Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 57
A história (nem tão) longa de Kiba e Kankurou


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa tarde a todos (aquele áudio da Tatá Weerneck)

Tudo bem com vcs? Espero que sim!

QUERO AGRADECER A TODOS QUE COMENTAM
MUITO OBRIGADA ❤️❤️❤️

Sem mais delongas, vamos ao capítulo>>>>>>>>



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Essa pequena história se passa enquanto Sakura, a filha de Malévola, está presa nas masmorras do palácio dos reis Bela e Fera à espera de seu outro julgamento depois do primeiro não ter ocorrido como deveria.

E antes da coroação do príncipe Itachi acontecer.

Kiba se encontrava entre as enormes janelas do quarto em que estava hospedado, entre tantos arabescos ele olhava para a linda aurora que brilhava nos céus.

Ele havia acordado cedo naquela manhã, se aprontado e só estava esperando por Kankurou.

Pelo menos tinha acontecido assim nos últimos dias. O príncipe sempre batia na porta do quarto em que estava e o chamava para descerem juntos para o café da manhã.

Kiba estava confuso com as atitudes do príncipe, Kankurou vinha sendo gentil e atencioso desde que confessara a ele que gostava de garotos, mas Kiba não entendia o porquê.

Kankurou tinha pena dele?

Não ficaria tranquilo enquanto não tirasse aquela história a limpo.

Na Ilha, gostar de meninos não era nada, ninguém questionava, mas já havia percebido que em Konoha as coisas eram bem diferentes.

Suspirou se voltando para dentro do quarto e avaliou mais uma vez as roupas que vestia: uma túnica amarela e calças combinando, as cores em tons muito mais claros e alegres do que as que estava acostumado a usar.

Desviou sua atenção quando Akamaru latiu e começou a arranhar a porta do quarto, um momento depois ouviu a batida inconfundível do príncipe.

— Oi – o cumprimentou quando abriu a porta.

— Oi – o príncipe devolveu o cumprimento com um lindo sorriso.

Sorrindo daquele jeito não facilitava nada para Kiba que já estava caidinho pelo garoto.

— Vamos para o café da manhã? – o príncipe perguntou.

— Claro – Kiba respondeu engolindo a saliva que ameaçava sair de sua boca.

Akamaru veio logo atrás como de costume.

Kiba às vezes se surpreendia em como havia conseguido ficar amigo tão rápido de um cachorro, ainda mais um tão grande como Akamaru, na Ilha sua mãe o havia ensinado que deveria temê-los mais que tudo.

— Eu estava pensando – começou a dizer Kankurou. – Quer dar uma volta comigo mais tarde pelas ruas da cidade? Há tanto para te mostrar.

— Eu adoraria – Kiba se parabenizou por não ter gaguejado. – Mas não vou causar problemas para você? – perguntou.

— De jeito nenhum – Kankurou respondeu contente. – Minha irmã provavelmente vai estar ocupada com Shikamaru – lançou um olhar irônico para ele – e meu irmão é quem tem que aprender a tomar conta do reino já que ele é quem vai ser rei. Eu tenho tempo livre de sobra.

— Tempo livre de sobra, é? – a rainha Jasmine havia escutado o filho.

— Bom dia mamãe querida – Kankurou a cumprimentou com um beijo no rosto, o tom de voz mais alto e um sorriso de quem queria enganar alguém.

— Bom dia meu adorado filho – ela respondeu no mesmo tom, sabia muito bem o filho que tinha. – Que tal ir à biblioteca da cidade buscar um livro para mim já que está com tempo livre de sobra?

— Já que vai à cidade, pode passar na joalheria e ver se o colar que pedi para arrumar já está pronto? – Temari aproveitou e perguntou, logo se sentando a mesa seguida por Shikamaru.

— Aproveitando – disse o rei Aladdin, que já estava sentado à mesa do café-da-manhã. – Pode passar na casa do governador e entregar um pacote que peguei emprestado para ele?

