Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 5
Alguns dias


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores!!!

Mais um capítulo pra vcs nessa noite de sábado só esperando para ser lido e comentando ;)

Sem mais delongas, rumo a ele >>>>>>>



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766538/chapter/5

  

Durante os dez dias antes das aulas oficiais começarem, Shikamaru, Kiba, Ino e Sakura tiveram aulas “especiais” com a Fada Madrinha, o que incluía uma grade completa das disciplinas de iniciação e o que Sakura tinha certeza serem aulas novas, tais como: a diferença entre o bem e o mal e, o que ela achava mais desnecessário, introdução ás palavras mágicas.

— Quando uma pessoa te dá uma maçã, você: a) cospe nela; b) banha ela com veneno – Ino sorriu achando graça, era a cara da sua mãe fazer aquilo –; c) diz obrigado; ou d) joga ela no chão? – a Fada Madrinha apontava em uma tela as questões que tinham que ser respondidas pelos quatro.

Ino ergueu a mão.

— Sim Ino? – perguntou esperançosa.

— Qual era a primeira mesmo? – Tsunade negou com a cabeça.

— Sakura? – Perguntou para a menina que parecia distraída com alguma coisa na carteira, parecia um desenho.

— C – Sakura ergueu de supetão escutando seu nome. – Diz obrigado.

— Correto, de novo – a Fada aprovou.

— Você arrasa garota – Shikamaru bocejou surpreso com tamanha bondade dentro da filha da Malévola.

— Como é que você acerta todas? – Kiba perguntou indignado.

— É só escolher a mais sem graça – ela respondeu incrédula.

— Ah! Faz sentido – Ino pôs a mão no queixo.

Sakura revirou os olhos. Se dependesse deles para alguma coisa duvidava que tivessem serventia para ajudar. Precisava se acalmar, estava sendo precipitada. Sua melhor amiga podia ser avoada, mas sempre soube ajudar quando precisava; Shikamaru também seria de serventia, ele podia ser preguiçoso, mas era esperto; não podia dizer o mesmo de Kiba, o garoto era muito medroso, um covarde para ser mais exata.

A hora da refeição era outra coisa bem chata, na opinião de Sakura, eles sempre tinham que se lembrar para que cada talher servia. Era um saco para ela.

— Kiba, não – a Fada chamou a atenção do garoto. – É de dentro para fora, não se esqueça. Isso serve para todos vocês. Perfeito Ino – elogiou a menina que parecia já saber todas as regras de etiqueta.

Ino era a única que adorava todas as aulas. Não, quase todas as aulas. Ainda havia iniciação as práticas esportivas. O que envolvia correr, pular, se alongar, saltar objetos que a Fada chamava de obstáculos, entre outras coisas que envolviam suar.

— Um! Dois! Não parem – a Fada incentivava a todos. Era impressionante em como ela uma hora poderia ser amável e em outra brava.

Ao final do dia era sempre a mesma coisa.

— Odeio suar – Ino chegou no quarto já reclamando. – Vou tomar um banho – disse empolgada logo em seguida.

Sorte a delas que todos os quartos possuíam um banheiro. Sakura não queria nem imaginar compartilhar um banheiro com um bando de princesinhas na hora do banho. Tinha uma careta só de imaginar, já bastava Ino para si.

Os alunos que os vieram receber já tinham ido embora no mesmo dia e só voltariam nas aulas oficiais. O Príncipe Sasuke foi outro que também partira.

Os dias eram de puro tédio para Sakura.

Mas havia uma única coisa que ela gostava ali: o lago atrás do prédio dos dormitórios.

Ela havia encontrado uma árvore grande o suficiente para escalar e deitar em um dos galhos grossos. Gostava de apreciar a brisa limpa e a noite calma daquele lugar, era tudo muito diferente da ilha. O céu já não era mais cinzento e o céu pontilhado de luzinhas era encantador.

Era muito mais bonito do que já sonhara imaginar algum dia.

.

.

.

 - Eu tenho quase certeza que você não deveria estar aqui – Sakura acordou com uma voz familiar.

— O quê? – ela perguntou sonolenta. Bocejou e se levantou de supetão se dando conta de onde estava.

Já era dia para sua surpresa. O príncipe Sasuke estava ao lado dela no galho grosso da árvore.

— Estão todos preocupados com você – ele lhe informou.

Sakura olhou cautelosa para ele. Ela sabia que não deveria ter dormido naquele lugar, era a primeira vez que isso acontecia. Tinha que aprender a controlar seus horários de sono agora que não havia mais sua mãe para lhe acordar e lhe mandar ir trabalhar.

