A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 escrita por thaisdowattpad


Capítulo 17
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Capítulo Dezessete
O Mapa do Maroto.

Os dias de outubro seguiram com paz e tranquilidade, por mais que fosse o tipo de coisa que Tori jamais esperaria.

A mentira sobre a azaração de Fred pareceu surtir efeitos e agora por onde andasse, parecia que sempre tinha alguém, não somente da Grifinória, a vigiando e impossibilitando dos agressores agirem outra vez.

O dia das Bruxas chegou e com ele a decoração de Hogwarts estava diferente. Continha morcegos vivos soltos pelos corredores, além das típicas abóboras recortadas para se tornarem lanternas. Os alunos estavam super animados, pois boatos de que uma Trupe de Esqueletos haviam sido contratada para animar o jantar. Mas nem todo mundo conseguia se sentir assim.

— Não gosto de te ver tão murcha, Tori. — Fred confessou — Anda, briga comigo, reclama da bagunça do meu cabelo, do uniforme fora do lugar, me chama de Frederico... Qualquer coisa! — cutucou o braço da menina enquanto falava.

— Eu não estou murcha. Eu estou bem, Fred! — tentou sorrir para diminuir a preocupação do amigo.

— Então por que seus olhos estão ficando molhados? — cruzou os braços.

Então toda a tentativa de Tori em ser forte veio por água abaixo. Ela escondeu parte do rosto nas mãos e ficou assim por um tempo, até conseguir se recompor parcialmente e encarar Fred.

Isso era resultado da última aula de História da Magia onde o professor Binns, um fantasma, havia narrado os acontecimentos da Primeira Guerra Bruxa até chegar em 31 de Outubro de 1981, pegando Tori de surpresa.

— Quem eu quero enganar, não é mesmo? — ela abriu um sorriso, mesmo ainda chorosa — Eu sempre gostei o Dia das Bruxas antes mesmo de saber que era uma, mas... Agora tem um significado diferente, sabe? Não tem sentido ir para uma festa, se não tenho motivos para festejar! — secou uma lágrima que escorreu e fez cócegas em sua bochecha.

— Tenta pensar por um lado positivo, poxa. Anos atrás, nesse mesmo dia, a vida não te tirou tudo. Te sobrou o Harry, e tenho certeza que te deixa feliz saber que nesse dia ele salvou a vida de tantos Bruxos! — o amigo se sentou mais perto e segurou uma das mãos dela — Se você não se animar, senhorita, vai me obrigar a começar a cantar! — brincou.

— Eu vou ficar bem, Fred, só me dê um tempo! — Tori abriu um novo sorriso que sentiu que saiu bem forçado.

— Você quem pediu! — o menino se afastou e ficou de pé no meio da comunal — Girls they want... Wanna have fun... And girls... Wanna have... — cantarolou e colocou as mãos no joelho, começando a rebolar.

— Santo Deus! Frederico, o senhor perdeu o juízo! — Tori olhou por entre os ombros e percebeu outros Grifinórios rindo — O senhor não existe... — começou a rir também.

— Você me obrigou a isso. — continuou a dançar — Agora trate de vir aqui passar vergonha comigo! — foi rebolando até ela e estendeu as mãos.

— Eu? Mas nem pensar! — negou e continuou a rir.

— Anda, senhorita... — ficou a chamando com os dedos indicadores.

— Eu me meto em cada uma por sua causa... — Tori revirou os olhos e se levantou.

Fred bateu o quadril nela e quase a derrubou, causando uma crise de risos em seguida. A menina se recompôs e logo em seguida começou a cantar e a dançar de maneira tão engraçada quanto o amigo.

Em um certo momento, Fred fez Tori girar várias vezes segurando a mão dela, até que ela ficasse tonta e quase caísse. Os dois riram mais ainda e então começaram a rodar com braços opostos dados, intercalando entre sentido horário e anti-horário.

— Até que o senhor não é tão ruim... — Tori falou após algum tempo, quando enfim se cansaram e caíram nas poltronas outra vez.

— Bebê, eu sou um talento puro! — gabou-se Fred, fazendo uma voz engraçada.

— Obrigada por isso, Fred. Eu já estou bem, mas... ainda não quero ir à festa. Eu sinto muito! — dito isso, se levantou e foi para a escada do dormitório das meninas.