— Lá se vai meu tempo de livre de sobra – reclamou Kankurou baixinho, Kiba estando ao lado dele foi o único que ouviu.

— Eu queria saber se há algum veterinário por aqui – Kiba perguntou. – A professora Shizune me pediu para cuidar de Akamaru, mas e se ele precisar de alguma coisa que eu não saiba?

— Se não for pedir demais, pode levar Shukaku ao veterinário junto com Akamaru? – pediu Gaara.

Kiba olhou para Kankurou em busca de uma resposta.

— Claro – Kankurou concordou.

Kiba tinha se surpreendido com Shukaku a primeira vez que o viu. Ele era um cão da raça Tanuki e fora resgatado por Gaara ainda quando o príncipe era um menino.

Shukaku tinha uma boca irregular, côncava e sem língua, devido aos maus tratos que havia sofrido, com a esfera de seus olhos sendo preta, com íris amarela e com cada uma das pupilas tomando a forma de uma estrela preta de quatro pontas com quatro pontos pretos em torno dele.

Shukaku era um cão bastante especial e tinha simpatizado bastante com Akamaru quando haviam se encontrado pela primeira vez.

Kiba imaginava o sofrimento que seria ao ter que separar os cachorros quando fossem embora do palácio, de volta para a Academia.

— Então combinado – disse Kiba por fim.

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Mesmo com o reino sendo praticamente ao lado de um deserto, até que a cidade era bem fresca e arejada a sua maneira, havia muitos chafarizes e prédios que faziam sombra, muitas palmeiras e coqueiros também, além do povo alegre e feliz pelas ruas.

Kiba ficava contente por existir lugares como aquele em Konoha. Shikamaru ficaria bem ali, se decidisse ficar. Às vezes se pegava desejando poder ficar também, mesmo sabendo que aquele desejo era impossível.

Eles primeiro foram à casa do governador para fazer a entrega que o rei Aladdin pedira.

Depois foram ao joalheiro para Temari, o colar ficaria pronto no dia seguinte.

Então foram ao veterinário. Os cachorros estavam bem e saudáveis, ainda bem.

E por fim foram à biblioteca que ficava no centro da cidade pegar o tal livro que a rainha Jasmine pedira.

Kiba se surpreendeu que os cachorros foram autorizados a entrar junto com eles nos estabelecimentos, mas logo pensou que era bem óbvio o porquê: o príncipe estava ao seu lado.

Eles andaram devagar e silenciosamente pelos corredores enormes da biblioteca até Kankurou sussurrar:

— Como você sabia?

— Como eu sabia o que? – Kiba se voltou para ele confuso.

— Que gostava de garotos.

Aquilo surpreendeu o filho da Cruella.

— Eu não sei – ele respondeu suavemente. – Eu só sabia, eu sentia – então soltou um riso baixo. – Eu nunca contei isso para ninguém, mas meu primeiro beijo foi com Deidara, ele é filho do Capitão Gancho.

Agora foi a vez de Kankurou se surpreender.

— Como eu posso competir com isso? – ele soltou um muxoxo.

— O que? – Kiba tinha escutado direito?

— Aqui está, jovem príncipe – a atendente de antes os interrompeu, colocando nos braços de Kiba um livro embalado e se curvando em sinal de respeito logo depois.

— Muito obrigado – o príncipe agradeceu, acenando de leve com a cabeça.

Só voltaram a se falar quando Kankurou o levou a uma loja de antiguidades, numa área cheia de lâmpadas dos mais variados tamanhos, cores e formatos.

— Dizem que aqui há uma lâmpada de verdade – Kankurou lhe confidenciou depois que Kiba lhe lançou um olhar confuso.

— ACHE-A! – o homem que estava no balcão gritou, assustando Kiba. – E eu lhe concederei dois desejos.

Kiba achou aquilo estranho e perguntou a Kankurou:

— Na história dos seus pais não eram três desejos?

— Sim – confirmou o príncipe avaliando as lâmpadas. – Eram.

— Então por que só dois desejos agora?

