Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 6
6 ♡


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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− Eu descobri há poucos dias e ela prometeu que iria parar!

Leonela nem conseguia dizer nada, ou melhor, era a hora de dizer tudo.

− A culpa é sua, Heriberto, sua! – gritou o encarando. – Você saiu de casa me deixando com essa...

Leonela não teve nem tempo de dizer mais nada porque Heriberto acertou um tapa em sua face tão forte que ela foi ao chão de imediato o encarando... Tinha perdido o controle e aquilo não era nada bom! João olhou para o pai sem acreditar no que tinha visto ali e respirou pesado não podendo ajudar a ninguém já que a irmã estava presa em seus braços, se contassem a ele não acreditaria que o pai tinha sido capaz, mas naquele momento até ele poderia perder o controle com a mãe fazendo tanta maldade.

Leonela nem podia acreditar que tinha tomado aquele tapa no rosto e pior por causa daquela maldita fedelha, respirou pesado e ficou novamente de pé avançando em Heriberto porque não iria apanhar de graça assim sem revidar. Aranhou o pescoço dele tirando sangue E ele bufou a segurando longe dele.

− Maldito infeliz! – berrava.

− Desgraçada! Maldita! – retrucava sem conseguir voltar a si. – Você nunca mais vai tocar na minha filha! – a vontade dele era de matar Leonela, mas não podia fazê-lo ali na frente dos filhos.

− Pai, por favor! – João pediu sem saber como reagir a eles.

− Você vai me pagar esse tapa! – estava tão fora de si quanto ele e sem que ele pudesse afastá-la Leonela o mordeu.

Heriberto urrou de dor, mas ela não o soltou estava disposta a arrancar um pedaço dele por aquele tapa e ele se viu quase sem forças pela dor que sentia com ela rasgando a pele de seu braço. João deixou a irmã no chão que chorava muito e foi até a mão e com muito custo depois de tapar o nariz de Leonela, ela o soltou com o braço dele sangrando.

− Você é doente! – rasgou a manga da blusa no mesmo momento e enrolou o braço. – Peguem suas coisas, os dois que vamos sair daqui agora!

− Você, não vai levar nenhum dos meus filhos! – falou descompensada e com a boca suja do sangue dele.

Heriberto estava tão perdido na dor que nem conseguia mais ouvi-la apenas queria sair dali com seus filho para poder protegê-los porque nem conseguia imaginar o que sua menina tinha passado naqueles seis meses de separação.

− Leve somente ela, papai! – achou melhor ficar com a mãe naquelas primeiras horas.

− Não vou permitir que fique aqui com uma louca! – estava muito nervoso.

Leonela tornou a avançar nele e dessa vez foi um estalo de tapa que ele sentiu em seu rosto e ele fechou os olhos pediu a Deus controle para não devolver. João pegou a mãe e saiu dali com ela gritando impropérios e Joyce avançou no pai chorando muito e assustada com toda aquela confusão.

− Papai... – ele a pegou mesmo desnorteado.

− Por que não me contou, filha? – sentiu os olhos encherem-se de lágrimas. – Você tinha que me contar! – apertou ela em seus braços era tudo de mais sagrado parra ele aquela menina.

− Ela disse que ia se matar! – soluçou agarrada nele.

Heriberto se sentiu o pior dos pais naquele momento por não ver os sinais e principalmente o pavor da filha em não guardar o telefone de Victória junto com ela, caminhou para o andar de cima e a deixou no chão do quarto e a olhou nos olhos.

− Pegue somente o necessário que depois seu irmão leva o resto! – sentia tanta dor que não conseguia nem falar.

A dor por saber que sua menina estava sofrendo era bem pior do que a dor física das agressões de Leonela, naquele momento vendo sua menina soluçar seu choro enquanto arrumava suas coisas era mais doído que qualquer coisa. Joyce apenas pegou sua roupa da escola e colocou tudo dentro de sua mochila, pegou de cima da cama sua boneca e foi até o pai.

Heriberto voltou a pegá-la no colo e saiu do quarto descendo para o andar debaixo, foi para o carro e colocou a filha lá e voltou para falar com João que tinha trancado Leonela no escritório e podia ouvir que ela quebrava tudo.

− Eu, não posso te deixar aqui, meu filho! – suspirou.

− Eu sei me cuidar e ela não irá fazer nada comigo! – tocou o ombro do pai. – Vá ao hospital tratar disso! – abraçou o pai e o beijou. – Eu te amo e da beijo na minha irmã! – sorriu compreensivo.

− Eu também te amo, meu filho, me prometa que se precisar vai me ligar seja a hora que for? – estava destruído.

− Eu prometo! – sorriu de leve passando a verdade ao pai e Heriberto mais uma vez o beijo e se foi dali com João voltando ao escritório.

Heriberto Foi dali direto para o hospital queria que a filha fosse revisada e ele também já que a mordida latejava em seu braço. Joyce foi o caminho todo em completo silencio e ao chegar ele fez todas as solicitações para a filha que foi encaminhada para os exames e ele sentou em uma das macas na ala da emergência e deixou que uma das médicas revisasse seu braço.

− Meu Deus, você a irritou mesmo em! – quis quebrar o clima ruim.

Ele riu naquele momento.

− Está mesmo feio né... – a pele já estava arroxeada em volta da pele.

− Não vai precisar de ponto, mas você vai ter que cuidar muito bem porque vai doer e muito! – começou a limpar com calma quando ouviram.

− Me ajudem, por favor! – a voz era desesperada. – Um médico! – gritou.

Heriberto nem pensou apenas correu ao encontro da voz e nem podia acreditar que era ela.

− Victória... – falou assustado.

Ela o olhou com desespero.

− Ele desmaiou e não está respirando! – as lágrimas rolavam por seu rosto com o filho nos braços. – Ele tem alergia e eu não o vi pegando o doce da mão da mulher!

Heriberto nem precisou ouvir mais nada e mesmo que estivesse ali para ser tratado, o pegou dos braços dela o deitando na cama. Victória nem conseguia respirar direito, as mãos tremendo enquanto ele o examinava e gritava pelos medicamentos que precisava e aplicou nele que tinha manchas vermelhas por todo o corpinho.

Era uma reação alergia das mais fortes que ele tinha ao amendoim e ela nem sabia o quanto ele tinha comido para ter perdido os sentidos daquela maneira. Heriberto o entubou e ministrou o soro dele, tudo muito rápido para que ele não corresse o risco e depois a olhou.

− Ele vai ficar bem? – a voz quase não saia.

− A medicação já está fazendo efeito e ele está respirando, você o trouxe em tempo! – falou com calma para que ela não se desesperasse mais. – Ele vai ficar bem!

Victória num impulso se jogou nos braços dele e o abraçou chorando pesado, era seu filho e nem conseguia imaginar o que seria dela sem ele. Heriberto a amparou em seus braços e suspirou seu perfume acariciando seus cabelos, estava sendo um dia de cão para todo mundo...


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