A familia de monstros acordou cedo naquela manhã e foram andando até a estação de trem, onde pegaram um metrô que os levaram ao destino tão esperado, e que ajudasse Urso a voltar a nova sede da Unique.

Monstrópolis.

Assim que entraram na fabrica Monsros S.A, Urso percebeu que os monstros estranharam ve-lo ali.

—O que é isso?

—Que criatura mais estranha!

—Ele não parece ser um de nós.

—Ele não tem chifres.

Sussurravam alguns monstros que se amontoavam,olhavam torto para urso e o deixaram constrangido.

—Não se importe com o que eles estão dizendo. é que nós, monstros não estamos acostumados a ver outras criaturas passeando por aqui. - aconselhou a mãe de Henry acompanhada do marido, carregando o pequeno Ivor nos braços.

—Mas eu sei que Monstropolis já foi visitada por uma criança humana.- Acresentou Urso, que se lembrava da historia contada por Sulley e Mike em uma noite em que ele e Christine haviam cumprido uma missão especial de Haloween .

—Oh! Ele tem razão.- Disse o pais de Henry surpreso.

Henry e os irmãos se aproximaram do balcão da recepção, onde um monstro com cobras roxas na cabeça atendia as ligaçoes no telefone.

—. Oi, Titia Celia. - cumprimentam os pequenos monstros, ela pareceu reconhecê-los ao girar a cadeira e sorriu;

—Henry, Sunny Cobby! O que trouxe vocês até aqui? Outro apagão? Problemas com a fiação de energia pela vila?- Perguntou Celia empolgada.

Ao ver os pais de henry acompanhados por algo que parecia ser um urso, ficou curiosa.

—Precisamos falar com o Sulley e o Mike. O Urso precisa ir até a nova agencia da Unique que fica lá no Polo Norte.- Explicou Henry para Celia, que nem precisou chama-los pelos auto falantes da fabrica, pois eles estavam chegando naquela exata hora.

—Bom dia Sulley! Bom dia Mike! - Cumprimentavam os outros funcionarios monstros ao ve-los atravessando a porta de entrada.

A dupla de monstros surpresos ao ver que Urso estava ali, junto de Henry com sua familia e se aproximaram deles.

—Agente Especial Urso? O que faz aqui?- Perguntou Sulley.

Henry explicou para eles que Urso havia chegado á Vila do Rugido por um portal de Norte.

 Urso mostrou um globo de vidro guardado em seu bolso,e lhes contou sobre um acidente de onibus que havia acontecido durante uma missão especial que Christine, a nova agente teria que cumprir.

O dever dela consistia em levar um garoto chamado Jafar em seu primeiro dia de escola, porem um onibus desgovernado, que havia perdido os freios, havia colidido com o onibus escolar, o que interferiu na missão especial.

Todos os agentes da Unique e do esquadrão da Justica tiveram que ser  levados até o Polo Norte, onde não poderiam mais ser encontrados pelo governo dos humanos, que conseguiram vê-los por causa dos noticiarios da TV.

—...E agora o Presidente quer exterminar a mim e os meus amigos, por que acham que nós e as agencias somos uma ameaça. Eu realmente preciso voltar. Eu quero saber se ela esta bem...Se não está machucada...- Explicou Urso, se controlando para não demonstrar que estava ansioso.

 -Como podemos fazer o Urso voltar para a agencia? -Pergunta Henry a Sulley que ficou alguns minutos em silencio tentando pensar.

—Temos que usar uma porta que dá acesso ao Polo Norte. - Exclamou Mike Wazowski.

Eles  os levaram até o deposito das portas e empenharam-se na difícil missão de achar a porta certa.

Procuraram nos relatorios das crianças humanas por uma porta de alguma criança que morasse no lugar correspondente.

—Encontrei! - Disse Sulley pegando o cartão e passando na maquina apressadamente.

Uma porta deslizou por um trilho de ferro comprido fixado no teto da fabrica e uma valvula subiu, trazendo a porta para o chão.

Ativou-a e antes que ela atravessasse o portal, desejou a ela  boa sorte, no qual Urso agradeceu e começou a andar montanha acima, onde era possível ver um pouco mais a frente um castelo.

Aquela seria a fábrica de brinquedos mágica de Norte.

Porem, conforme ia chegando, a nevasca foi ficando mais forte, e Urso sentiu que estava perdendo as forças.

 Enquanto isso...

Mark examinava os dados transmitidos pela TV. Os casos de uma misteriosa doença que fazia com que todas as crianças do mundo sofressem com terríveis dores de cabeça, falta de apetite, sono e alucinações estavam aumentando somente naquela mesma semana.

“Eu não entendo. Como isso pode estar acontecendo?”

De acordo com as manchetes, muitas crianças estavam faltando a escola, e por ordens medicas, tinham que permanecer em confinamento, em suas respectivas casas.