— O último deles é para me libertar, jovenzinho – o mesmo homem de antes tornou a responder.

— E quem é você?

— Eu sou um gênio – disse ele com orgulho. – Mas estou preso nessa forma humana até que um humano encontre minha lâmpada e me liberte.

Kiba olhou para Kankurou e ele fez um gesto que indicava que o homem era louco.

— Nós vamos dar uma olhada por aí – Kankurou acenou para o homem.

— Não se esqueça de que se tocar em uma lâmpada, vai ter que pagar! – avisou o homem.

O príncipe acenou mais uma vez e Kiba o imitou.

Não passou despercebido para Kiba que o homem também não havia falado nada sobre os cachorros.

— Pelo menos é o que ele diz – Kankurou deu de ombros indo até as lâmpadas. – Esse senhor está aqui há anos dizendo a mesma coisa e ninguém nunca encontrou a tal lâmpada.

— Você o chamou de louco e mesmo assim está aqui avaliando essas lâmpadas – Kiba disse.

— Confesso que a história de achar uma lâmpada mágica me fascina – Kankurou olhou bem de perto uma lâmpada azul escuro que reluzia. – Dou uma passada por aqui sempre que posso.

Ficaram em silêncio por alguns minutos antes de Kiba tomar coragem:

— O que quis dizer na biblioteca antes?

Kankurou suspirou e foi até um banco se sentando nele.

— Depois que você disse que gostava de garotos... – começou ele a dizer timidamente. – Isso meio que... se encaixou aqui dentro... – apontou para o peito – de alguma forma.

Kiba se sentou ao lado dele.

— Não sei explicar – o príncipe soltou um suspiro.

Kiba tentou colocar em palavras para ele então:

— Já achou algum garoto atraente antes?

— Bom – Kankurou colocou a mão no queixo. – O Naruto é bem bonitinho.

— Ele é – Kiba teve que concordar. – É bem impressionante a beleza de vocês aqui.

— Você me acha... bonitinho? – Kankurou perguntou timidamente.

— Está brincando? – Kiba se voltou para ele. – Você é bonito que beira ao ridículo. Como é que você consegue manter esse corpo?

Kankurou sentiu seu coração bater muito rápido.

— Você está corando? – Kiba perguntou surpreso.

— Tem c-como n-não ficar? – Kankurou gaguejou.

Nossa, aquilo deixou Kiba mais balançado.

— Presumo que nunca beijou um garoto antes – comentou baixinho.

— Claro que não – Kankurou concordou.

— Quer tentar?

Kankurou engoliu em seco e fez um aceno rápido com a cabeça.

Kiba esperou pacientemente que Kankurou tomasse a iniciativa. O filho da Cruella se perguntou se não estava sonhando. Mas os lábios macios e hesitantes do príncipe pareciam bem reais contra os seus. Kiba acariciou o cabelo de Kankurou quando sentiu o príncipe parar.

— Em conflito? – Kiba questionou começando a se afastar.

— Não – respondeu Kankurou com toda a certeza e puxou Kiba para mais um beijo.

O filho da Cruella não sabia quanto tempo havia se passado, mas tanto ele quanto o príncipe só se separaram quando se assustaram com os latidos incessantes de Akamaru, Shukaku ao lado dele não parava quieto.

Um chaveiro em formato de bule parecia incomodar eles.

— Alguma coisa entrou aí, foi? – Kiba pegou o chaveiro, olhando de um lado para o outro para ver se algum inseto havia entrado para fazer com que os dois ficassem inquietos.

— Tocou, tem que pagar! – o homem gritou do balcão.

— Como ele soube? – o filho da Cruella perguntou surpreso.

— Ele sempre sabe quando alguém pega em alguma coisa dessa loja – Kankurou respondeu. – Vamos lá, vamos pagar.

Assim que Kankurou pagou para Kiba, o vendedor perguntou para o filho da Cruella:

— Já fez um pedido?

— Hã... – Kiba ficou sem saber o que responder.

— Faça um pedido! – o homem gritou.

