Por quanto tempo você aguentaria uma forte dor para que seus amigos pudessem sair ilesos de uma situação de risco? Todos os dias, heróis tem que enfrentar grandes desafios para salvar inocentes por todo o mundo e, na maioria das vezes, para proteger seus companheiros de equipe. Mas em um colégio de heróis, onde todos são amigos de todos, mesmo que acontecendo algumas intriga entre eles, proteger uns aos outros é um regra específica dada pelos professores logo no início das aulas.

Até onde você iria para salvar seus amigos? Como proteger a todos, se sua individualidade possui tempo limite para uso? Corra contra o tempo e proteja a todos!

Boku no hero Academia - Be a Hero

Arco 1 - Seja um Herói

Dois - Proteja a Todos

— É só isso que sabe fazer, Purpurina? - O rapaz com corpo de pedra, nome de herói Boulder, estava de pé em um pedregulho que flutuava sobre o corpo caído de Aiko. — Normalmente os da 1-A são fortes e se destacam dos demais, mas parece que te colocaram na turma errada.

A jovem de cabelos negros tinha seu corpo tomado pela terra, como em um casulo, com apenas sua cabeça para fora. Estava soando frio e seus olhos mantinham o foco em seu algoz, que insistia em manter um sorriso vitorioso no rosto.

— Sabe, eu fui da 1-A, e não é a toa que sou um dos veteranos mais fortes da U.A. - O rapaz caçoava constantemente da garota desde que a prendera em seu casulo de terra. — Claro, Camouflage é a veterana mais forte no momento, mas pretendo passá-la em breve. - A garota pode notar uma ponta de inveja nos olhos do mais velho.

— Não importa a turma em que estudamos, todos temos individualidades que nos tornam fortes da nossa maneira. - Diz ela, tentando se manter calma. — Alguns podem se destacar mais que os outros, mesmo assim, todos são importantes e poderosos.

— Quieta! - Atingiu um ponto sensível para o rapaz, que controlou um bocado de ateira até a boca da jovem, a tapando. — Eu serei o mais forte herói de todos! - o pedregulho em que o rapaz está sobre começa a dar voltas em torno do corpo da mais nova, essa que percebe alguns pedaços da pedra se soltando conforme o rapaz vai se irritando. — Não vou deixar uma mimada como a Camouflage, que nem poderes ofensivo tem, conseguir o posto de mais forte heroína do momento. - Bastante irritado, ele começa a perder o controle sobre a pedra que o carrega de um lado para o outro do luta, e Aiko percebe que está, finalmente, na hora de agir.

“É hora de escapar.”

Os poderes de Aiko se tornam mais poderosos quando está em temperaturas altas, principalmente pelo fato de que o suor da garota ser um dos principais componentes para que possa lançar seus fogos de artifício, e permanecer dentro daquele casulo de terra, mesmo que a noite e no frio, a fez soar, e não foi pouco, o que a tornou completamente inflamável e aumentou seu poder de combustão.

— O que é isso? - Boulder é lançado para o chão pela potente explosão causada pela menor.

— Eu te disse que todos podemos ser fortes, independente de nossas individualidades. - Aiko se levanta rapidamente, suas roupas chamuscadas e seus braços com várias queimaduras espalhadas, que agora seria um problema, mas não seria isso que a faria desistir de sobreviver.

— Tudo bem, você se livrou de meu casulo de terra. - Sorri debochando da outra enquanto se levanta. — Mas isso não significa que é mais forte que eu. - Dois punhados de pedra começam a envolver os punhos do rapaz. — Já que só te prender não adiantou, vou partir pra agressão física. - Dito isso, iniciou uma corrida em direção a garota.

“Merda, meus braços já estão bastante danificados, se eu usar muito mais dos meus poderes posso sair muito machucada.” Olhando em volta, a jovem procura por alguma maneira de conseguir se proteger do ataque do rapaz.

— Tudo bem, você se livrou de meu casulo de terra… - Por um instante um sorriso debochado começou a se formar no rosto do rapaz, até um rápido dejavu tomar conta de sua mente. —  O que é isso? — Olhou para suas mãos e não viu suas “luvas” de pedra. — O que aconteceu? Porque eu voltei pra cá?

— Retorno temporal. - De trás de uma árvore, um rapaz, de cabeça raspada e pele clara se revela. É alto, um pouco acima do peso e de olhos acinzentados. — Você está bem? - O garoto vai até Aiko e começa a checar se ela está ferida.

— Muito obrigada. - Agradece um pouco sem graça. — Foi você quem fez isso?

— Minha individualidade é retroceder, consigo retroceder momentos, mas só os que consigo ver. - Explica com um sorriso no rosto. — Pode lutar? - Questiona, recebendo uma confirmação da outra. — Vamos lá então.

