—Então essa é a agente especial Christine que também ajuda as crianças humanas? –perguntou Dentiana, pairando pelo ar e se aproximando dele.

—É sim. Ela e o esquadrão da justiça agora irão viver conosco por que a Terra já não é mais um lugar seguro para eles.

—Agora, com esses humanos que não acreditam ais em nós criaturas fantásticas e nutrem ódio, eles estão sob a ameaça do governo humano de serem exterminados. – explicou o Coelhão

—Ah! Você tem os dentes frontais mais lindinhos que eu já vi! - exclamou Dentiana fazendo-o abrir bem a boca.

—Dentiana! Desse jeito você vai fazer ele deslocar o maxilar- vociferou Norte

Urso percebeu as tatuagens em seus braços, e o jeito que Coelhão segurava o bumerangue o deixaram intimidado.

—Oso! Finalmente! Você voltou! Dios mio! Achei que nunca mais voltaria a te ver! - Exclamou uma voz que ele reconheceu ao longe.

A tartaruga se jogou em seus braços, fazendo-o soltar um riso jovial enquanto envolveu suas patas a aproximando para um abraço.

Os elfos saltitavam de alegria jogando suas toucas para o alto, os yetis rugiram alegres e fizeram o chão tremer batendo os pés no piso do castelo, o que fez os guardiões sorrirem sentindo a alegria naquele momento.

Uma aura dourada surgiu em meio ao céu estrelado da noite, formando a imagem de um homenzinho que brilhava.

—Ah! Sandman! Finalmente você apareceu! – Disse o Coelhão e os guardiões formaram uma roda ao redor de um cristal que se ergueu do chão.

 Os agentes observaram a silhueta daquela criatura que não sabiam ao certo o que seria.

Ao ser tocada na testa por ele, o pozinho magico formou a imagem que refletiam os sonhos de Christine.

Ela e Urso dançavam uma valsa romântica.

O teto do castelo se abriu mostrando a lua cheia brilhante e os guardioes se reuniram formando um circulo em volta de um pedestal com um cristal azul.

 —Oh Homem da Lua! Estamos todos reunidos diante da vastidão do mundo! Que a tua luz nos guie para vencer o mal que domina a Terra. – declamaram juntos, e um feixe de uma luz azul ofuscante foi lançado ao céu.

—O que foi isso? -perguntou Urso sem saber sobre a existência daquela magia extraordinária.

—Yo no sé!- Respondeu Christine.

A tartaruga continuou observando aquelas figuras enquanto eles entoavam uma canção em volta daquela joia que espalhava um pó brilhante em volta do pedestal que  foi soprado pelo vento frio da noite e envolveu os agentes.

 —São eles! -Exclamou uma voz ao longe. Nem Urso e Christine sabiam de quem era aquela voz.

Foi então que o pozinho azul em volta do cristal formou uma silhueta de um homem rechonchudo que segurava um bastão com a lua crescente no topo.

—Os agentes da Unique poderão salvar as crianças.

Os guardiões encararam a tartaruga e o urso panda que continuavam abraçados e sorriram:

—Mas é claro! São eles! – o Coelhão deixou escapar um sorriso e se aproximou deles.

O homem da lua lhes explicou que o poder de Sandmam seria capaz de transporta-los até a casa branca, lugar onde o presidente ficava sob o poder. 

Dentro de furacão da nevoa dourada, Urso e Christine receberam uma mensagem de Sr. Dos e Hebert.

A tartaruga teve a chance de descobrir algo que lhe fornceceu a resposta para todas as lembranças de seu passado que haviam estado perdidas a muito tempo.

—Preciso que voces saibam que o homem na presidencia é corrupto, egoista e que faz tudo de mais ruim possivel só para se senir no poder do mundo. Ele destruiu milhares de florestas, negligenciou pesquisas cientificas e está tambem complicando a situação atual das nossas crianças! 

"Então foi ele! Aquele que desruiu o meu lar com aquelas maquinas barulhentas e horrosas!" Pensou sentindo a raiva daquele fatidico dia.

Em que havia se perdido dos pais em meio ao bosque aonde havia nascido e crescido em meio as chamas flamejantes e os tratores derrubando os troncos das arvores em direção ao chão.

E então sentiu-se mais pronta do que nunca.

Iria acabar com as raízes daquele era de ignorância e decadência.

—Estoy listo! - Declarou cerranado os punhos e aguardando pela chegada na Casa Branca, com a arma vermelha em suas mãos

***

Mark e as tres professoras continuavam observando as noticias da atual situação na TV e em seus computadores.

—Se a situação continuar do jeito que está,não sei mais o que será de nós!-declarou Sylvia em um desanimo dominante na voz.

