Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 53
Evil like me (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Olá pra todo mundo!!!

Olha só quem conseguiu voltar com capítulo novo de pois de 3 meses???
Sentiram minha falta?

Sem mais delongas, vamos ao capítulo >>>>>>>



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— Seu pai é o Rumpelstiskin – disse Sasuke percebendo enfim.

Sakura virou o rosto ao som da voz do príncipe. Ele parecia nauseado com a revelação.

— É sim – Sakura murmurou olhando nos olhos dele. – Rumpelstiskin é meu pai – afinal, para quê mentir?

A única pessoa ali que sabia que Rumpelstiskin era seu pai, além de sua mãe, era Ino. Era um segredo há muito tempo guardado e mesmo na ilha, poucas pessoas sabiam: alguns de seus irmãos.

De repente sombras desuniformes saíram das paredes e cercaram seu pai. Eram as sombras que sua mãe havia criado para serví-la.

Seu pai não pareceu surpreso com isso.

— Ora, ora – sua mãe entrou pelas portas do grande salão. – Me perguntava quando você apareceria – ela parecia deslizar pelo chão. – Até que não demorou tanto. Achei que não viria.

— Ouvi dizer que estavam dando um baile – Rumpelstiskin sorriu zombeteiro para ela. – Não pude resistir a dar uma passadinha. Como tem passado querida?

Sakura suspirou e revirou os olhos, se encostou na parede e cruzou os braços. Lá vinha mais uma briga.

— O que está fazendo aqui? – Malévola perguntou sem nenhum traço de emoção nos olhos.

— Eu vim barganhar – Rumpelstiskin respondeu simplesmente, ainda com o sorriso no rosto.

— E você acha que eu vou fazer outro acordo com você? – Sakura pode perceber que sua mãe queria sorrir. Aquilo não era bom.

— Por que não? – ele deu de ombros. – O primeiro deu certo – ele sorriu para Sakura.

Uma sombra atravessou ele e o fez cair no chão. Rumpelstiskin ofegou de dor.

— Precisava disso? – ele reclamou.

— Isso não é nada do que eu quero fazer com você. Seu acordo não me beneficiou de maneira nenhuma e você sabe disso – outra sombra o atravessou e ele se arqueou com a dor. – Vou fazer você pagar por tentar me passar para trás.

Sakura se desencostou da parede sem saber o que fazer. Sabia que sua mãe queria matar seu pai há muito tempo, mas a mãe praguejar e realmente fazer eram duas coisas completamente diferentes e não estava preparada para presenciar algo como aquilo.

Uma sombra irrompeu pela janela e Malévola parou com a tortura em Rumpelstiskin.

— Vou acabar com você na hora certa – ela se virou para sair do salão e quando passou por Sakura disse com frieza: – Vai tomar um banho Sakura, você está fedendo.

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Sasuke observou Malévola sair do salão e Sakura lançar um último olhar para o pai antes de segui-la.

— Filha da Malévola e do Rumpelstiskin – disse o rei disse que mãe e filha saíram do salão. – Minha nossa – ofegou atordoado.

— Ela é o motivo do meu orgulho – zombou Rumpelstiskin. – Lembram daquilo de fazer a Sakura perder o controle? Precisam se apressar – ele avisou. – Tenho que ir a lugar agora, mas mais tarde estou de volta – disse antes de sumir em um piscar de olhos.

— Você sabia disso? – Shikamaru se voltou assustado para Ino.

— É claro que eu sabia, eu sou a melhor amiga da Sakura – disse a filha da Rainha Má sem jeito. 

— Caralho! – soltou Shikamaru. – Isso explica muita coisa.

— Tipo o quê? – Sasuke perguntou sem entender. Para ele não importava quem eram os pais de Sakura, ela continuaria sendo apenas a Sakura que ele conhecia.

— Pelo menos cada um de nós – Shikamaru apontou para Kiba ao seu lado, Ino e ele mesmo. – Tivemos um pai ou uma mãe que se importasse conosco, a Sakura não teve ninguém.

