A Bastarda de Lily Potter - LIVRO 1 escrita por thaisdowattpad


Capítulo 13
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Capítulo Treze
Má reputação.

"FILHA PRIMOGÊNITA DOS POTTER MOSTRA SUAS GARRAS

Em um encontro ao acaso com a repórter Rita Skeeter, Victória Evans, onze anos, lhe cedeu algumas palavrinhas que muito custaram.

Antes mesmo de chegar em sua escola, ela desabafou sua total expectativa, mas não sem conseguir disfarçar o nervosismo.

Pudera, possivelmente por ser a primeira filha, veio como rascunho. Todos os talentos e inteligência ficaram para o irmão, o famoso Harry Potter, a obra de arte finalizada.

Ainda assim, Victória usa a fama dos pais para dizer que se sairá melhor que qualquer primeiranista, como se o sangue que corre em suas veias te desse a certeza absoluta de qualquer coisa na vida.

Também questionada sobre a casa desejada, a ruivinha deixou claro sua total repulsa a Sonserina, baseada no preconceito pertencente a muitas pessoas de casas opostas e revelando sua falta de personalidade ao ir pela opinião dos outros.

Motivo esse que a fez agredir fisicamente um aluno da casa mencionada algum tempo antes, tendo como cenário da confusão o Beco Diagonal.

"Eu estava conversando com um dos irmãos de Carlinhos Weasley, quando de repente a maluca me atingiu com um chute no pé. Eu fiquei sem entender nada, assim como os amigos que estavam junto comigo." Lamentou Marcus Flint, a pobre vítima do descontrole emocional de Evans.

Desumilde, sem personalidade própria, com preconceitos sem fundamento, com tendências agressivas. Esta é Victória Evans, a primeira filha de Lily e Tiago Potter."

Antes mesmo de terminar de ler, o rosto de Tori já estava repleto de lágrimas. Ela o sentiu muito quente quando ergueu o olhar para seus companheiros de mesa, que estavam paralisados a observando.

— Pensa por um lado bom: ao menos não foi primeira página! — Fred foi o primeiro a falar, tentando animar a amiga.

Mas Tori não respondeu. Em vez disso, largou o jornal, se levantou rapidamente e saiu correndo do salão sobre cochichos que não teve coragem para procurar entender.

Agora seria exatamente como em Little Whinging: pessoas a olhando torto por onde quer que ela passasse, pessoas a detestando. E tudo por conta de uma mentira. Por conta de alguém que decidiu que seria bom prejudicar uma pessoa que nem teve a oportunidade de conhecer totalmente.

Arrasada, Tori seguiu para o segundo andar do Castelo, indo direto para seu esconderijo da noite anterior. Levando em consideração a simpatia de Murta, sabia que seria um bom lugar para não ser incomodada.

— Você de novo? — Murta logo apareceu.

Tori apenas assentiu em silêncio. Depois se sentou no chão, que daquela vez estava seco, e encolheu as pernas, escondendo o rosto nos joelhos.

— Mais problemas? Caramba, você está muito pior do que eu que estou morta! — o fantasma continuou a falar.

— Fizeram uma coisa muito feia comigo. O pior é que a escola toda sabe e estão me julgando! — explicou Tori, entre soluços — Aliás, o mundo bruxo todo já deve saber... — chorou.

— Está tudo bem, se for esperta. Sempre caçoaram de mim por causa dos meus óculos, mas não fui esperta em ignorar e acabei morrendo... — suspirou alto com a lembrança.

— Como assim? Seus perseguidores te mataram? — a encarou, assustada com a possibilidade.

— Não, mas contribuíram. Eu vim até aqui me esconder de uma garota que estava me perseguindo e falando coisas da minha aparência. Eu fiquei bem nesse box aqui... — levitou até o lugar — E ao sair... morri! — a voz tornou-se mais fina que o normal e ela choramingou.

— Mas o que te matou? — Tori ficou dura de curiosidade.

Desde quando descobriu sobre magia e sobre Hogwarts, sempre imaginou que sua escola seria um lugar muito seguro. Então era um pouco difícil acreditar na morte de um aluno ali.

— Aí está você... — uma voz cortou o assunto.

As duas olharam em direção a porta enquanto Fred adentrava o banheiro e ia para perto da amiga.

— Se eu soubesse que era um esconderijo tão óbvio, eu teria ido para outro lugar... — suspirou Tori, abaixando o rosto.

