Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 31
31


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo meus amores ♥



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AGORA...

Cristina chegou ao centro da cidade para fazer a prova de seu vestido e assim que desceu do carro e caminhou em direção a loja ouviu.

— Cristina?!

Ela parou e ficou alguns segundos ainda de costa e então se armando de valor virou e encarou aquele par de olhos.

— Minha filha... - a voz saiu emocionada.

— O-oi... - falou sem jeito.

— Podemos conversar?

Cristina tocou a barriga involuntariamente e mordeu o lábio enquanto olhava para seu pai ali em sua frente, tantos meses sem vê-lo e agora ele estava ali plantado em sua frente, tinha sofrido tanto quando o viu ser baleado e agora estava ali novamente na frente dele. Severiano sorriu para ela e logo seus olhos desceram para onde sua mão acariciava e seus olhos brilharam com aquela notícia e sem conseguir se segurar ele tocou a mão dela.

— Vai me dar um neto?!

— Eu... - Se afastou dele sem conseguir evitar.

— Minha filha, não me afaste, por favor! - implorou. - Eu procurei tanto por você.

Cristina olhou para os lados como se quisesse arrumar uma forma de fugir dali, mas não tinha como, era a hora de encarar o pai e ver o que sairia dali. Severiano a olhava e podia sentir o nó se formar em sua garganta querendo aquela chance de estar novamente próximo a ela e dizer o quanto a amava.

— Minha filha, eu só quero alguns minutos com você e se depois disso não me quiser por perto. Eu vou entender e me afastar!

Ela o olhou novamente nos olhos e respirou fundo.

— Tudo bem!

Os dois caminharam para uma pequena cafeteria que ali tinha e achou que daquele modo poderia ter mais que alguns minutos já que estava grávida e sentiria fome se fosse como a gravidez de sua falecida esposa. Eles sentaram e o cheiro logo fez com que Cristina sentisse água na boca e ela pediu duas rosquinha com creme e ele apenas um café com um riso no rosto por ter acertado com ela.

— Quando chegou? - queria a data exata.

— Tem um mês!

— Não pensava em me procurar? - podia sentir as batidas de seu coração alterada.

— Precisava estar segura se era isso mesmo que queria!

— Eu sou seu pai e acho que tudo que aconteceu deixou mais que claro que eu não tive nada a ver com a morte da sua mãe! - falou com desespero.

— Papai, a questão era o que eu estava sentindo e o que me tornei em tão pouco tempo aqui! - falou rápido.

— Se é tão ruim estar aqui por que voltou?

Ela respirou fundo e afastou o corpo quando o garçom veio com o pedido deles, agradeceu e ele se retirou fazendo com que ela voltasse seus olhos para ele novamente.

— Voltei porque quero que meu filho cresça ao lado do pai!

— Frederico conseguiu mesmo te laçar em! - deu um meio riso. - Não que eu goste que meu neto tenha um pai como ele, mas as coisas acontece por algum motivo! - tomou um gole de seu cabeça enquanto ela mordia uma rosquinha. - Vão se casar quando?

Ela riu e lambeu o dedo.

— Eu não tenho pretensão de casar! - foi sincera. - Com estar junto com ele já é o suficiente para criar nosso filho! - voltou a comer.

— O mundo está mesmo muito moderno! - começou a rir e ela junto a ele. - Antigamente as mulheres brigavam por um casamento e hoje apenas juntam as "escovas de dente".

Ela deu uma risada mais alta e quase se engasgou por estar com a boca cheia e ele levantou de imediato indo a ela e a ajudou, pediu uma água e sentou ao seu lado esperando que se acalmasse. Cristina segurava a mão dele e naqueles segundos o olhou e como um filme de toda sua infância passou-se em sua mente e uma lágrima escorreu por sua bochecha e ele se preocupou.

— Meu amor, você está sentindo alguma coisa? - tocou o rosto dela. - Precisa de um médico?

Ela nada conseguiu falar e apenas se lançou em seus braços em um abraço forte e deixou que mais lágrimas rolassem por seu rosto e ele a empatou com um sorriso no rosto mais também deixando que suas lágrimas rolassem. Ele tinha tantas saudades de sua menina de senti-la em seus braços que a apertou beijando seu ombro e sentindo seu cheiro.

— Minha menina que saudades!!!

— Papai... - o abraçou mais forte ainda matando a saudade de todo aquele tempo.

Ficaram ali por longos minutos apenas sentindo o calor um do outro, matando a saudade até que se soltaram e se olharam no olhos, sorriram e ele beijou o rosto dela secando suas lágrimas.

— Eu quero que me de uma chance de estar em sua vida e na vida do meu neto! - tocou a barriga dela. - É um menino? - sorriu mais ainda.

— Eu não sei ainda! - secou melhor o rosto. - Estou esperando Federico pra saber se é menina ou menino!

— Vocês não estão bem? - questionou pelo modo como a sentiu falar.

— Frederico é orgulhoso demais! - suspirou. - Mas eu não vou desistir dele! - falou com certeza.

Ele riu.

— Você não é mesmo o tipo de pessoa que desiste fácil quando quer alguma coisa!

Ela sorriu e apenas confirmou com a cabeça e voltou a comer enquanto conversaram por mais alguns minutos, Severiano pagou a conta e depois saíram do café a passos lentos como se ali fossem se separar para sempre.

— Apareça na fazenda pra gente conversar um pouco mais é também tem seu irmão...

Cristina sentiu o corpo gelar e parou o olhando, não sabia se estava pronta para ver aquele bebê novamente.

— Eu vou ver e te aviso! - deu um meio sorriso.

— Eu vou ficar te esperando! - beijou a testa dela.

— Eu irei até vocês! - o abraçou e logo o soltou para que ele fosse embora.

Severiano a olhou por mais alguns segundos e logo se foi, Cristina voltou a caminha em direção a loja e ao longe avistou Frederico dentro do carro e a encarando. Ela sorriu para ele e passou a mão na barriga mostrando a ele que ali tinha o fruto do amor deles e logo entrou na loja.

Frederico ficou ali esperando ela por mais ou menos duas horas e quando a viu sair, desceu do carro e caminhou até ela e sem dizer nada pegou as duas sacolas que estavam em sua mão e ela somente o observou.

— Eu comprei uma coisa pra você comer! - falou bem serio com ela.

— Agora quer se preocupar comigo? - alfinetou.

Ele respirou fundo a encarando.

— Eu sempre cuido de você! - rosnou.

— Cuida tanto que há quatro meses eu não sei o que é fazer um bom sexo! - provocou e se aproximou dele o puxando pela camisa. - Há um mês eu estou aqui pegando fogo e querendo você, mas você fica por ai com qualquer mul...

— Eu não estou com ninguém! - tratou logo de se defender.

Ela sorriu e cheirou o peito dele toda cheia de fogo e levou a mão dele a seu seio o fazendo apertar, Frederico se tremeu por completo e respirou fundo.

— Eu preciso do meu homem, preciso estar em seus braços Frederico! - levou as mãos para seu pescoço e o puxou para um beijo que ele não conseguiu negar e a tomou com loucura e cheio de saudades fazendo com que ela gemesse. - Eu te amo Frederico! - falou sem medo de suas palavras.

Frederico a olhou enlouquecido e sem pensar mais em nada apenas a pegou em seus braços a fazendo gargalhar e a levou para o carro sumindo em meio ao pó...


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