Armadilhas do Amor escrita por Kynhaaaa


Capítulo 6
Beijo roubado




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POV do Scorp.

Não preguei o olho essa noite depois que minha Irma mostrou a carta da minha mãe corri ao corujal e mandei uma carta ao meu pai contando o que tinha descoberto, que minha mãe fugiu porque estava doente mas que o amava muito. Depois disso fui para o meu dormitório onde o Al e os outros rapazes já dormiam.

Passei a noite toda pensando no meu pai na minha mãe e como sempre na Rose. Ai como ela bagunçava minha vida. Apesar de tudo o que ela fazia eu não conseguia acabar com esse sentimento de dentro de mim. Basta um sorriso dela pra que eu esqueça de todas as encrencas que ela já me colocou muitas vezes sem intenção.

No começo até que eu tentei lutar contra a paixão que eu sentia por ela, ficava com outras garotas pra tentar esquecê-la, mais isso só me machucava, doía em mim ter ignorar este sentimento. Então chegou o dia em que decidi aceitar esse sentimento. Parei de ficar com outras mesmo sabendo que não tinha a mínima chance com ela. Afinal Rose Weasley não e uma garota qualquer, ninguém se aproxima dela a menos que ela deixa. Ela não tem muitas amigas, ou melhor, ela só tem três amigas que são suas primas Lilian Potter, Roxanne Weasley e Dominique Weasley, as três da Grifinória. Os únicos caras que ela conversa é com o Fred Weasley, o Thiago Potter e seu irmão Hugo que são da Grifinória também. Mas ela também tem uma forte amizade com seu primo Alvo meu melhor amigo. Acho que dá Sonserina ele e o único com quem ela conversa, pois a maioria das outras pessoas não vai com a cara dela por ela ser mestiça. Mais também não é só por isso ela não é nada fácil prova disso é que ela e minha irmã dividem o quarto a quatro anos e quase nunca trocam uma palavra. Mas a Lyra também e muito reservada, da escola toda ela só conversa comigo e com o Al.

Acho que foi por isso que me assustei quando ela chegou no meu dormitório dizendo que a Lyra estava chorando. Por um instante passou na minha cabeça que ela estava brincando com a minha cara. Mas ao ver a preocupação estampada em seus olhos eu sabia que era verdade. E quando ela me disse que eu poderia ir que ela cuidaria da minha irmã eu não acreditei. Ela estava diferente e eu gostei de ver ela assim.

Olhei para o relógio de cabeceira e ele marcava 6h30min me levantei e fui tomar um banho antes que os outros caras acordassem e eu acabasse ficando pra trás. Quando sai do banheiro só com a calça do uniforme o Al já esperava pra usar o banheiro.

— Bom dia – ele falou bocejando quando passou por mim.

— Bom dia.

Terminei de me trocar e logo o Al já saiu do banheiro pronto.

— Será que a Lyra está melhor? – ele me perguntou preocupado.

— Espero que sim. Mas porque tanta preocupação com a minha irmã?

— Nada. – ele parecia nervoso – e só que... ela.. é.. minha... amiga – ele disse gaguejando.

— É bom mesmo porque minha irmã é muito nova.

— Ela só é um ano mais nova que a gente.

— Alvo Potter

— Que foi – ele me interrompeu – quer dizer que você pode dar em cima da minha prima roubar um beijo dela. E eu não posso saber como a sua irmã está? – ele perguntou rindo.

— Isso não vem ao caso.

— E melhor deixarmos essa conversa pra depois. Sua irmã já deve estar nos esperando lá em baixo.

— Vamos.

Como a Lyra não tinha amigas ela sempre andava conosco. Descemos ao salão comunal da nossa casa e sentamos pra esperar por ela. Depois de uns cinco minutos escutamos passos vindo da escada do dormitório feminino e logo apareceu minha irmã e para a minha surpresa a minha Rose.

— Bom dia meninas – o Al falou animado quando viu as duas juntas.

— Bom dia Alvinho – minha irmã falou como o habitual e lhe deu um beijo no rosto.

— Bom dia Scorp – ela disse me dando um beijo no rosto.

— Bom dia maninha.

— Está bravo comigo?

— Claro não.

Sorri pra ela.

— Bom dia primo – escutei a Rose dizendo pro Al e lhe dando um abraço.

Ela me olhou sem saber o que fazer.

— Bom dia Rose – falei da onde estava mesmo.

— Bom dia Scorp – ela falou com um meio sorriso.

— Vamos – o Al disse animado – estou morto de fome.

— Pra variar né – falei revirando os olhos.

— Você só pode ter puxado pro meu pai no quesito fome – a Rose disse rindo.

Saímos do salão comunal e nos encaminhamos para o salão principal tomar café. Eu ia a frente junto com a Lyra enquanto o Al ia mais atrás com a Rose

— Scorp – a Lyra me chamou baixinho.