— E não é. Só nós dois sabemos que você já conhece o banheiro da Murta, por conta da aventura de ontem. A propósito, meus parabéns por ter escapado e voltado para a comunal sem ser pega. Não poderia esperar menos da filha do Tiago Potter! — Fred deu uns tapinhas nas costas da amiga.

— Não sou genial assim, a Murta é. Sem ela eu também seria pega! — sorriu para o fantasma com gratidão — A propósito, o que aconteceu ontem quando o senhor Filch o pegou? — perguntou, encarando-o.

— Por ele, eu seria pendurado pelas orelhas e passaria a noite assim. Mas foi menos pior. Tomei uma baita bronca da McGonagall e perdi 30 pontos para nossa casa... — suspirou, desanimado.

— Pensa por um lado bom: ao menos não foi 60! — sorriu.

— Isso é. — também sorriu — E então, vamos para a aula ou vai ficar aqui escondida até o último ano letivo? Porque se esconder hoje não vai fazer as pessoas esquecerem. Melhor encarar esses chatos logo de uma vez. E se algum Sonserino te encher o saco, deixa comigo! — fez força nos bíceps magricelos.

— Pode ir na frente, que eu já vou. Eu juro! — avisou Tori, enfim se levantando do chão.

Ela caminhou até uma das pias e encarou seu reflexo no espelho. Fred assentiu para ela, antes de sair dali para o corredor.

— Vai ficar tudo bem. A mentira sempre teve pernas curtas, não vai ser agora que não vai ter! — pensou alto — Vai ficar tudo bem! — tentou ser segura.

— Boa sorte com esses infelizes! — Murta falou.

— Murta, onde fica mesmo a sala de Transfiguração? — Tori perguntou, coçando a cabeça.

— Primeiro andar. — respondeu.

A menina saiu dali e seguiu para longe daquele corredor. Seguiu até perto das escadas, onde parou e percebeu que estava sendo seguida.

Revirou os olhos ao cogitar ser apenas Fred tentando assusta-la, e se virou para avisar que a brincadeira havia sido descoberta.

Mas ao se virar, não viu algo que seus olhos se agradaram.

— Ah não... — murmurou.

◾ ◾ ◾

— ...vocês irão pegar pegar fósforo que estou entregando a vocês e tentar transformar em uma agulha, conforme eu demonstrei à pouco. — McGonagall passava pelas mesas distribuindo para os alunos — Não se preocupem ao falhar, isso é natural em uma primeira tentativa. Até porque voc... — não pôde continuar.

— Me desculpa o atraso, professora McGonagall! — Tori entrou apressada dentro da sala, uma mão estava na frente do nariz e abafava sua voz — Pode continuar, que eu vou ficar quietinha bem aqui! — se sentou ao lado de alguém de sua casa cujo não sabia o nome ainda.

— Algum problema com seu nariz, senhorita Evans? — McGonagall perguntou, se aproximando dela.

— Não. Me ignore apenas. — insistiu Tori, erguendo um livro aberto para esconder parte do rosto.

— Tire as mãos daí agora, aproveite que estou em perfeito estado de paciência! — a adulta ordenou.

— Melhor deixar como está, acredite em mim, professora... — sentiu o coração palpitar.

— Com licença. — a professora segurou de leve o pulso de sua aluna e o afastou do rosto.

Tori fechou os olhos ao perceber que não havia mais jeito. Suspirou e esperou a bronca de sua superior ao ver o estado de seu nariz. Ela sentiu algo quente escorrer até seu queixo e, provavelmente, sujar seu uniforme.

— Eu não acredito que alguém chegou nesse nível! — rosnou Fred com sua voz próxima agora.

Ao abrir os olhos, Tori reparou estar com uma pequena platéia que esticavam o pescoço ou ficavam na ponta dos pés para ver melhor, onde todos os alunos se uniram em frente a sua mesa.

— Professora, a senhora tem que fazer alguma coisa com os responsáveis! — Jorge se exaltou.

— E por acaso o senhor tem os nomes e provas concretas de quem foi? — a adulta encarou o menino.

— Ela precisa ir para a Ala Hospitalar, isso sim! — foi a vez de Lino se manifestar.

— Esperem. — pediu McGonagall, impaciente e então voltou sua atenção para a aluna ferida — Victória, quem fez isso? — e esperou.

