Um Novo Alvorecer escrita por JC Forbes


Capítulo 5
Capítulo Cinco - Cacto do Amor


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?

Aviso: Não tomem suco de cacto, muito menos o de amor.



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O palácio estava uma bagunça, grande parte preocupada pelo fato de Azula ter voltado e invadido o castelo. Zuko estava mais irritado que o normal, andava de um lado para o outro, pensava em como Azula havia conseguido entrar sem ser percebida, ele sabia que ela voltaria, pensava nos documentos do reinos que estavam destruídos pelas chamas.

— Não me importa se é minha irmã, eu vou matar ela!

Zuko gritou, enquanto deixava a sala do trono em passos firmes, arremessou o coroa em um canto qualquer e se desfez da capa que utilizava. Ele estava fervendo por dentro e por fora. Infeliz foi o empregado que ofereceu um copo de água para o rei, se não fosse Katara o homem teria morrido queimado.

— Zuko! — A dobradora gritou, ele se virou para encarar ela. — Para com isso, você não pode fazer nada neste estado. — Ela pediu para que todos se retirassem e se aproximou do namorado. — Sabemos que ela irá voltar, devemos estar preparados para captura-la quando isso acontecer.

Zuko gritou e arremessou o fogo em direção a coroa, o fogo estava tão forte que uma parte do acessório derreteu. Katara se aproximou aos poucos para abraça-lo.

— Zuko, é a Azula... Ela está aqui. — Toph interrompeu para avisar, a garota cega utilizava um escudo de metal por todo o corpo.

Sem pensar Zuko partiu para o encontro com a irmã.

— Eu vou te matar! — Gritou assim que avistou a garota.

— Não se eu te matar primeiro, Zuzu. — Respondeu após uma alta risada sarcástica.

Neste momento todos os visitantes já haviam deixado o palácio, Azula estava rodeada pelo grupo. Katara, Toph, Sokka e Muka controlavam as chamas e cuidavam dos civis que estavam por perto. Os raios percorriam o local em alta velocidade, alguns eram desviados e outros retrucado. Os irmãos não controlavam as chamas, essas apenas se acalmaram quando começaram uma luta corpo-a-corpo. Com um pulo ele a chutou, ela respondeu com uma rasteira, Zuko apanhou as espadas em chamas, de fato era uma luta de vida ou morte. A poucos metros, Zuko apontava a espada no peito da princesa, Azula apontava os dois dedos preparados com raios para atacar sobre a cabeça do irmão. Tio Iroh interrompeu a luta se pondo no meio dos sobrinhos. Azula não se importou em continuar, ao ameaçar atacar o tio, Muka dobrou o raio e acertou a princesa.

Os guardas que haviam ajudado Azula a invadir o palácio entraram na briga. Não foi difícil em conte-los. Katara congelou aqueles que se aproximavam de Zuko, Toph distribuía os socos aleatoriamente, Sokka utilizava a espada e o bumerangue. Alguns dobradores, que haviam sido convencidos por Azula que o irmão não estava sendo um bom rei, invadiu o local para lutar. A batalha se complicou e andou, antes estavam apenas em um cômodo e agora todo o palácio havia sido tomado, tudo estava sendo destruído.

Katara batalhava contra dois dominadores de fogo, ambos atacavam no mesmo instante e subiam as escadas, no início ela hesitou em machuca-los, porém se irritou ao ver um deles ameaçando a atacar uma criança que não havia conseguido fugir. A dobradora de água se pôs em frente a criança que tinha os olhos arregalados de medo, dobrou a água que estava na banheira e a transformou em afiadas estacas, essas que foram parar cravadas nos braços e pernas dos dominadores.

Aang apareceu no palácio minutos depois, tentou dialogar, mas não deu acerto, Toph o defendeu de um ataque de pedra. A dominadora de terra prendeu vários soldados em um cubo de metal e utilizou a dobra para desarmar os dominadores. A garota cega abriu um enorme buraco no chão derrubando alguns dobradores que atacavam, ela fechou o buraco e dobrou para cima, os inimigos que estavam paralisados no meio da terra foram arremessados para longe da batalha.

O Avatar foi até o segundo andar, viu a criança que Katara protegia encolhida, e utilizou o planador para tirar ela daquele local. Logo após voltar tentava imobilizar os dominadores.

