—AMY!- Night estava a chamar o meu nome.

Voltei o meu olhar para ela e perguntei:

— Que foi?

— Eu só te chamei não disse para olhares!- ao dizer isso a minha melhor amiga caiu na gargalhada.

— Pareces uma criança de dez anos a fazer essas piadas.- comentou Castiel.

— Tens uma moral para dizer isso que eu vou te contar.- após dizer isto Night fechou as expressões e cruzou os braços.

Estes dois não têm limites.

— Tenho a mesma moral que tu. Ou seja, nenhuma.- Respondeu Castiel.

— Mano. Trata-te.- Night continuou.

Modo criança destes dois: ativado.

— Como foi? Como disse? Como falou?- à medida que dizia isto Castiel foi se aproximando mais de Night.

— Eu disse para te tratares!- Night repetiu sem paciência.

Castiel pegou nos pulsos dela e empurrou-a até a uma parede.

Encostou-a lá e apoximou o rosto dela ao da minha melhor amiga. AI MEU DEUS! É agora que estes dois se comem....se beijam....é se beijam, não comerem-se.

— Fraquinha.- Castiel completou soltando os pulsos de Night logo em seguida e desaproximando o seu rosto do dela.

— A tua mãe.- foi curta e rude.

Sorri ao ver aqueles dois. De repente Night sai do local de onde estava encostada.

Estranhei a estrutura daquele local. Era diferente. Sei lá, parecia que escondia algo ali.

— Pessoal!- chamei a atenção de todos.

— Sim?- perguntaram em simultâneo.

— Não acham a estrutura daquela parede um bocado estranha?- perguntei.

— Um pouco sim. Parece...uma porta?- disse Nathaniel quase dando a resposta para tudo.

— Vamos até lá.- dei a ordem e levantei-me do lugar onde estava, deslocando-me até à suposta porta.

Pouco tempo depois, os outro repetiram o meu processo e seguiram-me.

Olhei para eles a perguntando com o olhar se deveria ou não fazer algo. Pelo os olhares que eles me deram eu consegui entender que estavam tão curiosos quanto eu.

Bati um pouco mais ao lado da "porta" e vi o som que fazia. Logo de seguida bati no local da "porta" e vi uma ligeira diferença no som. 

— O som é diferente.- comentou Brenda.

— E não só. Reparem nestas ranhuras. Parece-me de um material diferente. Ainda por cima, vista de perto parece muito uma porta.- completou Lysandre.

Não deixava de ser verdade. 

— Uma porta sem maçaneta?- perguntei, estranhando o facto daquilo não ter algo que o fizesse abrir.

— Pode ser uma porta que abra empurrando-se.- Armin demonstrou uma certa lógica, mas eu ainda achava muito estranho.

— Mas se é uma porta que abre empurrando-se, como é que à pouco a Night estava encostada e nada aconteceu?- Nath começou a contra argumentar, com uma lógica ainda maior.

— Eu não fiz tanta força assim.- Castiel comentou.

— E eu não sou gorda. Acho eu.- Night completou a frase de Castiel.

— Bom. Só à uma forma de descobrir.- Kentin disse isto de repente para a surpresa e curiosidade de todos.

— Qual?- perguntamos ao mesmo tempo.

— Abrindo a porta?!- respondeu com sarcasmo.

Olhamos uns para os outros e consideramos aquela resposta alguns segundos. Segundos depois de trocas de olhares chegamos a um acordo. Todos nós colocamos as nossas duas mãos sobre a porta e empurramos com força.

Mal pudemos acreditar no que estava diante dos nossos olhos.

— Oh, meu...- Alexy nem tinha palavras para continuar.

— Deus...- completei a sua frase. Afinal acho que era a única coisa que conseguíamos dizer.

— Pessoal, eu acho que encontramos a resposta para tudo.- comentou Rachel.

Estávamos incrédulos em relação ao que estava ao alcance das nossas vistas.

— Porque será que esta biblioteca tem um ar muito mais moderna do que a parte da casa?- Nathaniel estranhou.

— E além disso é enorme. Será que este tanto de livros tem alguma coisa haver com o apocalipse. Pessoal, pode estar aqui a resposta para tudo. Vocês têm noção do que acabamos de descobrir?- perguntei.

— Uma biblioteca?- Night falou com ironia e consegui gerar um pouco de risos entre nós.

— Não é isso. Pessoal o que tem dentro da biblioteca?- perguntei novamente para ver se eles conseguiam acompanhar a minha lógica.

— Livros?- disseram ao mesmo tempo.

— Exato! Os livros podem ter a resposta para alguma coisa. Quem sabe nós não conseguimos encontrar pistas?- completei a minha lógica.

— Isso quer dizer que vamos ter de ler estes livros todos? Xiiiiii! Não contem comigo.- Night até conseguia animar um pouco o ambiente.

Pouco tempo depois começamos a explorar o local. 

Eu continuo a achar super estranho. Porque será que está biblioteca é tão imensa, e muito mais moderna do que a casa em si? Porque será que este tanto de livros foi guardado aqui? 

Talvez fosse apenas coisa da minha cabeça mas eu acho que esta biblioteca guarda muitos mais segredos do que aquilo que aparenta.

Talvez estes livros tivessem sido escritos pelo dono da casa. E se o dono da casa já sabia. Isto explica aquele papel que o Nath encontrou quando chegamos aqui. Aquele papel não tinha nada haver com Salazar! Eu estava errada! Aquele papel deverá ser apenas um pedaço de papel perdido de um dos livros.

— Amy?- senti uma mão no meu ombro e logo de seguida a voz do Nath a chamar-me.

— Agora tudo faz sentido.- pensei alto. Bom, só deu para o Nath ouvir, por isso não foi própriamente alto.

— O quê?- perguntou Nath, com um sorriso divertido e com a cara confusa ao mesmo tempo.

CONTINUA...