◾ ◾ ◾

Assim que todos saíram da comunal para a festa de Dia das Bruxas, Tori desceu e também seguiu para a saída. Mas seu caminho seria diferente, faria companhia para a solitária Murta durante o horário da festa.

Estava seguindo com destino às escadas, quando ouviu alguns passos. Se virou imediatamente para flagrar, mas não havia nada além de sua sombra. Pegou sua varinha e só então se virou, também não vendo nada.

Quando se moveu outra vez, dois pares de braços a puxaram para trás.

— Não! Me soltem! — tentou se livrar, mas sem sucesso — Estupefaça! — mirou sua varinha e pronunciou.

Imediatamente, um dos pares de braços a soltaram e voaram para longe. Ela correu alguns centímetros logo após se libertar e só então se virou, disposta a usar sua varinha outra vez, mesmo se isso lhe causasse uma detenção.

— Calma, Tori, somos nós! — Lino gritou, erguendo as mãos em rendição.

— Caramba, você estuporou o Jorge! — Fred começou a rir muito e tirou a varinha das vestes — Ennervate! — pronunciou.

No momento seguinte, Jorge acordou massageando sua nuca e um pouco desnorteado.

— Jorge, me desculpa! — Tori correu para o amigo e o ajudou a se levantar.

— Tudo bem, Tori. É sinal de que o professor Bangles está te ensinando bem na defesa! — Jorge riu e fez uma caretinha de dor.

— Mas o que querem? Por que chegaram do nada? — a menina quis saber, enquanto guardava sua varinha outra vez.

— Queríamos te mostrar uma coisa e precisava ser de um jeito discreto... Acho que não somos muito bons em descrição! — Lino explicou, encolhendo os ombros.

— O que querem mostrar? E por que não esperaram o fim da festa ou até mesmo amanhã? — perguntou Tori.

— Porque a missão é te ajudar hoje. Você é nossa amiga e temos o dever de te apoiar quando não está bem! — Jorge mexeu nos bolsos de seu casaco.

— Ahhh, que bonitinhos! — Tori riu toda boba.

— Temos uma coisa muito legal para mostrar. Só tem que prometer que não vai contar a ninguém e muito menos nos ameaçar com um sapato! — pediu Lino, indo para perto dos gêmeos.

— Principalmente nos ameaçar com um sapato! — insistiu Fred.

— Tudo bem, meninos, eu prometo não fazer nada. Podem contar logo. — prometeu ela, também indo para perto dos amigos.

— Temos uma coisa que nos ajudará a explorar Hogwarts inteira sem sermos pegos! — dito isso, Jorge revelou um pergaminho velho e aparentemente em branco.

— Em que um pergaminho velho vai ajudar? O ácaro dele tem um remédio que traz juízo para a cabeça das pessoas e trará para os senhores? — ironizou Tori, enquanto abria um sorriso forçado.

— Melhor mostrar logo, ou ela fará perguntas a noite toda! — Fred falou para seu irmão.

— Juro solenemente não fazer nada de bom! — Jorge tocou a varinha no papel.

Tori espiou o pergaminho no momento exato em ver linhas delineando e formando palavras.

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas

têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO

Após a possível saudação, uma espécie de mapa apareceu, além de alguns pontinhos que se moviam com o nome "Argus Filch" e que vinham direto para aquele corredor.

— Espera... Isso é um mapa de Hogwarts? — ainda boquiaberta, Tori perguntou.

— Te explicamos no caminho, pois Filch está vindo. Corre! — Jorge falou e começou a correr, enquanto observava o mapa.

Tori foi a última a raciocinar a situação e começar a correr. Ainda assim, suas pernas curtas não a fizeram perder os amigos de vista. Mesmo em desvantagem, os alcançou rapidamente e viu quando eles pararam.

— Para onde agora, Jorge? — Lino perguntou, ofegante.

— Rápido, Jorge! — Fred apressou seu irmão.

— Calma, eu não funciono com pressão! — reclamou o menino que estava com o Mapa.

Tori preferiu não dizer nada. Estava conformada que teria sua segunda detenção desde quando começou em Hogwarts, mais uma vez por falta de esperteza sua.

Começou a desejar ter poder o suficiente para teletransportar ela e os três amigos para o mais longe o possível dali, pois tinha medo de que os gêmeos fossem prejudicados por ser tão comum irem para a detenção.

Então algo inesperado aconteceu. Dá parede lisa e sem quadros perto de onde estavam surgiu uma porta conhecida para ela. Tori ainda ficou um tempo confusa, antes de se mover para lá e espiar, reparando tamanha semelhança com o quarto de Abigail.

