Eu não sei amar - Amf escrita por Débora Silva


Capítulo 19
19


Notas iniciais do capítulo

Intenso do jeito que vocês gostam... As coisas aqui vão começar a caminhar para o fim meninas!!! beijos e boa leitura!!



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— Eu não tenho tanta certeza assim... - suspirou. - E também é como se eu estivesse traindo a memória de minha mãe.

Frederico se calou por um momento e apenas acariciou seus cabelos não sabia o que dizer, nunca tinha se quer sido bom com as palavras e agora ela estava ali querendo que ele a ajudasse a decidir algo tão grande que uma palavra errada mudaria todo o rumo daquele pequeno que não tinha culpa dos pais que tinha e muito menos dos acontecimentos ao seu redor. Cristina suspirou e ficou abraçada nele, não precisava de palavras naquele momento e sim de carinho e braços que a confortasse e a fizesse pensar no que era melhor.

Ficaram ali por longos minutos até que a voz soou forte e rude vinda da porta de entrada que os fez levantar abruptamente o encarando.

— Cadê meu filho?

— O que está fazendo aqui? - Cristina falou com o corpo já tremendo.

— Eu quero o meu filho!!! - foi mais rude ainda a encarando estava com tanto ódio. - Vamos me entregue ele!!! - o peito subia e descia tamanha a irritação.

— Saia de minha fazenda!!! - Frederico falou no mesmo tom que ele.

Severiano o encarou e deu três passos que foram suficientes para que ele pegasse Frederico pela camisa e os dois se encararam ainda mais, Frederico não tinha medo dele e nunca teria, era muito homem e aquele velho não iria amedrontá-lo somente porque era um assassino. Cristina tentou tirar seu pai de cima dele, mas os dois estavam em um "nó" enquanto se matavam com o olhar.

— Meu problema não é com você!!! - falou por fim. - É com essa fedelha que se acha a dona do mundo e da verdade!!! - o soltou e olhou para Cristina. - Traga o meu filho!!! - a pegou pelo braço.

— Não vou entregar um bebê para um assassino!!! - gritou com ele não se intimidando. - Solte meu braço.

— Eu sou um assassino? - gritou com ela e a segurou pelo outro braço. - Eu sou Cristina? - gritou mais.

— Solta ela!!! - Frederico falou com ódio o tirando de cima dela.

— Matou minha mãe e agora matou aquela vagabunda!!! - bufou com ele indo pra trás com ele avançando nela sem que Frederico conseguisse evitar.

Severiano estava cansado daquelas acusações e a pegou pelos cabelos e a olhou dentro dos olhos.

— Eu estou cansado dessas acusações e agora você vai me ouvir!!! - a jogou no sofá e ela caiu sentada.

— Eu não preciso ouvir nada!!! - gritou e tentou se levantar mesmo sentindo a pressão com que ele a jogou no sofá.

Severiano a empurrou novamente e Frederico o empurrou de volta para que ele saísse de perto dela e tomou um soco que ele revidou no mesmo momento.

— Não volte a tocar em mim ou eu vou esquecer quem você é!!! - Frederico apontou o dedo para ele.

Carlota que ouviu toda a agitação desceu as escadas e foi até eles porque sabia que nada bom poderia sair dos dois. Cristina estava sentada com os olhos cheios de lágrimas com toda aquela confusão.

— Parem com isso!!! - olhou os dois. - Não vão resolver nada aos socos.

— Não se meta pau mandado!!! - o encarou e Carlota devolveu a mirada. - Vamos Cristina!!! - ele a puxou fazendo com que ela levantasse a força.

— Me solta!!! - ela gritou sentindo a pressão em seu braço.

— Não venham atrás de mim ou esse maldito titulo de assassino vai servir pra algo!!! - olhou para os dois e Carlota segurou Frederico.

— Me solta Carlota!!! - gritou com o amigo os vendo ir.

— Eles têm muito que resolver e você não pode estar sempre no meio dessa confusão!! - falou firme com ele.

— Ela é minha mulher!!! - confessou.

— Justamente por ser sua mulher que você tem que se manter longe somente nesse momento. - o soltou. - Ela precisa enfrentar essa situação.

Frederico passou a mão no cabelo e se sentiu desesperado e com medo do que ele poderia fazer com Cristina e quando se armou para ir atrás dela a empregada veio com o bebê e entregou a ele que olhou aquele pequeno em seus braços adormecido e respirou fundo achando melhor ficar ali e cuidar dele até que ela voltasse.

— Se ele machucar ela a culpa é sua!!! - olhou o amigo.

— Ele não vai... - disse com certeza. - Eu creio que tudo que esteja acontecendo seja um engano e ele não fez o que dizer. - olhava nos olhos do amigo. - Ele pode ser um desgraçado com todos mais amou essas duas mulheres!!! - tocou o ombro dele. - Cuide do bebê e aproveite pra aprender. - começou a rir para descontrair um pouco o momento. - Daqui a pouco vai ser pai e casar!!! - zombou.

— Cala a boca!! - começou a rir também. - Some daqui antes que te de uns murros.

Carlota começou a rir e voltou a subir as escadas enquanto ele foi sentar na sala com o bebê.

— Eu pai? - começou a rir e o bebê deu um meio sorriso adormecido. - Coisa de louco isso em!!! - começou a rir e negou com a cabeça aqueles pensamentos e ficou ali de mãos atadas a espera de Cristina...

(...)

Severiano parou o carro no meio da estrada e o desligou, virou para Cristina que bufava sem saber o que sentir, mas o medo naquele momento não poderia ser demonstrado para que ele não a machucasse ou coisa pior, seus pensamentos eram somente de coisas ruins e ela o encarou com os olhos tão intensos quanto os dele. Era tanto sentimento por parte dos dois que eles não conseguiram falar nos primeiros quarenta e cinco segundos.

— Me leve de volta!!! - quebrou aquele silencio tão incomodo. - Eu não quero e não tenho nada pra falar com um assassino.

Severiano naquele momento levantou a mão para ela, poderia quebrar ela todinha ali naquele momento que ninguém iria salvá-la, mas por um momento em sua mente veio todos os momentos maravilhosos que passou com sua garotinha e a mão travou, os olhos encheram se de lágrimas e ele se perguntou em que momento ele a tinha perdido. As lágrimas dele rolaram por seu rosto e ele abaixou a mão saindo do carro, bateu a porta e ela se estremeceu todinha com ele indo para frente do carro.

Severiano passou as mãos no cabelo e andou de um lado a olhou sobre os olhares dela que não saiu do carro ou sentiu pena dele, estava ressentida e queria mais que ele sofresse, enquanto ele se perguntava onde tinha errado para que sua vida chegasse aquele ponto. Ele tinha ido parar na delegacia, mas como era um homem muito poderoso apenas entrou e saiu para buscar seu filho e resolver as coisas do enterro de Débora assim que o corpo fosse liberado, tinha tantos sentimentos mais o que mais te doía era o desprezo de Cristina, ela ficou mais alguns minutos no carro e logo desceu dizendo.

— Suas lágrimas não vão trazer minha mãe de volta e eu não sinto pena de você!!! - foi dura, estava quebrada e queria que ele sentisse como ela estava.

Ele a encarou e foi até o carro e pegou uma arma e voltou a ela que deu dois passos para trás sentindo seu sangue gelar.

— Se acha que eu sou um assassino. - colocou a arma na mão dela. - Atira em mim e faz com que sua dor passe, atire nesse assassino que é seu pai!!! - abriu os braços e esperou por ela que o encarou apontando a arma...


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