Enfim - Tda & Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 8
& oito &


Notas iniciais do capítulo

Beijos meninas é quase o fim!!!!



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— Maria, por que fez isso?

Ela riu sem paciência e morta de ciúmes.

— Não se faça de idiota porque essa mulher provocou! - bufou.

— Ela está grávida! - falou nervoso e Maria paralisou no mesmo momento olhando para ele e seus olhos se inundaram de lágrimas rapidamente, não pensou mais nada e quando suas pernas responderam, ela saiu correndo dali sem dar ouvidos ao chamado dele. Apenas se foi...

Estevão naquele momento ficou entre a cruz e a espada, não podia simplesmente ir atrás de Maria e deixar Ana Rosa ali sentindo dor depois de ter sido jogada no chão por Maria, mas não ir também assinava sua confissão de pai e não era assim que ele queria resolver as coisas. Olhou para Ana Rosa que chorava e sofrida pediu.

— Me leve para o hospital, por favor! - suspirou. - Eu, não posso perder o meu bebê!

Estevão não disse mais nada apenas a pegou nos braços e a tirou dali, foi rapidamente para o carro e seguiu para o hospital. Maria saiu dali atordoada e para a primeira pessoa para quem ligou foi Victória que a atendeu de imediato preocupada com o que pudesse ter acontecido e também por ela não atender nenhuma de suas chamadas.

— Me diz que não fez uma besteira? - a voz saiu aflita. - Você está chorando?

— Ele vai ter um filho... - soluçou chorando. - Um filho com aquela galinha! - bateu as mãos no volante com raiva desviando de um carro.

— Meu Deus, Maria, isso não pode ser verdade! - negou com a cabeça ficando de pé. - Vem pra cá e vamos resolver isso juntas! - pode ouvir a buzina de carro. - Maria, para esse carro e me diz onde está que eu vou te buscar! - falou nervosa e cheia de medo dela fazer algo de errado contra si mesma.

Maria nem conseguia pensar na possibilidade daquela merda ser mentira, ela estava apenas sentindo as emoções daquele sentimento que era tão novo e tão intenso para ela e devido a tudo que se passava entre eles nos últimos dias, ela se sentiu quebrar quando o ouviu dizer que Ana Rosa estava grávida e não pensou apenas sentiu. Não queria e não iria dizer a ela onde estava apenas dirigiu respirando pesado e encerrou aquela ligação sem conseguir dizer mais nada.

Victória sentiu seu coração se desesperar com o fim da ligação e retornou mais ia direto para a caixa postal e seu sangue gelou de medo de um possível acidente ou algo tão ruim como, ligou varias e varias vezes deixando mensagens na caixa postal e seu ultimo recurso foi ligar para Estevão e assim que ele atendeu ela o descascou.

— Cretino! Filho de uma égua! - gritou. - O que você pensa que esta fazendo com minha amiga? Comeu merda foi? Idiota! - nem deixava ele falar mesmo ele tentando. - Se acontecer alguma coisa com Maria, eu acabo com você...

Estava desesperada e podia ouvir em sua mente o choro da amiga e imaginava a velocidade em que ela estava, sentia de tudo um pouco e descontaria nesse se acontecesse algo com Maria.

— Victória cala a boca! - berrou no meio do da sala de espera e foi olhado por todos e ele se desculpou saindo dali para falar melhor. - Onde ela está? - falou aflito com o coração em pedaços e cheio de medo do que ela podia fazer ou o que estava pensando sem deixar que ele explicasse o que se passava de verdade.

Estevão sabia perfeitamente que Maria era intensa em seus sentimentos e que não ter o controle da situação a desestabilizada como naquele momento em que tinha que ouvir desaforos de Victória por saber que ela estava mesmo mundo mal e seu coração se apertou com muito mais muito medo dela se machucar.

— Cala a boca você desgraçado! Como pode fazer isso com ela? - mostrava a ele sua decepção. - um filho com essa rameira? Olha Estevão...

— Não é meu filho! - gritou de novo vendo que ela não iria parar de falar.

— Se não é por que diabos não falou para ela? Idiota! - passou as mãos no cabelo. - Eu vou quebrar sua cara! Ela é minha amiga e se você não concertar isso, eu não quero mais você perto de nenhum de nós! - e sem mais desligou sem dizer a ele onde Maria estava.

Estevão passou as mãos nos cabelos e tentou ligar para seu amor e nada obteve de resposta, voltou para dentro do hospital para ver se Ana Rosa já tinha sido atendida e suspirou quando ouviu que ela estava bem e que nada tinha acontecido com o bebê. Desculpou-se mais uma vez com ela e saiu dali indo direto para a casa de Maria.

Ao chegar foi recebido pela emprega que garantiu que ela não estava, mas ele não acreditou e subiu para o quarto e viu que tudo estava revirado e voltou praticamente gritando com ela.

— Onde ela foi? - estava desesperado.

— Como eu disse para o senhor, ela veio pegou uma bolsa e se foi...

Estevão nem esperou que ela terminasse de falar e saiu da casa e foi direto para a de Victória e lá também não obteve informação pelo contrario preocupou ainda mais Victória que quase bateu nele o mandando embora. Todos entraram em estado de alerta pelo sumiço dela e por mais que ele tivesse procurado em todo lugar não a achou e o dia se foi assim como alguns dias...

(...)

TRÊS DIAS DEPOIS...

Foram três dias de desespero para Estevão que não soube nada de Maria, a incerteza de onde ela estava o afligia e mesmo insistindo com Victória, não obteve resposta já que Maria não o queria por perto e muito menos ouviu a amiga quando tentou contar que ele era inocente. Mas quando o terceiro dia sem noticia ele acordou com um estalo e sem nem escovar os dentes ele saiu de casa para ir atrás de seu amor.

Dirigiu por mais ou menos duas horas até que chegou e desceu do carro vendo que a chaminé saia fumaça e seu coração disparou de alivio ao mesmo tempo em que se tremeu todo por ser apenas mais uma ilusão. Aquele chalé era dos pais de Maria e eles tinham ido ali apenas uma vez e era o melhor lugar para se esconder já que nem telefone funcionava.

Ele caminhou para entrar, mas ouviu barulhos vindos do lado de trás da casa e resolveu caminhar por ali e parou ao vê-la linda em uma camisa azul os cabelos bem penteados e soltos, tinha um sorriso no rosto com o vento que bateu a inebriando com os cheiros das flores. Era um riso leve que o encheu ainda mais de amor e parecia que nada estava abalando seu amor mesmo sabendo que todos estavam atrás dela.

— Maria... - ele chamou encostado na parede a encarando, estava tão afobado que tinha ido de pijama mesmo.

Maria o encarou e no mesmo momento o sorriso sumiu, se ele tinha por fim chegado ali é porque tinha se lembrado da casa em que somente ele tinha estado. Era chegada à hora de fugir e encarar aquele momento como sempre...


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