— Eu mesma, professora! — Tori respondeu rapidamente.

— Prefere mentir, é isso mesmo? — Fred revirou os olhos.

— Não estou mentindo, professora. Eu estava atrasada, saí correndo e meti o nariz na parede. Essa é a verdade! — não desviou o olhar do rosto da professora.

— Nem mesmo o professor Snape, com aquelas ventas avantajadas conseguiria fazer uma coisa dessas batendo na parede. Diga a verdade, Tori! — o menino estava impaciente.

— Mais respeito com seu professor, mocinho, principalmente na ausência do mesmo! — rebateu McGonagall — Venha comigo, Victória! — estendeu as mãos magras para a criança. 

— Não tem necessidade, está tudo bem. Eu sou forte, professora. Pode continuar a aula, eu estou bem! — tentou parecer convincente, mas a quantidade líquido escorrendo a estava deixando preocupada.

— Você está com o nariz torto. Quer enganar quem dizendo que está bem? Agora ande com isso, senhorita Evans, pois estamos perdendo muito tempo! — voltou a estender as mãos.

— Mas professora, eu tenho necessidade maior em aprender. Isso aqui não é nada! — protestou Tori.

— Agora! Ou quer que eu chame alguém para leva-la a força? Não dificulte as coisas. Veja, está assustando seus colegas! — assentiu para os três mais próximos a Tori, que a encaravam com preocupação evidente.

— Tudo bem... — enfim aceitou as mãos e saiu da sala amparada pela professora, mas não sem antes lançar um olhar de lamento para os três amigos.

As duas seguiram do primeiro até o quarto andar, a todo momento com McGonagall parando para ver se Tori ainda não havia caído pelo meio do caminho. A menina estava chorosa, mas não quis dizer mais nada até que chegaram na Ala Hospitalar.

— Madame Pomfrey, bom dia! — McGonagall cumprimentou — Minha aluna sofreu um acidente à caminho de minha sala. Pode ajudá-la? — pediu, mesmo a resposta sendo óbvia.

— Mas como não? Venha, menina, sente-se aqui para que eu te avalie! — Pomfrey, uma mulher e cabelos cinzentos e olhos claros, chamou a menina para se aproximar.

— Com licença, voltarei para minha aula. Volto logo depois para ver como estão as coisas! — McGonagall falou e saiu dali.

Tori obedeceu e se sentou no lugar indicado, um dos muitos leitos dali. A adulta se aproximou e tocou o queixo da menina com delicadeza, focando seu olhar no nariz.

— Muito bem fraturado. O que andou fazendo? Brigou fisicamente com um trasgo? — afastou sua mão e foi para perto de uma prateleira, vasculhando-a até encontrar o que queria.

— Eu bati o rosto na pressa de conseguir ir à aula. Sempre fui um desastre... — se explicou Tori.

— Ah, sim, sim... — desacreditou — Aqui está. Vou começar te dando uma poção, enquanto preparo a outra que irá demorar um pouquinho mais. Só irei te dar alta mais tarde! — voltou com um cálice em mãos.

— Mais tarde? Mas e as aulas? Eu não posso perder, eu já sou desinformada o suficiente! — se exaltou, mas se arrependeu ao sentir uma dor aguda em seu rosto.

— Você não sai daqui enquanto eu não autorizar! — rebateu Pomfrey, irritada — E beba logo a poção! — ordenou.

Mais uma vez Tori a obedeceu. Ela aproximou o cálice da boca, dando alguns goles e fazendo uma careta, o que a vez sentir outra pontada. Mas o gosto horrível valeu a pena, pois sentiu o líquido parar de escorrer de seu nariz.

— Obrigada. — entregou o cálice assim que bebeu tudo.

— Agora repouse enquanto a poção faz efeito. Vou trabalhar na próxima que irei usar em você! — dito isso, a mulher foi para perto de uma prateleira e pegou alguns frascos.

Tori se deitou e tirou os sapatos, se encostando no travesseiro e cruzando as mãos em cima da barriga. Estava chateada, mas sabia que não poderia contra aquela mulher tão autoritária. O jeito era esperar ser liberada.

◾ ◾ ◾

As poções que recebeu na Ala Hospitalar deixaram Tori um pouco molenga. Ela mal chegou em seu dormitório e caiu na cama, parecendo dormir todo o sono acumulado nas últimas horas.