— Que foi?

— E sobre a mamãe. Eu decidi vou te contar o que ela tem.

— Que bom maninha – eu a abracei de lado e continuamos andando – mas deixa pra depois. E provável que o pai apareça por aqui ao receber a carta. Ai você conta pra nós dois juntos.

— Tem certeza.

— Tenho. Não se preocupe com isso agora.

Ela me parou e me abraçou. Quando me soltou olhou pra traz e viu a Rose e o Al vindo.

— Agora eu entendo o porquê de você gostar dela – ela disse baixinho – Al eu aposto que chego primeiro ao salão principal.

— Você nunca conseguira chegar antes de mim em um banquete. – ele disse rindo e já saindo correndo.

Os dois desapareceram correndo pelos corredores. Deixando eu e a Rose sozinhos. Olhei para ela que parecia sem saber o que fazer.

— Se você não se importar eu posso te acompanhar ao salão principal.

— Tudo bem – ela falou sem me olhar.

— A menos que você queira sair correndo igual uma doida pra ver quem chega primeiro ao salão principal.

Ela riu.

— Não, obrigada – ela disse ainda rindo – é sempre assim?

— Os dois? – ela apenas afirmou com a cabeça – é, eles parecem duas crianças quando se juntam.

— Como você atura?

— É bom ver minha irmã conversando com alguém que não seja eu. Mesmo esse alguém sendo um doido.

Completei rindo.

— E se esse alguém se apaixonar pela sua irmã?

Ela percebeu que fiquei sério e riu ainda mais.

— Você sabe que isso pode acontecer né.

— Sei – falei a olhando – afinal eu melhor que ninguém sei que não podemos mandar nos nossos corações.

Ela parou de andar sem saber o que dizer.

— Desculpa – falei voltando e parando a sua frente – não queria te atormentar com esse assunto. Fica tranquila não farei mais isso.

Virei-me e comecei a andar quando a senti me puxando. Quando me virei ela me beijou. Foi um beijo calmo cheio de paixão e desejo. Ela passava a mão pelo meu cabelo, a cada segundo eu a puxava mais contra mim. Até que ela acabou o beijo. Eu continuava de olhos fechado mais senti quando ela se aproximou da minha orelha e disse baixinho.

— Quando se rouba um beijo você da a outra pessoa o direito de roubar-lhe outro.

 

POV da Rose.

Eu e o Al íamos andando atrás enquanto o Scorp e a irmã conversava.

— Você gosta dela né? – perguntei olhando na Lyra.

— Como você sabe – ele perguntou assustado.

— Da pra ver na sua cara.

— Sério?

— Sério. Você ficou super preocupado com ela ontem. E sem conta que hoje na hora que descemos você ficou todo sorridente.

— O Scorp vai me matar. – ele falou colocando a mão no rosto.

— Porque? – perguntei confusa.

— E a irmãzinha dele.

— E o que isso tem haver?

— Ele a protege muito e tem muito ciúmes dela.

— Sério?

— Sério. O Scorp e muito ciumento. Se bem que. – ele parou no meio da frase e me olhou.

— Se bem que o que?

— Bom ele gosta de uma prima minha sabe. E se ela corresponder talvez ele libere que eu e a irmã dele fiquemos juntos.

Eu não sabia o que dizer.

— Rose ele gosta muito de você – ele falou sério – desde que ele o descobriu não fica com mais ninguém só pensa em você.

— Meu pai me mataria – foi só o que consegui dizer.

— Rose para de pensar um pouco no que o seu pai vai pensar e pensa em você.

— Mas eu não sinto nada por ele Al – eu não podia assumir aquele sentimento.

— Rose ontem na hora que fomos ao seu quarto ver como a Lyra estava você ficou mexida. E hoje de manhã também. Você ficou como eu fico perto da Lyra sem saber o que fazer.

— Al eu aposto que chego primeiro ao salão principal. – a Lyra o chamou interrompendo a nossa conversa.

— Você nunca conseguira chegar antes de mim em um banquete. – ele disse rindo e já saindo correndo.

Os dois desapareceram correndo pelos corredores. Deixando eu e o Scorp sozinhos. Minha mente vagava nas palavras do Al. Olhei e vi que o Scorp me observava eu não sabia o que fazer.

— Se você não se importar eu posso te acompanhar ao salão principal. – ele falou sorrindo

— Tudo bem – eu não consegui olhar pra ele

— A menos que você queira sair correndo igual uma doida pra ver quem chega primeiro ao salão principal.

— Não, obrigada – disse rindo – é sempre assim?

— Os dois? – apenas afirmei com a cabeça – é eles parecem duas crianças quando se juntam.

— Como você atura?