Sokka e Muka estavam mais afastados, após a menina acertar a princesa com o raio o guerreiro achou melhor em tira-la do local, antes que Azula a matasse.

— A princesa pediu para que levassem um refém, acho melhor pegar a menina. — Um dominador cochichou para o outro.

— Podemos fazer uma cela de terra.

— Muka, você está ficando transparente. — Sokka sussurrou assustado.

— O que? — A menina analisou as mãos, já tinha passado por aquilo. — Sokka, acho que é o meu tempo me puxando, aconteceu a mesma coisa no reino do Norte.

— Mas a gente precisa de você, estamos sendo atacados.

— Eu não sei o que fazer! — Falou apavorada.

Os dominadores aproveitaram quando Sokka e Muka estavam distraídos para lançarem a dobra de terra. O dobrador mirou na garota, porém antes da dobra chegar até ela, Muka desapareceu completamente, sendo assim Sokka foi raptado.

— Vamos levar para o esconderijo. — Os dobradores saíram as pressas do palácio. 

Nevada conseguiu chegar a tempo de avisar Tio Iroh do que estava acontecendo, o velho viu a loba desaparecer e resolveu terminar com aquela briga. O Tio resolveu então utilizar a dobra para imobilizar a sobrinha e afastar Zuko.

— Zuko, não se rebaixe a ela! — Gritou para o sobrinho.

Os aliados de Azula estavam perdendo a luta e ao verem a princesa presa sobre os braços do tio resolveram abandona-la. Aang e Toph levaram aqueles que estavam caídos para a prisão do reino. Quando Azula sentiu uma brecha escapou do tio e correu para fora, antes de abandonar o palácio de vez, fez questão de por fogo em tudo.

— O palácio está incendiado, o senhor tem que sair daqui. — Um dos guardas do rei se aproximou, ofereceu um lenço para que o rei não respirasse a fumaça.

Zuko foi tirado do local, perguntou se todos estavam bem e pediu para que chamassem os dobradores de água.

— Cadê a Katara? — Perguntou assim que viu o monge.

— Não sei, Toph e eu saímos com os soldados e dobradores. Ela estava no segundo andar.

— Não consigo sentir a presença dela aqui. — Toph disse depois de se concentrar nas vibrações.

— Será que ela não conseguiu sair? — Aang questionou, Zuko não esperou mais nem segundo, entrou no palácio em chamas atrás de Katara.

O rei utilizava o fogo para afastar o fogo. Enquanto subia as escadas chamava por ela, Katara respondeu, estava no quarto dele. Quando chegou lá viu a menina envolvida na água, nos braços uma caixa e alguns papeis.

— O que você está fazendo? Vamos antes que piore.

— Só queria salvar algumas coisas. — Ela respondeu. Envolveu Zuko na dobra, ela andava calmamente enquanto a água ao redor deles apagava as chamas menores.

Quando os dois saíram do palácio Toph deu a notícia de que Muka e Nevada tinham voltado no tempo e que Sokka estava desaparecido.

 

 

— O que é isso? — Azula perguntou ao ver dois dobradores protegendo uma cela de terra.

— Trouxemos um refém. — Um dos homens respondeu orgulhoso.

— E para que? Quem vocês trouxeram? — Questionou já pensando em um plano.

— Uma garota, aquela que acertou a senhorita princesa com um raio. — Respondeu o outro.

— Eu quero vê-la. — Azula sorriu, gostaria de ter uma conversa com a menina.

Os três levaram um susto ao ver Sokka deitado no piso, ele tinha a espada jogada ao lado e o bumerangue na mão. A princesa olhou com reprovação para os dominadores, ordenou que saíssem da frente dela, eles não perderam tempo, há pouco minutos já estavam longe do local.

Azula bufou e arrastou Sokka para dentro de uma das salas. Ela havia se escondido em um laboratório abandonado, porém ainda tinha muitos experimentos pela metade, alguns tubos de ensaio saiam fumaça colorida. Amarrou os braços e pernas do rapaz. Vasculhou a sala até ele acordar.

— Finalmente acordou. — Falou se sentando em uma cadeira próxima.

— Onde estamos? Me solta! — Sokka tentou se soltar das correntes, mas falhou miseravelmente.

