Um Novo Alvorecer escrita por JC Forbes


Capítulo 4
Capítulo Quatro - Azula


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

Muito obrigada a todos que estão lendo ♥



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O céu estava azul, poucas eram as nuvens brancas que sobrevoavam, uma brisa fina refrescava os moradores, eles estavam confusos de onde vinha aqueles raios que estragavam um dia tão calmo e bonito, a resposta estava poucos metros dali.

— Muito bom! — Lo e Li disseram juntas.

Elas eram duas gêmeas que sempre acolheram Azula, a treinavam desde quando a princesa começou a andar. Após aquela cena no reino do Norte a garota se abrigou junto com as conselheiras em uma pequena casa no interior.

— Bom não é perfeito! Eu tenho que estar perfeita quando assumir o trono. — Terminou lançando mais um dos raios aos céus. — Vamos continuar. — Ordenou arrumando uma mecha rebelde de cabelo.

Azula ainda não aceitava ter perdido para os plebeus. Não desistiria tão fácil. Ela já andava observando o reino de longe, sabia que nem todos estavam contentes com o reinado de Zuko, e usaria isso ao seu favor. A princesa já contava com alguns aliados de seu pai, mesmo de longe já havia conquistado alguns soldados e os utilizava como vigias.

 

 

Zuko acordou mais tarde do que de costume, abriu os olhos lentamente e ficou com preguiça de se levantar, porém como Rei teria que sair da cama mesmo contra vontade.

— Que saco! — resmungou vestindo as roupas.

Saiu do quarto com um sorriso falso e convincente, cumprimentou a todos que viu passar. Seguiu o caminho até a cozinha, o chefe estranhou ao ver o rei em um lugar para empregados.

— O senhor deseja alguma coisa? — O homem perguntou sem saber o que fazer ou dizer.

— Só quero um chá e algumas torradas. Irei comer aqui.... A sala de jantar deve estar cheia. — Disse já respondendo as dúvidas do chefe e dos demais cozinheiros.

— Aproveitando que a majestade está aqui, o que deveríamos servir aos plebeus? — O chefe perguntou com receio.

— O banquete de sempre, frutas, pães, chás... Eles são pessoas normais. — Respondeu enquanto roubava uma uva do cacho, o mal humor era evidente.

Zuko comia devagar ao mesmo tempo que lia as economias do reino, analisava o quanto teria que gastar para pagar as reformas. Ao terminar, agradeceu pela refeição e foi até a sala do trono.

— Bom dia Zuzu. — A voz de Azula ecoou no local assim que o rei abriu a porta.

A princesa estava sentada no trono, brincava com o fogo azulado e os lábios, como de costume com um batom vermelho forte, estavam curvados em um sorriso psicopata.

— Como entrou aqui?

— Eu disse bom dia, acho que sua namoradinha deixou água no seu ouvido... — o sorriso se desfez ao mesmo instante que ela se levantou — E respondendo sua pergunta, eu moro aqui irmãozinho e não gostei nada de saber que meu quarto está servindo de moradia para um pulguento.

— Você ter vindo aqui facilita minha vida... Você está presa. — Zuko disse arrumando a postura e ignorando a fala dela. A princesa começou a dar gargalhadas, o que chamou a atenção do guerreiro que passava pelo corredor.

— Azula?! — Sokka se assustou ao ver a menina.

— Olha só se não é o irmão da camponesa. — Azula desceu os degraus e se aproximou dos rapazes.

Sokka pôs uma das pernas para trás e sacou a espada das costas. Zuko vez o mesmo, a princesa soltou um riso de deboche.

— Desculpe. Lembrei da última vez que nos encontramos, os dois caídos e gemendo com meus raios atravessados em seus corpos. — Voltou a rir.

— Desta vez é você quem vai cair! — O rapaz de rabo-de-cavalo retrucou e partiu para cima da garota.

Sokka jogava a espada de um lado para o outro, Azula desviava pulando e até mesmo utilizando a dobra. Zuko foi ajudar o amigo, no fim o local ficou em chamas, a princesa destruiu todos os papéis sobre o reino e antes de fugir gritou: "Se eu não ser rainha, ninguém mais vai ser!". Após a batalha, Katara apareceu e ajudou a controlar as chamas. O guerreiro até foi atrás da princesa, mas a perdeu de vista depois de tantas curvas.

Azula entrou em seu quarto, se assustou ao ver Ty Lee sentada em sua cama e lendo algumas cartas que ambas trocavam antes de tudo acontecer.

— Deveria estar brava com você por ter me traído, mas ainda podemos reinar juntas. — A princesa disse se aproximando, Ty nem a menos levantou o olhar para encarrar a parceira.

— Você me deixou para trás, e não quero voltar para o passado. Seu irmão é uma boa pessoa e não merece o que você faz. — Azula se sentou e pôs a mão no ombro da ex-namorada.

— Cadê a Ty Lee que eu conheço? — A menina recuou o ombro e a princesa se levantou — Eles fizeram lavagem cerebral em você? Ty... Venha comigo, eu tenho um plano e tenho certeza que serei a rainha, — Azula ergueu o rosto da outra com a ponta dos dedos — e quero você do meu lado.

— Não! — A garota de longa trança saiu correndo, os olhos cheios de lágrima embraçavam a visão.

Muka apenas viu Ty Lee correndo desesperada, foi até o quarto da princesa e a viu pulando a janela. A menina a seguiu, perseguiu ela por um tempo, até Azula notar estar seguida. Raios surgiram em direção de Muka, a viajante retrucou os raios com a mesma intensidade. No fim, a princesa foi mais rápida e se escondeu. Muka a procurou por um bom tempo, mas não a encontrou, voltou para o castelo irritada.

 

 

Azula voltou para a casa das velhas gêmeas, Lo e Li continuaram a tomar chá enquanto a princesa destruía o quarto. O espelho foi o primeiro a ser quebrado, foi atingido em cheio pela a coroa da princesa, os objetos voaram para o chão, a cama queimava com as chamas azuis, logo a cortina deve o mesmo fim.

— Te odeio Ty Lee! — Gritou o mais alto que conseguiu.

Azula caiu de joelhos e em meio aquele cenário destruído deixou as lágrimas rolarem.

— Irei voltar e farei todos pagarem. — Sussurrou em meio a raiva. 

Assim que ela estava um pouco mais calma Lo e Li entraram no quarto e abraçaram a menina, ambas sugeriram que a princesa continuasse o treinamento.

 

 

— Não acredito que deixei ela escapar! — Muka esbravejava quebrando um vaso decorativo.

— Tudo bem, ela irá voltar e estaremos preparados. — Sokka disse dando um soco na própria mão.

— Não temos tempo para nos preparar, aquela maluca vai destruir todo o palácio!

— Muka, ela não vai destruir nada. — O rapaz retrucou.

— Cala a boca! Eu estou falando que ela vai destruir, porque ela VAI destruir. — A menina arremessou várias lanças de gelo em direção do garoto.

 — Estressada. — Falou entre os dentes. Muka fez um pequeno raio que cortou alguns fios do rabo de cavalo.

    Sokka e Muka só pararam de discutir quando Toph chegou e se pôs no meio dos dois. A dobradora de terra ameaçou enterra-los vivos se não parassem a discussão.


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Notas finais do capítulo

Olha só quem apareceu... Azula vai dar muito trabalho ainda -p

Para que não leu Os Astros não mentem, Azula e Ty Lee são (ou eram) namoradas.

Bjss
Até ♥