— Eu tenho o meu pai, Kiba tem o dele – disse Ino – e você teve sua mãe. Mas o Rumpelstiskin se importa com a Sakura, do jeito dele, é claro, mas eu acho que ele se importa.

— Eu vi esse... Ser – Shikamaru hesitou ao dizer as palavras – quase deixar a Sakura morrer para que ela não fugisse da Ilha.

— O quê? – Kiba estava sem entender nada.

— Que história é essa? – perguntou Ino surpresa. – Sakura nunca me disse que quase morreu.

— Ela tentou fugir uma vez – interrompeu Sasuke se lembrando da história que a filha da Malévola havia compartilhado com ele uma vez. – Pelo mar – continuou –, mas a Úrsula a pegou antes que pudesse ir muito longe. Sakura nem se lembra como sobreviveu, apenas que Malévola e Rumpelstiskin estavam ao lado dela quando acordou.

— Era um boato na Ilha de que a Sakura havia tentado fugir pelo mar – disse Kiba.

— Mas era verdade – falou Shikamaru. – Sakura me falou que ia tentar fugir pelo mar e me chamou para ir junto, mas antes disso aquele homem apareceu e disse para eu tomar cuidado de não ajudar ninguém naquele dia, especialmente alguém que fosse da minha idade ou eu iria sofrer as consequências. O que eu fico me perguntando é como ele sabia o que ela ia fazer e por que não tentou impedir?

— Um pai de verdade não deixaria isso acontecer – disse Itachi que estava prestando atenção a toda conversa.

— A única sorte de Rumpelstiskin é de nunca ter sido pego no flagra – disse a Rainha Má entrando no salão com Cruella de um lado e Jafar do outro. – Agora, querida filha, vamos conversar – falou olhando para Ino.

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Sakura escolheu o quarto de Sasuke para tomar banho. Aquele lugar em específico lhe trazia algum tipo de conforto, se é que era possível. Tinha o cheiro de Sasuke e aquilo era o suficiente para acalmá-la. Era isso que era estar apaixonada? Até o simples cheiro da pessoa amada era uma chama em meio a todo o inverno.

Não podia se demorar, sabe-se lá o que a mãe ou os outros vilões decidiriam fazer enquanto não estivesse no salão. Mas como iria impedir a mãe de fazer qualquer coisa?

Suspirou em baixo do chuveiro antes de desligá-lo e se secar com a toalha.

Decidiu pegar apenas uma camiseta do guarda-roupa de Sasuke, de resto invocou suas conhecidas calças jeans, jaqueta de couro e coturnos de sempre.

Não sabia ainda como iria parar a mãe, mas sabia que precisava fazer alguma coisa.

Sakura estava andando calmamente pelos corredores do castelo para não alertar as sombras de sua mãe de que na verdade estava com pressa. Mas não teve como não correr ao escutar os gritos dos vilões vindos do salão onde estavam todos presos pela barreira mágica criada pela mãe.

— Se gostam tanto desse lugar, então fiquem com ele! – disse a Rainha Má assim que Sakura entrou. – Vou fazer você se arrepender de tomar essa decisão!

— O que está acontecendo aqui? Dá para ouvir do andar de cima – Sakura reclamou.

— Sua mãe vai cuidar de você pessoalmente por estar encobrindo esses traidores ingratos – rosnou Cruella.

Sakura olhou para os amigos através da barreira e percebeu enfim que eles haviam se posicionado contra os próprios pais.

— A culpa não é minha se vocês são tão péssimos pais que seus próprios filhos viraram as costas para vocês – Sakura retrucou.

— E você gosta da sua mãe? – perguntou Jafar com os olhos estreitos de desconfiança.

— Gosto – respondeu Sakura com sinceridade. Aquilo não era mentira, gostava da mãe, não como um todo é claro, mas ela ainda era sua mãe.

E precisava dar um jeito de pará-la.

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Mais um dia tinha se passado e muitos dos que continuavam presos na barreira já estavam enfraquecidos devido à falta de água e comida.

Sakura até tentou passar comida e água pela barreira, seja atravessando ou invocando, mas não conseguiu.

