Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 54
Dig a little deeper


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, boa noite pra todo mundo!!!
Demorou, mas eu vim!!!

A quem me manda suas mensagens também muitíssimo obrigada ♥♥♥

Não vou me demorar muito, só que finalmente estou entrando nos acontecimentos do segundo filme!!!
Ouvi um amém???
Kkkkkkkkk

Vamos ao capítulo>>>>>>>>



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Sakura não estava pensando muito bem, apenas seguindo seus instintos: atacar a mãe.

Não tinha sido planejado, apenas uma resposta para toda sua frustração e não só com os últimos acontecimentos, mas por causa de toda uma vida sendo filha de Malévola.

Todas as surras que havia levado, as palavras duras, os olhares de desprezo. O medo que sentia da própria mãe.

Tudo.

Nem sequer se lembrava de como havia começado, só que desde que se entendia por gente, a relação de mãe e filha havia sido sempre conturbada.

Em Konoha finalmente tinha encontrado paz longe da mãe, mas o medo dela e do que ela poderia fazer consigo sempre a havia perseguido.

Estava farta daquilo.

Mesmo que morresse, precisava enfrentar a mãe de uma vez por todas.

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Quem estava dentro da barreira conseguia ouvir as explosões ao longe.

— Uou – Rumpelstiskin apareceu em frente a janela, do nada, como sempre. – Eu estava esperando que isso acontecesse, mas não achei que seria tão brutal – ele comentou olhando através do vidro.

— O que está acontecendo? – Itachi perguntou.

— Funcionou – ele sorriu para Sasuke. – Sakura está lutando com Malévola.

— Pelas terras dos contos de fadas! – exclamou a Rainha Bela.

— Isso vai funcionar mesmo? – Ino perguntou apreensiva.

— Não sei – Rumpelstiskin deu de ombros. – Mas não acho que Sakura consiga derrotar Malévola.

— Mas você disse... – Sasuke disparou.

— Eu sei exatamente o que eu disse, jovem príncipe – Rumpelstiskin sorriu. – E não menti em nenhum momento, Sakura é realmente nossa última esperança, só não da maneira que imagina.

A barreira começou a oscilar.

— E está funcionando – ele bateu palmas. 

Rumpelstiskin se preparou para derrubar a barreira quando um rugido extremamente alto soou e uma sombra cobriu as janelas do salão de festas do palácio.

Algo enorme e cheio de escamas negras se movimentava e rugia.

— Malévola se transformou em um dragão – percebeu a Fada Madrinha.

Não demorou muito para que labaredas de chamas verdes cobrissem o entorno do castelo.

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Sakura viu a mãe se transformar em um dragão, cheia de raiva cega. Se lembrava vagamente das histórias que eram contadas sobre o fato dela poder mudar de forma, mas era óbvio que nunca havia presenciado tal coisa.

Malévola começou a cuspir fogo ao redor e aquilo deixou Sakura desesperada.

Os jardins reais estavam sendo consumidos pela chama verde, não demoraria muito e o fogo se alastraria para os bosques no entorno.

Aquilo só fez a raiva dentro de Sakura aumentar e mal percebeu quando seu próprio corpo começou a fumegar, despertando um poder desconhecido até então: o de que ela mesma também podia se transformar em um dragão.

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Rumpelstiskin estava com as mãos esticadas em frente a barreira, tentando abri-la quando um novo rugido se fez ouvir.

Todos olharam pelas janelas e viram um novo dragão aparecer. Diferente de Malévola, aquela era um pouco menor e tinha escamas de tonalidades verdes escuras ao invés de completamente pretas.

Ino arfou de surpresa ao lado de Sasuke.

— Aquela é a Sakura? – ela sussurrou sem acreditar.

Pelo breve olhar de pânico que passou pelo rosto de Rumpelstiskin, Sasuke teve certeza que sim.

O olhar no rosto do ser também foi percebido pela Fada Madrinha.

— Era isso que eu temia – disse ela. – Sakura se torna mais forte a cada dia e sequer sabe disso.

