Apenas Amigos escrita por Ruiva


Capítulo 1
Apresentações


Notas iniciais do capítulo

Ooi, pessoal. Boa tarde. Sou nova postando histórias no site, então me desculpem por qualquer erro, não estou acostumada com as ferramentas do Nyah. Espero que vocês gostem da fanfic e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766705/chapter/1

 Falar sobre a minha amizade com o Dan é algo extremamente fácil e natural. Não foi preciso um grande acontecido ou uma desavença para nos tornamos amigos. Mas, para entender a minha história de amizade com ele, primeiro precisa entender a história da minha vida. Isto envolve bastantes pessoas, mas tentarei explicar direitinho. Então vamos lá...
A história de amor dos meus pais sempre foi minha inspiração para romances, tirando a parte da gravidez na juventude. Arthur e Elizabeth Smith, conhecidos também como meus pais, iniciaram seu namoro no segundo ano do ensino médio, porém foram vizinhos a vida toda.
Meu pai nunca quis fazer faculdade, era um cara totalmente voltada para as artes. Adora cozinhar, cantar e tocar, sendo o violão seu instrumento favorito. Minha mãe pensava totalmente diferente, apesar de adorar a personalidade humanista do meu pai, ela buscava algo a mais na vida, sonhando em ser uma excelente professora e quem sabe até uma diretora no futuro. Por esse motivo ela ingressou na universidade, onde conheceu sua futura melhor amiga – Helena Walter, porém isso é outra história –. Logo de cara a minha mãe se apaixonou pelo curso e por tudo que ele envolvia, ela não tinha dúvidas de que queria aquilo para a vida dela.
Acontece que no penúltimo ano da faculdade, ela acabou engravidando da minha irmã mais velha – Hannah – e por esse motivo teve que largar a faculdade. Meus avós não permitiram que ela continuasse estudando enquanto estivesse grávida e nem que fosse morar com o meu pai sem estar casada, dessa forma eles acabaram casando – sendo Helena a madrinha da minha mãe, claro – e continuam juntos até hoje.
Meu pai trabalhava como garçom em um restaurante meia boca na parte periférica da cidade, porém o salário que ele recebia não bastava para sustentar eles três, então ele foi atrás de algo melhor. Ele acabou encontrando uma vaga para ser auxiliar de cozinha em um restaurante no centro da cidade. E foi esse emprego que segurou a barra durante um bom tempo no pequeno apartamento onde eles moraram.
Alguns anos depois a família aumentou e meu irmão, Michael, nasceu. Ele foi planejado. Minha mãe e Helena sempre tiveram o sonho de ter filho na mesma época e acabaram conseguindo. Daniel e Michael tiveram apenas um dia de diferença, sendo o Dan o mais velho. As famílias não podiam ter ficado mais felizes, ambos com lindos rapazes saudáveis. Por algum tempo pensaram que Mike e Dan seriam melhores amigos, assim como as mães e isso aconteceu durante um tempo. Mas, para total surpresa deles, eu nasci dois anos depois e Dan não teve olhos para mais ninguém. Fazer o quê né? Eu era a alegria da casa e uma linda bebê extremamente fofa – palavras dos meus pais, não minhas. Por falar em palavras, a primeira que eu disse, balbuciei na verdade, foi “da” e as duas famílias deduziram que eu estava querendo dizer Dan.
Por muito tempo nossas famílias acharam que iríamos namorar e nossas mães torcem pra isso acontecer até hoje, mas nós descartamos essa possibilidade faz tempo. Eu não faço o tipo dele e ele idem para mim. Daniel é muito ocupado ficando com a maior quantidade de garotas possíveis, enquanto eu sofro calada por uma paixão não correspondia.
Eu sei que posso contar com ele de olhos fechados, pois, em todos os momentos que eu precisei ele estava lá, sejam bons ou ruins e eu o mesmo pra ele. Por ser bastante tempo de amizade, já passamos por diversas situações. Como por exemplo: quando ele quebrou o braço na final do jogo de futebol e eu tive que ficar com ele na ambulância, pois ele chorou dizendo que só me queria por perto; ou quando eu menstruei pela primeira vez no acampamento de férias e ele foi o único a me ajudar – pegando papel higiênico pra mim –; sem contar quando Dan tentou beijar a Hannah no aniversário de 12 anos dele e ela empurrou ele na piscina; teve também na vez em que nós fomos no cinema num encontro duplo e eu daria o meu primeiro beijo, mas acabei comendo muito e vomitei no suéter do garoto – tinha sido um presente da bisavó falecida dele e desde desse dia ele não quis mais olhar na minha cara –; apesar das situações engraçadas, houveram as tristes também, como os pais dele se divorciaram ou quando o pai da mamãe morreu.
Eu não consigo lembrar de algo que eu tenha feito e que o Dan não saiba ou não tenha estado lá comigo. Muitas vezes nos comunicamos pelo olhar ou por expressões faciais. Ele não precisava me dizer quando está mal, pois eu consigo enxergar isso nele e ele a mesma coisa comigo. É como se fossemos gêmeos, mas com dois anos de diferença e filhos de mães diferentes.
Faltam alguns dias para eu iniciar meu segundo ano no ensino médio e o Dan o último dele. Ano que vem ele estará indo embora pra alguma excelente faculdade por causa do seu talento com o futebol e eu sinceramente não faço ideia de como vou viver sem a presença dele, Dan se tornou parte de mim. Mas, é claro que eu não sou egoísta, sempre fico feliz pelas conquistas dele, então se for preciso ir para o outro lado do país para realizar seus sonhos, que ele vá, estarei torcendo daqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a próxima. Beijinhos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas Amigos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.