Já Sasuke estava curioso. O galho era muito duro para que alguém conseguisse dormir nele, principalmente para alguém delicada como ela, na sua visão.

— O que está fazendo aqui? – Sakura perguntou tentando entender a situação.

— Bem, hoje é sábado, meu irmão queria conhecê-los antes das aulas oficiais começarem – Sasuke disse com a maior calma do mundo, conseguia perceber que ela ficara desconfortável por ter sido pega naquela situação. – E a Fada Madrinha acionou toda a segurança da escola para te encontrar – ele decidiu brincar.

— O que? Só porque eu passei umas horas fora? – ela perguntou alarmada.

— Estou brincando – ele a tranquilizou.

Sakura ficou chocada por não perceber a mentira. Como filha... do seu pai, deveria saber diferenciar a mentira da verdade. Olhou para aquele garoto e resolveu tomar mais cuidado dali em diante, ele não era como ninguém que já conhecera em sua vida.

— Ei, não fique chateada – ele pediu, vendo a mudança de atitude dela.

— Não – Sakura fez um esforço para mudar sua atitude, aquele príncipe era o único que poderia lhe ajudar num futuro próximo.“Tenho que me enturmar”, era o mantra que repetia. – É que eu preciso ir até o meu quarto, sabe? Tomar um banho, escovar os dentes, afinal, acabei de acordar.

— Eu te acompanho até lá – ele desceu da árvore em um único pulo. Sakura ficou admirada, não conhecia muitas pessoas que pudessem fazer aquilo.

— Se a Tsunade não está me procurando, como é que você soube que eu estava aqui? – A filha da Malévola perguntou curiosa também descendo da árvore em um pulo.

— Seu cabelo – o filho da Bela e a Fera respondeu. – Ele é inconfundível.

Sakura encarou o príncipe, tinha algo nele que... não sabia explicar. Desviou o olhar e seguiu em frente.

Foram o caminho inteiro em silêncio. Sasuke a observava pelo canto dos olhos, ela parecia pensativa, bem diferente da garota cheia de respostas do primeiro dia. Notou até que ela parecia mais leve. “Será que foi a vinda para cá? Mas o ar na ilha não deve ser tão diferente.”ele pensou, mas o pobre príncipe não tinha a menor ideia das coisas que aconteciam na ilha, muito menos tinha consciência das situações que aquela garota de cabelos cor de rosa havia passado lá e que delicadeza era algo que passava bem longe dela.

.

.

.

O almoço com os dois irmãos fora bem tranquilo. O príncipe mais velho era tão gentil quanto o príncipe mais novo. Muito educado e culto, fazia simples perguntas para eles, se estavam gostando, se estavam se adaptando bem.

— Estamos perfeitamente bem – Ino respondeu completamente encantada com o príncipe.

— Que bom – Itachi respondeu aliviado. – Eu tinha muitas preocupações com relação a isso, quero que todos sejam muito bem-vindos e que sintam aqui como a sua nova casa.

Sakura nunca havia conhecido pessoas tão sinceras e gentis como aqueles dois. Eles estavam realmente querendo a presença deles por lá e por mais que reclamasse e achasse tudo desnecessário percebeu o quanto a Fada Madrinha também estava se esforçando ao máximo para que ela e seus amigos se integrassem àquele lugar.

A filha da Malévola já não achou mais desnecessário as aulas de etiqueta, aqueles príncipes comiam com tanta polidez que era capaz de não aceitar comida só para não se sentir envergonhada perante a eles. Mas Sasuke havia sido polido também de no primeiro dia dispensar todos os talheres só para que eles não ficassem desconfortáveis. Até mesmo os outros príncipes e princesas que vieram recebê-los no primeiro dia.

Mas logo se tocou: não podia se esquecer de quem era e do porque estava ali, era melhor encontrar aquela varinha logo, antes que pensasse em desistir.

.

.

.

— Então – Itachi iniciou a conversa com seu irmão mais novo. – Como está sendo a adaptação deles?

Caminhavam pelo jardim do castelo dos pais. Assim que chegaram decidiram ir até lá, era um local calmo e tranqüilo, e assim poderiam conversar sem ninguém interrompê-los.

— Ao meu ver, correndo tudo em ordem – Sasuke respondeu. – Não fizeram reclamações e estão se esforçando nas aulas, segundo a Tsunade.

— Muito bem – Itachi aprovou. – Papai e mamãe ficarão mais tranquilos ao saberem disso.

Sasuke internamente esperava que sim.

— Eles não são ruins – o príncipe mais novo disse.

— Vamos esperar para que quando as aulas oficialmente se iniciarem eles continuem assim – disse Itachi. – Como foi o encontro com os filhos dos inimigos dos pais deles? – Itachi perguntou cauteloso.