— Não vamos exagerar Tsunade – Rumpelstiskin tentou apaziguar a situação.

A Fada Madrinha estreitou os olhos.

— Você sabia disso há muito tempo – ela percebeu. – Não sei que planos tem para ela, mas eu não vou deixar que se concretizem.

Rumplestiskin apenas sorriu zombeteiro como sempre.

— Que planos eu teria para minha própria filha?

Aquele ser era perigoso, concluiu Sasuke, além de ágil e escorregadio. Faria tudo o que estivesse ao seu alcance para proteger Sakura dele.

Sasuke foi desviado da conversa quando ouviu um rugido de dor e os dois dragões sumirem de vista.

— Para onde elas foram? – Itachi perguntou preocupado.

O príncipe mais novo também estava.

— É melhor eu tirar logo vocês daí – Rumpelstiskin se apressou.

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Após tantos ataques incessantes sua mãe finalmente rugiu algo que Sakura entendeu:

"Pare com isso e agirei como se não tivesse acontecido nada."

"NÃO!", Sakura negou.

"Você está apenas cansada", disse sua mãe.

Sakura realmente estava cansada, mas agora que havia começado, não havia mais como voltar atrás. Estaria traindo não só a si mesma, mas todos que contavam com ela, que tinham ela, a filha da Malévola, como última esperança.

E mesmo sabendo que suas chances eram pequenas, Sakura queria dar tudo de si.

"Sim, eu estou cansada, completamente exausta", finalmente disse algo que nunca havia dito para a mãe.

Se lembrava de quando estava a aprender a fiar a palha em ouro e dizia que estava cansada, levava palmadas na mão e que se reclamasse novamente, levaria uma surra.

"Na sua idade...", sua mãe começou a dizer.

Sakura já conhecia aquela ladainha.

"É, eu sei o que você fazia na minha idade e olha só onde isso te levou."

Sua mãe rugiu em sua enorme forma de dragão se aproximando dela, mas aquilo não assustou Sakura.

"Eu não sou você e eu não quero ser você", Sakura chorou. "Eu quero seguir meu próprio caminho. Por incrível que pareça, mamãe, ser boazinha é o que eu quero para mim".

Malévola atacou a filha sem aviso prévio. A forma de dragão de sua mãe lhe mordeu no ombro direito. Aquilo doeu tanto que Sakura rugiu de dor e contra-atacou a mãe da maneira que pode.

Usou sua magia sem saber o que estava fazendo.

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Sasuke olhava a cena abismado.

Num segundo mãe e filha se encaravam em suas formas de dragão, no outro, Malévola atacava a própria filha sem aviso prévio.

— Lute Sakura – ele torceu baixinho.

A mordida no ombro do dragão que era Sakura começou a jorrar sangue e ela foi perdendo altitude em um rugido que era facilmente reconhecível como sendo de dor.

— Não – soltou desacreditado quando Sakura caiu no chão, aparentemente desacordada, e Malévola parecia se preparar para um golpe final.

Poderiam estar livres da barreira, mas a que custo? Malévola parecia que ia matar a própria filha e depois? Era só questão de tempo até ir atrás de todos eles.

Rumpelstiskin havia simplesmente sumido depois de libertar a todos.

E naquele momento Shizune e a Fada Madrinha estavam abrindo portais para que todos conseguissem escapar para seus reinos.

Ino, Kiba e Shikamaru tinham ido atrás dos próprios pais para ganhar tempo.

Sakura estava sozinha.

Sasuke não conseguia assistir aquela cena sem fazer nada, então correu para fora do salão, em direção a ela.

— Sasuke – seu irmão gritou ao longe. – Aonde está indo? É perigoso demais ir lá fora!

Mas o príncipe mais novo não se importou.

Sakura precisava saber que não estava sozinha.

Gritou o nome dela diversas vezes até que sua forma de dragão abriu os olhos e se virou para ele, o sangue que saía de sua ferida começou a brilhar com magia.