Derepente, todas as luzes foram subitamente apagadas. 

—O QUE ESTÁ ACONTECENDO?-Gritou Adriana apertando o interruptor.

O feixe de uma lanterna invadiu o comodo e os três gritam assustados.

—Mark?- Chamou uma voz completamente desconhecida. as mulheres se congelaram de medo, exceto pelo rapaz cujo nome havia sido pronunciado.

—Vovô?-perguntou ele completamente inseguro.

A figura que segurava a lanterna então retirou o capacete revelando o rosto que ele reconheceu e correu para perto, abraçando-o.

—Eu achei que estivesse morto!

—Eu fiquei ferido. E estava proximo da morte. Mas os animais. Eles me ajudaram. E então nos formamos o Esquadrão da Justiça.-explicou o homem pacificamente e Mark se viu rodeados por pequenos roedores, aves, insetos e até seres rastejantes que olhavam com olhares de curiosidade.

—Então este é o Esquadrão da Justiça? -perguntou ainda incredulo.

—Sim! E agora temos que ir até a Casa Branca. O presidente está evocando o fim do mundo! - Disse o homem guiando o jovem para a saída da casa.

—Mas como faremos isto? - perguntou Mark para o avô enquanto os animais os acompanhavam pelo extenso corredor.

—Nos temos carona!- Respondeu e mark ficou em choque ao ver um grande trenó parado.

—Norte! Estamos preparados! Nos leve até lá!

—Todos a bordo!- Ele ricocheteou as redeas das renas e foram voando em direção á Casa Branca.

***

Aquela noite estava dando sinais de uma tempestade.

Relapmagos serpenteavam pelo ceu negro.

 Em uma das salas da Casa Branca, o presidente em sua cadeira, acompanhado pela esposa, a vice presidente,que não tinha outra função a não ser acompanhar o marido em todos os eventos da presidencia, discutiam sobre a possibilidade de tentarem alertar a população sobre a proliferação da atual doença que estava afetando as crianças.

—Poderiamos consientizar os pais e as escolas aos cuidados...

—Pra que? não vamos perder tempo com isso. ninguem tem que reduzir o ano letivo. Vai continura tudo do jeito que está!- Vociferou o presidente ainda sentado em sua cadeira, mexendo em seu celular.

Até que um furacão se formou na lareira e bagunçou a sala com um vento forte fazendo todas as pastas repletas de papeis voarem e se espalharem com uma poeira dourada brilhante. 

 Quando o furacão diminuiu, de dentro dele,, Sandman apareceu novamente.

Juntos estavam Urso e Christine , acompanhados pelos amigos, Wolfie, Dotty e Musa.

—São eles. Os animais falantes que ajudam as crianças com problemas. Nossa filha nos contou sobre eles.- disse a mulher brevemente sorrindo.

Logo, o homem apertou um botão na mesa, acionando o chamado pelos agentes que os levariam para testes.

Para espanto dele, a tartaruga e os agente se desvencilharam de todos e os derruba, no chão com chutes e socos desprovidos por uma força inacreditável.

—Mas como? Estes animais não devem ser normais exclamou um dos seguranças da sala em choque.

—SÃO DEMONIOS! – Gritou o homem, ainda com a faixa da presidência sob os ombros. – CHAMEM REFORÇOS AGORA! LEVEM ESTAS CRIATURAS PARA OS LABORATORIOS AGORA!

Assim que mais homens armados entaram, Norte, apareceu descendo pela chaminé e espalhou uma fumaça densa, fazendo-os tossir.

O coelhão arrombou as portas com um chute e dentiana aproveitou a entrada para dar um empurrão nele, e o derrubou da cadeira.

Junto dela, vieram mais tres humanos:Sylvia Adriana e Mark junto do avô e cercaram os agentes da Unique.

—Senhora vice-presidente!- declarou o homem de cabelho grisalho e casaco branco que se aproximou. - Seu marido não é o que voce acha que é! 

—Ele é um criminoso! -Declarou Sylvia estendendo o celular para ela e mostrou a ela as provas de sua atual negligencia com a população mundial.

—Veja o que ele está sendo capaz de fazer.- Ordenou Adriana a ela.

—ELE É UM MONSTRO!- Gritou Urso para todos os outros membros do poder presente na sala.

—ELE DERRUBA FLORESTAS. ESTA DESTRUINDO A NATUREZA.  E OS ANIMAIS!- Complementou Wolfie e Dotty mostrou videos dos dematamentos florestais que ele estava provocando na Amazônia.