— Meninos, um esconderijo! — ela chamou os três e entrou de vez.

— O que é isso? — Lino perguntou.

— É o quarto de uma amiga em Little Whinging, só não sei o que ele faz aqui... — a menina falou e observou cada detalhe do lugar afim de descobrir algum detalhe diferente.

Mas não havia nada. Era exatamente conforme se lembrava.

— Por que esse quarto está aqui em Hogwarts? — perguntou Fred, sendo o último a entrar.

— Eu acho que ativei algum feitiço e os senhores estão em minha imaginação, porque foi só eu pensar que essa porta apareceu! — ela se aproximou da coleção de discos e fitas de sua amiga e pegou um.

— Não acredito que estamos no quarto daquela chata! — resmungou Fred assim que viu um porta-retrato com a fotografia da dona.

— Preferia o que? Ser pego pelo senhor Filch? — rebateu Tori.

O menino se calou.

— Pessoal, a porta sumiu! — avisou Lino, tateando a parede lisa de onde antes havia a saída.

— Que ótimo, estamos presos! — Jorge se jogou na cama.

— Não estamos não. — garantiu a menina — Se entramos, deve ter algum jeito de sair. Se não der, fica como lição para os senhores pararem com essa ideia maluca de explorar Hogwarts fora dos horários permitidos! — deu de ombros algumas vezes.

— Tori, tenho pena se um dia você tiver filhos... — debochou Fred, causando uma carranca na amiga.

— E o que vamos fazer para passar o tempo? — perguntou Lino.

— Eu só sei que estou morrendo de fome. — reclamou a menina.

— Acha que não pensamos em tudo? — Lino se virou e revelou uma bolsa em suas costas.

O quarteto se reuniu e usou a cama para colocar tudo o que havia de comida na bolsa. Haviam algumas frutas, tortinhas e coxas de frango, uma jarra de suco de abóbora e outra de água, quatro taças, um punhado de ervilhas e alguns tipos de salada.

— Isso é a coisa mais estranha que eu já vi! — Tori fez uma cara de nojo quando viu o amigo tirar tudo aquilo da bolsa, sem estarem cobertos por tampas ou coisa do gênero.

— Relaxa, fresca, um elfo usou magia para proteger os alimentos. Nenhum relou no outro e muito menos na bolsa. — o amigo explicou, soltando um risinho — E a bolsa tem um feitiço de extensão. Ou seja, tem comida para muito tempo! — colocou a bolsa de lado quando tirou comida suficiente.

— Meninos, os senhores ainda não me explicaram direito sobre esse mapa, e principalmente, como o conseguiram. — observou Tori, indo para perto da cama.

— Lembre-se que prometeu não nos ameaçar com seu sapato. — Jorge pediu.

— Nós pegamos da sala do Filch! — Fred foi direto, recebendo um olhar arregalado dos dois outros meninos — Limpando a sala dele acabamos chegando em uma gaveta onde esse mapa pulou para nossas mãos. Estamos estudando ele, depois vamos devolver! — garantiu, não muito seguro.

— Eu não acredito que os senhores roubaram! — a revelação irritou a amiga.

— Não foi roubo, foi empréstimo. Quem roubou foi o Filch, pois estava numa gaveta de coisinhas que ele tomou de alunos. O ladrão é ele, pois nunca devolveu aos donos! — rebateu Jorge.

— Pensamos que seria uma boa usar ele para te animar... te distrair um pouco... — Lino partiu para o lado sentimental, indo abraçar a menina de lado.

— Amamos você! — Fred fez uma expressão e pose meiga.

— Os senhores me convencem de cada coisa... Eu ainda vou me ferrar por isso! — bateu na própria testa — Mas vou guardar segredo, porque sei que se eu contar alguma coisa o Filch vai arranjar um jeito de colocar a culpa em mim também. Sendo assim, nunca nem vi esse mapa! — assentiu.

— Muito inteligente de sua parte, amigona! — Jorge deu uns tapinhas nas costas dela.

Os quatro amigos atacaram seu banquete particular e comeram por um bom tempo, enquanto jogavam papo fora. Comeram até a cama ficar vazia outra vez e eles ficarem moles de tão cheios.

Depois de tirar os recipientes vazios, os meninos foram para a cama e se jogaram, sendo Tori a única a permanecer de pé.