Acordou apenas quando já era noite. Percebeu que alguém a havia coberto, mas olhou para todos os cantos e o dormitório estava vazio. Ainda assim, pôde ouvir alguns cochichos vindos da saída dali.

Empurrando o cobertor para o lado, ela saiu de sua cama e foi de fininho até a saída. As vozes foram aumentando conforme ela ia se aproximando da sala.

— ...ela é uma das nossas, não podemos deixar uma coisa dessa acontecer assim! — ouviu a voz de Angelina.

— ...eu acho que deveríamos descobrir os responsáveis e azarar cada um! — Fred sugeriu.

— Mas e se Tori estiver dizendo a verdade? — ponderou Lino.

— Não está! — um pequeno grupo falou junto.

— Eu não posso pedir aos monitores da Sonserina darem uma olhada melhor nos membros da casa deles, porque não temos provas se foram mesmo Sonserinos, mas posso ajudar vigiando ela nos tempos livres! — Carlinhos se manifestou.

— Só não podemos deixar a situação piorar. Ela não merece isso por uma mentira daquela Skeeter! — resmungou Jorge.

— Boa noite, pessoal! — Tori enfim se revelou ali.

Todos os reunidos se separaram e disfarçaram, pegando livros e abrindo em uma página qualquer.

— Tori, você está bem! — Lino foi o primeiro a correr para ela e a abraçar com um cuidado exagerado.

— Sim, estou. Um nariz quebrado não consegue me derrubar! — retribuiu o abraço — Do que estavam falando? — perguntou.

— Sobre as matérias do dia. Ajudamos alguns primeiranistas com algumas dúvidas deles! — Carlinhos sorriu amarelo.

— Que ótimo, vou precisar de ajuda então. Eu faltei em todas as aulas e quero aprender tudo o que eu perdi! — se afastou de Lino e foi para uma poltrona livre — Anda, meninos. Temos algum tempo antes da hora de dormir! — chamou os três amigos.

— Eu empresto minhas anotações... — Lino apontou para o dormitório dos meninos — Vou ir pegar! — e se afastou dali.

◾ ◾ ◾

Os Grifinórios estudaram e conversaram até tarde. Aos poucos foram subindo para os dormitórios, até restar apenas Tori e seus três amigos.

— Tori, aproveitando que todos foram dormir, nos conte a verdade sobre seu ferimento. — Fred pediu, enquanto os outros dois meninos a olhavam desconfiados.

— Não tem o que dizer. Aquela foi a mais pura verdade! — ela disse tranquilamente.

— Sabemos que não foi isso! — Jorge resmungou.

— Não sabem não, pois não estavam comigo. — rebateu, voltando sua atenção para suas anotações.

— Pensei que fossemos seus amigos e que pudesse confiar em nós... — dramatizou Fred.

 Argh, por que não podem esquecer isso? Não sabem que eu não tive um dia bom? Skeeter acabou com minha reputação, eu me machuquei, perdi todas as aulas, tive que tomar poções horríveis e ainda estou passando por mentirosa por aqueles que pensei que fossem meus amigos! — se levantou, irritada — Me deixem em paz! — bateu o pé e saiu rapidamente em direção ao seu dormitório.

Sabia que havia pego pesado com os amigos, mas relembrar aquela situação o tempo todo já estava a chateando muito. Perceber que estava na mesma situação que vivia em Little Whinging, de ser odiada por injustiças, a machucava mais ainda.

Só esperava que essas coisas não atrapalhassem mais ainda seu ano letivo.

◾ ◾ ◾

Prezada Victória,

Caso leia esse bilhete antes do café da manhã, me encontre no Corujal. Tenho uma coisinha para você.

Caso não leia, irei procurá-la pouco antes do fim do café da manhã.

Dumbledore.

Um pouco sonolenta, Tori acordou poucas horas antes do horário de despertar dos alunos e pegou um bilhete ao lado de seu travesseiro. Um sorriso moldou seu rosto ao ler de quem era, pois fazia muito tempo que não conversava com seu diretor.

Rapidamente ela vestiu o uniforme e saiu apressada do dormitório. Parou apenas quando se aproximou da escada, disposta a não se arrebentar outra vez.

Seguiu menos afobada para fora de sua Comunal, onde passou por uns corredores e escadas, até chegar ao térreo. Saiu para os terrenos da escola e foi para o Corujal, conforme indicava seu bilhete.

