Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 18
18


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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— Frederico, eu nunca imaginaria que você teria um coração... - ria. - Já aprendeu a amar também?

Era uma pergunta que ele nunca se quer em sua vida tinha pensado em responder, ele nem sabia o que era amor e como responderia? Não sabia nem como se sentia, imagina responder com palavras se já tinha aprendido a amar, mas a única pessoa que veio em sua cabeça foi Cristina e um sorriso brotou em seu rosto. Seria aquilo amor? Carlota o olhou e falou sem acreditar.

— Você a ama?

Frederico o olhou e Cristina apareceu no topo da escada.

— Quem você ama Frederico? - e ele a encarou.

Carlota soltou uma risada e bateu no braço de seu amigo e subiu a escada, não iria atrapalhar aquela conversa e ao passar por Cristina beijou seu rosto e sorriu a ela que retribuiu com um riso fraco e logo voltou seus olhos a Frederico que a encarava ainda no piso de baixo. Ela desceu assim que Carlota sumiu pelo corredor e parou frente a ele.

— O que foi? - ela o encarava.

Frederico segurou a mão dela e a trouxe mais para ele e a beijou na boca, Cristina não se negou ao beijo e o agarrou ainda mais a seu corpo, precisava esquecer todo aquele pesadelo e ali nos braços dele era a fuga perfeita para aquele momento. Para Frederico aquele beijo era mais que um beijo era como aprender a amar ali em seus lábios e ele queria sempre se ver preso naquela armadilha que ele mesmo tinha criado para os dois, quando cessou o beijo ele disse:

— Será que um dia eu vou saber o que é amar?

Cristina sentiu seu corpo tremer com aquela pergunta e se afastou um pouco, era difícil saber se ele poderia amar porque nem ela mesma sabia se poderia fazê-lo, ela estava com o coração tão duro que amor era algo que ela não sabia nem lidar, mas se ele estava perguntando aquilo era porque já tinha alguém em sua vida. Cristina sabia que Frederico tinha outras mulheres e que o que eles tinham não passava de desejo e amor de cama, mas algo dentro dela não queria acreditar e ela se afastou mais ainda.

— Então você está mesmo amando alguém? - sentia uma pontada de ciúmes.

Ele riu e se aproximou dela dizendo.

— A única coisa que eu amei nessa minha vida toda foi xoxota, não sabia nem o que era um dia de casal até você me mostrar, imagina se eu vou saber o que é amar alguém. - foi verdadeiro. - Eu gosto de mulher isso eu sei, mas amar? Isso nem sei... - negou com a cabeça.

— Acho melhor deixar esse assunto para outra hora!!! - não queria entrar em detalhes e ouviu o que não queria. - Cadê o menino?

— Está mamando na cozinha. - achou mesmo melhor deixar o assunto de lado. - Quer ver?

Ela negou com a cabeça e ele a puxou novamente para junto dele e a levou para a sala a sentando em seu colo, gostava de sentir o corpo dela sempre assim junto ao seu, era um safado e mesmo com tantos problemas queria mesmo era aliviar tudo com sexo. Cristina sorriu por um momento sabendo o que ele pensava, ele sempre ficava excitado com problemas grande e naquele momento não era diferente, mas sua cabeça não estava para sexo e sim estava apenas pensando o que seria daquela criança se o pai ficasse preso.

— Você quer um carinho? - falou safado.

— Deixe de ser safado!!! - bateu no peito dele.

— Você sabe como eu fico... - apertou a cintura dela. - Você me deixa doido!!!

Ela sorriu e se aproximou dos lábios dele mais não o beijou apenas se aproximou e o olhou nos olhos o provocando.

— Não vou conseguir te dar prazer, preciso resolver o que será dessa criança se ele ficar preso!!! - acariciou o rosto dele e se afastou.

— Ele pode ficar com a gente!!! - disse com calma e ela deitou a cabeça em seu ombro feito um bebê. - Ele é seu irmão...

— Eu não tenho tanta certeza assim... - suspirou. - E também é como se eu estivesse traindo a memória de minha mãe.

Frederico se calou por um momento e apenas acariciou seus cabelos não sabia o que dizer, nunca tinha se quer sido bom com as palavras e agora ela estava ali querendo que ele a ajudasse a decidir algo tão grande que uma palavra errada mudaria todo o rumo daquele pequeno que não tinha culpa dos pais que tinha e muito menos dos acontecimentos ao seu redor. Cristina suspirou e ficou abraçada nele, não precisava de palavras naquele momento e sim de carinho e braços que a confortasse e a fizesse pensar no que era melhor.

Ficaram ali por longos minutos até que a voz soou forte e rude vinda da porta de entrada que os fez levantar abruptamente o encarando.

— Cadê meu filho?  


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