— É bom ver minha irmã conversando com alguém que não seja eu. Mesmo esse alguém sendo um doido. – ele completou rindo mais tinha um tom sério em sua voz.

— E se esse alguém se apaixonar pela sua irmã?

Ele ficou sério o que me fez rir

— Você sabe que isso pode acontecer né.

— Sei – ele respondeu me olhando – afinal eu melhor que ninguém sei que não podemos mandar nos nossos corações.

Eu não sabia o que dizer. Minhas pernas não me obedeciam elas haviam parado.

— Desculpa – ele disse voltando e parando há minha frente – não queria te atormentar com esse assunto. Fica tranquila não farei mais isso.

Ele se virou e começou a andar me deixando ali sozinha. Aquela promessa dele me fez ficar triste como assim será que ele desistiria de mim? Mais uma vez agi sem pensar segurei ele pelo braço e o fiz se virar, quando ele o fez eu apenas o beijei. Foi um beijo calmo cheio de paixão e desejo. Minhas mãos brincavam com seu cabelo enquanto ele me puxava pra mais perto dele. Minha razão começou a voltar e ela gritava que eu precisava sair dali, então eu acabei o beijo. Ele parecia não acreditar na minha atitude então aproveitei que ele permanecia de olhos fechado e me aproximei de seu ouvido e sussurrei.

— Quando se rouba um beijo você da a outra pessoa o direito de roubar-lhe outro.

Aquela minha atitude me causou um arrepio quando senti o seu suspiro próximo ao meu pescoço. Eu não podia continuar ali então sai correndo antes mesmo dele abrir os olhos.

Eu só podia estar louca, não devia ter feito isso, mas agora meu coração batia descompassado foi a melhor sensação do mundo estar nos braços dele mais uma vez. Mas aquilo não era o certo nossas famílias se detestavam. Eu não poderia trair a confiança do meu pai daquela maneira. Eu devia me afastar dele, mas eu não conseguiria, pois meu coração gritava por ele, e minha razão parecia começar a concordar com ele.

Quando cheguei ao salão principal Lyra e o Al já estavam lá comendo. Sentei-me ao lado da Lyra sem dizer nada e comecei a comer.

— Cadê o Scorp? - a Lyra me perguntou confusa.

— Ele ficou pra trás já deve estar vindo. – um sorriso brotou em meus lábios ao lembrar-me do beijo de minutos atrás.

— É – o Al falou olhando pra porta do salão – e pelo visto viu um passarinho verde ta todo contente.

Olhei para o Scorp e ele via em direção a mesa da Sonserina com um sorriso lindo nos lábios. Quando olhei para o Al ele me olhava acusadoramente.

— O que você aprontou? – ele apenas mexeu os lábios mais eu consegui entender.

— Nada – falei no mesmo tom – apenas dei o troco. – não consegui conter uma risada.

O Scorp chegou à mesa e sentou ao lado do AL.

— O que aconteceu maninho?

— Nada por quê? – ele não parava de me olhar.

— Ta todo felizinho. Aconteceu alguma coisa. Você e a Rose estão estranhos.

— Eu não to estranha – falei tentando me defender.

O Al começou a rir.

— Vocês poderiam ser pelo menos mais discretos e disfarçar um pouco.

Dei um chute no meu primo que fez uma careta.

— Ham? – a Lyra perguntou do meu lado - Do que vocês estão falando?

— Nada – eu e o Scorp falamos juntos.

— Senhor Malfoy – o professor Longbottom falou atrás de nós. – a diretora Minerva pediu pra que você e sua irmã compareçam a sala dela imediatamente.

— O que você aprontou Scorp – o Al perguntou confuso.

— Nada. Deve ser meu pai.

Ele se levantou e saiu sendo seguido pela Lyra que parecia com medo.

— Eu te mato Alvo Potter – falei assim que eles se afastaram.

— O que eu fiz dessa vez?

— O que você fez? Como você ainda tem coragem de perguntar. Como você fica dando aquelas indiretas perto da Lyra.

— Se você ta tão bravinha priminha é porque eu acertei né. Rolou alguma coisa né. – ele falou rindo.

— Isto não importa. Você iria gostar que eu começasse insinuar que você gosta da Lyra perto do irmão dela.

— Você não faria isso né – ele perguntou com carinha de coitado.

— Desde que você pare com essas graças eu não conto.

— Tudo bem. Mas me conta rolou alguma coisa.

— Rolou – falei olhando pra baixo – eu o beijei.

— Serio – ele falou sorrindo – então vocês estão juntos? – ele parecia uma criança.

— Lógico que não Alvo. Isso nunca poderá acontecer.

— É porque não.

— Isso é obvio né. – falei ficando em pé e pegando meu material – nossas famílias nunca aceitariam.

 

 


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