— ELE DESTRUIU O MEU LAR! E VOCÊ! VOCÊ MATOU OS MEUS PAIS! - Gritou Christine em completa furia ao apontar o dedo para o homem que se fazia de desentendido para todos.

 As palavras da tartaruga ecoaram pela sala.

 Ficou claro para todos que ele estava levando o mundo para o próprio fim.

Se não houvessem arvores, não haveria mais ar respirável. Se não houvessem abelhas, não haveriam mais flores frutas e os vegetais para polinizar. E sem nada daquilo, não haveria mais vida.

Seria o fim.

Ninguém disse mais nada.

— Os guardiões e o Esquadrão da Justiça me contaram a verdade! - Os olhos da tartaruga perfuraram os dele. E ela não tinha mais medo. -VOCÊ MATOU OS MEUS PAIS!

A mulher empalideceu ao ouvir novamente aquelas palavras e soltou um grito agudo que ecoou pela sala.

—VOCÊ FEZ O QUE?

—Eu não... - Bradou o homem. Mas ninguém podia mais ouvi-lo sob o choro da mulher.

—Eu quis fazer com que a cidade... digo, o mundo todo, fosse...

Ele olhou para cada um dos membros, um por vez, em busca de apoio, antes de se virar para a esposa.

 –Minha querida. Você não acredita nisto? Não é?

Ela estava insegura.

O olhar passeando por tudo e todos.

Ele também não sabia mais no que acreditar.

—VOCÊ MATOU OS MEUS PAIS!-  Exclamou a tartaruga novamente.

E então todos se afastaram do presidente, deixando-o sozinho.

E ele sentiu-se intimidado.

—NÃO!- ele tentou se aproximar da esposa.

Christine apertou o gatilho e a corda do gancho disparou e o envolveu de imediato, deixando os braços presos ao redor do corpo.

O homem caiu no chão.

—Me ajudem! - Balbucia ele, e ainda assim nenhum membro do parlamento se mexeu.

 A tartaruga ficou de frente a ele.

—NÃO! Manuelita? Manuelita? É você? Não faça isso?- suplicou ele, ofegante.

— NÃO ME CHAME ASSIM! MEU. NOME. É. CHRISTINE! Você irá me chamar pelo meu verdadeiro nome! Humano velho e incompetente. Desta vez você não tem mais chance de estar no poder!

—Vocês não podem fazer isso! - Ele estava chorando, mas rangia os dentes e implorava por ajuda com o olhar furioso.

Mas ninguém se sentiu compadecido por aquele homem.

Sentiam repulsa.

 -NOS PODEMOS SIM! -Disse a mulher levantando a voz e lhe mostrando o papel onde constava que ele era o presidente em ambas as mãos.

E o rasgou em milhares de pedacinhos.

Pegou a faixa da presidência e a colocou sob os proprios ombros.

—Não pode fazer isso! Uma mulher não pode ser a presidente! Você só serve pra ostentar um rosto bonito. Vai estragar tudo o que eu faço...

— CALE ESSA BOCA! -Gritou a mulher e uma nova ventania se agitou. Petalas de flores de cerejeira voaram pela janela enquanto os primeiros raios de sol apareciam no céu ao longe.

— Vou fazer tudo o que você se recusou a fazer por sua própria incompetência humana. Seu tolo. Fraco. Covarde. Desprezível! TIREM_NO DAQUI AGORA! – Gritou ela se sentando na cadeira da presidência.

O homem então conseguiu desfazer os laços que o prendiam e sua forma mudou.

Todos os homens gritaram de medo ao ver a criatura horrenda aparecendo.

Dentes afiados.

As maos com unhas grandes, chifres na cabeça e andando de quatro, rugindo e destruindo tudo a sua volta.

—VOCE NAO VAI TIRAR O PODER DE MIM. NUNCA! VOCE ME OUVIU? MULHER FRACA INUTIL... - Vociferou e o som daquela voz assustadora eccou pela sala, fazendo-a gritar e se esconder debaixo da mesa, completamente assustada.

"Eu me casei com um monstro!" pensou em prantos e tremendo da cabeça aos pés.

O lugar ficou todo enevoado e manchado de um vermelho forte na visão dela.

A tartaruguinha sentiu-se sem ar na mesma hora, como se os pulmoes tivessem implodido.

Naõ conseguia mais enxergar aonde Urso e todos os seus amigos estavam.

Somente o instinto de proteção fez Christine levantar e disparar a arma vermelha.

O tiro derrubou a criatura de uma vez por todas e ela não viu aonde a bala foi parar.

Mas viu uma enorme poça de sangue escorrendo pelo piso de marmore.

A criatura maléfica enfim havia sido derrubada.