, se fazê-lo se curvar, a água em sua cabeça se derramará, enfraquecendo-o.
Os Kappas vivem em rios, lagos e lagoas, mas nunca hesitam em subir a terra firme em busca de sua presa.
Fonte: Wiki e Wikipédia.

‧ Em Harry Potter, os alunos só aprendem sobre essa criatura acho que a partir do terceiro ano. Aqui, a turma de 89 já conhece, pois como eu havia comentado, o professor Gary Bangles é meio doido. kkkkk |❞