Devido ao treinamento árduo com a mãe, tinha séries de exercícios longos e simplesmente desmaiava quando chegava ao salão, só para acordar mais cansada e continuar com o treinamento.

— Magia é poder Sakura – dizia sua mãe. – Ele se curva a você, não o contrário.

Por mais que as palavras de sua mãe fizessem sentido, aquilo ainda parecia errado para Sakura. Aquela magia vinha de tudo vivo a sua volta e se não tomasse cuidado acabava com a vida do lugar onde a praticava.

Não tinha lhe faltado a sua percepção que os outros vilões, fora sua mãe, praticamente tinham desaparecido do castelo e Sakura tinha um mau pressentimento quanto a isso, temia onde eles estariam e o que eles aprontariam.

E não demorou muito para ter sua resposta.

Acordou a noite com o barulho de uma grande explosão ao longe.

— O que foi isso? – perguntou Itachi preocupado.

Outra explosão aconteceu e Sakura se levantou rapidamente usando os caminhos do pai para ir em direção às explosões.

Sasuke ficou surpreso ao ver Sakura desaparecer do lugar onde estava.

— Se eu tinha dúvidas, agora é uma certeza – disse o rei impressionado. – Ela é realmente filha de Rumpelstiskin.

Sakura foi parar no vilarejo que um dia tinha ido para comprar tecidos, lá estava a loja e perto dela um fogo abrasador. Muitas pessoas corriam desesperadas para escapar das chamas esverdeadas.

Aquilo era obra da mãe.

Sakura correu para a loja de tecidos ao ver um vulto da senhora que era dona do lugar. Entrou correndo e disse as primeiras palavras que vieram a sua mente:

— Olhe bem e atenção, que nesse lugar haja proteção.

Ainda estava cansada do treinamento que tivera ao longo do dia, mas só iria parar quando seu corpo simplesmente não aguentasse mais.

— Você – disse a senhora com a voz fraca, mas o rosto em repleto choque.

— Deixe as pessoas se esconderem aqui – foi só o que pediu antes de sair correndo da loja. – Por aqui! – gritou apontando para a loja que tinha uma barreira própria de magia de proteção. – Se escondam aqui.

— É a filha da Malévola! – alguém gritou.

Muitos olhares de medo se voltaram para ela, mas Sakura não tinha tempo para isso.

— Venham se proteger aqui – disse a voz da senhora trás de si. – É um local seguro.

Sakura olhou para ela agradecida e se curvou como forma de respeito e da mesma forma que havia ido, se foi. As explosões estavam ocorrendo em vários locais e ia fazer o que pudesse para proteger aquelas pessoas.

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Depois do que pareceram horas, voltou completamente exausta para o salão do palácio real. Tinha tentado apaziguar o fogo dos locais das explosões sem muito sucesso e tudo o que pudera fazer foram as barreiras mágicas em volta de pequenas residências e comércios.

Seu pai estava lá quando chegou, o que foi uma surpresa devido ao último encontro com a mãe. Ele tinha um prato de comida na mão e um jarro de água na outra.

— Se eu fiquei sabendo do que você tem feito por aí, não vai demorar muito para sua mãe chegar aqui – ele avisou lhe entregando ambos. – Se recupere – disse antes de desaparecer.

Sakura se sentou no chão e devorou a comida.

— O que aconteceu? – perguntou Ino preocupada, ainda presa na barreira.

— Ela destruiu tudo – disse Sakura ainda em choque com o que havia presenciado. Estava processando tudo o que havia visto, sequer prestava atenção ao que estava comendo.

Ino olhou para Sasuke e balançou a cabeça discretamente.

“Era agora ou nunca” pensou Sasuke, seu peito doendo pelo que tinha que fazer.

— Você não podia fazer nada? – falou, tentando controlar o tom de voz.

— Fiz tudo o que podia – disse Sakura olhando diretamente para ele.

— E ainda assim não foi suficiente – falou ele.

— Não – Sakura abaixou a cabeça. – Não foi o suficiente e nunca vai ser – a voz vazia.

— Você era capaz Sakura – falou o príncipe mais novo, mantendo o tom de voz vazio semelhante ao dela. – Nossa única esperança. Você podia tê-la impedido.