— Saber onde estamos não irá mudar nada para você e não, eu não irei te soltar. — Azula respondeu calmamente enquanto servia o líquido denominado como “Suco de cacto do amor” para si mesma. — Está com sede? — Perguntou encarando o rapaz.

— Porque me sequestrou?

— Na verdade esperava encontrar aquela garotinha... Temos contas a se acertar. — Disse se lembrando do raio que foi lançado em sua direção. — Mas você também serve... — continuou falando entre os pequenos goles que dava.

O líquido rosa era adocicado, porém diferente da água, quanto mais era tomado mais sede sentia, tudo isso por causa dos ingredientes do experimento nomeado como suco, a bebida retinha a água corporal para fazer efeito.

Após tomar um copo cheio, Azula ofereceu mais uma vez ao guerreiro, desta vez Sokka não resistiu o aroma da bebida e aceitou. Não demorou muito para as alucinações do cacto fizesse efeito. As coisas mudavam de cor e sentiam o corpo cada vez mais quente.

Azula encarou Sokka, ele engoliu a seco enquanto ela se aproximava, o guerreiro ergueu a cabeça para mostrar que não sentia medo, a princesa passou os dedos finos sobre o rosto do rapaz, ele virou a cara, ela achou graça no ato e deixou escapar um pequeno riso. Segurou firme e virou o rosto dele novamente, ficou olhando-o nos olhos, deixou o olhar cair para os lábios do rapaz. Inconscientemente ele fez o mesmo gesto. A princesa diminuiu ainda mais a distância entre eles, quando estava a poucos centímetros fecharam os olhos, ela passou os lábios avermelhados sobre os dele, porém não o beijou. Sentiu o cheiro do guerreiro e acariciou o rosto. Sokka puxou os pulsos em uma tentativa falha de se soltar, quando Azula passou os lábios sobre os dele novamente tentou beija-la, ela sorriu com isso e o beijou no canto da boca. Azula pôs as mãos por baixo da blusa dele, respirou no ouvido e depois deu uma leva mordida, o rapaz sentiu um arrepio na nuca e encolheu o pescoço quando ela beijou. Se Sokka estivesse com as mãos livres já teria a agarrado pela cintura. Todo esse momento foi interrompido por uma batida na porta. Ela revirou os olhos com eles ainda fechados, antes de sair deu um leve selinho no prisioneiro.  

— Nossos irmãos estão te procurando, sua namoradinha também. — Azula disse quando voltou. — Está com sede, docinho? — Estendeu o copo com o suco de cacto novamente na direção dele, tomou mais um gole e sorriu.

— Te odeio, princesa.

— Não diga isso, assim você me deixa triste. — Respondeu fazendo cara de choro e um bico, careta que logo se tornou uma alta gargalhada ele cerrou os dentes. — Sabe, Ty Lee era boa, mas você... — Fez uma pausa para tomar mais um gole de suco. — Tenho que te dar os parabéns, a líder das Kyoshi sabe escolher bem.

— Eu e Suki não temos mais nada.

— Não precisa se justificar, docinho, até porque dá para ver na sua cara que prefere eu do que aquela guerreira. — Azula voltou a rir.

— Me solta. — Pediu mais uma vez, de certa forma Sokka tentava lutar contra a tentação que sentia.

— Eu gosto de te ver assim, preso... Vulnerável.

Azula estava gostando cada vez mais daquele jogo, mais uma vez a princesa se aproximou do guerreiro. Sokka resistiu, não se deixou levar pelos instintos pela segunda vez. Aos poucos o efeito ia se passando e a consciência voltando, pelo menos a dele.

— Pensei que tudo isso era para se tornar rainha e não para se aproveitar de um prisioneiro.

— Enquanto o trono não é meu, irei me divertir com você.

— Seu pai não irá gostar nada disso, princesa.

— Não precisa ter medo docinho, eu te protejo. — Azula mostrou o fogo azul e roubou um beijo do guerreiro.

Ela continuava tomando o suco, provocava o guerreiro de todas as formas. Fez com que ele tomasse mais alguns goles até que ele perdesse totalmente o controle. Os guardas que vigiavam a porta ficaram assustados ao ouvir as risadas dos dois, porém acharam melhor não interferir, se não poderiam acabar queimados por Azula.


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Notas finais do capítulo

As coisas esquentaram dos dois lados não é mesmo?

Bjss
Até ♥