Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 30
30


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— E com isso pensa que vamos brincar de casinha?

Ela riu e disse:

— Podemos brincar de papai e mamãe se quiser! - piscou com ar de safadeza e ele respirou fundo. - Você é quem sabe! - ela caminhou para a porta e virou antes de sair completamente. - Eu vou estar na sua casa e a sua espera!

— Cristina, você...

Ela nem o deixou falar nada e se foi, não iria ficar ali discutindo por uma coisa que não fazia sentido mesmo ele tendo motivos para desconfiar. Frederico sabia muito bem que ela não tinha o porquê mentir já que tinha buscado tanto a verdade sobre sua mãe, ela não voltaria se fosse mentira e ele respirou fundo e sentou no sofá, iria ser pai e um sorriso brotou em seus lábios.

Um sorriso cheio de emoção que logo sumiu de seus lábios, ela tinha passado três meses fora e agora esperava um filho dele? Não isso só poderia ser mais um jogo dela: Cristina não sabia amar. Era assim que ele tinha que pensar e ele se levantou saindo dali, iria terminar seu serviço e quando chegasse em sua casa a noite ele a mandaria embora.

Já Cristina passeou um pouco pela fazenda e quando sentiu fome foi para casa, pediu a empregada que fizesse algo leve para ela e quando ficou pronto ela sentou para comer. Carlota que chegava naquele momento para comer não acreditou que era ela quem estava ali e soltou uma gargalhada a assustando.

— Ficou maluco? - falou o encarando.

— Isso só pode ser uma miragem! - zombou e caminhou até ela e a tocou no rosto. - Não é uma miragem! - sorriu.

Cristina bateu na mão dele de leve e riu do jeito dele e logo se abraçaram carinhosamente.

— Que bons ventos sopraram para que chegasse aqui? - disse ao se soltar dela. - Veio vingar quem dessa vez? - sentaram-se.

— Dessa vez não é uma vingança! - sorriu e voltou a comer. - Eu estou grávida e vim contar a Frederico! - falou com calma.

Carlota arregalou os olhos com as palavras dela e por não ver o amigo ali deduziu que as coisas não seriam fáceis ou até mesmo que ela não o tivesse visto ainda.

— Você já o viu? Ele já sabe? - perguntou curioso.

— Sim e sim! - limpou os lábios. - Mas disse que não é dele! - deu de ombros.

— E como você não atirou nele ainda? - brincou e ela teve que rir.

— É normal que ele pensa assim já que fiquei bastante tempo fugindo dele e do mundo, mas eu não vou deixar meu filho crescer sem pai! - disse com certeza.

— Nem consigo enxergar aquela Cristina que se foi há meses atrás!

— É porque ela já não existe mais! - piscou. - E você já casou?

Ele negou com a cabeça e agradeceu a empregada que trouxe um prato para ele se servir com a comida que tinha sobre a mesa, ela tinha arrumado tudo enquanto Cristina comia porque sabia que logo ele e Frederico estariam ali para comer.

— Não, eu não podia casar sem a minha madrinha de casamento! - disse com certeza e ela o encarou.

— E se eu não voltasse? - elevou uma sobrancelha.

Ele a olhou e piscou.

— Você e Frederico mesmo sendo tão diferente se amam, de um jeito doido, mas se amam e você voltaria como voltou ou ele te encontraria mesmo gritando aos quatro cantos o quanto te odeia e se aliviando com... - parou de falar vendo que iria falar demais.

— Eu o vi com uma mulher na hora que o encontrei e ele estava com bastante apetite. - riu ao se recordar. - Ele sempre teve fome e precisava descontar sua frustração em algo, mas agora eu estou aqui e não vou mais embora!

— É assim que se fala! - ele soltou uma gargalhada e pegou o copo de suco e brindou com ela e eles ficaram ali conversando enquanto comiam.

Eles se perderam ali no tempo e na conversa até que viram Frederico adentrar as porta do casarão e ele aos vê-los juntos respirou fundo entendendo que ela não iria mesmo embora e ele os ignorou e subiu para o andar de cima os fazendo rir. Frederico os ignorou naquele dia e no mês que se passou desde a chegada de Cristina, ele não falava com ela, mas também não a mandava embora.

Era orgulhoso e mesmo que ela tentasse conversar com ele sempre, ele não dava ouvidos e saia a deixando falar sozinho, ela respirava fundo e deixava que ele se fosse. Sua barriga já estava se mostrando e ela estava cada dia mais encantada com as mudanças de seu corpo, se mostrava para Frederico para que ele visse seu bebê crescendo dentro da barriga e ele se tremia por completo, mas não dava o braço a torcer.

Ele queria que ela entendesse que as coisas não seriam do modo dela e que ele tinha sentimentos e estava magoado pelo modo como ela tinha ido embora e pior ainda do modo como tinha retornado o deixando com cara de tonto. Ele não era indiferente a barriga que ele já notava e queria beijar com loucura, muitas vezes ficava observando ela de longe acariciando a barriga e sorria, era o seu filho que crescia ali e daria muito amor a ele.

Cristina sempre que podia acordava nos braços dele quando ele não arrancava a porta, ela no meio da noite ia para o quarto dele e deitava junto a ele e como Frederico dormia pesado pelo trabalho pesado do dia, apenas a abraçava e respirava com alívio por tê-la em seus braços e ali o sono se fazia perfeito. Como gato e rato eles seguiram aquele mês, não tinham contato mais íntimo mesmo ela o provocando, ele se mantinha firme e tomava seus banhos frios.

Carlota era o que mais se divertia com aquela situação dos dois e começou por fim os preparativos do casamento que aconteceria em alguns dias. Ele queria seus amigos juntos e sabia que eles não aguentaria mais muito tempo longe um do outro.

(...)

AGORA...

Cristina chegou ao centro da cidade para fazer a prova de seu vestido e assim que desceu do carro e caminhou em direção a loja ouviu.

— Cristina?!

Ela parou e ficou alguns segundos ainda de costa e então se armando de valor virou e encarou aquele par de olhos.

— Minha filha... - a voz saiu emocionada.

— O-oi... - falou sem jeito.

— Podemos conversar?


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