— Bem, de certa forma. 

— Explique-se – pediu Itachi.

— Bem, a filha da Rainha Má não teve problema nenhum com o filho da Branca de Neve; o filho do Jafar também não teve nenhum conflito; o filho da Cruella aparentemente tem medo de cachorros; já a filha da Malévola – Sasuke suspirou.

— Não se deu muito bem com a filha da Bela Adormecida – previu Itachi. – Sejamos sinceros Sasuke, quem se dá bem com Karin?

O príncipe mais novo teve que concordar com isso. A garota era muito difícil de lidar.

— No geral, eles estão indo bem nas aulas – Sasuke continuou. – Tsunade disse que eles evoluíram bastante desde que chegaram. Agora é só esperar pelas aulas oficiais.

— Sabe – Itachi comentou. – Pensando em jovens que vieram da Ilha dos Perdidos, até que eles são bem diferentes uns dos outros, não é?

Sasuke não pode deixar de concordar e começou a listar as características que pode reparar nos filhos dos vilões.

— Kiba não tem um pingo da crueldade que tanto nos contaram sobre Cruella de Vil; Ino foi criada pela Rainha Má para ser uma princesa, mas não vi nada que indicasse que ela queria ser a mais bela do reino ou algo do tipo que seja considerado vilanesco; Shikamaru é até que bem relaxado, diferente das histórias que ouvimos falar sobre Jafar, como diria Sakura: ele é bem preguiçoso.

— Sakura, hein? – Itachi não pode deixar de reparar que seu irmão falava na garota de um jeito diferente.

— Bem – Sasuke não reparou no irmão mais velho lhe avaliando. – A filha da Malévola se parece um pouco com a mãe pela aparência, eu diria, mas acho que só. Ela é bem irônica e meio ácida às vezes, se preocupa com os amigos, por mais que não queira demonstrar. Mas não consigo ver mais nada da vilã nela. Quer dizer, você consegue imaginar a Malévola se importando com alguma coisa?

— Malévola não se importa com nada que não seja ela mesma – o rei se aproximou dos dois filhos escutando a última frase de Sasuke. – Por que estão falando nela?

— Na verdade estávamos falando dos jovens da ilha e de como eles são bem diferentes dos seus pais – Itachi tomou a palavra.

— Então presumo que o almoço correu bem – disse o rei.

— Não só o almoço como a adaptação deles está indo muito bem – Itachi disse orgulhoso. – Trouxe os relatórios de Tsunade para o senhor e a mamãe verem.

— Muito bem – o rei aprovou, mas ainda cauteloso, era cedo demais decidir que fora uma decisão boa de trazerem os filhos dos vilões para conviverem em meio a eles. Dentre os quatro jovens somente um lhe preocupava. – Como é a filha da Malévola? Acham-na parecida com a mãe?

— Não – Sasuke respondeu sem hesitar. – Ela tem alguns traços da Malévola sem dúvida, mas não a acho nenhum pouco parecida com ela fora isso.

— Fiquem de olho neles, principalmente você Sasuke que vai conviver diariamente com esses jovens, mas principalmente: fique de olho na filha da Malévola.

— Está sendo precipitado pai – contrapôs Itachi.

— Não – o rei negou. – Não confio na Malévola e não vou confiar na filha dela.

— Tudo bem pai – Sasuke concordou prevendo que Itachi argumentaria e acabariam por entrar em uma discussão. – Eu prometo ficar de olhos neles e fazer o possível e o impossível para que eles se adaptem perfeitamente aqui – e pensou em algo que seus pais lhe passaram a vida inteira. – Se tem uma coisa que você e a mamãe me ensinaram é de nunca devo me esquecer de ser humilde e gentil e de que o bem sempre vence o mal.

Sasuke e Itachi eram persistentes e não iriam desistir tão fácil da ideia dos filhos dos vilões se integrarem ao reino.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, estão gostando?

Quero q fique claro q eu já tenho definido quem é o pai da Sakura nessa fanfic, mas eu não tenho ideia de quem é o pai da Mal no filme, parece q a gente vai descobrir em Descendentes 3 e eu tenho quase certeza q vai ser diferente de quem eu planejei ser o pai da Sakura. Então está lançado o desafio: quem é o pai da Sakura e quem é o pai da Mal?

Um pouquinho de SasuSaku bem de leve só pra dar um gostinho de quero mais ♥
Ambos já estão sentindo certas coisinhas um pelo outro ♥

E, bem, é isso!!!
Beijinhos e até o próximo sábado ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Descendentes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.