— Meninos, tenho algo para contar... sobre meu último ferimento. — ela falou, atraindo a atenção dos três.

— Nós já sabemos o que aconteceu, é tão óbvio! — Fred ergueu o corpo e a encarou.

— Não é o que parece. Tem a ver com o fato de que andei bem sumida por um tempo... — a menina deu uma pausa e logo continuou — O Olívio estava me dando aulas de vôo por sugestão do senhor Dumbledore. Ele é ótimo, eu que sou horrível e acabei caindo em uma dessas aulas. Eu garanti a ele que estava bem, mas depois passei a sofrer dores horríveis e fiquei com medo de contar para alguém e ser julgada. Então aguentei até onde deu... Sinto muito por ter escondido dos senhores! — lamentou e apertou tanto seu pulso que tinha certeza que hematomas ficariam ali.

— Isso foi só dessa vez. E o nariz? E as marcas de dedos nos seus braços? — desconfiou Fred.

— Eu acredito em você, Tori. — Lino foi o primeiro a declarar apoio.

— Eu não, mas te dou o direito de me contar o que bem entender. Eu não vou me chatear! — Jorge deu de ombros.

— Fred? — ela esperou o último menino.

— Aproveitando que estamos em um quarto trouxa, que tal nos mostrar algumas músicas trouxas? — ele mudou de assunto e se colocou de pé.

— Tudo bem... — suspirou e foi para perto da coleção de fitas de Abigail, observando cada artista presente ali.

Ficou assim por um tempo, até selecionar uma e ir para perto do rádio, onde apertou alguns botões e por último aumentou o volume. No momento seguinte, um toque de música quebrou o silêncio e a voz de Michael Jackson preencheu o ambiente com a música Thriller.

— Eu pensei que o rádio nem ia funcionar. Mas que bom, assim posso apresentar para os senhores o Rei! — sorriu toda animada e se virou para os amigos.

Fred foi o primeiro a correr para perto dela e começar a se mover conforme a música. Ele puxou o irmão e os dois começaram a fazer dancinhas super engraçadas, causando risos na amiga. Lino levantou um tempo depois e se juntou a dupla, tornando ainda mais esquisita a dança.

— Só está faltando você, senhorita! — Fred reclamou.

— Tentem me imitar, seus bobos! — Tori pediu e começou a fazer a coreografia, não totalmente certa mas tentou.

Os meninos eram atrapalhados, mas acabaram se divertindo. Os gêmeos faziam graça o tempo todo, enquanto Lino se mostrou um dançarino razoável. Ele e Tori dançaram sincronizados algum tempo depois.

Longos minutos depois eles a jogaram na cama e respiraram fundo, sentindo-se exaustos.

— Meninos, eu nem sei como agradecer por essa noite... — o sorriso no rosto de Tori era tão largo que machucava suas bochechas.

— É só não nos ameaçar com o sapato. — brincou Jorge.

— Gente, sei que está adiantado, mas Jorge, Carlinhos, Percy e eu vamos ter de passar o feriado de Natal em casa. Nossa mãe está um pouco emotiva pelo fato do Gui não poder passar com a gente, então nós resolvemos ir animar ela. Não gostariam de nos ajudar nisso? Ela gosta de casa cheia! — Fred falou e o irmão assentiu confirmando a história.

— Eu só vou mandar uma carta para os meus pais, mas é certeza que eles vão deixar. Podem contar comigo! — Lino concordou.

— Eu vou tentar mandar uma carta para meus tios, mas sei que vou ter uma entre duas respostas: ou não vão deixar ou vão me ignorar. Mas eu tento pela senhora Molly! — suspirou, murcha.

— Talvez eu chame a Rita... — brincou Fred.

— Pode chamar. Acho que sua mãe ia gostar dela. Rita é uma boa pessoa! — Tori saiu por cima na brincadeira.

— Pessoal, vamos voltar enquanto todos ainda estão no salão, ou vamos ser pegos! — Jorge avisou e voltou a pegar o mapa.

— Tudo bem. — os outros concordaram.

Para o alívio de todos eles, não foi difícil sair dali. Assim como para entrar, pensar na saída já era o suficiente para a porta se materializar outra vez.

Eles seguiram para a Comunal da Grifinória sem problemas pelo caminho. Toda a escola estava concentrada no salão principal, até mesmo os fantasmas, o que os deixavam com passe livre para não precisar de pânico.