O brilho verde que saiu dela foi tão forte quanto da outra vez que havia perdido o controle com a Fada Madrinha. Sasuke fechou os olhos instintivamente quando uma explosão.

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Depois da explosão, tudo havia se tornado um borrão na mente de Sakura.

Lembrava de morder a mãe e de sugar alguma coisa dela.

Lembrava das duas caírem no chão de volta aos seus corpos.

Lembrava de ver sua mãe movimentar os lábios, dizendo alguma coisa, mas não lembrava exatamente o que. Só conseguiu entender a palavra casa.

Até... o corpo dela desaparecer.

Sakura havia matado a própria mãe.

Se levantou com tudo de onde estava: a enfermaria do palácio.

A Fada Madrinha estava lá.

— Se acalme – pediu ela. – Está tudo acabado agora.

Não podia ficar ali, tinha que ir embora.

Mas sua cabeça doía tanto, seu corpo também, seu ombro direito principalmente.

Afastou a camiseta que usava e viu o lugar da mordida coberta de bandagens.

— Fiz o que pude – disse a Fada ao ver seus movimentos. – Mas infelizmente vai ficar uma cicatriz.

O lembrete do que havia feito e do qual jamais se esqueceria: de que tinha matado a própria mãe.

— Rainha Má, Cruella e Jafar serão mandados de volta para a ilha, Rumpelstiskin sumiu, é claro e, bom, Malévola não irá mais nos incomodar – continuou a dizer ela. – Você precisa se recuperar agora, então volte a descansar, seus amigos estão aí fora.

— Eu não quero ver ninguém – Sakura a interrompeu.

— Tudo bem, como quiser – Tsunade suspirou. – Vou deixá-la descansar.

E saiu da enfermaria.

Sakura esperou alguns minutos para ver se ela ou alguém entrava e usou sua magia para trazer uma jaqueta, botas e uma mochila. Foi até os armários da enfermaria e tirou de lá remédios e gazes que poderia utilizar.

Precisava ir voltar para Ilha e depois... Veria o que faria.

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Sakura não pretendia demorar na Ilha, mas sem sua magia as coisas ficaram mais difíceis. Seu ombro latejava de dor e durante os cinco dias que ficou ali em sua antiga casa, não teve como não contatar Konohamaru e lhe pedir ajuda.

O garoto, neto da Madrasta Má, ficou abismado quando a viu tarde da noite em frente ao salão de beleza da família, mas a ajudou imediatamente quando ela pediu.

Ele trazia comida e água para ela em troca do ouro e das pedras preciosas que ela tinha. Como ela não pretendia ficar muito, aquilo seria mais útil para ele do que para ela.

Quando Sakura perguntou sobre a gangue a expressão dele mudou.

— Aqui ficou uma bagunça depois que vocês se foram – ele comeu uma das maçãs que tinha trazido para ela. – Konan dominou praticamente tudo, os que não se aliassem a ela eram punidos.

— Isso não me surpreende – Sakura respondeu. Só ela conseguia lidar com a filha da Úrsula.

Isso significava que Suigetsu e Juugo estavam do lado dela agora.

— Os que eram da sua gangue não são muito bem-vistos, ninguém confia neles porque sabem que se você ainda estivesse aqui nada teria mudado – Konohamaru esclareceu.

— Eles têm que se virar como podem – Sakura deu de ombros. – É melhor você ir antes que sua avó perceba.

Ele já estava levando broncas por não estar no salão como ela queria.

— Eu volto depois – ele disse antes de sair. Sakura apenas acenou com a cabeça.

O garoto vinha sendo de muita ajuda ultimamente.

Sakura havia respondido com sinceridade algumas das perguntas dele: não sabia o que Konoha faria com as outras crianças da ilha, se lhes dariam uma chance ou não.

Ela mesma não sabia o que seria de seu próprio futuro, viver com seu pai já não era mais uma opção. Voltou seus olhos para alguns cadernos fechados ao seu lado.

Sua história estava longe de ser um conto de fadas.