Outros casos relatavam que muitos pais não estavam conseguindo se lidar com o fato das crianças falavam enquanto estavam dormindo.

—Minha filha parecia estar falando com alguém durante a noite. Eu não sei nem o que fazer. Ela está de cama há uma semana e nem está conseguindo ir para a escola. -relatou uma mãe desesperada em uma reportagem-

Mark anotou os dados em um bloco.

Silvia e Adriana também procuravam por respostas.

—O que poderemos fazer? E os nossos alunos?- perguntou Sylvia

 -Ah! Sobre isso, ontem a mãe da Nadja ligou. Ela disse que não conseguia tirara menina da cama por que ela se queixava de dor de cabeça. E depois me enviou esse vídeo. - Explicou Sylvia mostrando um vídeo na tela de seu smartphone para os dois, e puderam ver que Nadja parecia estar chorando enquanto dormia.

—Eu quero ver você de novo. Urso, por favor. Venha me visitar- Gemia Nadja com as lagrimas escorrendo de seus olhos fechados, deitada em sua cama.

—Esta pandemia esta mesmo afetando todas as crianças. - disse Adriana,

—mas o que podemos fazer? O Presidente já descobriu sobre a existencia do Urso e das agencias. Temos que encontara um meio de interferir.

—Mas eu sei muito bem o que temos que fazer - Disse uma voz entrando pela sala e Mark ficou em choque.

Era seu avô.

Não conseguia acreditar no que seus proprios olhos estavam vendo.

—Impossivel!

—Chefe. Estou captando algo em nosso sistema. Parece ser um urso panda andando pela nevasca.- Bradou um pequeno elfo que ficava encarregado de vigiar a fábrica por um sistema de segurança avançadissimo, que conseguia detectar qualquer presença estranha e deter a entrada no Polo Norte.

— O que?- Bradou Norte curioso e se aproximou dos monitores a fim de analisar melhor aquela situação.

E ao ver a imagem refletida no monitor, Christine reconheceu que era Urso afundando os pés na neve, tentando chegar ao castelo em meio a um vento que soprava forte e o puxava para trás.

Ela e os elfos entraram em desespero e correram por caminhos diferentes da fabrica.

—Temos que ajudá-lo- Bradou um deles que de imediato foi até a cozinha ferver um bule de água.

—Traga-o até aqui. Ele deve estar morrendo de frio. - Ordenou Norte á seus dois yetis peludos jogando um grosso casaco de pele a eles, que de imediato, pegaram um de seus globos de neve, jogaram-no ao chão, evocando um portal e se lançaram, para o lado de fora.

 “Eu não vou conseguir chegar até o castelo. Sei que meus amigos irão ficar tristes em trabalhar sem mim...Acho que nem vou poder ver a Christine de novo.”  Concluiu ainda tentando permanecer em pé, mas sentindo-se cada vez mais fraco, não resistiu e caiu no chão se afundando cada vez mais na neve.

Ao, ve-lo desmaiado, Jack Frost, voou em direção a nevasca e conseguiu salvar Urso de ficar soterrado na neve, ao fazer um gesto com seu cajado, amenizando o vento forte.

Jack acenou para os yetis que estavam se aproximando e eles o envolveram no grosso casaco que Norte lhes emprestou e começaram a caminhar de volta para o castelo.

Sem conseguir ver duas criaturas que o retiraram debaixo da grossa camada de neve, e que estavam o levando  até o o castelo de Norte, Urso pensou em  estar ouvindo uns rugidos, que mais pareciam murmúrios de duas vozes masculinas que conversaram em uma língua estranha.

Ergueu os braços, tateando e percebeu que estava sendo carregado por braços peludos.

"Será que eu ainda estou em Monstropolis?" Pensou completamente confuso.

Não conseguia abrir os olhos por que suas pálpebras estavam cobertas pelos flocos de neve densos jogados pela forte ventania.

Ele foi deixado aos cuidados dos elfos e dos yetis que se esforçaram para trazê-la de volta.

Um dos duendes retirou os flocos de neve dos olhos de Urso com um lenço umedeçido com agua quente.

Assim que conseguiu abrir, os olhos, Urso percebeu que realmente não estava mais em Monstropolis, e sim, dentro do castelo de Norte, onde os brinquedos criavam vida bem diante de seus olhos.

Urso encarou todos aqueles pequenos elfos  e os dois yetis peludos e grandes que pareciam estar preocupados, mas suspiraram aliviados ao ve-lo despertando.

Viu um homem grande e com uma barba densa e branca, roupas vermelhas e os braços tatuados se aproximar sorrindo.

— Olhe só quem chegou. Agente Especial Urso! -Exclamou Norte.

Logo, Urso percebeu que estava rodeado pelos elfos, os dois yetis e reconheceu um certo garoto de cabelo branco e moletom azul com um cajado em mãos.

Havia enfim conseguido chegar ao seu destino.

                                                                           -continua...-