Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 3
3




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NA CIDADE...

Lá estava ela novamente naquela maldita cidade que não gostava de lembrar nem em seus piores pesadelos, mas ali estava ela de volta a "casa". 10 anos sem pisar ali e agora com a morte de sua mãe ali estava ela para pegar o que lhe correspondia antes que seu pai gastasse tudo com a nova esposa.

— Odeio essa porcaria de cidade. - resmungou olhando para os lados e viu uma cafeteria e foi até ela.

Sentou e logo pediu um café forte e em um suspiro lembrou-se de um passado tão doloroso que estar ali era como facas entrando em seu corpo a cada nova respirada. O ar puro a incomodava e ela ficou ali por longos minutos apreciando aquele café e se perguntando o que tinha de bom para se fazer naquela cidade depois de anos.

Depois de pagar a conta ela voltou a seu carro e dirigiu até a fazenda. Quando o carro parou e ela o desligou Cristina o viu parado na porta com a mulher que tinha tomado o lugar de sua mãe e ela desceu estava pronta para um embate e os encarou assim que parou frente a eles.

— Minha filha... - os olhos dele brilhou de tal forma que ela se arrepiou toda era seu pai. - Você voltou... - tentou tocá-la, mas Cristina se afastou.

— Eu, não vim para ficar! - foi clara. - Apenas vim buscar o que minha mãe deixou para mim. - olhou a mulher ao lado dele tinha sua idade.

— Essa é Débora, minha esposa!

Cristina sorriu.

— Esposa? - o olhou. - Deveria ter vergonha na cara de andar com uma mulher que tem a idade de sua filha!

— Amor não tem idade! - estava certo no que dizia e ela cruzou os braços rindo mais uma vez.

— Se você diz! - era puro deboche. - Peça para que peguem minha mala no carro! - e sem mais entrou na casa queria ver como as coisas estavam por ali.

Débora olhou para Severiano e suspirou sentida.

— Ela me odeia!

Ele a abraçou.

— Ela nem te conhece ainda, mas vai e quando conhecer vai entender porque te amo! - beijou os cabelos dela e logo seus lábios. - Não fique assim, meu amor.

Ela suspirou.

— Vá atendê-la que eu vou ver trovão como está! - beijou os lábios dele e saiu indo para o estábulo.

Severiano ainda a olhou por mais alguns minutos e logo entrou em casa e viu a filha parada no meio da sala observando a nova decoração mais moderna e até um tanto estranha para o modo como o pai vivia com sua falecida mãe.

— Débora disse que assim da mais vida para a casa! - falou e Cristina se assustou de leve.

— Seis meses da morte de minha mãe e somente agora eu recebi o telefonema do advogado? - o encarava tinha tanto ódio.

— Eu achei melhor assim já que somente veio para o enterro e voltou no mesmo dia. - falou com calma.

— Assim poderia decorar a casa com meu dinheiro não é mesmo? - atacou.

— Não fale assim! - a repreendeu. - Não estava aqui para saber como as coisas se deram fugiu como um rato foge de um gato e agora quer cobrar alguma coisa? - se alterou.

— Não grite comigo, pois não vou permitir! - apontou o dedo para ele. - Não sou mais aquela menina que você batia quando te desse vontade ou gritava porque estava bêbado. - jogou na cara dele.

— Claro que não é aquela menina e nem eu sou mais aquele homem e quero que me perdoe. - falou mais baixo. - Eu sou um homem melhor graças a Débora!

O ódio tomou conta de Cristina de tal maneira que ela avançou nele aos socos no peito enquanto gritava.

— Fosse um homem melhor quando minha mãe estava aqui e não por uma vagabunda qualquer que colocou no lugar de minha mãe! - berrava com ele. - Você é um maldito desgraçado que fez a vida dela um inferno e agora está feliz porque ela morreu te deixando tudo dela para que gastasse com essa puta!

Severiano num ato de conter a fúria dela sentou um tapa em seu rosto que a fez ir ao chão e no mesmo momento ele se arrependeu e tentou ir a ela que se afastou e levantou não iria chorar ali na frente dele, mas sentenciou.

— Você vai morar num chiqueiro com essa porca porque eu vou descobrir o que fez com o testamento de minha mãe! Ela não deixaria todo o dinheiro dela para um homem infeliz como você e nesse dia você vai se ajoelhar em minha frente pedindo perdão e um prato de comida! - e sem mais ela subiu para o quarto que sabia ser o seu, mas ao entrar de deparou com um berço e seu corpo tremeu todo...


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