Assim que entrou no lugar, que era um pouco barulhento, viu as costas de seu diretor, que dava petiscos para algumas corujas.

— Bom dia, senhor Dumbledore! — o cumprimentou.

— Oh, olá, Victória. Pensei que não viria ainda. Mas que bom, muito bom. — se virou ao cumprimenta-la — Como vai? — a encarou.

— Muito bem, obrigada. E o senhor? — tentou parecer convincente.

— Estou bem. —  respondeu — Se aproxime. Venha conhecer sua nova companheira... — fez um gesto para que a menina chegasse perto.

Tori obedeceu e foi até o local indicado. Não entendeu muito bem quando uma coruja de penas alaranjadas e olhos amarelos surgiu à sua frente, dando alguns pios.

— Como assim, senhor? — ergueu a mão para fazer um carinho na ave.

— Ela é sua. — respondeu o diretor.

— Minha? Mas eu nem comprei uma no Beco Diagonal. Deve haver algum engano, senhor! — recolheu a mão.

— Não há engano algum, ela é sua. Digamos que foi presente de um amigo... — a encarou por cima dos óculos.

— Amigo? Que amigo? — perguntou, curiosa.

— O importante é que agora sua lista de material está completa, não é mesmo? Qual nome vai dar a ela? — Dumbledore desconversou.

— Kirsten. Kiki para os íntimos. — respondeu, ainda encarando o diretor — Me diga quem me deu, por favor! — insistiu.

— Hora do café da manhã. Espero que tenha bolinhos de cereja, pois são maravilhosos, são sim. Você vem? — outra vez ele mudou o assunto, enquanto caminhava para a saída.

— Vou ficar mais uns segundos, quero primeiro me familiarizar com a Kiki. Já apareço lá em alguns minutos, senhor Dumbledore. — dito isso, ela se virou para voltar a acariciar sua coruja.

Ficou ali por alguns minutos a mais, até sentir seu estômago roncar violentamente.

— Vou ir tomar café da manhã, senhora Kiki. Volto mais tarde com alguns petiscos para a senhora, ok? — falou com a coruja — Se comporte! — se virou e também saiu do lugar.

Durante seu caminho em direção ao castelo, reparou que seus passos se multiplicaram. Parou por um momento e os outros passos silenciaram também. Engoliu em seco enquanto tomava coragem para se virar e dar o flagra.

Mas ao se virar não viu nada.

— Ora essa, estou paranóica! — bateu na própria cabeça e se virou.

Tomou um grande susto quando duas pessoas surgiram à sua frente, quase a fazendo cair sentada no chão.

— Caramba! — gemeu, enquanto tocava o peito e sentia seu coração acelerado — Vocês querem me matar, meninos? — reclamou.

— Foi mal, Tori. Não queríamos assusta-la, Dumbledore nos disse que você estaria aqui e é nosso tur... Ai! Digo, viemos te acompanhar até o salão e depois para a aula! — Fred gemeu ao sofrer uma cotovelada de Jorge.

— Se não tocarem no assunto de ontem, podem ficar por perto. Caso contrário, não precisa! — logo avisou aos amigos.

— Tudo bem. Não deveríamos mesmo ter te pressionando. Foi mal! — lamentou Jorge.

— É, Tori. Nos desculpe. É que você é tão pequena... Não nos agrada a ideia de que alguém te machuque. É covardia demais! — pediu Fred, suspirando.

— Tudo bem, meninos. Vamos esquecer isso, está bem? — tocou o ombro dos dois — Agora vamos? Meu estômago está sofrendo de fome! — soltou um risinho.

— Claro, senhorita! — Fred assentiu e sorriu junto com seu irmão. 

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Notas finais do capítulo

❝| Só tenho uma coisa a dizer sobre o nome da coruja da Tori: "Kiki, do you love me?" kkkk parei.[...] Amores, eu juro pra vocês que eu olhei no calendário antes de escrever sobre 1 de setembro de 1989. Juro mesmo. Aí fui olhar outra vez esses dias e só então reparei que caía em uma sexta-feira, isso depois de escrever e postar o capítulo 12. Sendo assim, relevem. Faz de conta que dia 1 cai numa segunda-feira e tá tudo certo pras aulas começarem no dia seguinte. |❞