— Meninos, obrigada por hoje! — dito isso, Tori os obrigou a um abraço em grupo.

Logo depois, subiu toda feliz para o dormitório das meninas, com direito a cantoria.

◾ ◾ ◾

"Queridos tio Válter e tia Petúnia,

Saibam que eu estou morrendo de saudades dos senhores, tanto quanto do meu primo Duda e meu irmão Harry. É estranho estar longe de casa depois de tanto tempo aí em Little Whinging.

Hoje me surgiu um tempo para escrever e é óbvio que eu ia correr para escrever para meus parentes favoritos.

Eu sei que falta muito para o Natal ainda, mas me surgiu um convite para passar com a família de uns amigos e acho que não seria gentil recusar. Tudo o que eu preciso é que os senhores me liberem, pois não posso sair por conta própria.

Caso não permitam, eu adoraria ir para casa passar a data com os senhores. Qualquer uma das possibilidades me deixaria feliz.

Aguardo a resposta.

Eu amo os senhores!

Tori."

Assim que Tori terminou de escrever, soltou um risinho baixo e balançou a cabeça negativamente para todo seu teatro. A carta era tão forçada que chegava a ser engraçada de ler. Só esperava que os tios não percebessem isso e aceitassem qualquer um dos dois pedidos.

Estava dobrando-a, quando as meninas começaram a chegar no dormitório, bem animadas ao mesmo tempo que sonolentas.

— Onde estava, Tori? Não foi ao banquete, eu fiquei preocupada... — Rita de aproximou.

— Eu fiquei aqui na comunal. Não estava com vontade de estar em uma festa hoje... — abaixou o olhar para não revelar a mentira.

— Te entendo! — tocou o ombro dela e suspirou com pesar.

— Os meninos também não foram. Você os viu? — Angelina perguntou.

— Estive com eles. Ficamos conversando lá na sala e eles me animaram bastante. — sorriu com a lembrança.

— É tão estranho só ver você com meninos, Tori. Você sabe que pode se aproximar de nós também, não sabe? Até ia ser melhor para sua reputação! — foi a vez de Alicia falar.

— Reputação por andar com meninos? Eu não sei o que tem de errado nisso, já que em Little Whinging eu só tinha meu irmão... — deu de ombros e logo depois riu — Engraçado falar de reputação quando sei que a senhora Skeeter destruiu a minha quase toda com apenas algumas palavras! — continuou.

— Geralmente meninas andam com meninas. É estranho ser só você com três meninos. Eles geralmente são imaturos, não sei como aguenta isso! — Angelina fez uma careta.

— Desculpa, meninas, mas em uma amizade não tem que ter regras. Se tiver, não vai ter graça nenhuma! — revirou os olhos e voltou a encarar sua carta por algum tempo — E na idade que temos, tem como ser maduro o tempo todo? — voltou a encarar as meninas.

— Do nosso ano, você é a mais retraída. Parece uma pessoa maravilhosa, mas não temos como ter tanta certeza porque não nos mostra. Só conhecemos o básico! — Rita explicou — Tori, nós só queremos te incluir... — continuou.

— Me desculpem, meninas. O problema está mesmo em mim. Eu não sei lidar com amizade com meninas porque não tem muito tempo que eu consegui a primeira! — Tori abaixou o olhar por um tempo — Se puderem me ajudar, eu posso tentar... — sorriu ao erguer o semblante outra vez.

— Que tal começarmos com uma festa do pijama na sexta-feira? — sugeriu Rita, encarando as meninas.

— Ótimo! — todas concordaram, exceto Tori.

— Tori? — Angelina atraiu sua atenção.

— Podem contar comigo também! — respondeu enfim.

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Notas finais do capítulo

❝| Capítulo postado, amores. Como eu não gostei tanto dele, vou postar o próximo daqui a pouco e o próximo acho que ainda essa semana. Falta bastante ainda pra finalizar o primeiro ano, por isso quero ir adiantando enquanto eu não tiver bloqueio.

‧ Uma observação: até onde eu sei, eletrônicos não funcionam em Hogwarts. Por existir magia, acredito que nem exista uma tomada. (avá kkk) Enfim, ainda assim, eu quis colocar como se na Sala Precisa funcionasse sim, mesmo sabendo que mesmo ela colocando tudo o que você precisa, exista algumas limitações. "Faz de conta" que aqui não tem limitação alguma! |❞