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— Apareça! - A loira, com escamas por todo o braço e ao redor dos olhos, forçava seu corpo a se levantar depois receber um soco. Seus companheiros estavam todos no chão.

— Não foi você mesma quem disse que não precisava me ver para conseguir me vencer? - A jovem com poderes de camaleão zombava de Aisha, se mantendo invisível para não ser pega.

— A individualidade dela não tem falhas? - Hiro é o segundo a se levantar, não estava tão ferido devido a seus poderes, porém, aparenta estar muito exausto pelo uso do mesmo.

— Eu não possuo falhas, amorzinho. - Responde sobre sua própria individualidade, não daria chances dos bichos a vencer. — A única coisa que precisam saber é que poderiam ver meu maravilhoso cabelo se eu não usasse essa roupa de herói.

“A única coisa que precisamos saber é sobre o cabelo dela?” Cinez permanecia imóvel no chão, se mantia assim enquanto pensava em alguma estratégia para tentar vencer, e parecia que havia pensado em algo. Aproveitou que já estava em contato com o chão e se concentrou para encontrar a localização da veterana. — Garoto escudo, consegue criar um campo de força de cinco metros e meio? - Não esperou a confirmação dele para dar a ordem. — Faça agora!

— Certo! - Mesmo que na pressa, o rapaz conseguiu materializar o campo de força do tamanho indicado pela outra. - Não sei por quanto tempo consigo manter um desse tamanho, e também não posso me mover.

— Obrigada por avisar, amorzinho. -

— Sabia que iria fazer isso! - Um casulo de pedras se forma em torno de Hiroki, e uma batida é ouvida, revelando Camouflage logo em seguida. — Então é isso? Quando te acertam você reaparece, não é mesmo? - A morena ainda estava no chão, mas sorria por conseguir revelar a localização de sua rival. — Ataquem.

— Deixa com a gente. - A loira aproveitou o momento de distração da ruiva para libertar Yamino, que rapidamente alça voo. — Você será meus olhos menino morcego, e você não ouse desfazer esse campo de força. - Gritou com os dois e iniciou uma corrida em direção a Camouflage. — Você é minha!

Dessa vez a ruiva não se preocupou em se tornar invisível, encararia Aisha de frente e com certeza venceria. — Pode vir, peixinho. Não tenho medo de cara feira. - Se posicionou para a luta, defendendo um soco de direita e quase acertando um chute na loira, que desvia com maestria. — Rápida, mas já chega de pegar leve. - Novamente, a camaleão se torna invisível, dificultando as coisas para Aisha.

— Morceguinho, sua vez! -

— Deixa comigo! - Usando seu sonar para ecolocalização, Yamino tem uma visão exata de onde a ruiva está. — Abaixa e chute pra trás. - Comandou rápido, antes que sua parceira fosse atingida em cheio por um chute.

— Droga. - Camouflage se levanta rapidamente. — Vocês trabalham muito bem em equipe. Mas só com isso não poderão me vencer.

— Quem foi que disse que só temos isso? - Cinez por todo esse tempo se mantinha o máximo que podia imóvel para poder recuperar suas energias enquanto mantinha o casulo de pedras para proteger Hiro. — A distração foi muito boa, Aisha. - Ela se levanta sorrindo e desfaz a cápsula de pedra que, pra surpresa da ruiva, estava vazia. — Deve estar se perguntando onde ele está, não é mesmo?

— Agora! - Yamino observava de cima um segundo casulo de pedras levitando sobre a cabeça de Camouflage, que ao perceber o que fariam, já era tarde demais.

Ao olhar pra cima, a ruiva nota as pedras sobre ela e tenta se camuflar novamente, porém, antes que pudesse fazer algo, um campo de força se cria em volta dela, limitando seus movimentos.

— Você está presa! - Hiroki aparece sobre uma superfície plana de pedras, concentrado para não perder o controle de seu campo de força.

Um alarme ecoa, o sol já estava nascendo e os jovens percebem que estão em um dos campos de treinamento do colégio, um do tamanho exato de uma cidade metropolitana, com tudo o que uma de mesma escala possa oferecer para garantir uma verdadeira experiência de combate para os alunos.

— Parece que acabou, e vocês não passaram. - Camouflage sorria vitoriosa. — O trote era pra vocês se reunirem com todos e, pelo que parece, vocês estão sozinhos aqui. As duas turmas de heróis esse ano não me parece grande coisa, espero que tenham mais sorte nos treinamentos oficiais. - Sem que Hiro desfizesse o campo de força, a garota o atravessa sem dificuldades. — Ah sim, esqueci de dizer que intangibilidade é uma de minhas habilidades também, mesmo que me desgaste muito… Beijinhos.