Nem uma única vez durante os cinco dias em que esteve lá a energia apareceu. Os vilões que haviam sido presos, Rainha Má, Cruella de Vill e Jafar, ainda não havia retornado. Estava literalmente no escuro sem saber de nada.

Podia usar a magia herdada do pai para se locomover por aí, mas ele poderia ir atrás dela e ainda não queria ver ele. Não tinha terminado de ler os cadernos deixados ali.

Sentiu suas lágrimas saírem mais uma vez, agora que estava só e nada lhe impedia de chorar era só o que parecia fazer nos últimos dias.

Chorava de dor, de luto, de cansaço e de exaustão.

Vinha tomando cuidado para não alertar ninguém de que a casa estava habitada. Não acendia nenhuma luz à noite e nem esquentava nada. E, apesar do frio que fazia, isso a ajudava a refletir.

Ainda estava chorando quando ouviu o barulho da porta se abrir e tentou enxugar os olhos rapidamente achando que era Konohamaru, mas se surpreendeu quando viu que não era o garotinho ali.

— Sasuke? – sussurrou incerta.

Sasuke correu até ela e abraçou.

Sakura só chorou ainda mais. Será que estava alucinando? O corpo dele e a voz dele diziam que não.

— Você tem ideia do quanto eu estava preocupado com você? – a voz dele parecia quebrada.

Sakura se afastou dele para olhá-lo melhor.

— O que aconteceu com você? – ela perguntou preocupada.

Ele parecia mais magro e tinha olheiras embaixo dos olhos.

— E você, por que está chorando? – ele colocou uma mão de forma carinhosa no rosto dela. – Está com dor?

— Eu... Como chegou aqui? E o que está vestindo?

Sasuke estava usando roupas típicas da ilha da cabeça aos pés: uma touca, jaqueta de couro, calça jeans e coturnos. Parecia algo que Sakura usaria.

— Shikamaru, Kiba e Ino vieram comigo, estão lá embaixo – ele respondeu. – Ino quem me ajudou com as roupas.

— Como sabiam que eu estava aqui?

— Não sabíamos, mas... eu tinha que verificar pelo menos – ele deu de ombros. – E eu estava certo, vamos embora – ele a puxou pela mão.

— Eu não posso – soltou a mão dele.

— Você quer ficar aqui? – ele perguntou incrédulo.

— Claro que não, eu só... – como explicaria para ele? Para qualquer um? – Eu não terminei o que vim fazer.

Sakura achava Sasuke ingênuo. Pelo que ela havia feito iria ser mandada para a ilha de todo jeito. E para que isso não acontecesse, teria que fugir pelo resto de sua vida.

Mas iria até Sasuke algum dia, aquilo era uma promessa.

— Eu respeito sua decisão – ele disse abraçando ela mais uma vez. – Eu vou te esperar, então por favor, não demore.

— Não vou demorar, prometo – ela o abraçou de volta.

— E tome cuidado – ele pediu.

— Eu vou.

Depois que Sasuke saiu, Sakura voltou a leitura dos cadernos, tinha se passado pouco tempo antes de alguém entrar correndo pela porta.

— Ino? – Sakura estranhou.

— O Sasuke – ela disse de forma ofegante.

— O que aconteceu com o Sasuke?

— A Konan pegou ele.

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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero q sim!!!

Notas:
♦ O título do capítulo é uma música que toca em A Princesa e o Sapo e alguns trechos dessa música condizem com a situação da Sakura...
♦ Briga de mãe e filha finalmente, com as duas se transformando em dragões e Sakura tendo a certeza de que matou a mãe, será?
♦ Rumpelstiskin tendo planos para a Sakura?...
♦ Konohamaru sendo o único ajudando a Sakura na ilha...
♦ Sasuke indo atrás da Sakura na ilha S2
♦ E finalmente estou entrando nos acontecimentos do segundo filme de Descendentes!!!!

Por enquanto é isso.
Beijinhos e até o próximo capítulo ♥♥♥



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