— Eu não sei o que pedir! – Kiba respondeu.

— É só fazer um pedido! – o homem tornou a gritar.

— Sei lá – o garoto jogou as mãos para o alto. – Que o Akamaru e o Shukaku possam falar!

Por um momento nada aconteceu.

— Bom – Kankurou se intrometeu. – Acho que esse chaveiro não é a lâmpada mágica, podemos ir, senhor?

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.

Kiba e Kankurou não se falaram nenhuma vez a caminho de volta para o palácio. De vezem quando trocavam olhares, mas logo desviavam um pouco constrangidos.

Deram um rápido boa noite e cada um foi para seus respectivos quartos.

Kiba suspirou.

Tinha beijado o garoto de quem gostava, mas não sabia dos sentimentos dele.

— O beijo foi bom desse jeito? – uma voz perguntou.

— Foi – Kiba suspirou mais uma vez e então se levantou de repente da cama em que estava deitado, virando a cabeça de um lado para outro.

Quem tinha falado? Só havia ele e Akamaru no quarto.

Estava ouvindo vozes?

— Aí, o jantar é daqui a pouco né? Acha que consegue arrumar um pedaço de bacon para mim? Aquilo tem um gosto muito bom.

O queixo de Kiba foi ao chão.

Akamaru estava falando.

— Você está falando! – apontou para o cachorro.

— Na verdade eu sempre falei, mas parece que é a primeira vez que você consegue me entender – ele inclinou a cabeça.

— VOCÊ ESTÁ FALANDO!

— É! – Akamaru concordou.

— Pelas terras dos contos de fadas – então Kiba sentiu algo no bolso da calça, era o chaveiro em formato de lâmpada. – Eu tenho que falar com o Kankurou – se apressou para fora do quarto indo em direção ao quarto do príncipe.

Mal bateu na porta e Kankurou surgiu, quando Kiba ia abrir a boca para falar, o príncipe o puxou para dentro do quarto, fechou a porta e prensou Kiba contra ela o beijando.

Kiba ficou tão surpreso que mal conseguiu retribuir.

— Me desculpa – Kankurou pediu o soltando.

— Tudo bem – Kiba balançou a cabeça. – Mas não peça desculpas. Eu... gosto de você – soltou de uma vez.

— Acho que eu também gosto de você – disse Kankurou. – É minha primeira vez me declarando para um garoto.

— Eu sei porque eu gosto de você – Kiba falou. – Mas por que é que você gosta de mim?

— Você é fofo – respondeu Kankurou. – O que é isso na sua mão?

Kiba estendeu o chaveiro.

— Eu quase esqueci – comentou Kiba. – Você me distraiu. Deu certo – ele sorriu.

— O que deu certo?

— Akamaru está falando.

Kankurou se surpreendeu.

— Isso aqui é a lâmpada mágica? – o príncipe perguntou.

— Parece que sim.

— KANKUROU! – tanto o príncipe quanto o filho da Cruella pularam em seus lugares quando Gaara invadiu o quarto do irmão. – Pode me explicar por que o meu cachorro está falando como gente?

— É uma longa história – foi tudo o que Kankurou disse.

Kiba apenas balançou a cabeça concordando.

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim!!!

Notas:
♦ finalmente momentos fofinhos com Kiba e Kankurou ❤️❤️❤️
♦ cachorro fofo novo na área, Shukaku, pesquisei um pouco sobre ele em Naruto e no https://naruto.fandom.com/pt-br/wiki/Shukaku e acrescentei alguns detalhes na história
♦ também vemos que ñ só Akamaru, mas Shukakau também fala agora
♦ foi só um extra mesmo pra gente ver como é que eles ficaram juntos ❤️❤️❤️

PS: esses dias eu estava assistindo o desenho She-ra e as Princesas do Poder e me apaixonei, Adora e Felina são o melhor casal ever, super indico para quem se interessar ❤️❤️❤️

Por enquanto é isso, beijinhos e até o próximo capítulo



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