— Não podia – Sakura ergueu a cabeça com a acusação.

— Era isso que queria, não era? – ele sorriu entristecido.

— Não – ela não entendia o que estava acontecendo, sentia suas mãos tremerem.

— Então por que a libertou? – ele mentiu.

— Não fui eu! – ela se levantou.

— Quem mais poderia ter sido?

Ele achava que tinha sido ela?

— Sakura! – a voz de sua mãe lhe gritou dos corredores. – O que pensa que está fazendo?

Sakura ergueu a mão em direção a Sasuke, mas ele deu um passou para trás e virou as costas para ela. Ofegou com a dor que sentiu em seu peito, aquilo fez seu estômago embrulhar. Sua garganta parecia entalada com a comida.

Sakura saiu do salão sem dizer mais nada e seguiu em direção a voz da mãe. Seu corpo inteiro tremia.

Podia mesmo ter impedido tudo isso? A fuga da mãe e dos vilões? A prisão de todos? A destruição total de Konoha?

Os vilões riam: a Rainha Má, Cruella de Vill e Jafar. Sua mãe era a única que não ria.

Havia muito tempo que sua mãe não ria.

Era capaz de enfrentar a mãe?

Quando enfim viu sua mãe surgir diante de si sabia que não. Sabia que perderia mesmo se tentasse, mas do que mais adiantaria ter cautela?

Sakura estava exausta.

— Por quê? – perguntou estarrecida.

— Por que o que? – disse a mãe. – Você saiu por aí para ajudar os moradores desse lugar, mesmo depois de eles nunca terem feito nada por você? Então eu que te pergunto: Por quê?

Sakura não estava pensando muito bem, sentia seu corpo tremer e fervilhar. A familiar chama verde querendo escapar de suas mãos.

— Eu sabia que você queria se vingar – disse Sakura. – Só não tinha percebido que o que você queria era transformar esse lugar no inferno que é a Ilha.

— Sakura – sua mãe aumentou o tom de voz. – Vá descansar, quando você acordar tudo já vai ter terminado.

Tudo já vai ter terminado...

Tudo já vai ter terminado...

Tudo já vai ter terminado...

Aquelas palavras ficaram rodando em sua mente.

Não podia deixar aquilo acontecer.

— Não! – disse Sakura.

— Como é? – sua mãe se voltou para si, a voz vazia.

A voz dela tinha sido sempre vazia?

— Eu gaguejei mamãe? – Sakura retrucou.

Sakura sabia o que enfrentar a mãe significaria, mas, pela primeira vez na vida não teve medo. Se preparou para o primeiro golpe e quando sua mãe recuou contra atacou seguindo seus instintos.

Libertou tudo o que sentia e com isso sentiu sua magia explodir.

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero q sim!!!

Notas:
♦ Eu tava trabalhando no meu TCC, por isso a demora, espero q me entendam!
♦ Sem muitos comentários sobre o capítulo pq ultimamente eu tô achando muito difícil escrever, principalmente nessa história, já faz mais de 3 anos q eu escrevo ela e tô me sentindo bem desgastada pq ñ tô conseguindo finalizar...
♦ Depois desse capítulo eu já vou conseguir (finalmente) entrar em alguns dos acontecimentos do segundo filme de Descendentes e eu não pretendo me estender muito pq eu quero de verdade finalizar a fanfic esse ano!!! (PS: eu já tô vendo q essa fanfic vai ter mais de 60 capítulos, mas eu não quero de jeito nenhum q passe de 70)
♦ Quero pedir, por favor, q me ajudem: eu escrevo essa fanfic sozinha e reviso sozinha também então posso acabar deixando passar alguma coisa, pq por mais q a história esteja toda na minha cabeça, eu ñ sei se vcs estão tendo a mesma percepção q eu. Então tem alguma coisa q vcs sintam q está faltando? Alguma cena? Alguma coisa q vcs querem muito q aconteça??? Podem falar!!!

Por enquanto é isso.
Beijinhos e até o próximo capítulo ♥♥♥



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